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Monitoria de Recurso Fisioterapêuticos Biohídricos

Professores: Dr. Ramon Távora e Dr. Rodrigo Fragoso


Monitores: Letícia Campos e Pablo Moreira

CASO CLÍNICO
Paciente P.M.S, sexo masculino, 56 anos, aposentado, anda com auxílio de muletas. Não sabe nadar e teve
pouco contato com o meio aquático durante sua vida. Apresenta déficit de equilíbrio e após uma queda, foi ao
pronto socorro, pois utilizou a mão para apoiar no chão no momento do acidente. Foi constatado que houve
uma fratura distal não desviada de rádio do membro direito. Passou 3 meses com o segmento imobilizado.
Após os 3 meses, ao realizar o TMM, constatou-se que possuía déficit de força, nível 3 para flexão de punho e
nível 2 para extensão de punho. Foi encaminhado para a hidroterapia. Chegando lá, foi feita uma anamnese e
descobriu-se que ele possuía HAS descompensada e que ele não poderia realizar os testes dentro da água
naquele momento.

Baseado no caso acima, responda as perguntas:


O paciente tem HAS descompensada, o que fazer?
Encaminhá-lo ao médico, para que a pressão seja controlada e ele possa, com liberação, retornar à hidroterapia para
realizar uma nova avaliação.

Após resolver o problema acima e observando o caso clínico:


Quais sinais vitais devemos avaliar antes de entrar na água?
Pressão arterial, principalmente por ser um paciente hipertenso. Caso a pressão esteja muito alta, ele não poderá
entrar na água naquele momento, sendo aconselhado esperar que a pressão reduza. Frequência cardíaca e frequência
respiratória, caso estejam alteradas também não seria aconselhado colocar na água no momento.
O que o fisioterapeuta poderia fazer para ajudar no pico de pressão?
Fazer uma terapia de relaxamento em conjunto com exercícios respiratórios fora da água.
Qual o primeiro passo da avaliação dentro da água?
Perguntar sobre a relação do paciente com a água (contatos prévios, medos etc); caso o paciente esteja de acordo em
entrar na água, podemos começar observando a intimidade do paciente com o meio aquático (como ele se comporta,
a respiração dele ao entrar na água) e planejar como esse ponto poderia ser melhorado.
Como seria a entrada e a saída desse paciente da piscina?
Pela escada ou rampa da piscina com corrimão ou pela borda da piscina.
Baseado no caso, qual é o provável nível de independência desse paciente dentro do meio aquático?
Totalmente dependente – precisa de alguém sempre perto dele em contato visual, estabilização e apoio.
Baseado na resposta cima, qual a profundidade que poderia ser utilizada?
Não muito fundo, pois o paciente não possui confiança nem equilíbrio dentro da água. Precisaria testar o limite do
paciente.
Quais são os testes de equilíbrio estático e dinâmico? E qual a sequência que devemos fazê-los (do mais fácil
ao mais difícil)?
Testes de equilíbrio estático: sentado, em pé e flutuando – primeiro fazer o teste sentado; segundo o teste em pé; caso
ele consiga os dois, fazer o teste de flutuação (primeiro em flutuar de barriga para baixo).
Testes de equilíbrio dinâmico: teste de marcha dentro da água (pode ser utilizados dispositivos de auxílio, ou mesmo
a borda da piscina); teste de deslizamento (de em pé para flutuando; de flutuando para em pé; rodar dentro da água;
rotações longitudinais flutuando...) e por último o nado básico.
Como testar a força muscular do paciente?

Para esse paciente, qual seria mais recomendado: atividade individual ou em grupo? Por quê?
Em primeiro instante, baseado no relato, atividade individual, por ele ter baixa adaptação à piscina, pouca
mobilidade e pouco equilíbrio, ou seja, ele precisa de apoio e estabilização do terapeuta todo o tempo que estiver
dentro da piscina.

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