Você está na página 1de 104

Abdala Amade Abudo

Apostila de Física II:

Aulas de Mecânica Lagrangeana

21/ 08/ 2017


2

Aula 1: Equação de Lagrange

 Sistema com um grau de liberdade.

Consideremos uma trajetória de uma partícula em uma dimensão, esta trajectória pode ser
descrita por uma função posição 𝑞(𝑡) que depende de tempo, sendo 𝑡 ∈ [𝑡𝑖 𝑒 𝑡𝑓 ]. Assim
graficamente tem-se:

Figura 1: trajetória de uma partícula em uma dimensão

Dada as condições de contorno: 𝑞(𝑡𝑖 ) = 𝑞𝑖 e 𝑞(𝑡𝑓 ) = 𝑞𝑓 . Pode-se definir uma nova grandeza

chamada “acção”.

1.1 Conceitos da Acção

Acção é uma funcional, isto é, uma função que depende de outras. Na matemática são chamadas
de função de uma função. São alguns exemplos: 𝑓[𝑔(𝑥) ] = ℎ(𝑥) . então ℎ(𝑥) é uma funcional pós

nota-se que é uma função que depende de outras funções (𝑔(𝑥) e x).

1.1.1 Definição

𝑑𝑞
Seja 𝑆 uma função que depende da posição 𝑞(𝑡) e da velocidade 𝑞̇ (𝑡) (onde: 𝑞̇ (𝑡) : 𝑑𝑡 ), a acção é

definida matematicamente da seguinte forma:

𝒕𝒊

𝑺[𝒒(𝒙) , 𝒒̇ (𝒕) ] = ∫ 𝑳[𝒒(𝒙) , 𝒒̇ (𝒕) ]


𝒕𝒊

Equação de Acção Mínima


3

Principio de Hamilton:

𝜹𝑺 = 𝟎

A trajectória física de uma partícula corresponde a um extremo de acção.

NB: Dada uma trajectória desconhecida, pelo principio de Hamilton pode-se descobrir esta
trajectória fazendo-se variação e extremizando (mantendo os extremos) a sua funcional.

Exemplo1:

Seja 𝑞(𝑥) uma trajectória que corresponde a um extremo de acção 𝑆. No entanto o 𝑞(𝑥) é
desconhecido mas sabe-se que existe.

Figura 2: Extremização de uma trajectória

𝛿𝑞(𝑡𝑖 ) = 0
Assim, para este sistema tem-se as seguintes condições: 𝑞(𝑥) = 𝑞(𝑥) + 𝛿𝑞(𝑥) ; e {𝛿𝑞
(𝑡𝑓 ) = 0

Substituindo na equação de acção mínima fica:

𝑡𝑖 𝑡𝑖

𝛿𝑆 = ∫ 𝐿(𝑞+, 𝛿𝑞, 𝑞̇ + 𝑞̇ 𝛿) 𝑑𝑡 − ∫ 𝐿(𝑞, 𝑞̇ ) 𝑑𝑡


𝑡𝑖 𝑡𝑖

Tendo mesmo limite de integração esta equação pode ser rescrita da seguinte forma:

𝑡𝑖

𝛿𝑆 = ∫[𝐿(𝑞+, 𝛿𝑞, 𝑞̇ + 𝑞̇ 𝛿) − 𝐿(𝑞, 𝑞̇ )] 𝑑𝑡


𝑡𝑖

No entanto analisando a parte do integrando tem-se:


4

𝐿(𝑞+, 𝛿𝑞, 𝑞̇ + 𝑞̇ 𝛿) − 𝐿(𝑞, 𝑞̇ )

Pela propriedade distributiva a equação pode ser rescrita da seguinte forma:

𝐿(𝑞) + 𝐿(𝛿𝑞), 𝐿(𝑞) ̇ + 𝐿(𝑞̇ 𝛿) − 𝐿(𝑞), 𝐿(𝑞̇ )

Somando os termos semelhantes tem-se:

𝐿(𝑞) + 𝐿(𝛿𝑞), 𝐿(𝑞)̇ + 𝐿(𝑞̇ 𝛿) − 𝐿(𝑞), 𝐿(𝑞̇ )

Derivando parcialmente em ordem a 𝑞 𝑒 𝑞̇ , a função 𝐿(𝛿𝑞, 𝑞̇ 𝛿) fica:

𝜕𝐿(𝛿𝑞, 𝑞̇ 𝛿) 𝜕𝐿 𝜕𝐿
= ∙ 𝛿𝑞 + ∙ 𝛿𝑞̇
𝜕𝑞𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝜕𝑞̇

𝑑𝑞 𝑑
Como 𝑞̇ = , consequentemente: 𝛿𝑞̇ = 𝑑𝑡 ∙ 𝛿𝑞, substituindo 𝛿𝑞̇ na equação fica:
𝑑𝑡

𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑
∙ 𝛿𝑞 + ∙ ∙ 𝛿𝑞
𝜕𝑞 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡

𝜕𝐿
Ainda, derivando (𝜕𝑞 ∙ 𝛿𝑞), em ordem a 𝑡, fica:

𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑
∙ [ ∙ 𝛿𝑞] = ( ) ∙ 𝛿𝑞 + ∙ ∙ 𝛿𝑞
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡

No entanto nota-se que o segundo aditivo é equivalente a segundo aditivo da equação anterior,
𝜕𝐿 𝑑
então se isolar o termo (𝜕𝑞̇ ∙ 𝑑𝑡 ∙ 𝛿𝑞) fica:

𝜕𝐿 𝑑 𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
∙ ∙ 𝛿𝑞 = ∙ [ ∙ 𝛿𝑞] − ( ) ∙ 𝛿𝑞
𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇

𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑
Se substituir o termo ( ∙ ∙ 𝛿𝑞), na equação ( ∙ 𝛿𝑞 + ∙ ∙ 𝛿𝑞), tem-se:
𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡

𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
∙ 𝛿𝑞 + ∙ ∙ 𝛿𝑞 = ∙ 𝛿𝑞 + ∙ [ ∙ 𝛿𝑞] − ( ) ∙ 𝛿𝑞
𝜕𝑞 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇

Olhando para a equação, nota-se que o primeiro e terceiro aditivo tem um termo semelhantes
𝛿𝑞, então evidenciando o termo 𝛿𝑞 fica:

𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
∙ 𝛿𝑞 + ∙ ∙ 𝛿𝑞 = ( − ) 𝛿𝑞 + ∙ ( ∙ 𝛿𝑞)
𝜕𝑞 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇

No entanto substituindo o integrando na equação de acção tem-se:


5

𝑡𝑖
𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
𝛿𝑆 = ∫ [( − ) 𝛿𝑞 + ∙ ( ∙ 𝛿𝑞)] 𝑑𝑡
𝜕𝑞 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇
𝑡𝑖

Como integral de uma função derivada corresponde a própria função, nota-se que o segundo
aditivo é integral de uma função derivada, rescrevendo a equação fica:

𝑡𝑖
𝑡𝑖
𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
𝛿𝑆 = ∫ [( − ∙ ) 𝛿𝑞] 𝑑𝑡 + [( ∙ 𝛿𝑞)]
𝜕𝑞 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞̇ 𝑡
𝑡𝑖 𝑓

Lembrando que pelo principio de Hamilton, a variação da trajectória nos estremos é nula, nota-
se que a diferença entre os extremos do segundo aditivo será nula. rescrevendo a equação fica:

𝑡𝑖
𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
𝛿𝑆 = ∫ [( − ∙ ) 𝛿𝑞] 𝑑𝑡
𝜕𝑞 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇
𝑡𝑖

Pelo principio de Hamilton, 𝜹𝑺 = 𝟎, então para que a acção mínima seja nula, o integrando
deve satisfazer a seguinte condição:

𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
− ∙ =0
𝜕𝑞 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇

Reajustando, multiplicando a equação por (−1), assim fica:

𝒅 𝝏𝑳 𝝏𝑳
∙( )− =𝟎
𝒅𝒕 𝝏𝒒̇ 𝝏𝒒

Equação de Euler-Lagrange

1
Sabendo que: 𝑳 = 𝑻 − 𝑼 Onde: 𝑇: 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑐𝑖𝑛𝑒𝑡𝑖𝑐𝑎,e é dado por: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 + 𝑧̇ 2 ) e

𝑈 = 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙, que por sua vez é dado por: 𝑈 = 𝑈(𝑥, 𝑦, 𝑧)

𝟏
𝑳= 𝒎(𝒙̇ 𝟐 + 𝒚̇ 𝟐 + 𝒛̇ 𝟐 ) − 𝑼(𝒙, 𝒚, 𝒛)
𝟐

Função de Lagrange ou lagrangeana

Para um sistema de 𝑛 graus de liberdades, a equação de Lagrange fica:


6

𝒅 𝝏𝑳 𝝏𝑳
∙( )− =𝟎
𝒅𝒕 𝝏𝒒̇ 𝟏 𝝏𝒒𝟏
𝒅 𝝏𝑳 𝝏𝑳
∙( )− =𝟎
𝒅𝒕 𝝏𝒒̇ 𝟐 𝝏𝒒𝟐
.
.
.
.
𝒅 𝝏𝑳 𝝏𝑳
∙( )− =𝟎
{𝒅𝒕 𝝏𝒒̇ 𝒏 𝝏𝒒𝒏

Sistema de Equações de Lagrange para 𝑛 Graus de Liberdades

Aula 2: Dedução da 2ª lei de Newton partindo da Equações de Lagrange

Dada uma partícula de massa 𝑚, sujeita a uma energia potencial 𝑈 que depende de coordenadas
cartesianas (𝑥, 𝑦, 𝑧). Escreva a equação de Lagrange para asta situação.

Resolução:

Neste caso, nota-se que a partícula possui energia potencial e energia cinética. Então
considerando as coordenadas cartesianas, as energias ficam dada da seguinte forma:

1
𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 + 𝑧̇ 2 ) e 𝑈 = 𝑈(𝑥, 𝑦, 𝑧)

Como a lagrangeana é dada pela diferença da energia cinética e potencial, então fica:

1
𝐿 = 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 + 𝑧̇ 2 ) − 𝑈(𝑥, 𝑦, 𝑧)
2
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
Escrevendo as equações de Euler-Lagrange: (𝑑𝑡 ∙ (𝜕𝑞̇ ) − 𝜕𝑞 = 0), para um sistema de 3 graus

de liberdades tem-se:

𝜕𝐿 𝑑 𝑑2 𝑥
= 𝑚𝑥̇ ∙ 𝑚𝑥̇ = 𝑚 𝜕𝑈
− 𝜕𝑥
𝜕𝑥̇ 𝑑𝑡 𝑑𝑡2
𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝑑2 𝑦 𝜕𝐿 𝜕𝑈 𝜕𝑈
(𝜕𝑞̇ ) = = 𝑚𝑦̇ ; ∙( )= ∙ 𝑚𝑦̇ = 𝑚 e = − 𝜕𝑦
𝜕𝑦̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝑑𝑡2 𝜕𝑞 𝜕𝑞
𝜕𝐿 𝑑 𝑑2 𝑧 𝜕𝑈
{𝜕𝑧̇ = 𝑚𝑥̇ { 𝑑𝑡 ∙ 𝑚𝑧̇ = 𝑚 {− 𝜕𝑧
𝑑𝑡2

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
Substituído os termos: 𝑑𝑡 ∙ (𝜕𝑞̇ ) e 𝜕𝑞 na equação 𝑑𝑡 ∙ (𝜕𝑞̇ ) − 𝜕𝑞 = 0, fica:
7

𝑑2 𝑥 𝜕𝑈
𝑚 𝑑𝑡 2 + 𝜕𝑥 = 0
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑2 𝑦 𝜕𝑈
∙ (𝜕𝑞̇ ) − 𝜕𝑞 = 0 ⇒ 𝑚 𝑑𝑡 2 + 𝜕𝑦 = 0; isolando o primeiro aditivo o sistema fica:
𝑑𝑡
𝑑2 𝑧 𝜕𝑈
{ 𝑚 𝑑𝑡 2 + 𝜕𝑧 = 0

𝑑2𝑥 𝜕𝑈
𝑚 2 =−
𝑑𝑡 𝜕𝑥
𝑑2𝑦 𝜕𝑈
𝑚 2 =−
𝑑𝑡 𝜕𝑦
2
𝑑 𝑧 𝜕𝑈
𝑚
{ 𝑑𝑡 2 = −
𝜕𝑧

Equação diferencial da 2ª lei de Newton na


2
⃗⃗ 𝑈 e 𝑑 𝑥2 = 𝑎 nota-se que o sistema equivale a 2ª lei de Newton 𝐹 = 𝑚𝑎:
Como, 𝐹⃗ = −∇ 𝑑𝑡
8

Aula 3: Problemas Resolvido -Aplicação da Equação de Lagrange

Problema 1: uma partícula de massa 𝑚 move-se no campo potencial 𝑈.

Determina a função de Lagrange e equações Lagrange para o movimento:

a) Unidimensional: 𝑈(𝑥);
b) Bidimensional: 𝑈(𝑥, 𝑦);
c) Tridimensional (no espaço): 𝑈(𝑥, 𝑦, 𝑧).

Resolução:

1
a) Dados: 𝑇 = 2 𝑚𝑥̇ 2 ; 𝑈(𝑥) e 𝐿 =𝑇−𝑈

1
Função de Lagrange: 𝐿(𝑥, 𝑥̇ ) = 2 𝑚𝑥̇ 2 − 𝑈(𝑥)

𝜕𝐿
= 𝑚𝑥̇ 𝑑
∙ 𝑚𝑥̇ = 𝑚𝑥̈
𝜕𝑥̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑈
𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝑑
= − 𝜕𝑥
𝜕𝐿 𝜕𝑈
Equação de Lagrange: (𝜕𝑞̇ ) = =0; ∙ (𝜕𝑞̇ ) = 𝑑𝑡 ∙ 𝑚𝑦̇ = 0 e 𝜕𝑞 = 𝜕𝑞 { = 0
𝜕𝑦̇ 𝑑𝑡
𝜕𝐿 𝑑 =0
{ 𝜕𝑧̇ = 0 { 𝑑𝑡 ∙ 𝑚𝑧̇ = 0

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝜕𝑈
∙( )− = 0 ⇒ 𝑚𝑥̈ + =0
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝜕𝑥

1
b) Dados: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ); 𝑈(𝑥, 𝑦) e 𝐿 =𝑇−𝑈

1
Função de Lagrange: 𝐿(𝑥, 𝑦; 𝑥̇ , 𝑦̇ ) = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) − 𝑈(𝑥, 𝑦)

𝜕𝐿
= 𝑚𝑥̇ 𝑑
∙ 𝑚𝑥̇ = 𝑚𝑥̈ 𝜕𝑈
𝜕𝑥̇ 𝑑𝑡 = − 𝜕𝑥
𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝑈
Equação de Lagrange: (𝜕𝑞̇ ) = = 𝑚𝑦̇ ; ∙ (𝜕𝑞̇ ) = ∙ 𝑚𝑦̇ = 𝑚𝑦̈ e = {= − 𝜕𝑈
𝜕𝑦̇ 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝜕𝑞 𝜕𝑞
𝜕𝑦
𝜕𝐿 𝑑

{ 𝜕𝑧̇
=0 { 𝑑𝑡 ∙ 𝑚𝑧̇ = 0 =0

𝜕𝑈
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑚𝑥̈ + =0
𝜕𝑥
∙( )− =0⇒ 𝜕𝑈
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞
𝑚𝑦̈ + =0
{ 𝜕𝑦

1
c) Dados: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 + 𝑧̇ 2 ); 𝑈(𝑥, 𝑦) e 𝐿 =𝑇−𝑈

1
Função de Lagrange: 𝐿(𝑥, 𝑦, 𝑧; 𝑥̇ , 𝑦̇ , 𝑧̇ ) = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 + 𝑧̇ 2 ) − 𝑈(𝑥, 𝑦, 𝑧)
9

𝜕𝐿
= 𝑚𝑥̇ 𝑑
∙ 𝑚𝑥̇ = 𝑚𝑥̈
𝜕𝑈
= − 𝜕𝑥
𝜕𝑥̇ 𝑑𝑡
𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝑈 𝜕𝑈
Equação de Lagrange: (𝜕𝑞̇ ) = = 𝑚𝑦̇ ; ∙ (𝜕𝑞̇ ) = ∙ 𝑚𝑦̇ = 𝑚𝑦̈ e = = − 𝜕𝑦
𝜕𝑦̇ 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝜕𝑞 𝜕𝑞
𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝑈
{ 𝜕𝑧̇ = 𝑚𝑧̇ { 𝑑𝑡 ∙ 𝑚𝑧̇ = 𝑚𝑧̈ {= − 𝜕𝑧

𝜕𝑈
=0 𝑚𝑥̈ +
𝜕𝑥
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝜕𝑈
∙( )− = 0 ⇒ 𝑚𝑦̈ + =0
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝜕𝑦
𝜕𝑈
{ 𝑚𝑧̈ + 𝜕𝑧 = 0

Problema 2: Resolva o problema 1b em coordenadas polares (𝜌, 𝜑).

