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Anotação semanal da eletiva – Aula 08/10

Isabella de Oliveira RGM: 1062670

Reflexão poema Fernando Pessoa


Comentário: o entendimento que tive foi sobre a prática de conseguir enxergar o
outro sem julgamentos. Para isso não deveria existir técnicas que nos ensinem a
isso, deveria ser natural enxergar somente o real.
O fato de termos que nos cobrar a enxergar nos torna impossibilitados de ver o real,
o processo de desconstrução de filtros e a racionalização para o esforço em
enxergar o outro como um humano singular, exclui a possibilidade de conseguirmos
visualizar como seria uma dimensão em que isso não seria necessário.
A experiênciação do agora deve ser aproveitada com profundidade, o que na
realidade é algo feito a beira de obrigações e deveres, deixando nossas vivências
apáticas e superficiais.
O processo de viver o agora só se torna possível quando deixamos de nos cobrar a
isso e de fato nos entregamos as experiências de maneira consciente, abertos a
enxergar uma realidade cheia de sentidos e significados que nos tornam únicos,
deixando de lado o esforço da procura, que por um paradoxo pode ser a causa do
nosso aprisionamento a superficiliadade das vivências.
Continuação do texto: O existencialismo é um humanismo
 Ética existencialista
Ao fazer uma escolha, eu permito que outras pessoas façam o mesmo e carrego
a responsabilidade de contentar-me com as consequências de tal decisão.
 Desamparo
Conceito está conectado a não existência de Deus.
A explicação divina da existência serve de amparo para o indivíduo, traz
sensação de tranquilidade. O fato de não conseguir entender as situações da
vida levam a um sentimento de desamparo.
O ser constrói significados a cada instante, o fato de nos lançarmos para viver
experiências demanda de significação. Que nem sempre acontece, porém
cobramos de alguma maneira.
A falta de construção de sentido e protagonismo nas nossas vivências traz
sofrimento. Pode também trazer a necessidade de culpar ao outro pelos
sofrimentos vividos.
 Má fé
Mesmo existindo escolhas que nos levariam a um estado melhor, optamos por
aquela que nos mantém no sofrimento, passa pelo conceito de “má fé” de Sartre.
Pois ignora sua potencialidade de tomar a melhor decisão pra si mesmo.
Em terapia: o papel do psicólogo vem como um guia para ajudar o cliente a voltar
a atenção para as atitudes irresponsáveis, reconhecê-las e entendê-las para que
tome consciência do sofrimento e reconheça a potencialidade de tomar melhores
decisões.
“Todo homem que inventa um determinismo, é um homem de má fé”. Nós
mesmos nos limitamos em uma zona de conforto quando nos esforçamos a
construir desculpas para ficar em posições que nos impedem a emancipação.
Fatalismo vem do medo de dar passos para atras e perder o que já conseguiu.
 Conceito da escolha
Não é humano não escolher. Até a abstenção é uma escolha.
Se abster não significa não viver sob as consequências, apenas um refúgio como
tentativa de se isentar da culpa.

Caso Vera
 O cuidado
Cuidado que objetifica: invalidação da singularidade do outro.
Aconselhamento (orientação de conduta). Sem muito aproveitamento clínico.
Cuidado terapêutico: Reconhece no outro os sofrimentos e potencialidades.
Reconhecimento do lugar existencial em que se encontra, reconhecimento da
potencialidade de transcender e sair da posição de sofrimento.
 Técnicas
Comentário: Não é necessário anular outras abordagens quando escolhemos
uma para trabalhar, contanto que haja coerência para que não caíamos em risco
de “reinventar” técnicas e excluir as peculiaridades daquela em que fez a escolha
de guiar o trabalho terapêutico.
O fato de tratar a terapia como algo “engessado”, reduzido á tecnicas, corre o
perigo de anularmos a singularidade do cliente.

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