Você está na página 1de 4

Epidemiologia da cárie dentária e da doença periodontal:

Instrumentos de medidas do ataque de cáries e controle do


biofilme

1- Avaliação da Higiene Bucal

 Índice de Controle de Placa (ICP)

 Índice criado por O’Leary, Drake e Naylor em 1972.


 Entender placa como biofilme.

ICP = nº sup. com presença de placa

nº sup. examinadas

ICP = nº faces com presença de placa x 100

nº de dentes x 4

(resultado em percentual)

2- Avaliação de Cárie Dentária

 Indicações metodológicas para realização dos levantamentos


epidemiológicos de saúde bucal (OMS)

 Experiência de cárie:
 É preconizado o exame tátil-visual;
 Instrumentais: Espelho e sonda tipo OMS

 Recomenda avaliar as doenças bucais nas seguintes faixas etárias:


 5 anos – medida da prevalência de cárie na dentição decídua;
 12 anos – medida de prevalência de cárie na dentição permanente de crianças;
 15 a 19 anos – para adolescentes;
 35 a 44 anos para adultos;
 65 a 74 anos para idosos
 Diagnóstico e registro de Cárie na coroa dentária

 Código 0 (A) ( coroa hígida)

 Estágios iniciais da doença não são levados em consideração.


 Os seguintes sinais devem ser codificados como hígidos:
 Manchas esbranquiçadas;
 Manchas rugosas resistentes à pressão da sonda OMS;
 Sulcos e fissuras do esmalte manchados, mas que não apresentam sinais visuais
de base amolecida, esmalte socavado, ou amolecimento das paredes, detectáveis
com a sonda OMS;
 Selamento Biológico - É caracterizado por uma mineralização biológica, ou
calcificação e pode ser definida como uma região com características de
manchas escurecidas, porém mineralizadas e sem cavitação (RAMIRES-
ROMITO; IMPARATO, 1999);
 Áreas escuras, brilhantes, duras e fissuradas do esmalte de um dente com
fluorose moderada ou severa;
 Lesões que, com base na sua distribuição ou história, ou exame táctil/visual,
resultem de abrasão.

 Código 1 (B) (Coroa cariada)

 Sulco, fissura ou superfície lisa apresenta cavidade evidente, ou tecido


amolecido na base ou descoloração do esmalte.
 Restauração temporária (exceto ionômero de vidro).
 Há uma ou mais restaurações e ao mesmo tempo uma ou mais áreas estão
cariadas. Não há distinção entre cárie primária e secundária, ou seja, se as lesões
estão ou não em associação física com a(s) restauração(ões).

 Código 3 (D) (Coroa restaurada e sem cárie)

Há uma ou mais restaurações definitivas e inexiste cárie primária ou recorrente.

 Código 4 (E) (Dente perdido devido à cárie)

 Um dente permanente ou decíduo foi extraído por causa de cárie e não por
outras razões. Dente decíduo com extração indicada.

 Fazer relações (cronologia de erupção, experiência de cárie).


 Código 5 (F) (Dente perdido por outras razões)

• A ausência se deve a razões ortodônticas, periodontais, traumáticas ou


congênitas.
• O código para decíduos nestes casos deverá ser utilizado com certa cautela, uma
vez que, a partir dos 5 anos, geralmente o espaço vazio se deve à esfoliação
natural, devendo ser codificado como coroa não erupcionada (código “8”).

 Código 6 (G) (Dente com selante)

• Há um selante de fissura ou a fissura oclusal foi alargada para receber um


compósito.
• Se o dente possui selante e está cariado, prevalece o código 1 (coroa cariada).

 Código 7 (H) (Apoio de Ponte ou Coroa)

 Indica um dente que é parte de uma prótese fixa. Este código é também utilizado
para coroas instaladas por outras razões que não a cárie ou para dentes com
facetas estéticas.

 Código 8 (K) (Coroa não erupcionada)

• Quando o dente permanente ou decíduo ainda não foi erupcionado, atendendo à


cronologia da erupção.
• Não inclui dentes perdidos por trauma, por problemas periodontais etc. (Código
5 - dente perdido por outras razões).

 Código T (T) (Trauma – Fratura)

• Parte da superfície coronária foi perdida em consequência de trauma e não há


evidência de cárie.
• Restaurações decorrentes de fratura coronária devem ser registradas como
Trauma (T).

 Código 9 (L) (Dente excluído)

• Aplicado a qualquer dente permanente que não possa ser examinado (bandas
ortodônticas, hipoplasias severas etc.).
3- Cálculo do Índice

 CPO-D

 Cariado (C): Contagem dos dentes classificados nos códigos 1 e 2.


 Perdido (P): Contagem dos dentes classificados no código 4.
 Obturados (O): Contagem dos dentes classificados no código 3.

CPO: ∑1 e 2 + ∑4 + ∑3

 ceo-d

 Cariado (c): Contagem dos dentes classificados nos códigos B e C.


 Extraídos (e): Contagem dos dentes classificados no código E.
 Obturados (o): Contagem dos dentes classificados no código D.

ceo: ∑B e C + ∑E + ∑D

Você também pode gostar