Sendo: 𝑥 = 𝜌 cos 𝜑 e 𝑦 = 𝜌 sin 𝜑

1
Dados: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ); 𝑈(𝑥, 𝑦) e 𝐿 =𝑇−𝑈

𝑥 = 𝜌 cos 𝜑 𝑥̇ = 𝜌̇ cos 𝜑 − 𝜌𝜑̇ sin 𝜑


{ 𝑦 = 𝜌 sin 𝜑 derivando a função tem-se: {
𝑦̇ = 𝜌̇ sin 𝜑 + 𝜌𝜑̇ cos 𝜑

𝑥̇ 2 = 𝜌̇ 2 cos2 𝜑 − 2𝜌̇ 𝜌𝜑̇ cos 𝜑 sin 𝜑 + 𝜌2 𝜑̇ 2 sin2 𝜑


{ 2 2 2 2 2 2 fazendo: 𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 , fica:
𝑦̇ = 𝜌̇ sin 𝜑 + 2𝜌̇ 𝜌𝜑̇ cos 𝜑 sin 𝜑 + 𝜌 𝜑̇ cos 𝜑

 (𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = 𝜌̇ 2 cos 2 𝜑 − 2𝜌̇ 𝜌𝜑̇ cos 𝜑 sin 𝜑 + 𝜌2 𝜑̇ 2 sin2 𝜑 + 𝜌̇ 2 sin2 𝜑 +


2𝜌̇ 𝜌𝜑̇ cos 𝜑 sin 𝜑 + 𝜌2 𝜑̇ 2 cos2 𝜑

Evidenciando os termos semelhantes e anulando os termos simétricos fica:

 (𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = 𝜌̇ 2 (cos 2 𝜑 + sin2 𝜑) + 𝜌2 𝜑̇ 2 (cos 2 𝜑 + sin2 𝜑)

Pela identidade trigonométrica: cos 2 𝜑 + sin2 𝜑 = 1, substituído a equação fica:

 (𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = 𝜌̇ 2 + 𝜌2 𝜑̇ 2 ; substituindo na função de Lagrange fica:

1
Função de Lagrange: 𝐿(𝜌, 𝜑; 𝜌̇ , 𝜑̇ ) = 2 𝑚(𝜌̇ 2 + 𝜌2 𝜑̇ 2 ) − 𝑈(𝜌, 𝜑)

Equação de Lagrange: como 𝜌 e 𝜑 variam em função de tempo com essa consideração fica:
𝜕𝐿 𝑑
= 𝑚𝜌̇ ∙ 𝑚𝜌̇ = 𝑚𝜌̈ 𝜕𝑈
𝜕𝜌̇ 𝑑𝑡 = 𝑚𝜌𝜑̇ 2 − 𝜕𝜌
𝝏𝑳 𝜕𝐿 𝒅 𝝏𝑳 𝑑 𝜕𝐿
(𝝏𝒒̇ ) = = 𝑚𝜌2 𝜑̇ ; ∙( )= ∙ 𝑚𝜌2 𝜑̇ = 2𝑚𝜌𝜌̇ 𝜑̇ + 𝑚𝜌2 𝜑̈ ; = = − 𝜕𝜑
𝜕𝑈
𝜕𝜑̇ 𝒅𝒕 𝝏𝒒̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞
𝜕𝐿 𝑑
=0 ∙ 𝑚𝑧̇ = 0 { =0
{ 𝜕𝑧̇ { 𝑑𝑡
10

𝜕𝑈
𝑚𝜌̈ − 𝑚𝜌𝜑̇ 2 +
=0
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝜕𝜌
∙( )− =0⇒
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝜕𝑈
𝑚𝜌2 𝜑̈ + 2𝑚𝜌𝜌̇ 𝜑̇ + =0
{ 𝜕𝜑

Problema 3: escreva oproblema 1c) em cordenadas esfericas (𝑟, 𝜃, 𝜑):

Sendo: 𝑥 = 𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑 e 𝑦 = 𝑟 sin 𝜃 sin 𝜑 𝑧 = 𝑟 cos 𝜃

1
Dados: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 + 𝑧̇ 2 ); 𝑈(𝑥, 𝑦, 𝑧) e 𝐿 =𝑇−𝑈

𝑥 = 𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑
{ 𝑦 = 𝑟 sin 𝜃 sin 𝜑 derivando as funções em ordem a (𝑟,𝜃,𝜑) tem-se:
𝑧 = 𝑟 cos 𝜃

𝑥̇ = 𝑟̇ sin 𝜃 cos 𝜑 + 𝑟𝜃̇ cos 𝜃 cos 𝜑 − 𝑟𝜑̇ sin 𝜃 sin 𝜑


{ 𝑦̇ = 𝑟̇ sin 𝜃 sin 𝜑 + 𝑟𝜃̇ cos 𝜃 sin 𝜑 + 𝑟𝜑̇ sin 𝜃 cos 𝜑 , levando ao quadrado tem-se:
𝑧̇ = 𝑟̇ cos 𝜃 − 𝑟𝜃 siṅ 𝜃

 𝒙̇ 𝟐 = (𝑟̇ sin 𝜃 cos 𝜑 + 𝑟𝜃̇ cos 𝜃 cos 𝜑 − 𝑟𝜑̇ sin 𝜃 sin 𝜑)2, para facilitar os cálculos
consideremos 𝑡 = 𝑟̇ sin 𝜃 cos 𝜑; 𝑠 = 𝑟𝜃̇ cos 𝜃 cos 𝜑 e 𝑅 = 𝑟𝜑̇ sin 𝜃 sin 𝜑

𝒙̇ 𝟐 = (𝑡 + 𝑠 − 𝑅) ∙ (𝑡 + 𝑠 − 𝑅) == 𝑡 2 + 2𝑡𝑠 − 2𝑡𝑅 − 2𝑅𝑠 + 𝑠 2 + 𝑅 2, substituindo tem-se:

𝒙̇ 𝟐 = 𝑟̇ 2 sin2 𝜃 cos 2 𝜑 + 2𝑟̇ 𝑟𝜃̇ sin 𝜃 cos 𝜃 cos 2 𝜑 − 2𝑟̇ 𝑟𝜑̇ sin2 𝜃 cos 𝜑 sin 𝜑
− 2𝑟 2 𝜃̇𝜑̇ cos 𝜃 sin 𝜃 cos 𝜑 sin 𝜑 + 𝑟 2 𝜃̇ 2 cos 2 𝜃 cos2 𝜑 + 𝑟 2 𝜑̇ 2 sin2 𝜃 sin2 𝜑

2
 𝒚̇ 𝟐 = (𝑟̇ sin 𝜃 sin 𝜑 + 𝑟𝜃̇ cos 𝜃 sin 𝜑 + 𝑟𝜑̇ sin 𝜃 cos 𝜑) , para facilitar os cálculos
consideremos 𝑡 = 𝑟̇ sin 𝜃 sin 𝜑; 𝑠 = 𝑟𝜃̇ cos 𝜃 sin 𝜑 e 𝑅 = 𝑟𝜑̇ sin 𝜃 cos 𝜑

𝒚̇ 𝟐 = (𝑡 + 𝑠 + 𝑅) ∙ (𝑡 + 𝑠 + 𝑅) == 𝑡 2 + 2𝑡𝑠 + 2𝑡𝑅 + 2𝑅𝑠 + 𝑠 2 + 𝑅 2

 𝒚̇ 𝟐 = 𝑟̇ 2 sin2 𝜃 sin2 𝜑 + 2𝑟̇ 𝑟𝜃̇ sin 𝜃 cos 𝜃 sin2 𝜑 + 2𝑟̇ 𝑟𝜑̇ sin2 𝜃 sin 𝜑 cos 𝜑 +
2𝑟 2 𝜃̇𝜑̇ cos 𝜃 sin 𝜃 sin 𝜑 cos 𝜑 + 𝑟 2 𝜃̇ 2 cos 2 𝜃 sin2 𝜑 + 𝑟 2 𝜑̇ 2 sin2 𝜃 cos2 𝜑

𝟐
 ̇ 𝜃) = 𝑟̇ 2 cos 2 𝜃 − 2𝑟̇ 𝑟𝜃̇ cos 𝜃 sin 𝜃 + 𝑟 2 𝜃̇ 2 sin2 𝜃
𝒛̇ 𝟐 = (𝑟̇ cos 𝜃 − 𝑟𝜃 sin

 (𝒙̇ 𝟐 + 𝒚̇ 𝟐 ) = 𝑟̇ 2 sin2 𝜃 (cos 2 𝜑 + sin2 𝜑) + 2𝑟̇ 𝑟𝜃̇ sin 𝜃 cos 𝜃 (cos 2 𝜑 + sin2 𝜑) +
𝑟 2 𝜃̇ 2 cos2 𝜃 (cos 2 𝜑 + sin2 𝜑) + 𝑟 2 𝜑̇ 2 sin2 𝜃 (cos 2 𝜑 + sin2 𝜑)

Pela rera da trigonometria: cos2 𝜑 + sin2 𝜑 = 1, então ficamos:


11

(𝒙̇ 𝟐 + 𝒚̇ 𝟐 ) = 𝑟̇ 2 sin2 𝜃 + 2𝑟̇ 𝑟𝜃̇ sin 𝜃 cos 𝜃 + 𝑟 2 𝜃̇ 2 cos2 𝜃 + 𝑟 2 𝜑̇ 2 sin2 𝜃

Somando (𝒙̇ 𝟐 + 𝒚̇ 𝟐 ) e 𝒛̇ 𝟐 temos:

(𝒙̇ 𝟐 + 𝒚̇ 𝟐 ) = 𝑟̇ 2 sin2 𝜃 + 2𝑟̇ 𝑟𝜃̇ sin 𝜃 cos 𝜃 + 𝑟 2 𝜃̇ 2 cos2 𝜃 + 𝑟 2 𝜑̇ 2 sin2 𝜃

𝒛̇ 𝟐 = 𝑟̇ 2 cos 2 𝜃 − 2𝑟̇ 𝑟𝜃̇ cos 𝜃 sin 𝜃 + 𝑟 2 𝜃̇ 2 sin2 𝜃

[(𝒙̇ 𝟐 + 𝒚̇ 𝟐 ) + 𝒛̇ 𝟐 ] = 𝑟̇ 2 (cos2 𝜃 + sin2 𝜃) + 𝑟 2 𝜃̇ 2 (cos 2 𝜃 + sin2 𝜃) + 𝑟 2 𝜑̇ 2 sin2 𝜃

[(𝒙̇ 𝟐 + 𝒚̇ 𝟐 ) + 𝒛̇ 𝟐 ] = (𝒙̇ 𝟐 + 𝒚̇ 𝟐 + 𝒛̇ 𝟐 ) = 𝑟̇ 2 + 𝑟 2 𝜃̇ 2 + 𝑟 2 𝜑̇ 2 sin2 𝜃

1
Como: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 + 𝑧̇ 2 ) substituindo o termo (𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 + 𝑧̇ 2 ) e as variáveis fica:

1
𝑇 = 2 𝑚(𝑟̇ 2 + 𝑟 2 𝜃̇ 2 + 𝑟 2 𝜑̇ 2 sin2 𝜃) e 𝑈(𝑟, 𝜃, 𝜑) substituindo no termo 𝐿 = 𝑇 − 𝑈 fica:

1
Função de Lagrange: 𝐿(𝑟, 𝜃, 𝜑; 𝑟̇ , 𝜃̇, 𝜑̇ ) = 2 𝑚(𝑟̇ 2 + 𝑟 2 𝜃̇ 2 + 𝑟 2 𝜑̇ 2 sin2 𝜃) − 𝑈(𝑟, 𝜃, 𝜑)

Equação de Lagrange:

𝜕𝐿
= 𝑚𝑟̇
𝜕𝑟̇
𝜕𝐿 𝜕𝐿
(𝜕𝑞̇ ) = = 𝑚𝑟2 𝜃̇ ;
𝜕𝜃̇
𝜕𝐿
= 𝑚𝑟2 𝜑̇ sin2 𝜃
{ 𝜕𝜑̇
𝑑
∙ 𝑚𝑟̇ = 𝑚𝑟̈
𝑑𝑡
𝑑 𝜕𝐿 𝑑
∙ (𝜕𝑞̇ ) = ∙ 𝑚𝑟 2 𝜃̇ = 𝑚𝑟 2 𝜃̈ − 2𝑚𝑟𝑟̇ 𝜃̇
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑
2 2 2 2 2 2 ̇
{ 𝑑𝑡 ∙ 𝑚𝑟 𝜑̇ sin 𝜃 = 𝑚𝑟 𝜑̈ sen 𝜃 + 2𝑚𝑟𝑟̇ 𝜑̇ sin 𝜃 + 𝑚𝑟 𝜃𝜑̇ sin 2𝜃
𝜕𝐿 𝜕𝑈
= 𝑚𝑟𝜃̇ 2 + 𝑚𝑟𝜑̇ 2 sin2 𝜃 −
𝜕𝑟 𝜕𝑟
𝜕𝐿 𝜕𝐿 1 2 2 (sin2 1 𝜕𝑈
= = 2 𝑚𝑟 𝜑̇ 𝜃) = 2 𝑚𝑟 𝜑̇ 2 sin 2𝜃 − 𝜕𝜃
′ 2
𝜕𝑞 𝜕𝜃
𝜕𝐿 𝜕𝑈
{ 𝜕𝜑 = − 𝜕𝜑

1−cos 2𝜃 ′
Sendo: (sin2 𝜃)′ = ( ) = sin 2𝜃, identidade recorrida. No entanto evidenciando 𝑚𝑟no sistema tem-se:
2

𝜕𝑈
𝑚𝑟̈ − 𝑚𝑟(𝜃̇ 2 + 𝜑̇ 2 sin2 𝜃) +
=0
𝜕𝑟
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 1 𝜕𝑈
∙( )− =0⇒ 𝑚𝑟 2 𝜃̈ − 𝑚𝑟 (2𝑟̇ 𝜃̇ − 𝑟𝜑̇ 2 sin 2𝜃) + =0
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 2 𝜕𝜃
𝜕𝑈
𝑚𝑟 2 𝜑̈ sen2 𝜃 + 𝑚𝑟(2𝑟̇ 𝜑̇ sin2 𝜃 + 𝑟𝜃̇ 𝜑̇ sin 2𝜃) + =0
{ 𝜕𝜑
12

Problema 4: Escreva a expressão de função de Lagrange no movimento livre em um plano


horizontal de uma partícula de massa 𝑚 em coordenadas generalizadas (𝑞1 𝑒 𝑞2 ).

𝑞1 +𝑞2
Sendo: 𝑥 = 2
e 𝑦 = √𝑞1 𝑞2 , derivando as expressões tem-se:

1
Dados: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ); 𝑈(𝑥, 𝑦) e 𝐿 =𝑇−𝑈


𝑞1 + 𝑞2 (𝑞1 − 𝑞2 )2 𝑞 ̇ − 𝑞2̇
𝑥̇ = ( ) =𝑥= =𝑥= 1
2 4 2

′ (𝑞1 𝑞2 )′ 𝑞1̇ 𝑞2 + 𝑞2̇ 𝑞1


𝑦̇ = (√𝑞1 𝑞2 ) = =
2√𝑞1 𝑞2 2√𝑞1 𝑞2

2
𝑞1̇ − 𝑞2̇ 2
𝑞1̇ 2 − 2𝑞1̇ ∙ 𝑞2̇ + 𝑞2̇ 2
𝑥̇ = ( ) =
2 4
𝑞1̇ 𝑞2 + 𝑞2̇ 𝑞1 𝑞 ̇ 2 𝑞 2 + 2𝑞1̇ 𝑞2 𝑞2̇ 𝑞1 + 𝑞2̇ 2 𝑞1 2
2
𝑦̇ 2 = ( ) = 1 2
{ 2√𝑞1 𝑞2 4𝑞1 𝑞2

𝑞1̇ 2 −2𝑞1̇ ∙𝑞2̇ +𝑞2̇ 2 𝑞1̇ 2 𝑞2 2 −2𝑞1̇ 𝑞2 𝑞2̇ 𝑞1 +𝑞2̇ 2𝑞1 2


(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = + , achando o 𝑚. 𝑚. 𝑐 e expressão fica:
4 4𝑞1 𝑞2

𝑞1̇ 2 (𝑞1 𝑞2 ) − 2𝑞1̇ ∙ 𝑞2̇ (𝑞1 𝑞2 ) + 𝑞2̇ 2 (𝑞1 𝑞2 ) 𝑞1̇ 2 𝑞2 2 + 2𝑞1̇ 𝑞2 𝑞2̇ 𝑞1 + 𝑞2̇ 2 𝑞1 2
(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = +
4(𝑞1 𝑞2 ) 4𝑞1 𝑞2

𝑞1̇ 2 𝑞1 𝑞2 + 𝑞2̇ 2 𝑞1 𝑞2 + 𝑞1̇ 2 𝑞2 2 + 𝑞2̇ 2 𝑞1 2


(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) =
4𝑞1 𝑞2

evidenciando o 𝑞2 e 𝑞1 , no 1º e 2º aditivo fica:

2 2 2 2
1 𝑞2 (𝑞1̇ 𝑞1 + 𝑞1̇ 𝑞2 ) 𝑞1 (𝑞2̇ 𝑞2 + 𝑞2̇ 𝑞1 )
(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2)
= [ + ]
4 𝑞1 𝑞2 𝑞1 𝑞2
2 2 2 2
1 (𝑞1̇ 𝑞1 + 𝑞1̇ 𝑞2 ) (𝑞2̇ 𝑞2 + 𝑞2̇ 𝑞1 )
= [ + ]
4 𝑞1 𝑞2

evidenciando 𝑞2 e 𝑞1 nos aditivos e0 somando os termos semelhante tem-se:


1 𝑞 𝑞
(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = [(1 + 2 )𝑞1̇ 2 + (1 + 1 )𝑞2̇ 2 ]
4 𝑞1 𝑞2

1
Como: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ); 𝑈(𝑥, 𝑦) e 𝐿 = 𝑇 − 𝑈, substituindo os termos (𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) e fica:
13

1 𝑞 𝑞
𝑇 = 8 𝑚 [(1 + 𝑞2 )𝑞1̇ 2 + (1 + 𝑞1 )𝑞2̇ 2 ] e como o plano é horizontal, 𝑈 = 0 logo 𝐿 = 𝑇, assim:
1 2

1 𝑞 𝑞
Função de Lagrange: 𝐿(𝑞1 , 𝑞2 ; 𝑞1̇ 𝑞2̇ ) = 8 𝑚 [(1 + 𝑞2 )𝑞1̇ 2 + (1 + 𝑞1 )𝑞2̇ 2 ]
1 2

Problema 5: Um corpo de massa move-se ao longo do eixo OX sob acção da força elástica de
uma mola. A constante elástica da massa é 𝑘 e o comprimento é 𝑙. Escreva a expressão da
função de Lagrange e obtenha a equação do movimento do corpo. Resolva esta equação se são
dadas as condições inicias: 𝑥(0) = 𝑥0 e 𝑣(0) = 𝑣0

1
Dados: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 ); 𝑈(𝑥) e 𝐿 =𝑇−𝑈

Sendo: 𝑋 a deformação da mola, tem-se: 𝑋 = 𝑥 − 𝑙, então o 𝑇𝑒 𝑈 ficam:

1 1
𝑇 = 2 𝑚𝑥̇ 2 e 𝑈 = 2 𝑘(𝑥 − 𝑙)2 enta a função de Lagrange, 𝐿 = 𝑇 − 𝑈 fica:

1 1
Função de Lagrange: 𝐿(𝑥, 𝑥̇ ) = 2 𝑚𝑥̇ 2 − 2 𝑘(𝑥 − 𝑙)2

𝜕𝐿
= 𝑚𝑥̇
𝜕𝑥̇
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑
Equação de Lagrange: 𝑑𝑡 (𝜕𝑥̇ ) − 𝜕𝑥 = ∙ 𝑚𝑥̇ = 𝑚𝑥̈
𝑑𝑡
𝜕𝐿
{𝜕𝑥 = −𝑘(𝑥 − 𝑙)

𝑚𝑥̈ + 𝑘(𝑥 − 𝑙) = 0

Para a achar a solução desta equação é necessário mudar a variável. seja 𝑦 = (𝑥 − 𝑙):

𝑑𝑦 = 𝑑𝑥
(𝑦)′ ′
= (𝑥 − 𝑙) = { 𝑦̇ = 𝑥̇ ; substituindo na equação fica:
𝑦̈ = 𝑥̈

𝑚𝑦̈ + 𝑘𝑦 = 0

 Sendo uma equação diferencia homogéneo, resolvendo fica:

A solução deste tipo de equação é dada por: 𝑥(𝑡) = 𝐴 ∙ 𝑒 𝛼𝑡 .onde 𝛼 e 𝐴 são constantes a ser
determinada. Para isso procura-se a segunda derivada da expressão: 𝑥(𝑡) = 𝐴 ∙ 𝑒 𝛼𝑡 .
𝑑𝑥(𝑡)
𝑑𝑡
= 𝐴 ∙ 𝛼 ∙ 𝑒𝛼𝑡 𝑑2 𝑥(𝑡)
{ 2 ; Substituindo na expressão: + 𝜔2 𝑥(𝑡) = 0, tem-se:
𝑑 𝑥(𝑡) 𝑑𝑡2
= 𝐴 ∙ 𝛼2 ∙ 𝑒𝛼𝑡
𝑑𝑡2

𝐴 ∙ 𝛼 2 ∙ 𝑒 𝛼𝑡 + 𝜔2 ∙ 𝐴 ∙ 𝑒 𝛼𝑡 = 0, isolando o termo 𝐴 ∙ 𝑒 𝛼𝑡 , pode-se obter 𝛼:


14

𝐴 ∙ 𝑒 𝛼𝑡 (𝛼 2 + 𝜔2 ) = 0

0
Isolando o termo (𝛼2 + 𝜔2 ) a equação fica: (𝛼2 + 𝜔2 ) = 𝐴∙𝑒𝛼𝑡, rescrevendo tem-se:

(𝛼2 + 𝜔2 ) = 0

Isolando a 𝛼 fica: 𝛼 2 = −𝜔2 → 𝛼 = ∓√−𝜔 2 → 𝛼 = ∓√−1 ∙ √𝜔 2, como 𝑖 = √−1, então:

𝛼 = ∓𝑖𝜔

Substituído 𝛼 na expressão: 𝑥(𝑡) = 𝐴 ∙ 𝑒 𝛼𝑡 , e aplicando as regras de potenciação tem-se:

𝑥(𝑡) = 𝐴 ∙ 𝑒 ∓𝑖𝜔𝑡

𝑥(𝑡) = 𝐴1 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 + 𝐴2 ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝑡

Por definição: 𝑒 𝑖𝜑 = cos 𝜑 + 𝑖 sin 𝜑 e 𝑒 −𝑖𝜑 = cos 𝜑 − 𝑖 sin 𝜑 (propriedade trigonométrica)

Substituído 𝐴1 𝑒 𝐴2 na expressão: 𝑥(𝑡) = 𝐴1 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 + 𝐴2 ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 :

𝑥(𝑡) = 𝐴1 ∙ [cos(𝜔𝑡) + 𝑖 sin(𝜔𝑡)] + 𝐴2 ∙ [cos(𝜔𝑡) − 𝑖 sin(𝜔𝑡)], somando termos semelhantes:

𝑥(𝑡) = (𝐴1 + 𝐴2 ) ∙ cos(𝜔𝑡) + (𝐴1 − 𝐴2 )𝑖 sin(𝜔𝑡); seja: 𝑐1 = (𝐴1 + 𝐴2 ) e 𝑐2 = (𝐴1 + 𝐴2 )𝑖:

𝑥(𝑡) = 𝑐1 ∙ cos(𝜔𝑡) + 𝑐2 sin(𝜔𝑡)

Como: 𝑥(0) = 𝑥0 , 𝑣(0) = 𝑣0 pode-se achar 𝑐1 e 𝑐2 , lembrando que: sin 0 = 0, cos 0 = 1 fica:

𝑥(0) = 𝑐1 ∙ cos(0) + 𝑐2 sin(0); logo e 𝑥(0) = 𝑐1 .

