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Antropologia Cultural
Antropologia Cultural
A diversidade cultural
Os universais da cultura
O dinamismo e a mudança cultural
Cultura e educação: Saberes e Contexto de Aprendizagem em Moçambique
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022
Sérgio Felisberto Jorge Beira
A diversidade cultural
Os universais da cultura
O dinamismo e a mudança cultural
Cultura e educação: Saberes e Contexto de Aprendizagem em Moçambique
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022
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Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 2
4.Conclusão ................................................................................................................................ 8
5.Referências .............................................................................................................................. 9
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1.Introdução
O presente trabalho pretende-se abordar aspectos relacionados a Diversidade Cultural, onde
iremos perceber os universais da cultura tanto como o dinamismo e a mudança cultural.
Portanto, é preciso compreender que a diversidade cultural se refere aos diferentes costumes e
tradições de um povo, que pode ser representado por sua língua, crenças, comportamentos,
valores, culinária, política, arte, música e vários outros elementos.
Como se não bastasse, iremos falar da cultura e educação, onde iremos conhecer os saberes e
contexto de aprendizagem em Moçambique. Portanto, a diversidade cultural preocupa os
educadores moçambicanos visto que na mesma sala temos alunos de gêneros diferentes que
pertencem a grupos linguísticos, étnicos e religiosos diferentes, com concepções, saberes,
temporalidades e espacialidades diferenciadas.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
➢ Conhecer a Diversidade Cultural Moçambicana
1.1.2. Específicos
➢ Conceituar Diversidade Cultural
➢ Descrever o Dinamismo e a Mudança Cultural
➢ Ser capaz de relacionar a Cultura e a Educação no contexto Moçambicano
1.2. Metodologias
No que diz respeito na elaboração do presente trabalho fez-se primeiro a recolha do material
bibliográfico, sua crítica externa e finalmente fez se uma leitura analítica. Tratando-se de um
trabalho académico, para a sua melhor compressão usou-se o método de consulta Bibliográfica
e alguns documentos extraído na internet com uma linguagem afirmativa clara e precisa,
documentos esses que constam na bibliografia final de forma a elucidar a fonte.
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2.Diversidade cultural
2.1. Noção de diversidade cultural
A diversidade, conforme Takahashi (2006, p.3), é a característica básica de formas de vida e
das manifestações de cultura na terra. Ela pode ser biológica ou cultural. De acordo com o autor
citado, há três tipos de diversidade cultural: genética, linguística e cultural propriamente dita.
A diversidade cultural genética refere-se, de acordo com o mesmo autor, “às variações e
similaridades genéticas entre as pessoas” (TAKAHASHI, 2006). A diversidade cultural
linguística aponta para a existência de “diferentes linguagens e sua distribuição em regiões”
(TAKAHASHI, 2006); a diversidade de culturas é o “complexo de indivíduos e
comportamentos dentro de um contexto histórico comum” (TAKAHASHI, 2006).
De acordo com Costa (2006, p.3), os estudos pós-coloniais centram as suas atenções nos
seguintes aspectos:
1. crítica à Ciências Sociais por meio da desconstrução de binarismo como entre o ocidente e o
oriente [Said -1978]; entre o ocidente e o resto do mundo [Hall, 1996ª];
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Uma das característica mais preciosas de Moçambique é a sua diversidade cultural que, por
coincidência, acompanha também a sua diversidade biológica. Takahashi (2006, p. 3) afirma
que há uma significativa correlação entre as diversidades biológica e cultural, i.e., as áreas que
têm grande diversidade biológica também reúnem grande diversidade cultural, por exemplo, a
Índia tem 309 línguas e possui 15.000 tipos de flores nativas; a China tem 77 línguas e 30.000
tipos de flores nativas.
A língua oficial em Moçambique é a língua portuguesa, mas ela é uma língua minoritária que
foi escolhida para oficial por razões políticas relacionadas com a unidade nacional e com o fato
de não haver à altura da Independência nenhuma língua que estivesse suficientemente
“modernizada” para ser capaz de veicular a Ciência, a Tecnologia e ser capaz de servir de língua
franca em todo o território nacional.
