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Os Estudos Culturais surgiram ou ganharam maior representatividade em meados da
década de 1950. Isso ocorreu por conta da contribuição de dois livros: o primeiro chamado½ 

   , de Hoggart,e  
  

  de Williams, sendo
ambos de maneira distinta trabalhos de recuperação. Outro livro, o 
  
,
também do Williams, juntamente com os dois primeiros, constituíram a cesura da qual± entre
outras coisas ± emergiram os Estudos Culturais. Este último buscou teorizar o campo que
estava a emergir.
Duas maneiras diferentes de conceituar a cultura podem ser extraídas das várias e
sugestivas formulações feitas por Raymond Williams em 
  
. A primeira
relaciona cultura a soma de descrições disponíveis pelas quais as sociedades dão sentido e
refletem suas experiências comuns. ³Cultura´, num sentido especial, ³é ordinária´, não
consistindo mais na soma de o ³melhor que foi pensado e dito´, considerado como os ápices
de uma civilização plenamente realizada ± aquele ideal de perfeição para o qual, num sentido
antigo, todos aspiravam.
Se essa primeira ênfase levanta e re-trabalha a conotação do termo ³cultura´ com o
domínio das ³idéias´, a segunda ênfase é mais deliberadamente antropológica e enfatiza o
aspecto de ³cultura´ que se refere às práticas sociais. É a partir dessa segunda ênfase que uma
definição de certo modo simplificada ± ³a cultura é o modo de vida global´ ± tem sido
abstraída de forma um tanto pura. O ponto importante nessa discussão se apóia nas relações
ativas e indissolúveis entre elementos e práticas sociais normalmente isoladas. É nesse
contexto que a teoria da cultura é definida como ³o estudo das relações entre elementos em
um modo de vida global´. O propósito da analise é entender como as inter-relações de todas
essas práticas e padrões são vividas e experimentadas como um todo, em um dado período:
essa é sua ³estrutura de experiência´.
Em critica a The Long Revolution, E. P. Thompson afirma que nenhum ³modo de vida
global´ existe sem sua dimensão de luta e confronto com modos de vidas opostos, e tenta
repensar as questões-chave de determinação e de dominação através do conceito de
hegemonia de Gramsci.

   

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