𝑣(𝑥) = 𝑥̇ (𝑥) = −𝑐1 ∙ 𝜔 ∙ sin(𝜔𝑡) + 𝑐2 ∙ 𝜔 ∙ cos(𝜔𝑡); logo 𝑣(0) = 𝑥(0) então:

𝑣(0)
𝑣(0) = −𝑐1 ∙ 𝜔 ∙ sin(0) + 𝑐2 ∙ 𝜔 ∙ cos(0); logo e 𝑣(0) = 𝑐2 ∙ 𝜔 → 𝑐2 = , assim solução fica:
𝜔

𝑣(0)
𝑥(𝑡) = 𝑥(0) ∙ cos(𝜔𝑡) + sin(𝜔𝑡)
𝜔

Como 𝑥 = 𝑋 + 𝑙, enato 𝑥(0) = 𝑙 + 𝑋(0), sabendo que: 𝑋(0) = 𝑥(0) − 𝑙, tem-se:

𝑣(0)
𝑥(𝑡) = 𝑙 + (𝑥(0) − 𝑙) ∙ cos(𝜔𝑡) + sin(𝜔𝑡)
𝜔
15

Problema 6: Uma partícula de massa 𝑚 lancada para cima num campo gravitacional da terra.
Pelo método de Lagrange determine as equações de movimento desta partícula.

1
Dados: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ); 𝑈(𝑥, 𝑦) e 𝐿 =𝑇−𝑈

Sendo: energia potencial gravítico, 𝑈 = 𝑚𝑔𝑦 enato o 𝐿 = 𝑇 − 𝑈 fica:

1
Função de Lagrange: 𝐿(𝑥, 𝑦; 𝑥̇ , 𝑦̇ ) = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) − 𝑚𝑔𝑦

Equação de Lagrange:

𝜕𝐿
= 𝑚𝑥̇ 𝑑
∙ 𝑚𝑥̇ = 𝑚𝑥̈
𝜕𝑙
=0
𝜕𝑥̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑥
𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝑈 𝜕𝑙
( )= = 𝑚𝑦̇ ; ∙( )= ∙ 𝑚𝑦̇ = 𝑚𝑦̈ e = = −𝑚𝑔
𝜕𝑞̇ 𝜕𝑦̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑞 𝜕𝑞 𝜕𝑦
𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
=0 { ∙ 𝑚𝑧̇ = 0 { =0
𝑑𝑡
{ 𝜕𝑧̇ 𝜕𝑧

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑚𝑥̈ = 0 𝑥̈ = 0
∙( )− =0⇒{ ⇒{
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝑚𝑦̈ − 𝑚𝑔 = 0 𝑦̈ − 𝑔=0

Probelma7: Para um pendulo simples escreva e função de Lagrange e a equação de


Lagrange. Use o seguinte sistema de coordenadas:
16

1
Dados: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ); 𝑈(𝑥, 𝑦) e 𝐿 =𝑇−𝑈

𝑥 = 𝑙 sin 𝜃 𝑥̇ = 𝑙𝜃̇ cos 𝜃 𝑥̇ 2 = 𝑙 2 𝜃̇ 2 cos 2 𝜃


Sendo: { ⇒{ ⇒ { , fazendo (𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) fica:
𝑦 = 𝑙 cos 𝜃 𝑦̇ = 𝑙𝜃̇ sin 𝜃 𝑦̇ 2 = 𝑙 2 𝜃̇ 2 sin2 𝜃

(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = 𝑙 2 𝜃̇ 2 (cos 2 𝜃 + sin2 𝜃) ⇒ 𝑙 2 𝜃̇ 2 , sendo 𝑙, = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡; tem-se 1 grau de liberdade 𝜃:

1 1
𝑇 = 2 𝑚(𝑙 2 𝜃̇ 2 ) 𝑇 = 2 𝑚(𝑙 2 𝜃̇ 2 )
{ , como: 𝑦 = 𝑙 cos 𝜃 então: , substituindo no 𝐿 = 𝑇 − 𝑈:
𝑈 = −𝑚𝑔𝑦 𝑈 = −𝑚𝑔𝑙 cos 𝜃

1
Função de Lagrange: 𝐿 = 2 𝑚𝑙 2 𝜃̇ 2 + 𝑚𝑔𝑙 cos 𝜃

𝜕𝐿
= 𝑚𝑙 2 𝜃̇
𝜕𝜃̇
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑
Equação de Lagrange: 𝑑𝑡 (𝜕𝑥̇ ) − 𝜕𝑥 = ∙ 𝑚𝑥̇ = 𝑚𝑙 2 𝜃̈
𝑑𝑡
𝜕𝐿
{𝜕𝜃 = −𝑚𝑔𝑙 sin 𝜃

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑔
∙( )− = 0 ⇒ 𝑚𝑙 2 𝜃̈ + 𝑚𝑔𝑙 sin 𝜃 = 0 ⇒ 𝜃̈ + sin 𝜃 = 0
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝑙

Problema 8: Uma partícula de massa 𝑚 move-se sem atrito sobre um aparte de ciclóide no
campo gravidade. As equações de ciclóide são:𝑥 = 𝑎(𝜑 − sin 𝜑); 𝑦 = 𝑎(1 + cos 𝜑) .
determina a função de Lagrange e a equações de movimento da partícula.

1
Dados: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ); 𝑈(𝑥, 𝑦) e 𝐿 =𝑇−𝑈

𝑥 = 𝑎(𝜑 − sin 𝜑) 𝑥̇ = 𝑎(𝜑̇ − 𝜑̇ cos 𝜑)


{ derivando a função tem-se: {
𝑦 = 𝑎(1 + cos 𝜑) 𝑦̇ = 𝑎(1 − 𝜑̇ sin 𝜑)

𝑥̇ 2 = 𝑎2 𝜑̇ 2 − 2𝑎2 𝜑̇ 2 cos 𝜑 + 𝑎2 𝜑̇ 2 cos2 𝜑


{ 2 2 2 2 fazendo: 𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 , fica:
𝑦̇ = 𝑎 𝜑̇ sin 𝜑

(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = 𝑎2 𝜑̇ 2 − 2𝑎2 𝜑̇ 2 cos 𝜑 + 𝑎2 𝜑̇ 2 cos 2 𝜑 + 𝑎2 𝜑̇ 2 sin2 𝜑, rescrevendo tem-se:


17

(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = 𝑎2 𝜑̇ 2 − 2𝑎2 𝜑̇ 2 cos 𝜑 + 𝑎2 𝜑̇ 2 (cos2 𝜑 + sin2 𝜑), assim tem-se:

(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = 2𝑎2 𝜑̇ 2 − 2𝑎2 𝜑̇ 2 cos 𝜑. Evidenciando 2𝑎2 𝜑̇ 2 fica:

1
(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = 2𝑎2 (1 − cos 𝜑)𝜑̇ 2, como: 𝑇 = 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) e 𝑈 =mgy então 𝐿 = 𝑇 − 𝑈 fica:
2

𝑇 = 𝑚𝑎2 (1 − cos 𝜑)𝜑̇ 2


{
𝑈 = 𝑚𝑔𝑎(1 + cos 𝜑)

Função de Lagrange: 𝑳(𝜑; 𝜑̇ ) = 𝑚𝑎2 (1 − cos 𝜑)𝜑̇ 2 − 𝑚𝑔𝑎(1 + cos 𝜑)

𝜕𝐿
= 2𝑚𝑎2 (1 − cos 𝜑)𝜑̇
𝜕𝜑̇
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
Equação de Lagrange: 𝑑𝑡 (𝜕𝑥̇ ) − 𝜕𝑥 = ∙ = 2𝑚𝑎2 𝜑̈ − 2𝑚𝑎2 𝜑̈ cos 𝜑 + 2𝑚𝑎2 𝜑̇ 2 sin 𝜑
𝑑𝑡 𝜕𝜑̇
𝜕𝐿
{ = 𝑚𝑎2 𝜑̇ 2 𝜑̇ sin 𝜑 + 𝑚𝑔𝑎𝜑̇ sin 𝜑
𝜕𝜑

𝜕𝐿 𝜕𝜑
𝑁𝐵: No casos (𝜕𝜑) considera-se que: 𝜕𝜑
= 𝜑̇ = 1:

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
∙ (𝜕𝑞̇ ) − 𝜕𝑞 = 0 ⇒ 2𝑚𝑎2 𝜑̈ − 2𝑚𝑎2 𝜑̈ cos 𝜑 + 2𝑚𝑎2 𝜑̇ 2 sin 𝜑 − 𝑚𝑎2 𝜑̇ 2 sin 𝜑 −
𝑑𝑡

𝑚𝑔𝑎 sin 𝜑 = 0, dividindo por 2𝑚𝑎2fica:

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 1 1
∙ (𝜕𝑞̇ ) − 𝜕𝑞 = 0 ⇒ 𝜑̈ − 𝜑̈ cos 𝜑 + 𝜑̇ 2 sin 𝜑 − 2 𝜑̇ 2 sin 𝜑 − 2𝑎 𝑔 sin 𝜑 = 0, rescrevendo
𝑑𝑡

fica:

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 1 1
∙( )− = 0 ⇒ (1 − cos 𝜑)𝜑̈ + 𝜑̇ 2 sin 𝜑 − 𝑔 sin 𝜑 = 0
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 2 2𝑎

Problema 9: Um corpo de massa 𝑚 é suspenso por uma mola elástica. O comprimento da


mola não distendida (livre) é 𝑙,determina a função de Lagrange e a equação do movimento do
corpo. Ressorver esta equação se são dadas as condições iniciais: 𝑥(0) = 𝑥0 e 𝑥̇ (0) = 𝑣0 .
18

1
Dados: 𝑇 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 ); 𝑈(𝑥, 𝑦) e 𝐿 =𝑇−𝑈

Nota-se que o sistema esta sob influência de forca gravitacional e forca restauradora de Huck.
Neste caso as energias potenciais e cinéticas são:

1 1
𝑇 = 2 𝑚𝑥̇ 2 𝑇 = 2 𝑚𝑥̇ 2
{ 1 , como 𝑥 = (𝑋 − 𝑙) substituindo fica: { 1
𝑈 = − 2 𝑘𝑥 2 + 𝑚𝑔𝑥 𝑈 = − 2 𝑘(𝑋 − 𝑙)2 + 𝑚𝑔𝑋

1 1
Função de Lagrange: 𝐿(𝑥; 𝑥̇ ) = 2 𝑚(𝑋̇ 2 ) − 2 𝑘(𝑋 − 𝑙)2 − 𝑚𝑔𝑋

𝜕𝐿
= 𝑚𝑋̇
𝜕𝑋̇
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
Equação de Lagrange: 𝑑𝑡 (𝜕𝑋) − 𝜕𝑥 = 0 ⇒ ∙ = 𝑚𝑋̈
𝑑𝑡 𝜕𝑋̇
𝜕𝐿
{ 𝜕𝑋
= 𝑘(𝑥 − 𝑙) − 𝑚𝑔𝑋̇

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
( )− = 0 ⇒ 𝑚𝑋̈ + 𝑚𝑔 − 𝑘(𝑥 − 𝑙) = 0
𝑑𝑡 𝜕𝑋 𝜕𝑥

𝑚𝑔 𝑔𝑚 𝑣0
𝑥(𝑡) = 𝑙 − + (𝑥0 − 𝑙 − ) cos 𝜔𝑡 + sin 𝜔𝑡
𝑘 𝑘 𝜔

Problema 10: escreva as equações de Lagrange se a função de Lagrange é:


1
10.1. Dados: 𝐿 = 2 𝑚(𝑋̇ 2 )

𝜕𝐿
= 𝑚𝑥̇
𝜕𝑥
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
Equação de Lagrange: 𝑑𝑡 (𝜕𝑥) − 𝜕𝑥 = 0 ⇒ ∙ = 𝑚𝑥̈
𝑑𝑡 𝜕𝑥̇
𝜕𝐿
{ =0
𝜕𝑥

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
( )− = 0 ⇒ 𝑚𝑥̈ = 0 ⇒ 𝑥̈ = 0
𝑑𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑥
1 1
10.2. Dados: 𝐿 = 2 𝑚𝑥̇ 2 − 2 𝑘𝑥 2

𝜕𝐿
= 𝑚𝑥̇
𝜕𝑥̇
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
Equação de Lagrange: 𝑑𝑡 (𝜕𝑥) − 𝜕𝑥 = 0 ⇒ ∙ = 𝑚𝑥̈
𝑑𝑡 𝜕𝑥
𝜕𝐿
{ 𝜕𝑥 = −𝑘𝑥
19

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
( )− = 0 ⇒ 𝑚𝑥̈ + 𝑘𝑥 = 0
𝑑𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑥
1 1
10.3. Dados: 𝐿 = 2 𝑚𝑥̇ 2 + 𝑎𝑥̇ 𝑥 − 2 𝑘𝑥 2

𝜕𝐿
= 𝑚𝑥̇ − 𝑎𝑥
𝜕𝑥̇
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
Equação de Lagrange: 𝑑𝑡 (𝜕𝑥) − 𝜕𝑥 = 0 ⇒ ∙ = 𝑚𝑥̈ + 𝑎𝑥̇
𝑑𝑡 𝜕𝑥
𝜕𝐿
{ = 𝑎𝑥̇ − 𝑘𝑥
𝜕𝑥

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
( )− = 0 ⇒ 𝑚𝑥̈ + 𝑎𝑥̇ − 𝑎𝑥̇ + 𝑘𝑥 = 0 ⇒ 𝑚𝑥̈ + 𝑘𝑥 = 0
𝑑𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑥
1 1
10.4. Dados: 𝐿 = 2 𝑚𝑦̇ 2 + 2 𝑚𝑙 2 𝜑̇ 2 + 𝜆𝜑 2

Equação de Lagrange:

𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
= 𝑚𝑦̇ ∙ = 𝑚𝑦̈ =0
𝜕𝐿 𝜕𝑦̇ 𝑑 𝜕𝐿 𝑑𝑡 𝜕𝑦̇ 𝜕𝐿 𝜕𝑦
(𝜕𝑞̇ ) = { 𝜕𝐿 ; ∙ (𝜕𝑞̇ ) = { 𝑑 𝜕𝐿 ; = { 𝜕𝐿
𝑑𝑡 𝜕𝑞
= 𝑚𝑙 2 𝜑̇ ∙ = 𝑚𝑙 2 𝜑̈ = 2𝜆𝜑
𝜕𝜑̇ 𝑑𝑡 𝜕𝜑̇ 𝜕𝜑

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑚𝑦̈ = 0 𝑦̈ = 0
∙( )− =0⇒{ 2 ⇒{ 2
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝑚𝑙 𝜑̈ − 2𝜆𝜑 = 0 𝑚𝑙 𝜑̈ − 2𝜆𝜑 = 0

1 1
10.5. Dados: 𝐿 = 2 𝑚𝑥̇ 2 + 𝛽𝜑̇ 𝑥̇ − 2 𝑘𝑥 2

𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
= 𝑚𝑥̇ 𝛽 𝜑̇ ∙ = 𝑚𝑥̈ + 𝛽𝜑̈ = −𝑘𝑥
𝜕𝐿 𝜕𝑥̇ 𝑑 𝜕𝐿 𝑑𝑡 𝜕𝑥̇ 𝜕𝐿 𝜕𝑦
(𝜕𝑞̇ ) = { 𝜕𝐿 ; ∙ (𝜕𝑞̇ ) = { 𝑑 𝜕𝐿 ; ={ 𝜕𝐿
𝑑𝑡 𝜕𝑞
= 𝛽𝑥̇ ∙ = 𝛽𝑥̈ =0
𝜕𝜑̇ 𝑑𝑡 𝜕𝜑̇ 𝜕𝜑

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑚𝑥̈ + 𝛽𝜑̈ + 𝑘𝑥 = 0 𝑚𝑥̈ + 𝛽𝜑̈ + 𝑘𝑥 = 0


∙( )− =0⇒{ ⇒{
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝛽𝑥̈ = 0 𝑥̈ = 0

1 𝑎𝑦 2 𝜑̇2 1
10.6. Dados: 𝐿 = 2 𝑚𝑦̇ 2 + − 2 𝑘𝑦 2
2

𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
= 𝑚𝑦̇ ∙ = 𝑚𝑦̈ = 𝑎𝑦𝜑̇ 2 − 𝑘𝑦
𝜕𝐿 𝜕𝑦̇ 𝑑 𝜕𝐿 𝑑𝑡 𝜕𝑦̇ 𝜕𝐿 𝜕𝑦
(𝜕𝑞̇ ) = { 𝜕𝐿 ; ∙ (𝜕𝑞̇ ) = { 𝑑 𝜕𝐿
; ={ 𝜕𝐿
𝑑𝑡 𝜕𝑞
= 𝑎𝑦 2 𝜑̇ ∙ = 𝑎𝑦 2 𝜑̈ + 2𝑎𝑦𝑦̇ 𝜑̇ =0
𝜕𝜑̇ 𝑑𝑡 𝜕𝜑̇ 𝜕𝜑

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑚𝑦̈ − 𝑎𝑦𝜑̇ 2 + 𝑘𝑦 = 0
∙( )− =0⇒{ 2
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝑎𝑦 𝜑̈ + 2𝑎𝑦𝑦̇ 𝜑̇ = 0
20

𝑚𝑟 2 𝜑̇ 2
10.7. Dados: 𝐿 = 𝑚𝑟̇ 2 + − 𝑚𝑔(𝑙 − 𝑟)
2

𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
𝜕𝐿
= 2𝑚𝑟̇ 𝑑 𝜕𝐿
∙ = 2𝑚𝑟̈ 𝜕𝐿
= 𝑚𝑟𝜑̇ 2 − 𝑚𝑔
𝜕𝑟̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑟̇ 𝜕𝑟
(𝜕𝑞̇ ) = { 𝜕𝐿 ; ∙ (𝜕𝑞̇ ) = { 𝑑 𝜕𝐿 ; ={ 𝜕𝐿
= 𝑚𝑟 2 𝜑̇ 𝑑𝑡
∙ = 𝑚𝑟 2 𝜑̈ + 2𝑚𝑟𝑟̇ 𝜑̇ 𝜕𝑞
=0
𝜕𝜑̇ 𝑑𝑡 𝜕𝜑̇ 𝜕𝜑

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 2𝑚𝑟̈ − 𝑚𝑟𝜑̇ 2 + 𝑚𝑔 = 0 2𝑟̈ − 𝑟𝜑̇ 2 + 𝑔 = 0


∙( )− =0⇒{ ⇒ {
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝑚𝑟 2 𝜑̈ + 2𝑚𝑟𝑟̇ 𝜑̇ = 0 𝑟 2 𝜑̈ + 2𝑟𝑟̇ 𝜑̇ = 0

1 𝑘(𝑥1 +𝑥2 )2
10.8. Dados: 𝐿 = 2 𝑚(𝑥̇ 1 2 + 𝑥̇ 2 2 ) + 2

𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
= 𝑚𝑥1̇ ∙ = 𝑚𝑥1̈ = −𝑘𝑥1 + 𝑘𝑥2
𝜕𝐿 𝜕𝑥 ̇ 𝑑 𝜕𝐿 𝑑𝑡 𝜕𝑥 ̇ 𝜕𝐿 𝜕𝑥
(𝜕𝑞̇ ) = { 𝜕𝐿1 ; ∙ (𝜕𝑞̇ ) = { 𝑑 𝜕𝐿1 ; = { 𝜕𝐿1
𝑑𝑡 𝜕𝑞
= 𝑚𝑥1̇ ∙ = 𝑚𝑥2̈ = −𝑘𝑥2 + 𝑘𝑥1
𝜕𝑥2̇ 𝑑𝑡 𝜕𝑥2̇ 𝜕𝑥2

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑚𝑥 ̈ + 𝑘𝑥1 − 𝑘𝑥2 = 0 𝑚𝑥 ̈ − 𝑘(𝑥2 − 𝑥1 ) = 0


∙( )− =0⇒{ 1 ⇒{ 1
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞 𝑚𝑥2̈ + 𝑘𝑥2 − 𝑘𝑥1 = 0 𝑚𝑥2̈ + 𝑘(𝑥2 − 𝑥1 ) = 0
21

Propriedade de Simetria e Leis de Conservação

Aula 4: Energia total

A partir da função de Lagrange 𝐿(𝑞; 𝑞̇ ), pode-se deduzir a equação de emergia mecânica.