De acordo com dados do INE/ NELIMO (2000, p. 108) estão presentes no país 30 agrupamentos
linguísticos. A maior parte das línguas são de origem bantu [24], mas também se fala, para além
do Português, línguas européias [Inglês, Francês, Espanhol, Italiano, Russo, Alemão], outras
línguas africanas [Árabe, Sutho] e línguas asiáticas [Hindi, Gujurati e Chinês]. O Português é
falado, como língua materna, por 6% da população2 , enquanto as línguas bantu são faladas por
93%. Da população que reside das zonas urbanas, 55% conhece o Português, contra 45% nas
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zonas rurais. Dos falantes do Português, 61% são homens (a maior parte). As línguas bantu são
as que são faladas com mais frequência [90%] relativamente ao Português.
A seguir, explicamos como surge a teoria dos universais culturais e quais são os seis tipos
propostos por Brown.
Entre outras coisas, ele permaneceu cético quanto à tendência de dividir o mundo entre uma
dimensão chamada "cultura", e outra oposta a outra que chamamos de "natureza" · Nesta
oposição, a antropologia tendeu a colocar suas análises do lado da cultura, fortemente
associado à variabilidade, indeterminação, arbitrariedade (que são os elementos contrários aos
da natureza), e que são o que nos determina como seres humanos.
Brown está mais posicionado no sentido de entender a cultura como um continuum com a
natureza, e busca conciliar a ideia da variabilidade das culturas e dos comportamentos, com as
constantes de natureza biológica que também nos constituem como seres humanos. Para Brown,
sociedades e culturas são o produto de interações entre indivíduos e indivíduos e seu ambiente.
Alguns exemplos que o mesmo autor coloca na área cultural são mitos, lendas, rotinas
diárias, os conceitos de "sorte", os adornos corporais, a produção de ferramentas.
O que está em segundo plano nos universais condicionais é um mecanismo causal que se
torna uma norma. Um exemplo cultural pode ser a preferência pelo uso de uma das duas mãos
(a direita, no Ocidente).
Neste caso, existem duas grandes categorias para analisar os universais: êmico e ético
(derivados dos termos ingleses "fonêmico" e "fonético") que servem para distinguir os
elementos que estão expressamente representados nas concepções culturais das pessoas, e os
elementos que estão presentes, mas não explicitamente.
Por exemplo, todos nós falamos com base em algumas regras gramaticais que adquirimos.
No entanto, nem todas as pessoas têm uma representação clara ou explícita do que são as "regras
gramaticais".
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4.Conclusão
Uma sociedade como a moçambicana, apesar de possuir várias etnias e línguas, já sofreu muitos
processos de contaminação cultural e existem inevitavelmente aspectos convergentes entre as
várias culturas. É necessário verificar o que é comum entre elas e efetuar conjuntos de
conteúdos transculturais que seriam incorporados no currículo.
Apesar de reconhecermos que a solução para o ensino na diversidade cultural passa pela criação
de um currículo comum, em Moçambique ainda estamos longe de alcançar esse ideal educativo.
Por essa razão, sugerimos que o primeiro passo a ser dado devia ser a formação de professores
capazes de trabalhar na e com a diversidade cultural.
É necessário realçar que o currículo comum não significa homogeneizar a cultura, nem sequer
criar um currículo monocultural. Os aspectos comuns devem significar a inclusão de aspectos
que sejam válidos para toda a sociedade em que haja uma pluralidade interna, em que se tolera
a diversidade “sem renunciar a uma plataforma cultural compartilhada
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5.Referências
CANDAU, Vera Maria. Interculturalidade e educação escolar. Disponível em: . Acesso em: jul.
2006.
COSTA, Sérgio. Muito além da diferença: (im)possibilidades de uma teoria social póscolonial.
Disponível em: . Acesso em: jun. 2006.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11ª Ed. Rio de Janeiro: DP&a, 2006.
MINED (Ministério da Educação). Plano curricular do Ensino Básico (PCEB). Maputo: 199
TAKAHASHI, Tadao. Diversidade cultural e direito à comunição. Disponível em: . Acesso em:
jul. 2006.