𝑑𝑙
Assim inicialmente deriva-se a equação de lagrange em função de tempo 𝑑𝑡 , ficando:

𝑑𝑙
= (𝑞; 𝑞̇ , 𝑡)
𝑑𝑡
𝑑𝑙
Como 𝑞 e 𝑞̇ são funções que dependem de tempo, 𝑡 então 𝑑𝑡, fica:

𝑑𝑙 𝑑𝑙 𝜕𝑞 𝜕𝐿 𝜕𝑞
= + ∙
𝑑𝑡 𝑑𝑞 𝜕𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑡

𝑑𝑙
Isolando o termo , na equação de Lagrange fica:
𝑑𝑞

𝑑𝑙 𝜕𝐿 𝜕𝐿
( )− =0
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞

𝜕𝐿 𝑑𝑙 𝜕𝐿
= ( )
𝜕𝑞 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇

𝑑𝑙 𝑑𝑙 𝜕𝑞 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝜕𝑞
Substituindo a equação 𝑑𝑡 = 𝑑𝑞 𝜕𝑡 + 𝜕𝑞̇ + 𝜕𝑞̇ ∙ 𝜕𝑡 , fica:

𝑑𝑙 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝑞 𝜕𝐿 𝜕𝑞
= ( ) + ∙
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑞̇

𝜕𝑞
Como 𝜕𝑞̇ = 0, nota-se que o segundo aditivo si anula, assim rescrevendo a equação fica:

𝑑𝑙 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝑞
− ( ) =0
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑡

𝜕𝑞
Como: 𝜕𝑡 = 𝑞̇ , aplicanda a propriedade comutativa fica:

𝑑𝑙 𝑑 𝜕𝐿 𝑑𝑙 𝑑 𝜕𝐿
− ( ) 𝑞̇ = 0 → − (𝑞̇ ) = 0
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝜕𝑞̇

𝑑𝑙 𝜕𝐿 𝜕𝐿
(𝑞̇ − 𝐿) = 0 → 𝑞̇ −𝐿 =0
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 𝜕𝑞̇
22

𝜕𝐿
Nota-se que o termo 𝑞̇ 𝜕𝑞̇ − 𝐿, se conserva, isto é, é constante e a grandeza que tem essa
𝒅𝑬
característica é energia 𝑬, isto é, ( 𝒅𝒕 = 𝟎; 𝑬 = 𝒄𝒐𝒔𝒕 𝒆 𝑬𝟎 = 𝑬𝒇 ); consequentemente fica:

𝝏𝑳
𝑬 = 𝒒̇ − 𝑳 𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂 𝑴𝒆𝒄â𝒏𝒊𝒄𝒂
𝝏𝒒̇

No caso geral “𝑠” coordenadas generalizadas ou graus de liberdades a energia fica:


𝑛
𝑑𝐿 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝜕𝐿
= ∑ (𝑞̇ 1 + 𝑞̇ 2 + 𝑞̇ )
𝑑𝑡 𝜕𝑞̇ 1 𝜕𝑞̇ 2 𝜕𝑞̇ 𝑖 𝑖
𝑖=1

Logo a energia na forma generalizada fica:


𝑛
𝜕𝐿
𝐸 = ∑ (𝑞̇ 𝑖 )
𝜕𝑞̇ 𝑖
𝑖=1

Seja 𝑇 energia cinética e U(x) energia potencial de uma partícula. A função de Lagrange é:

1
𝐿 = 𝑚𝑥̇ 2 − 𝑈(𝑥)
2

𝑞̇ = 𝑥̇ 𝝏𝑳
Sendo 𝑞 = 𝑥, então: { 𝑑𝐿 ; substituindo na expressão 𝑬 = 𝒒̇ − 𝑳, fica:
= 𝑚𝑥̇ 𝝏𝒒̇
𝑑𝑞̇

1
𝐸 = 𝑥̇ 𝑚𝑥̇ − 𝑚𝑥̇ 2 + 𝑈(𝑥)
2
1 1
Rescrevendo: 𝐸 = 𝑥̇ 𝑚𝑥̇ − 2 𝑚𝑥̇ 2 − 𝑈(𝑥) → 𝐸 = 𝑚𝑥̇ 2 − 2 𝑚𝑥̇ 2 + 𝑈(𝑥), operando fica:

1
𝐸= 𝑚𝑥̇ 2 + 𝑈(𝑥)
2
1
Observa-se que: 2 𝑚𝑥̇ 2 = 𝑇 e 𝑈(𝑥) = 𝑉 enato temos uma relação:

Onde: 𝑉 é energia potencial (pode ser gravitacional, elástica, etc.)

𝑬= 𝑻+𝑽

Energia Mecânica Total


23

Aula 5: Impulso no Método de Lagrange

A partindo da equação de Lagrange, pode-se isolar o 2º aditivo e relacionar expressão com a


formula do movimento, hora vejamos:

𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
= ( )
𝜕𝑞𝑖 𝑑𝑡 𝜕𝑞𝑖̇

𝜕𝐿
Fazendo uma analise particular pode-se mostrar que é impulso 𝑝, assim sendo tem-se:
𝜕𝑞̇

1
Como: 𝐿 = 2 𝑚𝑞𝑖̇ 2 − 𝑈(𝑞𝑖 ), derivando na ordem da velocidade (𝑞̇ ) fica:

𝜕𝐿 2
= 𝑚𝑞1̇ − 0
𝜕𝑞𝑖̇ 2

𝜕𝐿
= 𝑚𝑞𝑖̇
𝜕𝑞𝑖̇

Nota-se que a grandeza dada por produto da massa e velocidade é impulso (𝑚𝑞̇ = 𝑝), logo:

𝜕𝐿
= 𝑝𝑖
𝜕𝑞̇ 𝑖

𝜕𝐿 𝑑𝑝
Substituindo o termos 𝜕𝑞̇ , e lembrando que = 𝐹, a expressão fica:
𝑑𝑡

𝜕𝐿 d
= (𝑝𝑖 )
𝜕𝑞𝑖 dt

d
𝐹𝑖 = (𝑝 )
dt 𝑖

Condições:

𝜕𝐿
 se o sistema for isolado, então 𝐹𝑖 = 0 e 𝐹𝑖 = 𝜕𝑞 = 0; isto implica: 𝑝𝑖 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡, logo o
𝑖

sistema tem homogeneidade de espaço;


𝜕𝐿
 = 0, se, q = 𝐜𝐨𝐫𝐝𝐞𝐧𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐜𝐢𝐜𝐥𝐢𝐜𝐚𝐬.
𝜕𝑞

1 𝜕𝐿
Exemplo: dada a função de Lagrange: 𝐿 = 2 𝑚(𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) − 𝑈(𝑦), determine a força ( 𝜕𝑞)

e classifique quando a homogeneidade.


24

Indica as coordenadas cilícicas:

𝜕𝐿
Resolução: 𝜕𝑥 = 0; logo: x = cordenadas cíclicas.

Aula 6: Momento de Impulso no Método de Lagrange

Para um sistema isolado, no espaço isotrópico o momento de impulso ocorre apena em um


sentido, como podendo mostrar isso matematicamente.

⃗⃗⃗ = 𝑟⃗𝑥𝑝⃗ ↔ 𝑚( 𝑟⃗𝑥𝑣⃗) = 𝑚( 𝑟⃗𝑥𝑟⃗⃗⃗̇); sabendo que 𝑟 = (𝑥, 𝑦, 𝑧):


Como: 𝑀

𝑖⃗ 𝑗⃗ ⃗⃗
𝑘
⃗⃗⃗
𝑀 = 𝑚 ∙ |𝑥 𝑦 ⃗⃗ = (0.0, 𝑀𝑧 )
𝑧 | = (𝑦𝑧̇ − 𝑧𝑦̇ )𝑖⃗ + (𝑧𝑥̇ − 𝑥𝑧̇ )𝑗⃗ + (𝑥𝑦̇ − 𝑦𝑥̇ )𝑘
𝑥̇ 𝑦̇ 𝑧̇

𝑀𝑧 = 𝑚 ∙ (𝑥𝑦̇ − 𝑦𝑥̇ )

Sendo: 𝑥 = 𝑟 sin 𝜑 e 𝑦 = 𝑟 cos 𝜑

𝑥 = 𝑟 sin 𝜑 𝑥̇ = 𝑟̇ sin 𝜑 + 𝑟𝜑̇ cos 𝜑


{ , derivando a função tem-se:{ , logo 𝑀𝑧 , fica:
𝑦 = 𝑟 cos 𝜑 𝑦̇ = 𝑟̇ cos 𝜑 − 𝑟𝜑̇ sin 𝜑

𝑀𝑧 = 𝑚. [𝑟 sin 𝜑 (𝑟̇ cos 𝜑 − 𝑟𝜑̇ sin 𝜑) − 𝑟 cos 𝜑 (𝑟̇ sin 𝜑 + 𝑟𝜑̇ cos 𝜑)]

𝑀𝑧 = 𝑚. (𝑟𝑟̇ sin 𝜑 cos 𝜑 − 𝑟 2 𝜑̇ sin2 𝜑 − 𝑟𝑟̇ cos 𝜑 sin 𝜑 − 𝑟 2 𝜑̇ cos 2 𝜑)

𝑀𝑧 = −𝑚. 𝑟 2 𝜑̇ (sin2 𝜑 + cos2 𝜑)

𝑴𝒛 = −𝒎. 𝒓𝟐 𝝋̇

NB: Isotropia do Espaço: é quando o sistema não se altera em qualquer instante no espaço.
25

Aula 7: Integral das Equações de Lagrange

Partindo das equações:

1
𝐿 = 𝑚𝑥̇ 2 − 𝑈(𝑥) 1
2
𝜕𝐿 → 𝐸 = 𝑚𝑥̇ 2 + 𝑈(𝑥)
2
𝐸 = 𝑞̇ −𝐿
{ 𝜕𝑞̇

A partir desta, pode-se isolando o deslocamento 𝑥, para a achar o tempo 𝑡, assim tem-se:

1
𝑚𝑥̇ 2 = 𝐸 − 𝑈(𝑥)
2

2
𝑥̇ 2 = [𝐸 − 𝑈(𝑥)]
𝑚

2
𝑥̇ = √ [𝐸 − 𝑈(𝑥)]
𝑚

𝑑𝑥
Como: 𝑥̇ = , substituindo e aplicando a propriedade (√𝑎 ∙ 𝑏 = √𝑎 ∙ √𝑏), tem-se:
𝑑𝑡

𝑑𝑥 2
= √ ∙ √[𝐸 − 𝑈(𝑥)]
𝑑𝑡 𝑚

Se invertemos a equação fica e isolamos o 𝑑𝑡 fica:

𝑚 1
𝑑𝑡 = √ ∙ ∙ 𝑑𝑥
2 √[𝐸 − 𝑈(𝑥)]

Para achar o 𝑡, integrasse a esxpressao em ambos os lados, assim fica: 4


𝑥𝑓 𝑡𝑓
𝑚 1
∫ 𝑑𝑡 = ∫ √ ∙ ∙ 𝑑𝑥
𝑥0 𝑡0 2 √[𝐸 − 𝑈(𝑥)]

𝒙𝒇
𝒎 𝒅𝒙
𝒕=√ ∙∫ ∙
𝟐 𝒙𝟎 √[𝑬 − 𝑼(𝒙)]

Condição de movimento:

1
𝑚𝑥̇ 2 ≥ 0 ; [𝐸 − 𝑈(𝑥)] ≫ 0
 Como: √[𝐸 − 𝑈(𝑥)] > 0 → { 2
𝐸 ≥ 𝑈(𝑥): 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖ção 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑛𝑟𝑡𝑜
26

Aula 8: Tipos de Movimento “Movimento Harmónico Simples”

Consideremos o movimento de uma partícula descrito pela seguinte equação:

𝑥(𝑡) = 𝐴 sin(𝜔𝑡 − 𝛼)

Nota-se que a equação descreve movimento oscilatório harmónico simples, onde graficamente
fica representado da seguinte forma:

1 1
Sendo: 𝑈(𝑥) = 2 𝑘𝑥 2 e 𝑇 = 2 𝑚𝑥̇ 2 = 0 (pontos de parada), pelo principio de conservação da

energia tem-se:

𝑬 = 𝑼(𝒙)

Equação para pontos de parada

Rescrevendo fica:

1
𝐸 = 𝑘𝑥 2
2

Isolando o 𝑥, obtém-se os pontos de paradas, isto é, o tipo de movimento da partícula, assim:

2𝐸 2𝐸
𝑥2 = → 𝑥(1⁄2) = ∓√
𝑘 𝑘

2𝐸
𝑥1 = −√
𝑘
𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠
2𝐸
𝑥2 = √
{ 𝑘
27

Período no Movimento Harmónico Simples:

𝒎 𝒙 𝒅𝒙
Como o no MHS é dado por tempo é dado por: 𝒕 = √ 𝟐 ∙ ∫𝒙 𝒇∙ , e período é 𝑇 = 2𝑡,
𝟎 √[𝑬−𝑼(𝒙)]

então tem-se:

𝒙𝒇 𝒙𝒇
𝒎 𝒅𝒙 𝒅𝒙
𝑇 = 2𝑡 = 2√ ∙∫ ∙ ↔ √𝟐𝒎 ∙ ∫ ∙
𝟐 𝒙𝟎 √[𝑬 − 𝑼(𝒙)] 𝒙𝟎 √[𝑬 − 𝑼(𝒙)]

𝒙𝒇
𝒅𝒙
𝑻 = √𝟐𝒎 ∙ ∫ ∙
𝒙𝟎 √[𝑬 − 𝑼(𝒙)]

Período das Oscilações em Função da Energia


28

Aula 9: Problemas Resolvidos

Problema 1: Uma partícula de massa 𝒎 e da energia 𝑬, move-se unidimensionalmente no


campo potencial:

𝑈0 𝑝𝑎𝑟𝑎 − ∞ < 𝑋 < −𝑎


𝑈(𝑥) = { 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 − 𝑎 < 𝑋 < 𝑎
𝑈0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 < 𝑋 < ∞

Onde: 𝑼𝟎 e 𝒂 são constantes positivas dadas:

a) Esboçar o gráfico da energia potencial;


b) Determinar os limite da variação da energia total 𝑬 pra ter oscilações e indicar os
pontos de paradas;
c) Determinar o período 𝑻 das oscilações em função da energia 𝑬.

Resolução:

a) Construção do gráfico:
 A energia potencial é constante para intervalo: −∞ < 𝑋 < −𝑎
 A energia potencial é nula/ oscila para intervalo: −𝑎 < 𝑋 < 𝑎
 A energia potencial é constante para intervalo: 𝑎 < 𝑋 < ∞

Figura 3: 0 < 𝐸 < 𝑈0

b) Pontos de paradas:

𝑥1 = −𝑎
𝑥 = {𝑥 = +𝑎
2

c) O período cera dada no intervalo onde há variação, ou seja, onde a energia varia ou
oscila: −𝑎 < 𝑋 < 𝑎 = ]−𝑎; 𝑎[ , assim tem-se:
𝑎
𝑑𝑎
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
−𝑎 √[𝐸 − 𝑈(𝑥)]
29

Como no intervalo: ]−𝑎; 𝑎[, 𝑈(𝑥) = 0, então a equação fica:


𝑎
𝑑𝑎
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
−𝑎 √𝐸

Sendo: 𝐸 é constante, a integral fica:


𝑎
√2𝑚
𝑇= ∙ ∫ 𝑑𝑎
√𝐸 −𝑎

√2𝑚 𝑎
𝑇= ∙ 𝑎/−𝑎
√𝐸

√2𝑚 √2𝑚 √2𝑚


𝑇= ∙ [𝑎 − (−𝑎)] → ∙ (𝑎 + 𝑎) = ∙ (2𝑎)
√𝐸 √𝐸 √𝐸

2𝑚
𝑇 = 2𝑎√ ∙
𝐸

Problema 2: Resolva o problema um (1) se:

0 𝑝𝑎𝑟𝑎 − ∞ < 𝑋 < −𝑎


𝑈(𝑥) = {−𝑈0 𝑝𝑎𝑟𝑎 − 𝑎 < 𝑋 < 𝑎
0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 < 𝑋 < ∞

Resolução:

a) Construção do gráfico:
 A energia potencial é constante para intervalo: −∞ < 𝑋 < −𝑎
 A energia potencial é nula/ oscila para intervalo: −𝑎 < 𝑋 < 𝑎
 A energia potencial é constante para intervalo: 𝑎 < 𝑋 < ∞

Figura 4: : −𝑈0 < 𝐸 < 0


30

b) Pontos de paradas:

𝑥1 = −𝑎
𝑥 = {𝑥 = +𝑎
2

c) O período cera dada no intervalo onde há variação, ou seja, onde a energia varia ou
oscila: −𝑎 < 𝑋 < 𝑎 = ]−𝑎; 𝑎[ , assim tem-se:
𝑎
𝑑𝑎
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
−𝑎 √[𝐸 − 𝑈(𝑥)]

Como no intervalo: ]−𝑎; 𝑎[, 𝑈(𝑥) = −𝑈0 , então a equação fica:


𝑎
𝑑𝑎
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
−𝑎 √𝐸 − (−𝑈0 )

Para se verificar movimento: 𝐸 ≥ 0 ou seja 𝐸 = −|𝐸|:


𝑎
𝑑𝑎
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
−𝑎 √𝑈0 − 𝐸

Sendo: 𝐸 é constante, a integral fica:


𝑎
√2𝑚
𝑇= ∙ ∫ 𝑑𝑎
√𝑈0 − 𝐸 −𝑎

√2𝑚 𝑎
𝑇= ∙ 𝑎/−𝑎
√𝑈0 − 𝐸

√2𝑚 √2𝑚 √2𝑚


𝑇= ∙ [𝑎 − (−𝑎)] → ∙ (𝑎 + 𝑎) = ∙ (2𝑎)
√𝑈0 − 𝐸 √𝑈0 − 𝐸 √𝑈0 − 𝐸

2𝑚
𝑇 = 2𝑎√
𝑈0 − 𝐸

Problema 3: Determinar o período das oscilações em função da energia total de 𝑬 para um


oscilador harmónico unidimensional de massa 𝒎 e de energia potencial:

1
𝑈(𝑥) = 𝑘𝑥 2
2
31

Resolução:

i. Determinar os Pontos de paradas:

Para achar os pontos de parada partimos da equação: 𝐸 = 𝑈(𝑥), assim tem-se:


1
𝐸 = 𝑘𝑥 2
2

2𝐸
𝑥1 = −√
2𝐸 𝑘
𝑥 = ∓√ →
𝑘
2𝐸
𝑥2 = +√
{ 𝑘

ii. Construir o gráfico:

Figura 5: 0 < 𝐸 < ∞

iii. Calcular o período

O período cera dada no intervalo onde há variação, ou seja, onde a energia varia ou oscila:
2𝐸 2𝐸 2𝐸 2𝐸
−√ 𝑘 < 𝑋 < √ 𝑘 = ]−√ 𝑘 ; √ 𝑘 [ , assim tem-se:

𝑥1
𝑑𝑥
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝑥2 √[𝐸 − 𝑈(𝑥)]

2𝐸 2𝐸 1
Como no intervalo: ]−√ 𝑘 ; √ 𝑘 [, 𝑈(𝑥) = 2 𝑘𝑥 2 , então a equação fica:
32

𝑥1
𝑑𝑥
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝑥2
√𝐸 − 1 𝑘𝑥 2
2

2

𝐾
Multiplicando a integral por um: 2
= 1, e como 𝐸 é constante, a integral fica:

𝐾

𝑥1
𝑑𝑥 √2
𝐾
𝑇= √2𝑚 ∙ ∫ ∙ ∙
𝑥2
√𝐸 − 𝑘𝑥 2 √ 2
1
( 2 ) 𝐾

Rescrevendo fica:

𝑥1
4𝑚 𝑑𝑥
𝑇=√ ∙∫ ∙
𝐾 𝑥2
√2𝐸 − 𝑥 2
𝑘

Par resolver este tipo de integral é necessário mudar de variável, para isso seguimos a
2𝐸
consideração: 𝑎2 = , assim substituindo fica:
𝑘

𝑥1
4𝑚 𝑑𝑥
𝑇= √ ∙∫ ∙
𝐾 2
𝑥2 √𝑎 − 𝑥
2

𝑥 = 𝑎 sin 𝜃
Sendo 𝑎 uma constante, sejamos: { , substituindo as avariáveis tem-se:
𝑑𝑥 = 𝑎 cos 𝜃 𝑑𝜃

𝜃1
4𝑚 𝑎 cos 𝜃 𝑑𝜃
𝑇=√ ∙∫ ∙
𝐾 2 2
𝜃2 √𝑎 − 𝑎 sin 𝜃
2

Evidenciando o 𝑎, e aplicando a identidade: sin2 𝜃 + cos2 𝜃 = 1 → sin2 𝜃 − 1 = cos2 𝜃,


tem-se:

𝜃1 𝜃1
4𝑚 𝑎 cos 𝜃 𝑑𝜃 4𝑚
𝑇= √ ∙∫ ∙ → √ ∙ ∫ 𝑑𝜃
𝐾 𝜃2 𝑎 𝑐𝑜𝑠 𝜃 𝐾 𝜃2

4𝑚 𝜃
𝑇=√ ∙ 𝜃/𝜃21
𝐾

𝑥 2𝐸 2𝐸
Como: 𝑥 = 𝑎 sin 𝜃, então: 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛 𝑎, sendo: 𝑥 = ∓√ 𝑘 e 𝑎 = √ 𝑘 , tem-se:
33

√2𝐸 𝜋
𝑘
𝜃1 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛 − = arcsin(−1) = −
2
√2𝐸 √2𝐸
𝑘 𝑘
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛 ∓ →
√2𝐸 √2𝐸 𝜋
𝑘 𝑘
𝜃2 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛 + = arcsin(1) =
2
√2𝐸
{ 𝑘

4𝑚 𝜃
Substituindo na expressão: 𝑇 = √ 𝐾 ∙ 𝜃/𝜃21 , tem-se:

4𝑚 𝜋 𝜋 4𝑚 𝜋 𝜋 4𝑚
𝑇=√ ∙ [ − (− )] → √ ∙( + )→√ ∙ (𝜋)
𝐾 2 2 𝐾 2 2 𝐾

𝑚
𝑇 = 2𝜋√
𝐾

Problema 4: Determina o período das oscilações em função da energia total de uma partícula
𝒎 em movimento no campo potencial:

U0
U(x) =
ch2 αx
𝑒 𝑥 +𝑒 −𝑥
Onde: U0 e a são constantes positivas dadas e que ch2 αx = :
2

Resolução:

i. Construir o gráfico:

É necessário achar os pontos ondes existem energia para poder traçar o gráfico:

U0
U(x) =
ch2 αx
𝑒 𝑥 +𝑒 −𝑥 U0
Substituindo ch = , tem-se: U(x) = − 𝑒𝑥 +𝑒−𝑥
2
2
( )
2

U0 U0
𝑈(0) = − 2 =− = −U0
𝑒0 + 𝑒0 1
U0 ( )
2
U(x) = − =
𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥 2 U0 U0
( ) 𝑈(∞) = − =− =0
2 𝑒∞ + 𝑒 −∞ 2 ∞
{ ( )
2
34

Figura 6: −𝑈0 < 𝐸 < 0

ii. Determinar os Pontos de paradas:


Para achar os pontos de parada partimos da equação: 𝐸 = 𝑈(𝑥), assim tem-se:
U0
𝐸=−
ch2 αx
U0
ch2 αx = −
𝐸

Para que haja movimento: 𝐸 ≥ 0 → 𝐸 = −|𝐸|, assim a expressão fica:

U0
ch2 αx = −
−|𝐸|

U0
chαx1 = −√
U0 |𝐸|
chαx = ∓√ →
|𝐸|
U0
chαx2 = +√
{ |𝐸|

iii. Calcular o período

O período cera dada no intervalo onde há variação, ou seja, onde a energia varia ou oscila:
U U U U
−√|𝐸|0 < 𝑋 < √|𝐸|0 = ]−√|𝐸|0 ; √|𝐸|0 [ , assim tem-se:

𝑥1
𝑑𝑥
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝑥2 √[𝐸 − 𝑈(𝑥)]

U U U
Como no intervalo: ]−√|𝐸|0 ; √|𝐸|0 [, 𝑈(𝑥) = − ch20αx, então a equação fica:
35

𝑥1
𝑑𝑥
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝑥2
√𝐸 − (− U20 )
ch αx

Como para que haja movimento: 𝐸 = −|𝐸|, sendo 𝐸 é constante, substituindo, a integral fica:
𝑥1
𝑑𝑥
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝑥2
√ U20 − |𝐸|
ch αx

chαx
Para simplificar a integral multiplica-se por temo que equivale a um: chαx = 1, assim fica:

𝑥1
chαx𝑑𝑥
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝑥2 √U0 − |𝐸|ch2 αx

Par resolver este tipo de integral é necessário mudar de variável, para isso seguimos a
𝑦 = shαx 𝑦 = shαx
consideração: 𝑦 = shαx, derivando a expressão fica: { → {𝑑𝑦 ,
𝑑𝑦 = 𝛼chαxdx = chαxdx
𝛼

sabendo que: ch2 αx − sh2 αx = 1; enato: ch2 αx = 1 + sh2 αx → 𝑠h2 αx = 1 + 𝑦 2 ; tem-se:


𝑦1
1 𝑑𝑦
𝑇 = ∙ √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝛼 𝑦2 √U0 − |𝐸|(1 + 𝑦 2 )

Rescrevendo:
𝑦1
1 𝑑𝑦
𝑇 = ∙ √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝛼 𝑦2 √U0 − |𝐸| − |𝐸|𝑦 2

1
√|𝐸|
Para simplificar a integral multiplica-se por temo que equivale a um: 1
= 1, assim fica:
√|𝐸|

𝑦1
1 2𝑚 𝑑𝑦
𝑇= ∙ √ ∙∫ ∙
𝛼 |𝐸| 𝑦2 U − |𝐸|
√ 0 − 𝑦2
|𝐸|

U0 −|𝐸|
Seja: 𝑎2 = |𝐸|
, substituindo fica:

𝑦1
1 2𝑚 𝑑𝑦
𝑇 = ∙√ ∙∫ ∙
𝛼 |𝐸| 𝑦2 √𝑎2 − 𝑦 2

Recorrendo a rabela da integração, a solução da integral fica:


36

1 2𝑚 𝑦1 𝑦2
𝑇= ∙√ ∙ (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 − 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 )
𝛼 |𝐸| 𝑎 𝑎

U U
Lembrando que: 𝑦 = shαx, então: ch2 αx = ch2 αx − 1, sendo: ch2 αx = |𝐸|0 ; sh2 αx = |𝐸|0 − 1,

U0 −|𝐸|
então, achando o m.m.c 𝑦 = 𝑠ℎ𝛼𝑥 = (√ |𝐸|
)e substituindo na expressão fica:

U0 − |𝐸| U0 − |𝐸|
1 2𝑚 √ − √
|𝐸| |𝐸|
𝑇 = ∙√ ∙ 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 − 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛
𝛼 |𝐸| U − |𝐸| U − |𝐸|
√ 0 √ 0
( |𝐸| |𝐸| )

1 2𝑚
𝑇= ∙√ ∙ [𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(1) − 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(−1)]
𝛼 |𝐸|

𝜋 𝜋
Sendo: 𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛(1) = 𝑒 𝑎𝑟𝑐𝑜𝑠(−1) = − 2 , assim tem-se:
2

1 2𝑚 𝜋 𝜋
𝑇= ∙√ ∙[ + ]
𝛼 |𝐸| 2 2

𝜋 2𝑚
𝑇= ∙√
𝛼 |𝐸|

Problema 5: Resolve problema 4 se:

𝜋 𝜋
U(x) = U0 tg 2 αx ; − <𝑥<
2𝛼 2𝛼

Resolução:

i. Construir o gráfico:
U(x) = U0 tg 2 αx

𝜋 𝜋
𝑈 (− ) = U0 tg 2 (− ) = ∞
U(x) = { 2𝛼 2𝛼
𝜋 𝜋
𝑈 ( ) = U0 tg 2 ( ) = ∞
2𝛼 2𝛼

Logo o gráfico é dado: 0 < 𝐸 < ∞


37

Figura 7: 0 < 𝐸 < ∞

ii. Determinar os Pontos de paradas:


Para achar os pontos de parada partimos da equação: 𝐸 = 𝑈(𝑥), assim tem-se:
𝐸 = U0 tg 2 αx
𝐸
tg 2 αx =
U0

𝐸
tgαx1 = −√
𝐸 U0
tgαx = ∓√ →
U0
𝐸
tgαx2 = +√
{ U0

iii. Calcular o período

O período cera dada no intervalo onde há variação, ou seja, onde a energia varia ou oscila:
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
− 2𝛼 < 𝑥 < 2𝛼 = ]− 2𝛼 ; 2𝛼[ , assim tem-se:

𝑥1
𝑑𝑥
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝑥2 √[𝐸 − 𝑈(𝑥)]

𝜋 𝜋
Como no intervalo: ]− 2𝛼 ; 2𝛼[, 𝑈(𝑥) = U0 tg 2 αx, então a equação fica:

𝑥1
𝑑𝑥
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝑥2 √𝐸 − U0 tg 2 αx

cos(αx)
Para simplificar a integral multiplica-se por temo que equivale a um: cos(αx) = 1, assim fica:
38

𝑥1
cosαx𝑑𝑥
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙ , Rescrevendo:
𝑥2 sen2 αx
√cos2 αxE − U0 ( 2 ) cos2 αx
cos αx
𝑥1
1 cosαx𝑑𝑥
𝑇 = √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝛼 𝑥2 √cos 2 αxE − U0 sen2 αx

Par resolver este tipo de integral é necessário mudar de variável, para isso seguimos a
𝑦 = senαx 𝑦 = senαx
consideração: 𝑦 = senαx, derivando a expressão fica: {𝑑𝑦 = 𝛼cosαxdx → {𝑑𝑦 = cosαxdx,
𝛼

sabendo que: 𝑐𝑜𝑠 2 αx − sen2 αx = 1; enato: cos2 αx = 1 − 𝑦 2 ; substituindo tem-se:


𝑦1
1 𝑑𝑦
𝑇= √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝛼 𝑦2 √(1 − 𝑦 2 )E − U0 𝑦 2

Rescrevendo:
𝑦1
1 𝑑𝑦
𝑇 = ∙ √2𝑚 ∙ ∫ ∙
𝛼 𝑦2 √E − E𝑦 2 − U0 𝑦 2

1
√𝐸+U
0
Para simplificar a integral multiplica-se por temo que equivale a um: 1
= 1, assim fica:
√𝐸+U
0

𝑦1
1 2𝑚 𝑑𝑦
𝑇= ∙√ ∙∫ ∙
𝛼 |𝐸 + U0 | 𝑦2 E 2

𝐸 + U0 − 𝑦

E
Seja: 𝑎2 = 𝐸+U , substituindo fica:
0

𝑦1
1 2𝑚 𝑑𝑦
𝑇= ∙ √ ∙∫ ∙
𝛼 𝐸 + U0 𝑦2 √𝑎2 − 𝑦 2

Recorrendo a rabela da integração, a solução da integral fica:

1 2𝑚 𝑦1 𝑦2
𝑇= ∙√ ∙ (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 − 𝑎𝑟𝑠𝑒𝑛 )
𝛼 𝐸 + U0 𝑎 𝑎

1 𝐸
Lembrando que: 𝑦 = sen(αx), então: tg 2 αx = cos2αx − 1, sendo: 𝑡𝑔2 αx = U ; tem-se:
0

𝐸 1 1 𝐸 1 𝐸 + U0
= 2
−1→ 2
=1+ ↔ 2
=
U0 cos αx cos αx U0 cos αx U0
39

U0
cos 2 αx =
𝐸 + U0

U0 E E
sen2 αx = 1 − → sen2 αx = → 𝑦 = senαx = √
𝐸 + U0 𝐸 + U0 𝐸 + U0

Substituindo tem-se:

E E
1 2𝑚 √ −√𝐸 + U
𝐸 + U0 0
𝑇 = ∙√ ∙ 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 − 𝑎𝑟𝑠𝑒𝑛
𝛼 𝐸 + U0 E E
√ √
( 𝐸 + U0 𝐸 + U0 )

1 2𝑚
𝑇= ∙√ ∙ [𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(1) − 𝑎𝑟𝑠𝑒𝑛(−1)]
𝛼 𝐸 + U0

𝜋 𝜋
Sendo: 𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛(1) = 𝑒 𝑎𝑟𝑐𝑜𝑠(−1) = − 2 , assim tem-se:
2

1 2𝑚 𝜋 𝜋
𝑇= ∙√ ∙[ + ]
𝛼 𝐸 + U0 2 2

𝜋 2𝑚
𝑇= ∙√
𝛼 𝐸 + U0
40

Problema de dois corpos (choques)

Aula 10: Força electroestática no choque entre duas cargas

Duas partícula de massa (𝑚1 e 𝑚2 ) e de carga +𝑞1 e −𝑞2 , são colocada a uma distância 𝑟⃗. Pela
lei de coulomb estre esta existe um força 𝐹 de caracter atrativa dada pela seguinte relação:

Figura 8: sistema de força

𝜕𝑈
= −𝐹
𝜕𝑟

Figura 9: sistema referencial L

E a função de lagrange será dada da seguinte forma:

Sendo dois corpos então a energia cinética 𝑇 do sistema será dada pelo somatória das energias
cinéticas das partículas 𝑇1 e 𝑇2, assim tem-se:

2
𝑚1 ∙ (𝑟⃗1̇ 𝑖)2
𝑇1 = 𝑚1 ∙ (𝑟⃗1̇ 𝑖)2 𝑚2 ∙ (𝑟⃗2̇ 𝑖)2
𝑇 = ∑ 𝑇𝑖 ; como: 2 então: T = +
𝑚 ∙ (𝑟⃗ ̇ 𝑖)2 2 2
𝑖=1 2 2
𝑇2 =
{ 2

como energia potencia é do sistema, então a equação de lagrange fica:

𝑚1 ∙ (𝑟⃗1̇ 𝑖)2 𝑚2 ∙ (𝑟⃗2̇ 𝑖)2


𝐿= + − 𝑈(𝑟)
2 2
41

Aula 11: Sistema de Referenciais de Centro de Massa

Dado um sistema referencial, tem-se a seguinte relação:

Figura 10: Sistema referencia L

𝑚1 ∙ 𝑟⃗1 𝑖 + 𝑚2 ∙ 𝑟⃗2 𝑖 𝑚1 ∙ 𝑟⃗1̇ 𝑖 + 𝑚2 𝑟⃗2̇ 𝑖


⃗⃗𝑪 =
𝒓 e ⃗⃗𝑪̇ = 𝒗
𝒓 ⃗⃗𝑪 =
𝑚1 + 𝑚2 𝑚1 + 𝑚2

Onde: 𝒓 ⃗⃗𝑪̇ = 𝒗
⃗⃗𝑪 = raio centro de massa e 𝒓 ⃗⃗𝑪 = velocidade cento de massa.

⃗⃗, onde:
Ainda existe a relação de raio 𝒓

⃗⃗𝟏,𝟐 = 𝒓
𝒓 ⃗⃗𝑪 + 𝒓
⃗⃗𝟏
{ ; consequentimente: ⃗⃗ = |𝒓
𝒓 ⃗⃗𝟏 |
⃗⃗𝟐 − 𝒓
⃗⃗𝟐,𝟏 = ⃗𝒓⃗𝑪 + 𝒓
𝒓 ⃗⃗𝟐

Para equação de lagrange tem-se:

𝑚1 ∙ (𝑟⃗1̇ 𝑖)2 𝑚2 ∙ (𝑟⃗2̇ 𝑖)2


𝐿= + − 𝑈(𝑟)
2 2

⃗⃗𝟏,𝟐 e 𝒓
Substituindo os parâmetros𝒓 ⃗⃗𝟐,𝟏 tem-se:

𝑚1 ̇ 2 𝑚2 ̇ 2
𝐿= (𝒓 ⃗⃗𝟏̇ ) +
⃗⃗𝑪 + 𝒓 ⃗⃗𝟐̇ ) − 𝑈(𝑟)
⃗⃗𝑪 + 𝒓
(𝒓
2 2

Operando o quadrado do produto tem-se:

𝑚1 ̇ 𝟐 𝟐 𝑚2 ̇ 𝟐 𝟐
𝐿= ⃗⃗𝑪̇ 𝒓
⃗⃗𝑪 + 𝟐𝒓
(𝒓 ⃗⃗𝟏̇ + 𝒓
⃗⃗𝟏̇ ) + ⃗⃗𝑪̇ 𝒓
⃗⃗𝑪 + 𝟐𝒓
(𝒓 ⃗⃗𝟐̇ + 𝒓
⃗⃗𝟐̇ ) − 𝑈(𝑟)
2 2

Rescrevendo fica:

(𝑚1 + 𝑚2 ) ̇ 𝟐 𝑚1 ̇ 𝟐 𝑚2 ̇ 𝟐 2(𝑚1 ⃗𝒓⃗𝟏̇ + 𝑚2 ⃗𝒓⃗𝟐̇ )𝒓


⃗⃗𝑪̇
𝐿= ⃗⃗𝑪 +
𝒓 ⃗⃗𝟏 + +
𝒓 ⃗⃗𝟐 +
𝒓 − 𝑈(𝑟)
2 2 2 2
42

⃗⃗𝟏̇ + 𝑚2 𝒓
Como: 𝑚1 𝒓 ⃗⃗𝟐̇ = ∑𝟐𝒊=𝟏 𝒑𝒊 , pela definição somatório de impulso é nulo, então o termo
⃗⃗𝟏̇ +𝑚2 𝒓
2(𝑚1 𝒓 ⃗⃗𝟐̇ )𝒓
⃗⃗𝑪̇
, é anula:
2

(𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 ) ̇ 𝟐 𝒎𝟏 ̇ 𝟐 𝒎𝟐 ̇ 𝟐
𝑳= ⃗⃗𝑪 +
𝒓 ⃗⃗𝟏 + +
𝒓 ⃗⃗ − 𝑼(𝒓)
𝒓
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐

O sistema fornece-nos as seguintes condições:

𝑚1 ∙ (𝑟⃗1̇ )2 𝑚2 ∙ (𝑟⃗2̇ )2
𝐿= + − 𝑈(𝑟)
2 2

⃗⃗𝟏̇ + 𝑚2 𝒓
𝑚1 𝒓 ⃗⃗𝟐̇ = 𝟎 𝑚
{ ̇ 𝑚2 ̇ ⃗⃗̇ = 𝒓
como: 𝒓 ⃗⃗𝟐̇ − 𝒓
⃗⃗𝟏̇ então: 𝒓
⃗⃗̇ = 𝒓
⃗⃗𝟐̇ − (− 2 𝒓
⃗⃗ ̇ ) achando m.m.c fica:
⃗⃗ = − 𝒓
𝒓 ⃗⃗ 𝑚1 𝟐
𝟏 𝑚1 𝟐

𝑚1 ̇ 𝑚2 ̇ 𝑚1 + 𝑚2 ̇
⃗⃗̇ =
𝒓 ⃗⃗𝟐 +
𝒓 𝒓 ⃗⃗̇ =
⃗⃗𝟐 → 𝒓 ⃗⃗𝟐
𝒓
𝑚1 𝑚1 𝑚1

Assim isolando o 𝑟⃗2̇ fica:

𝑚1 𝑚2
⃗⃗𝟐̇ =
𝒓 ⃗⃗̇ consequentimente:
𝒓 ⃗⃗𝟏̇ =
𝒓 ⃗⃗̇
𝒓
𝑚1 + 𝑚2 𝑚1 + 𝑚2

Portanto, substituindo o 𝑟⃗1̇ e 𝑟⃗1̇ na função de lagrange tem-se:

𝑚1 𝑚2 2 𝑚2 𝑚1 2
𝐿= ( ⃗⃗̇) +
𝒓 ( ⃗⃗̇) − 𝑈(𝑟)
𝒓
2 𝑚1 + 𝑚2 2 𝑚1 + 𝑚2

𝑚1 𝑚2 2 ̇ 𝟐 + 𝑚2 𝑚1 2
𝐿= ⃗
𝒓⃗ ⃗⃗̇𝟐 − 𝑈(𝑟)
𝒓
2 (𝑚1 + 𝑚2 )2 2 (𝑚1 + 𝑚2 )2

𝑚1 ∙ 𝑚2 (𝑚1 + 𝑚2 ) ̇ 𝟐
𝐿= ⃗⃗ − 𝑈(𝑟)
𝒓
2(𝑚1 + 𝑚2 )2

𝑚1 ∙ 𝑚2
𝐿= ⃗⃗̇𝟐 − 𝑈(𝑟)
𝒓
2(𝑚1 + 𝑚2 )
𝑚 ∙𝑚
Seja: 𝜇 = (𝑚 1+𝑚2 ), onde o 𝜇 é a massa reduzida relatava as duas partículas, assim substituindo
1 2

tem-se:

𝟏 ̇𝟐
𝑳= ⃗⃗ − 𝑼(𝒓)
𝝁𝒓
𝟐

Equação de Lagrange para Sistemas de Partículas


43

Momento no Campo Central

Aula 12: Conservação de Momento de Impulso (Momento Angular)

Momento no campo central admite as seguintes condições:

𝜕𝑢 𝑟⃗ |𝑟⃗| 𝑑𝑢
𝐹⃗ = − 𝜕𝑟 ↔ −𝑔𝑟𝑎𝑑𝑈 ; =0 𝐹⃗ = − 𝑑𝑟 ∙ 𝑛⃗⃗
𝑟 𝑟

Por definição, momento linear e momento de impulso é dado por:

⃗⃗⃗ = 𝑟⃗𝑥𝑝⃗
𝑀

⃗⃗ = 𝑟⃗𝑥𝐹⃗
𝑁

⃗⃗⃗ é momento linear, 𝑟⃗ é o raio e 𝑁


Onde: 𝑝⃗ é impulso do movimento, 𝑀 ⃗⃗ é momento de impulso.
Então:

⃗⃗⃗
𝑑𝑀 𝑑𝑝⃗
= 𝑟⃗𝑥 = 𝑟⃗𝑥𝐹⃗ = 𝑁
⃗⃗
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝜕𝑢
Sendo: 𝐹 = − 𝜕𝑟 , então:

⃗⃗⃗
𝑑𝑀 𝜕𝑈 𝑟⃗ 1 𝜕𝑈
= 𝑟⃗𝑥 ( ∙ ) ↔ − 𝑥 ( ∙ 𝑟⃗. 𝑟⃗)
𝑑𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝑟 𝜕𝑟

Como: 𝑟⃗. 𝑟⃗ = 0, então:

⃗⃗⃗
𝑑𝑀 1 𝜕𝑈
= − 𝑥 ( ∙ 0) = 0
𝑑𝑟 𝑟 𝜕𝑟

Logo: ⃗⃗⃗ = cosntante


𝑀

Portanto no campo central, momento de força é nulo e momento de impulso conserva-se.

Interpretação geométrica:

Figura 11: momento de uma força


44

𝑥 = 𝑟𝑐𝑜𝑠𝜑
⃗⃗⃗ = (0,0, 𝑀
Condições: {𝑦 = 𝑟𝑠𝑒𝑛𝜑; (𝑥̇ 2 + 𝑦̇ 2 ) = 𝑟̇ 2 + 𝑟 2 𝜑̇ 2 e 𝑀 ⃗⃗⃗𝑧 ), assim a lagrangeana

fica:

𝑚 2
𝐿= (𝑟̇ + 𝑟 2 𝜑̇ 2 )
2

⃗⃗⃗𝑧 , pela relação:


Pela equação de lagrange pode-se achar o 𝑀

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
( )− =0↔ ( )=
𝑑𝑡 𝜕𝜑̇ 𝜕𝜑 𝑑𝑡 𝜕𝜑̇ 𝜕𝜑

𝜕𝐿
= 𝑚𝑟 2 𝜑̇
𝜕𝜑̇
𝑑 𝜕𝐿 𝑑
( ) = (𝑚𝑟 2 𝜑̇ ) = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡
𝑑𝑡 𝜕𝜑̇ 𝑑𝑡
{ 𝑀𝑧 = 𝑚𝑟 2 𝜑̇

Logo: (0,0, 𝑚𝑟 2 𝜑̇ )

Interpretação geométrica de 𝑴𝒛 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕

Figura 12: Momento de força

𝑏ℎ 1
𝐴∆ = = 𝑑𝜌 = 𝑟 ∙ 𝑟 ∙ 𝑑𝜑
2 2

1 2 1
𝑑𝜌 = 𝑟 ∙ 𝑑𝜑, multiplicando por: temse:
2 dt

𝑑𝜌 1 2 𝑑𝜑
= 𝑟 , 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑎𝑜 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡

1
𝑓 = 𝑟 2 𝜑̇
2

Como: 𝑀𝑧 = 𝑚𝑟 2 𝜑̇ , nota-se que relacionado com a 𝑓 fica:

2 1
𝑀𝑧 = 𝑚𝑟 2 𝜑̇ ↔ 𝑀𝑧 = 𝑚𝑟 2 𝜑̇ ↔ 2𝑚 ∙ 𝑟 2 𝜑̇
2 2
45

1
Como o termo: 2 𝑟 2 𝜑̇ = 𝑓, substituindo tem-se:

𝑴𝒛 = 𝟐𝒎 ∙ 𝒇

2ª lei de Kepler

Para energia total tem-se:


𝑚 2
𝐸= (𝑟̇ + 𝑟 2 𝜑̇ 2 ) + 𝑈(𝑟)
2

𝑚𝑟̇ 2 𝑚𝑟 2 𝜑̇ 2
𝐸= + + 𝑈(𝑟)
2 2

Rescrevemos a equação em função de momento de força, lembrando que:

𝑀𝑧
𝑀𝑧 = 𝑚𝑟 2 𝜑̇ → 𝜑̇ =
𝑚𝑟 2

Então fica:

𝑚𝑟̇ 2 𝑚𝑟 2 𝑀𝑧 2
𝐸= + + 𝑈(𝑟)
2 2𝑚2 𝑟 4

𝑚𝑟̇ 2 𝑀𝑧 2
𝐸= + + 𝑈(𝑟)
2 2𝑚𝑟 2

Através desta equação pode-se achar a trajectória, isolando a energia cinética, ficando:

𝑚𝑟̇ 2 𝑀𝑧 2
= 𝐸 − 𝑈(𝑟) −
2 2𝑚𝑟 2

Isolando o 𝑟̇ 2 , fica:

2 𝑀𝑧 2 2 𝑀𝑧 2
𝑟̇ 2 = [𝐸 − 𝑈(𝑟) − ] → [𝐸 − 𝑈(𝑟)] −
𝑚 2𝑚𝑟 2 𝑚 𝑟2

2 𝑀𝑧 2
𝑟̇ = √ [𝐸 − 𝑈(𝑟)] − ( )
𝑚 𝑟

𝑑𝑟
Como:𝑟̇ = , substituindo e isolando o 𝑑𝑡 fica:
𝑑𝑡

𝑑𝑟
𝑑𝑡 =
2
√ 2 [𝐸 − 𝑈(𝑟)] − (𝑀𝑧 )
𝑚 𝑟
46

𝑑𝜑 𝑀 𝑚𝑟 2
Lembrando que: 𝜑̇ = = 𝑚𝑟𝑧2, então isolando o 𝑑𝑡, fica: 𝑑𝑡 = 𝑑𝜑, assim tem-se:
𝑑𝑡 𝑀𝑧

𝑚𝑟 2 𝑑𝑟
𝑑𝜑 = ; Isolando o 𝑑𝜑 fica:
𝑀𝑧 2
√ 2 [𝐸 − 𝑈(𝑟)] − (𝑀𝑧 )
𝑚 𝑟

𝑀𝑧
𝑑𝑟
𝑑𝜑 = 𝑚𝑟 2
2
√ 2 [𝐸 − 𝑈(𝑟)] − (𝑀𝑧 )
𝑚 𝑟

O resultado será uma função analogamente a: 𝜑 = 𝜑[𝑟(𝑡)], isto é uma funcional que varia
em função do deslocamento 𝑟 e do tempo 𝑡.

Notas:

 De salientar o ângulo 𝜑 sempre varia constantemente com tempo e o seu sinal não
muda:

𝑀𝑧
𝜑̇ = =𝜔
𝑚𝑟 2

𝑚𝑟̇ 2 𝑀 2
𝑧
 A expressão 𝐸 = + 2𝑚𝑟 2 + 𝑈(𝑟), pode ser escrita sob forma:
2

𝑚𝑟̇ 2
𝐸= + 𝑈𝑒𝑓
2

𝑧 𝑀 2
Onde: 𝑈𝑒𝑓 = 2𝑚𝑟 2 + 𝑈(𝑟) é energia potencial centrifuga.

𝑑𝑟
𝑡=
√ 2 [𝐸 − 𝑈𝑒𝑓 (𝑟)]
𝑚
47

Aula 13: problema de Kepler

Dado:

𝐺𝑚1 𝑚2
𝑈(𝑟) = −
𝑟

|𝛼|
𝛼 = −𝐺𝑚1 𝑚2 𝑒 𝑈(𝑟) = −
𝑟

Consequentemente:

|𝛼| 𝑀𝑧 2
𝑈𝑒𝑓 =− + )
𝑟 2𝑚𝑟 2

𝛼2𝑚
𝑈𝑒𝑓(𝑟𝑖𝑚) =−
2𝑚𝑟 2

Como energia:

𝑚 2 |𝛼|
𝐸= (𝑟̇ + 𝑟 2 𝜑̇ 2 ) + 𝑈(𝑟); 𝑀𝑧 = 𝑚𝑟 2 𝜑̇ , 𝑈(𝑟) = −
2 𝑟

𝑚𝑟̇ 2 𝑀𝑧 2 |𝛼|
𝐸= + −
2 2𝑚𝑟 2 𝑟

𝑀𝑧 2 |𝛼|
𝑈𝑒𝑓 (𝑟) = 2

2𝑚𝑟 𝑟

Figura 13: Movimento finito e infinito de uma partícula sub influencia de uma energia potencia.
𝑑𝑈
Como = 0:
𝑑𝑟


𝑑𝑈 𝑀𝑧 2 |𝛼| 2𝑟𝑀𝑧 2 𝑟𝛼
=( − ) = − =0
𝑑𝑟 2𝑚𝑟 2 𝑟 2𝑚𝑟 2 𝑟 2
48

𝑴𝒛 𝟐
𝒓𝒆 =
𝒎𝜶

Raio de Equilíbrio

Voltando na expressão:

𝑚2 𝛼 2 𝑀𝑧 2 2𝑚𝛼 2
𝑈𝑒𝑓 (𝑟) = 2 −
2𝑚(𝑀𝑧 2 ) 2𝑀𝑧 2

Sendo:
𝑚𝛼 2 2𝑚𝛼 2 𝑚𝛼 2
𝑈𝑒𝑓 (𝑟) = − =−
2𝑀𝑧 2 2𝑀𝑧 2 2𝑀𝑧 2

𝑚𝛼 2
𝑈𝑒𝑓 (𝑟) = −
2𝑀𝑧 2

𝑑𝑟
𝑑𝑡 =
2
√ 2 [𝐸 − 𝑈(𝑟)] − ( 𝑀𝑧 )
𝑚 𝑚𝑟
49

Aula 14: Problemas Resolvidos

Problema 1: Duas partículas de massa 𝒎𝟏 e 𝒎𝟐 movem-se livremente no espaço


tridimensional. Em qualquer instante do tempo as partículas têm seguintes parâmetros no
referencial 𝐋.

𝒎𝟏 = 𝟐𝒌𝒈 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟐; −𝟑; 𝟓)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟑; 𝟐; 𝟒) 𝒎⁄𝒔
𝒗

𝒎𝟐 = 𝟑𝒌𝒈 ⃗⃗𝟐𝑳 = (−𝟏; 𝟐; 𝟓)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟏; −𝟑; 𝟒) 𝒎⁄𝒔
𝒗

Calcular:

a) Energia cinética 𝑻𝑳 deste sistema;


b) Momento do impulso ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑳 do sistema;

c) Posição ⃗𝑹
⃗⃗𝑪 e 𝒗
⃗⃗𝑪 do centro de massa;
d) Energia cinética 𝑻𝑪 do centro de massa;
e) Momento do impulso ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 do centro de massa;
⃗⃗𝟏 e 𝒓
f) Posição 𝒓 ⃗⃗𝟐 e velocidades 𝒗
⃗⃗𝟏 e 𝒗𝟐 das partículas no referencial 𝑪;
g) Energia cinética 𝑻 do sistemas no referencial 𝑪;
⃗⃗⃗⃗ do sistema no referencial 𝑪;
h) Momento angular 𝑴
i) Verificar que: 𝑻𝑳 = 𝑻𝑪 + 𝑻 e ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑳 = ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 + ⃗𝑴
⃗⃗⃗.

Resolução:
2 2
⃗⃗1𝑙
𝑚1 ∙𝑣 ⃗⃗2𝑙
𝑚2 ∙𝑣
a) Como a energia cinética 𝑻𝑳 é dado por: 𝑇𝐿 = + , então tem-se:
2 2

2
Lembrando que o modulo do vector 𝑣 é 𝑣 = |𝑣⃗|2 = (√𝑣𝑥 2 + 𝑣𝑦 2 + 𝑣𝑧 2 ) , neste caso fica:

2
⃗⃗1l = (32 ; 22 ; 42 )
v v = √32 + 22 + 42 v = √29 𝑚⁄𝑠
{ 2 → { 1l → { 1l
2 2 2 v2l = √26 𝑚⁄𝑠
⃗⃗2l = [1 ; (−3) ; 4 ]
v v2l = √12 + (−3)2 + 42

Substituindo tem-se:

2 2
2 ∙ (√29) 3 ∙ √26
𝑇= + = 68 J
2 2

⃗⃗⃗𝐿 do sistema é:
b) Momento do impulso 𝑀

⃗⃗⃗𝐿 = 𝑚1 [𝑟⃗1𝐿 𝑥𝑣⃗1𝐿 ] + 𝑚2 [𝑟⃗2𝐿 𝑥𝑣⃗2𝐿 ]


𝑀
50

⃗⃗⃗𝐿 = 2 ∙ [(3𝑖; 2𝑗; 4𝑘)𝑥(2𝑖; −3𝑗; 5𝑘)] + 3 ∙ [(1𝑖; −3𝑗; 4𝑘)𝑥(−1𝑖; 2𝑗; 5𝑘)]
𝑀

𝑖𝑗 = 𝑘 → 𝑗𝑖 = −𝑘
Lembrando que no produto vectorial tem-se as seguintes condições: {𝑗𝑘 = 𝑖 → 𝑘𝑗 = −𝑖 ; e
𝑘𝑖 = 𝑗 → 𝑖𝑘 = −𝑗
𝑖𝑖 = 𝑗𝑗 = 𝑘𝑘 = 0 então tem-se:

⃗⃗⃗𝐿 = 2 ∙ [(4𝑘 − 8𝑗 + 9𝑘 − 12𝑖 + 15𝑗 − 10𝑖)] + 3 ∙ [(3𝑘 + 4𝑗 − 2𝑘 + 8𝑖 + 5𝑗 + 15𝑖)]


𝑀

⃗⃗⃗𝐿 = 2 ∙ [(−22𝑖 + 7𝑗 + 13𝑘)] + 3 ∙ [(23𝑖 + 9𝑗 + 1𝑘)]


𝑀

⃗⃗⃗𝐿 = (−44𝑖 + 14𝑗 + 26𝑘𝑖) + (69𝑖 + 27𝑗 + 3𝑘)


𝑀

⃗⃗⃗𝐿 = (25𝑖; 41𝑗; 29𝑘)𝑘𝑔 𝑚2 ⁄𝑠


𝑀

c) Posição ⃗𝑹
⃗⃗𝑪 e 𝒗
⃗⃗𝑪 do centro de massa é dado por:

𝑚 𝑟⃗ +𝑚 𝑟⃗ ⃗⃗1𝐿 +𝑚2 𝑣
𝑚1 𝑣 ⃗⃗2𝐿
𝑅⃗⃗𝐶 = 1 1𝐿 2 2𝐿 𝑣⃗𝐶 =
𝑚1 +𝑚2 𝑚1 +𝑚2

2(2;−3;5)+3(−1;2;5) 2(3;2;4)+3(1;−3;4)
𝑅⃗⃗𝐶 = 𝑣⃗𝐶 =
2+3 2+3

(4;−6;10)+(−3;6;15) (6;4;8)+(3;−9;12)
𝑅⃗⃗𝐶 = 𝑣⃗𝐶 =
5 5

(1;0;25) (9;−5;20)
𝑅⃗⃗𝐶 = 𝑣⃗𝐶 =
5 5

d) Energia cinética 𝑇𝐶 do centro de massa é:

2
(𝑚1 + 𝑚2 ) ∙ 𝑣⃗𝐶
𝑇=
2

9; −5; 20 2
(2 + 3) ∙ ( )
𝑇= 5
2

5 ∙ (81; 25; 400)


𝑇=
2 ∙ 25

5 ∙ (81; 25; 400)


𝑇=
2 ∙ 25

(405; 125; 2000) (405 + 125 + 2000) 2530


𝑇= = = = 50,6J
50 50 50
51

e) Momento do impulso ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 do centro de massa é:

⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 = (𝑚1 + 𝑚2 )[𝑅⃗⃗𝐶 𝑥𝑣⃗𝐶 ]

(2 + 3)
⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 = [(1𝑖; 0𝑗; 25𝑘)𝑥(9𝑖; −5𝑗; 20𝑘)]
25

1
⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 = [(−5𝑘; −20𝑗; 225𝑗 + 125𝑖)]
5

1
⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 = [(125𝑖 + 205𝑗 − 5𝑘)]
5

⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 = (25𝑖 + 41𝑗 + 1𝑘)𝑘𝑔 𝑚2 ⁄𝑠

⃗⃗𝟏 e 𝒓
f) Posição 𝒓 ⃗⃗𝟐 e velocidades 𝒗
⃗⃗𝟏 e 𝒗𝟐 das partículas no referencial 𝑪;

⃗⃗𝟏 = 𝑟⃗1𝐿 − 𝑅⃗⃗𝐶


𝒓 ⃗⃗𝟐 = 𝑟⃗2𝐿 − 𝑅⃗⃗𝐶
𝒓

(1;0;25) (1;0;25)
⃗⃗𝟏 = (𝟐; −𝟑; 𝟓) −
𝒓 ⃗⃗𝟐 = (−1; 2; 5) −
𝒓
5 5

(𝟏𝟎;−𝟏𝟓;𝟐𝟓) (1;0;25) (−5;10;25) (1;0;25)


⃗⃗𝟏 =
𝒓 − ⃗⃗𝟐 =
𝒓 −
𝟓 5 5 5

(10;−15;25)−(1;0;25) (−5;10;25)−(1;0;25)
⃗⃗𝟏 =
𝒓 ⃗⃗𝟐 =
𝒓
5 5

(9;−15;0) (−6;10;0)
⃗⃗𝟏 =
𝒓 ⃗⃗𝟐 =
𝒓
5 5

E para as velocidades ⃗𝒗⃗𝟐 e ⃗𝒗⃗𝟐 temos:

⃗⃗𝟏 = 𝑣⃗1𝐿 − 𝑣⃗𝐶


𝒗 ⃗⃗𝟐 = 𝑣⃗2𝐿 − 𝑣⃗𝐶
𝒗

(9;−5;20) (9;−5;20)
⃗⃗𝟏 = (3; 2; 4) −
𝒗 ⃗⃗𝟐 = (1; −3; 4) −
𝒗
5 5

(15;10;20) (9;−5;20) (5;−15;20) (9;−5;20)


⃗⃗𝟏 =
𝒗 − ⃗⃗𝟐 =
𝒗 −
5 5 5 5

(15;10;20)−(9;−5;20) (5;−15;20)−(9;−5;20)
⃗⃗𝟏 =
𝒗 ⃗⃗𝟐 =
𝒗
5 5

(6;15;0) (−4;−10;0)
⃗⃗𝟏 =
𝒗 ⃗⃗𝟐 =
𝒗
5 5

g) Energia cinética 𝑻 do sistemas no referencial 𝑪 é:


52

2 2
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2
𝑇= +
2 2

6; 15; 0 2 −4; −10; 0 2


2∙( ) 3∙( )
𝑇= 5 + 5
2 2

2 ∙ (36; 225; 0) 3 ∙ (16; 100; 0)


𝑇= +
2 ∙ 25 2 ∙ 25

(72; 450; 0) + (48; 300; 0)


𝑇=
50

(120; 750; 0)
𝑇=
50

12 + 75 87
𝑇= = = 16,4 𝐽
5 5

h) Momento angular ⃗𝑴
⃗⃗⃗ do sistema no referencial 𝑪 é:

⃗⃗⃗ = 𝑚1 [𝑟⃗1 𝑥𝑣⃗1 ] + 𝑚2 [𝑟⃗2 𝑥𝑣⃗2 ]


𝑀

2 3
⃗⃗⃗ =
𝑀 [(9𝑖; −15𝑗; 0𝑘)𝑥(6𝑖; 15𝑗; 0𝑘)] + [(−6𝑖; 10𝑗; 0𝑘)𝑥(−4𝑖; −10𝑗; 0𝑘)]
25 25

2 3
⃗⃗⃗ =
𝑀 (135𝑘; 90𝑘) + (60𝑘; 40𝑘)
25 25

(270𝑘; 180𝑘) + (180𝑘; 120𝑘)


⃗⃗⃗ =
𝑀
25

450𝑘 + 300𝑘 750𝑘


⃗⃗⃗ =
𝑀 ⃗⃗⃗ =
=𝑀 = 30𝑘, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
25 25

⃗⃗⃗ = (0; 0; 30) 𝑘𝑔 𝑚2 ⁄𝑠


𝑀

i) Verificar que: 𝑻𝑳 = 𝑻𝑪 + 𝑻 e ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑳 = ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 + ⃗𝑴
⃗⃗⃗.
i. Para verificar 𝑻𝑳 = 𝑻𝑪 + 𝑻, parte-se da seguinte expressão:

2 2
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1𝑙 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2𝑙
𝑇𝐿 = +
2 2

⃗⃗𝟏 = 𝑣1𝐿 − 𝑣⃗𝐶 então: 𝑣⃗1𝐿 = 𝒗


Como: 𝒗 ⃗⃗𝟏 + 𝑣⃗𝐶 ; e 𝑣⃗2𝐿 = 𝒗
⃗⃗𝟐 + 𝑣⃗𝐶 substituindo tem-se:

⃗⃗𝟏 + 𝑣⃗𝐶 )2 𝑚2 ∙ (𝒗
𝑚1 ∙ (𝒗 ⃗⃗𝟐 + 𝑣⃗𝐶 )2
𝑇𝐿 = +
2 2
53

2 2 2 2
⃗⃗𝟏
𝑚1 ∙ 𝒗 ⃗⃗𝒄
2𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 𝑣⃗𝐶 𝑚1 ∙ 𝒗 ⃗⃗𝟐
𝑚2 ∙ 𝒗 ⃗⃗𝒄
2𝑚2 𝑣⃗2 𝑣⃗𝐶 𝑚2 ∙ 𝒗
𝑇𝐿 = + + + + +
2 2 2 2 2 2

Evidenciando 𝑣⃗𝐶 e somando os termos semelhantes tem-se:

2 2 2
⃗⃗𝒄
(𝑚1 + 𝑚2 )𝒗 ⃗⃗𝟏
𝑚1 ∙ 𝒗 ⃗⃗𝟐
𝑚2 ∙ 𝒗
𝑇𝐿 = + (𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑣⃗2 )𝑣⃗𝐶 + ( + )
2 2 2

2 2 2
⃗⃗𝒄
(𝑚1 +𝑚2 )𝒗 ⃗⃗𝟏
𝑚1 ∙𝒗 ⃗⃗𝟐
𝑚2 ∙𝒗
Lembrando que: 𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑣⃗2 = 0; 𝑇𝐶 = e𝑇= + ; logo:
2 2 2

𝑇𝐿 = 𝑇𝐶 + 𝑇

ii. Para verificar ⃗𝑴


⃗⃗⃗𝑳 = ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 + ⃗𝑴
⃗⃗⃗, parte-se da seguinte expressão:

⃗⃗⃗𝐿 = 𝑚1 [𝑟⃗1𝐿 𝑥𝑣⃗1𝐿 ] + 𝑚2 [𝑟⃗2𝐿 𝑥𝑣⃗2𝐿 ]


𝑀

Como: 𝑣⃗1𝐿 = 𝑣⃗1 + 𝑣⃗𝐶 ; e 𝑣⃗2𝐿 = 𝑣⃗2 + 𝑣⃗𝐶 e 𝑟⃗1𝐿 = 𝑟⃗1 + 𝑅⃗⃗𝐶 ; e 𝑟⃗2𝐿 = 𝑟⃗2 + 𝑅⃗⃗𝐶 substituindo tem-se:

⃗⃗⃗𝐿 = 𝑚1 [(𝑟⃗1 + 𝑅⃗⃗𝐶 )𝑥(𝑣⃗1 + 𝑣⃗𝐶 )] + 𝑚2 [(𝑟⃗2 + 𝑅⃗⃗𝐶 )𝑥(𝑣⃗2 + 𝑣⃗𝐶 )]


𝑀

⃗⃗⃗𝐿 = 𝑚1 𝑟⃗1 𝑣⃗1 + 𝑚1 𝑟⃗1 𝑣⃗𝐶 + 𝑚1 𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗1 + 𝑚1 𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗𝐶 + 𝑚2 𝑟⃗2 𝑣⃗2 + 𝑚2 𝑟⃗2 𝑣⃗𝐶 + 𝑚2 𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗2 + 𝑚2 𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗𝐶
𝑀

Rescrevendo fica:

⃗⃗⃗𝐿 = 𝑚1 𝑟⃗1 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑟⃗2 𝑣⃗2 + 𝑚1 𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗𝐶 + 𝑚2 𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗𝐶 + 𝑚1 𝑟⃗1 𝑣⃗𝐶 + 𝑚2 𝑟⃗2 𝑣⃗𝐶 + 𝑚1 𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗2
𝑀

Evidenciando fica:

⃗⃗⃗𝐿 = (𝑚1 𝑟⃗1 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑟⃗2 𝑣⃗2 ) + (𝑚1 + 𝑚2 )𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗𝐶 + (𝑚1 𝑟⃗1 + 𝑚2 𝑟⃗2 )𝑣⃗𝐶 + (𝑚1 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑣⃗2 )𝑅⃗⃗𝐶
𝑀

⃗⃗⃗ = 𝑚1 𝑟⃗1 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑟⃗2 𝑣⃗2 ; 𝑀


Nota-se que: 𝑀 ⃗⃗⃗𝐶 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗𝐶 ; 𝑚1 𝑟⃗1 + 𝑚2 𝑟⃗2 = 0 e 𝑚1 𝑣⃗1 +
𝑚2 𝑣⃗2 = 0 logo:

⃗⃗⃗𝐿 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑅⃗⃗𝐶 𝑣⃗𝐶 + (𝑚1 𝑟⃗1 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑟⃗2 𝑣⃗2 )


𝑀

⃗⃗⃗𝐿 = 𝑀
𝑀 ⃗⃗⃗𝐶 + 𝑀
54

Problema 2: resolva o problema 1 se:

𝒎𝟏 = 𝟑𝒌𝒈 ⃗⃗𝟏𝑳 = (−𝟏; −𝟑; 𝟐)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟐; 𝟏; 𝟐) 𝒎⁄𝒔
𝒗

𝒎𝟐 = 𝟐𝟐𝒌𝒈 ⃗⃗𝟐𝑳 = (𝟑; 𝟏; 𝟐)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟒; −𝟑; 𝟐) 𝒎⁄𝒔
𝒗

Solução:

𝑻𝑳 = 𝟑𝟑𝟐, 𝟓𝑱 ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑳 = (𝟏𝟓𝟐; 𝟔𝟐; −𝟐𝟕𝟏)𝒌𝒈 𝒎𝟐 ⁄𝒔

𝑻𝑪 = 𝟑𝟎𝟔, 𝟏𝑱 ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 = (𝟏𝟓𝟐; 𝟔𝟐; −𝟐𝟎𝟕)𝒌𝒈 𝒎𝟐 ⁄𝒔

𝑻 = 𝟐𝟔, 𝟒 𝑱 ⃗𝑴
⃗⃗⃗ = (𝟎; 𝟎; 𝟔𝟑, 𝟒)𝒌𝒈 𝒎𝟐 ⁄𝒔

Problema 2: resolva o problema 1 se:

𝒎𝟏 = 𝟐𝒌𝒈 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟐; 𝟑; 𝟐)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (−𝟐; 𝟏; 𝟐) 𝒎⁄𝒔
𝒗

𝒎𝟐 = 𝟓𝒌𝒈 ⃗⃗𝟐𝑳 = (−𝟑; 𝟐; −𝟏)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟑; −𝟐; 𝟐) 𝒎⁄𝒔
𝒗

Solução:

𝑻𝑳 = 𝟓𝟔, 𝟓𝑱 ⃗⃗⃗⃗𝑳 = (𝟏𝟖; −𝟏𝟕; 𝟏𝟔)𝒌𝒈 𝒎𝟐 ⁄𝒔


𝑴

𝑻𝑪 = 𝟑𝟏, 𝟓𝑱 ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝑪 = (𝟒𝟐, 𝟑; 𝟑𝟑; −𝟏𝟐, 𝟔)𝒌𝒈 𝒎𝟐 ⁄𝒔

𝑻 = 𝟐𝟓 𝑱 ⃗𝑴
⃗⃗⃗ = (−𝟐𝟒, 𝟑; −𝟓𝟎; 𝟐𝟖, 𝟔)𝒌𝒈 𝒎𝟐 ⁄𝒔

Problemas de Kepler

Problemas 4: Duas partículas de massa 𝒎𝟏 e 𝒎𝟐 movem-se no espaço tridimensional. Entre


𝜶
as partículas existe uma forca do potencial 𝑼(𝒓) = 𝒓 , onde 𝒓 é a distancia entre a partículas e

𝛼 é uma constante de interação. Em qualquer instante do tempo a particular têm seguintes


paramentos no Referencia L.

𝒎𝟏 = 𝟐𝒌𝒈 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟐; −𝟐; 𝟓)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟑; 𝟐; 𝟒) 𝒎⁄𝒔
𝒗

𝒎𝟐 = 𝟑𝒌𝒈 ⃗⃗𝟐𝑳 = (−𝟏; 𝟐; −𝟓)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟏; −𝟑; 𝟒) 𝒎⁄𝒔
𝒗

Determine o tipo de trajectória do movimento, se:

a) 𝛼 = −200 𝐽. 𝑚 b) 𝛼 = −87 𝐽. 𝑚 c) 𝛼 = −50 𝐽. 𝑚 d) 𝛼 = −50 𝐽. 𝑚

Resolução:
55

⃗⃗, 𝒗
a) Para classificar o movimento é necessário calcular os parâmetros (𝒓 ⃗⃗⃗⃗) para
⃗⃗, 𝑬, 𝒎, 𝑴
achar a excentricidade 𝒆, assim por definição tem-se:

𝑟⃗ = 𝑟⃗2𝐿 − 𝑟⃗1𝐿 𝑣⃗ = 𝑣⃗2𝐿 − 𝑣⃗1𝐿

𝑟⃗ = (−1; 2; −5)𝑚 − (2; −2; 5)𝑚 𝑣⃗ = (1; −3; 4) − (3; 2; 4)

𝑟⃗ = (−3; 4; 0)𝑚 𝑣⃗ = (−2; −5; 0) 𝑚⁄𝑠

𝑟 = |𝑟⃗| = 5𝑚 𝑣 = |𝑣⃗| = 29 𝑚⁄𝑠

Para calcula da energia é necessário acha a massa reduzida assim tem-se:

𝑚1 ∙ 𝑚2 2∙3 6
𝑚= = = 𝑘𝑔
𝑚1 + 𝑚2 2 + 3 5

Calculando a energia e momento tem-se:

6 −200
𝐸 = 5∙2 (−2; −5; 0)2 + ⃗⃗⃗ = 𝑚[𝑟⃗𝑥𝑣⃗]
𝑀
5

6∙29 −400
𝐸= + ⃗⃗⃗ = 6 ∙ [(−3𝑖; 4𝑗; 0𝑘)𝑥(−2𝑖; −5𝑗; 0𝑘)]
𝑀
10 10 5

174−400
𝐸= ⃗⃗⃗ = 6 ∙ (15𝑘 + 8𝑘) ↔ 27,6 𝑘𝑔 𝑚2 ⁄𝑠
𝑀
10 5

𝐸 = −22,6 𝐽 ⃗⃗⃗ = (0; 0; 27,6)𝑘𝑔 𝑚2 ⁄𝑠


𝑀

Achados os parâmetros, pode-se então calcular a excentricidade assim tem-se:

2𝐸𝑀2 2(−22,6 )(27,6)2


𝑒 = √1 + → √ 1 + = 0,5316
𝑚𝛼 2 6 2
(−200)
5

Como 0 < 𝑒 < 1 e 𝛼 < 0 então a trajectória é uma elipse.

b) Para conhecer a trajectória do movimento quando 𝛼 = −87 𝐽. 𝑚 é necessário calcular


a energia e a excentricidade, assim tem-se:

6 −87 2𝐸𝑀2 2(0 )(27,6)2


𝐸 = 5∙2 (−2; −5; 0)2 + 𝑒 = √1 + → √1 + 6
5 𝑚𝛼2 (−87)2
5

87−87
𝐸= 𝑒 = √1 = 1
5

𝐸 = 0𝐽 Como 𝑒 = 1 e 𝛼 < 0 então a trajectória é uma parábola.


56

c) Para conhecer a trajectória do movimento quando 𝛼 = −50 𝐽. 𝑚 é necessário calcular


a energia e a excentricidade, assim tem-se:

6 −50 2𝐸𝑀2 2(7,4 )(27,6)2


𝐸 = 5∙2 (−2; −5; 0)2 + 𝑒 = √1 + → √1 + 6
5 𝑚𝛼2 (−50)2
5

87−50
𝐸= 𝑒 = √1 + 3,758 = 2,18
5

𝐸 = 7,4 𝐽 Como 𝑒 > 1 e 𝛼 < 0 então a trajectória é uma hipérbole atrativa.

d) Para conhecer a trajectória do movimento quando 𝛼 = 50 𝐽. 𝑚 é necessário calcular a


energia e a excentricidade, assim tem-se:

6 50 2𝐸𝑀2 2(27,4 )(27,6)2


𝐸 = 5∙2 (−2; −5; 0)2 + 𝑒 = √1 + → √1 + 6
5 𝑚𝛼2 (50)2
5

87+50
𝐸= 𝑒 = √1 + 13,9148 = 3,86
5

𝐸 = 27,4 𝐽 Como 𝑒 > 1 e 𝛼 > 0 então a trajectória é uma hipérbole repulsiva.

Problemas 5: Duas partículas de massa 𝒎𝟏 e 𝒎𝟐 movem-se no espaço tridimensional. Entre


𝜶
as partículas existe uma forca do potencial 𝑼(𝒓) = 𝒓 , onde 𝒓 é a distancia entre a partículas e

𝛼 é uma constante de interação. Em qualquer instante do tempo a particular têm seguintes


paramentos no Referencia L.

𝒎𝟏 = 𝟐𝒌𝒈 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟐; −𝟑; 𝟓)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟑; 𝟐; 𝟒) 𝒎⁄𝒔
𝒗

𝒎𝟐 = 𝟑𝒌𝒈 ⃗⃗𝟐𝑳 = (−𝟏; 𝟐; −𝟓)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟏; −𝟑; 𝟒) 𝒎⁄𝒔
𝒗

Se 𝛼 = −200 𝐽. 𝑚 determina os parâmetros da trajectória: 𝒂, 𝒃, 𝒓𝒎𝒊𝒎 , 𝒓𝒎𝒂𝒙 , 𝑻

Resolução:

⃗⃗, 𝒗
a) Para classificar o movimento é necessário calcular os parâmetros (𝒓 ⃗⃗⃗⃗) para
⃗⃗, 𝑬, 𝒎, 𝑴
achar a excentricidade 𝒆, assim por definição tem-se:

𝑟⃗ = 𝑟⃗2𝐿 − 𝑟⃗1𝐿 𝑣⃗ = 𝑣⃗2𝐿 − 𝑣⃗1𝐿

𝑟⃗ = (−1; 2; −5)𝑚 − (2; −3; 5)𝑚 𝑣⃗ = (1; −3; 4) − (3; 2; 4)

𝑟⃗ = (−3; 5; 0)𝑚 ↔ 𝑟 = √9 + 25 𝑣⃗ = (−2; −5; 0) 𝑚⁄𝑠


57

𝑟 = |𝑟⃗| = 5,83𝑚 𝑣 = |𝑣⃗| = 29 𝑚⁄𝑠

Para calcula da energia é necessário acha a massa reduzida assim tem-se:

𝑚1 ∙ 𝑚2 2∙3 6
𝑚= = = 𝑘𝑔
𝑚1 + 𝑚2 2 + 3 5

Calculando a energia e momento tem-se:

6 −200
𝐸 = 5∙2 (−2; −5; 0)2 + ⃗⃗⃗ = 𝑚[𝑟⃗𝑥𝑣⃗]
𝑀
5,83

3∙29
𝐸= − 34,3 ⃗⃗⃗ = 6 ∙ [(−3𝑖; 5𝑗; 0𝑘)𝑥(−2𝑖; −5𝑗; 0𝑘)]
𝑀
5 5

87
𝐸= − 34,3 ⃗⃗⃗ = 6 ∙ (15𝑘 + 10𝑘) ↔ 30 𝑘𝑔 𝑚2 ⁄𝑠
𝑀
5 5

𝐸 = −16,9 𝐽 ⃗⃗⃗ = (0; 0; 30)𝑘𝑔 𝑚2 ⁄𝑠


𝑀

Achados os parâmetros, pode-se então calcular a excentricidade assim tem-se:

2𝐸𝑀2 2(−16,9 )(30)2


𝑒 = √1 + → √1 + = 0,6052
𝑚𝛼 2 6
(−200)2
5

Calculando os parâmetros tem-se:

|𝛼| 200 𝑀 30
𝒂 = 2|𝐸| = 2∙16.8 = 5,93𝑚 𝒃= = = 4,71𝑚
√2𝑚|𝐸| √2∙1,2∙16,9

𝑀2 900 𝑃 3,75
𝑷 = 𝑚|𝛼| = 1,2∙200 = 3,75 𝒓𝒎𝒂𝒙 = 1−𝑒 = 1−0.6052 = 9,50𝑚

2𝜋𝑚𝑎𝑏 2∙3,14∙1,2∙5.93∙4,71
𝒓𝒎𝒊𝒏 = 𝑎(1 − 𝑒) = 5,93(1 − 0.6052) = 2,34𝑚 𝑻= = ≅ 7𝑠
𝑀 30

Problemas 6: Duas partículas de massa 𝒎𝟏 e 𝒎𝟐 movem-se no espaço tridimensional. Entre


𝜶
as partículas existe uma forca do potencial 𝑼(𝒓) = 𝒓 , onde 𝒓 é a distancia entre a partículas e

𝛼 é uma constante de interação. Em qualquer instante do tempo a particular têm seguintes


paramentos no Referencia L.

𝒎𝟏 = 𝟑𝒌𝒈 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟓; 𝟐; 𝟑)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (−𝟐; 𝟑; 𝟏) 𝒎⁄𝒔
𝒗

𝒎𝟐 = 𝟕𝒌𝒈 ⃗⃗𝟐𝑳 = (−𝟐; 𝟒; 𝟑)𝒎


𝒓 ⃗⃗𝟏𝑳 = (𝟒; −𝟏; 𝟏) 𝒎⁄𝒔
𝒗

Se 𝛼 = −700 𝐽. 𝑚 determina os parâmetros da trajectória: 𝒂, 𝒃, 𝒓𝒎𝒊𝒎 , 𝒓𝒎𝒂𝒙 , 𝑻


58

Resolução:

⃗⃗, 𝒗
a) Para classificar o movimento é necessário calcular os parâmetros (𝒓 ⃗⃗⃗⃗) para
⃗⃗, 𝑬, 𝒎, 𝑴
achar a excentricidade 𝒆, assim por definição tem-se:

𝑟⃗ = 𝑟⃗2𝐿 − 𝑟⃗1𝐿 𝑣⃗ = 𝑣⃗2𝐿 − 𝑣⃗1𝐿

𝑟⃗ = (−2; 4; 3)𝑚 − (5; 2; 3)𝑚 𝑣⃗ = (4; −1; 1) − (−2; 3; 1)

𝑟⃗ = (−7; 2; 0)𝑚 ↔ 𝑟 = √49 + 4 𝑣⃗ = (6; −4; 0) 𝑚⁄𝑠 ↔ 𝑣 = √36 + 16

𝑟 = |𝑟⃗| = 7,28𝑚 𝑣 = |𝑣⃗| = 7,22 𝑚⁄𝑠

Para calcula da energia é necessário acha a massa reduzida assim tem-se:

𝑚1 ∙ 𝑚2 3∙7 21
𝑚= = = 𝑘𝑔
𝑚1 + 𝑚2 3 + 7 10

Calculando a energia e momento tem-se:

21 −700
𝐸 = 10∙2 (6; −4; 0)2 + ⃗⃗⃗ = 𝑚[𝑟⃗𝑥𝑣⃗]
𝑀
7,28

21∙26
𝐸= − 96,15 ⃗⃗⃗ = 21 ∙ [(−7𝑖; 2𝑗; 0𝑘)𝑥(6𝑖; −4𝑗; 0𝑘)]
𝑀
10 5

546
𝐸= − 96,15 ⃗⃗⃗ = 6 ∙ (28𝑘 − 12𝑘) ↔ 16 𝑘𝑔 𝑚2 ⁄𝑠
𝑀
10 5

𝐸 = 54,6 − 96,15 = −41,55 𝐽 ⃗⃗⃗ = (0; 0; 16)𝑘𝑔 𝑚2 ⁄𝑠


𝑀

Achados os parâmetros, pode-se então calcular a excentricidade assim tem-se:

2𝐸𝑀2 2(−41,55 )(16)2


𝑒 = √1 + → √ 1 + = 0,9896
𝑚𝛼 2 21 2
(−700)
10

Calculando os parâmetros tem-se:

|𝛼| 700 𝑀 16
𝒂 = 2|𝐸| = 2∙41,55 = 8,4𝑚 𝒃= = = 1,21𝑚
√2𝑚|𝐸| √2∙2,1∙41,55

𝑀2 256 𝑃 0,17415
𝑷 = 𝑚|𝛼| = 2,1∙700 = 0,1715 𝒓𝒎𝒂𝒙 = 1−𝑒 = 1−0.9896 = 16,7𝑚

2𝜋𝑚𝑎𝑏 2∙3,14∙2,1∙1,21∙8,4
𝒓𝒎𝒊𝒏 = 𝑎(1 − 𝑒) = 8,4(1 − 0.9896) = 0,087𝑚 𝑻= = ≅ 8𝑠
𝑀 16
59

Problema 7: calcular a aceleração de gravidade na superfície:

a) Do Sol b) da Terra c) da Lua

Resolução:

Como a força de gravitacional é dada por:

𝐺𝑀𝑚
𝑭=
𝑑2

Pelo principio de Newton, 𝑓 = 𝑚𝑎, relacionando tem-se:

𝐺𝑀𝑚
𝑚𝑎 =
𝑑2

Logo a aceleração de gravidade dos corpos será dada por seguinte expressão:

𝐺𝑀
𝑎=
𝑑2

Onde: 𝐺 = 6,672 ∙ 10−11 𝑁 ∙ 𝑚2 ⁄𝑘𝑔2 é constante de gravitação; 𝑑 é distancia entre planetas e


𝑀 é a massa dos corpos celestes (𝐒𝐨𝐥, 𝒓 = 6,96 ∙ 108 𝑚 𝑒 𝑀 = 1,99 ∙ 1030 𝑘𝑔 ; 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚, 𝒅𝑻−𝑺 =
1,496 ∙ 1011 𝑚, 𝒓 = 6,378 ∙ 106 𝑚 𝑒 𝑀 = 5,976 ∙ 1024 𝑘𝑔; 𝐋𝐮𝐚, 𝒅𝑳−𝑻 = 3,844 ∙ 108 𝑚, 𝒓 =
1,737106 𝑚 𝑒 𝑀 = 7,35 ∙ 1022 𝑘𝑔 ).

a) a aceleração do Sol é:

6,672 ∙ 10−11 ∙ 1,99 ∙ 1030


𝑎𝑆 = = 274 𝑚⁄𝑠 2
(6,96 ∙ 108 )2

b) a aceleração da Terra é:
6,672 ∙ 10−11 ∙ −5,976 ∙ 1024
𝑎𝑇 = = 9,8 𝑚⁄𝑠 2
(6,378 ∙ 106 )2
c) a aceleração da Lua é:
6,672 ∙ 10−11 ∙ 7,35 ∙ 1022
𝑎𝐿 = 6 2
= 1,62 𝑚⁄𝑠 2
(1,73710 )

Problema 8: A primeira velocidade cósmica 𝑉1, é aquela mínima que se tem de imprimir a um
corpo para que se possa converter em satélite artificial da Terra. Calcular 𝑉1.

Resolução:

Partindo da expressão da energia pode-se achar a primeira velocidade 𝑉1, assim:


60

𝑚 2 𝛼
𝐸= 𝑣 +
2 1 𝑟

Quando 𝐸 = |𝐸|então 𝛼 = −|𝛼| substituindo fica:

𝑚 2 |𝛼|
|𝐸| = 𝑣 −
2 1 𝑟

|𝛼| 𝑚 2
|𝐸| = − 𝑣1
𝑟 2
|𝛼|
Lembrando 𝐸 = , então tem-se:
2𝑟

|𝛼| |𝛼| 𝑚 2
= − 𝑣1
2𝑟 𝑟 2

|𝛼| 𝑚
|𝛼| = 2𝑟 [ − 𝑣1 2 ]
𝑟 2

|𝛼| = 2|𝛼| − 𝑟𝑚𝑣1 2

|𝛼| − 2|𝛼| = −𝑟𝑚𝑣1 2

−|𝛼| = −𝑟𝑚𝑣1 2

|𝛼|
𝑣1 2 =
𝑟𝑚

Como; 𝛼 = −𝐺𝑀𝑚, substituindo fica:

𝐺𝑀𝑚
𝑣1 2 =
𝑚𝑟

𝐺𝑀
𝑣1 = √
𝑟

Substituindo as constantes tem-se:

6,672 ∙ 10−11 ∙ 5,976 ∙ 1024


𝑣1 = √ = 7,8𝑘𝑚/𝑠
6,378 ∙ 106

Problema 9: A segunda velocidade cósmica 𝑉2, é aquela mínima que se tem de imprimir a um
corpo para que o mesmo possa vencer a atracão terrestre e se converter em satélite artificial do
Sol (velocidade parabólica). Calcular 𝑉2.
61

Resolução:

A velocidade 𝑣2 dada por:

𝑚 2 |𝛼|
𝐸= 𝑣 −
2 2 𝑟

Sendo: 𝐸 = 0 então:

𝑚 2 |𝛼|
𝑣 − =0
2 2 𝑟

𝑚 2 |𝛼|
𝑣 =
2 2 𝑟

|𝛼|
𝑣2 = √2
𝑟𝑚

Como: 𝛼 = 𝐺𝑀𝑚 tem-se:

𝐺𝑀𝑚
𝑣2 = √2
𝑟𝑚

𝐺𝑀
𝑣2 = √2 ∙ √
𝑟

𝐺𝑀
Como: 𝑣1 = √ , tem-se:
𝑟

𝑣2 = √2 ∙ 𝑣1

Substituindo os valores tem-se:

𝑣2 = 1,44 ∙ 7.9 = 11,7 𝑘𝑚/𝑠

Problema 10: Um satélite está colocado em órbita circular a uma altura de 36000𝑘𝑚 da
superfície da Terra. Calcular o período da revolução deste satélite.

Resolução:

𝑚
𝑇 = 𝜋|𝛼|√
2|𝐸|3
62

|𝛼|
Como: |𝐸| = 2𝑅 , então tem-se:

𝑚
𝑇 = 𝜋|𝛼|
√ |𝛼| 3
2 (2𝑅 )

𝑚 𝑚
𝑇 2 = 𝜋 2 |𝛼|2 ↔ 𝑇 2 = 𝜋 2 |𝛼|2 ∙ 4𝑅 3
|𝛼| 3 |𝛼|3
2
8𝑅 3
𝑚
𝑇 2 = 𝜋 2 ∙ 4𝑅 3
|𝛼|

𝑚
𝑇 2 = 𝜋 2 ∙ 4𝑅 3
|𝛼|

Como: |𝛼| = 𝐺𝑀𝑚, e 𝑅 = 𝑟𝑇 + ℎ𝑚𝑎𝑥 substituindo tem-se:

𝑚
𝑇 2 = 𝜋 2 ∙ 𝑎 (𝑟𝑇 + ℎ𝑚𝑎𝑥 )3
𝐺𝑀𝑚

2
𝜋 2 ∙ 𝑎 (𝑟𝑇 + ℎ𝑚𝑎𝑥 )3
𝑇 =
𝐺𝑀

Substituindo os valores tem-se:

2
(3,14)2 ∙ 4 ∙ (6,378106 + 36106 )3
𝑇 =
6,672 ∙ 10−11 ∙ 5,976 ∙ 1024

𝑇 = 86721,33𝑠 = 24ℎ,,

Problema 11: a terceira lei de Kepler é:

𝑇2
𝐾=
𝑅3

Onde: T é o período da resolução de um planeta em torno do Sol, R é a distância do planeta ao


Sol, K é uma constante para todos os planetas (constante de Kepler). Considerando o moimento
da Terra em torno do Sol, calcular a constante, 𝐾.

NB: Considerar as órbitas do planeta como circular.

Resolução:

𝑇2
𝐾=
𝑅3
63

4𝜋 2 𝑅 3
sendo: 𝑇 2 = então:
𝐺𝑀

𝑇 2 4𝜋 2 𝑅 3
=
𝑅 3 𝐺𝑀𝑅 3

4𝜋 2 4(3,14)2
𝐾= ↔𝐾= = 2,97 ∙ 10−19 𝑠 2 ⁄𝑚3
𝐺𝑀 6,672 ∙ 10−11 ∙ 1,99 ∙ 1030
64

Aula 15: Pequenas Oscilações

Um corpo de massa 𝒎 move-se em relação a um ponto de equilíbrio 𝑞0 como mostra a figura:

Figura 14: Movimento oscilatório

Este movimente é descrito pela seguinte equação:

𝑑𝑈 1 𝑑2 𝑈 2
1 𝑑3𝑈
𝑈(𝑞) = 𝑈(𝑞0 ) + (𝑞 )
− 𝑞0 + 2
(𝑞 )
− 𝑞0 + 3
(𝑞 − 𝑞0 )3 + ⋯
𝑑𝑞 2! 𝑑𝑞 3! 𝑑𝑞

𝑑2 𝑈
Seja: = 𝑘 e 𝑈(𝑞0 ) = 0
𝑑𝑞 2

1 𝑑2𝑈
𝑈(𝑞) = 𝑈(𝑞0 ) + (𝑞 − 𝑞0 )2
2 𝑑𝑞 2

1
𝑈(𝑞) = 𝑈(𝑞0 ) + 𝑘(𝑞 − 𝑞0 )2
2

Lembrando que: 𝑞 − 𝑞0 = ∆𝑞 → 𝑞 ↔ 𝑥, substituindo tem-se:

1 2
𝑈(𝑥) = 𝑘𝑥
2

Figura:

A função de lagrange fica:


65

𝐿 =𝑇−𝑈

1 1
𝐿 = 𝑚𝑥̇ 2 − 𝑘𝑥 2
2 2

E para equação de lagrange, fica:

𝜕𝐿
= 𝑚𝑥̇
𝜕𝑥̇
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
( )− =0⇒ ∙ = 𝑚𝑥̈
𝑑𝑡 𝜕𝑥̇ 𝜕𝑥 𝑑𝑡 𝜕𝑥̇
𝜕𝐿
{ 𝜕𝑥 = −𝑘𝑥

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
( )− = 0 ⇒ 𝑚𝑥̈ + 𝑘𝑥 = 0
𝑑𝑡 𝜕𝑥̇ 𝜕𝑥

Solução da equação:

𝑥(𝑡) = 𝐶1 cos 𝜔𝑡 + 𝐶2 sin 𝜔𝑡 𝑜𝑢

𝑥(𝑡) = 𝐴 cos(𝜔𝑡 + 𝛿) 𝑜𝑛𝑑𝑒:

𝐶2
𝐴2 = 𝐶1 2 + 𝐶2 2 𝑒 𝛿 = artang
𝐶1
66

Aula 16: Oscilações Forçadas

Seja 𝐹(𝑡) uma força elástica que age sobre um corpo de massa m, assim pela lei de Newton
tem-se:

𝑚𝑎 = −𝑘𝑥 + 𝐹(𝑡)

Lembrando a definição da aceleração como taxa de variação dupla em relação ao tempo, a


equação 4 se escreve:

𝑚 𝑥̈ + 𝑘𝑥 = 𝐹(𝑡)

𝑘 1
𝑥̈ + 𝑥 = 𝐹(𝑡)
𝑚 𝑚
𝑘
Por definição: 𝜔2 = 𝑚, substituído na expressão anterior fica:

1
𝑥̈ + 𝜔2 𝑥 = 𝐹(𝑡)
𝑚
Equação do Movimento Harmónico amornecido (oscilações forçadas) na forma diferencial

Sendo uma equação diferencia não homogenia, para achar a solução sejamos:

𝜉(𝑡) = 𝑥̇ + 𝑖𝜔𝑥

𝑥̇ = 𝜉(𝑡) − 𝑖𝜔𝑥

𝑑𝑥̇
Fazendo: = 𝑥̈ , tem-se:
𝑑𝑡

𝑑𝜉(𝑡)
𝑥̈ = − 𝑖𝜔𝑥̇
𝑑𝑡

Assim pode-se achar 𝜔𝑥 escrevendo a equação na forma implícita:

𝑑𝜉(𝑡)
𝑥̈ = − 𝑖𝜔𝑥̇
𝑑𝑡

𝑑𝑥̇ 𝑑𝜉(𝑡) 𝑑𝑥
= − 𝑖𝜔
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

Isolando o segundo aditivo tem-se:

𝑑𝑥 𝑑𝑥̇ 𝑑𝜉(𝑡)
−𝑖𝜔 = − 𝑟𝑒𝑠𝑐𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑐𝑎:
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
67

𝑑 𝑑
(𝑖𝜔𝑥) = (𝜉(𝑡) − 𝑥̇ ), 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
𝑑𝑡 𝑑𝑡

(𝜉(𝑡) − 𝑥̇ )
𝜔𝑥 =
𝑖
1
No entanto, substituído os termos: 𝑥̈ 𝑒 𝜔𝑥 na equação 𝑥̈ + 𝜔2 𝑥 = 𝑚 𝐹(𝑡) , fica:

𝑑𝜉(𝑡) (𝜉(𝑡) − 𝑥̇ ) 1
− 𝑖𝜔𝑥̇ + 𝜔𝑖 = 𝐹(𝑡) 𝑟𝑒𝑠𝑐𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑐𝑎:
𝑑𝑡 𝑖∙𝑖 𝑚

𝑑𝜉(𝑡) 1
− 𝑖𝜔𝑥̇ − 𝑖𝜔𝜉(𝑡) + 𝑖𝜔𝑥̇ = 𝐹(𝑡)
𝑑𝑡 𝑚

𝒅𝝃(𝒕) 𝟏
− 𝒊𝝎𝝃(𝒕) = 𝑭(𝒕)
𝒅𝒕 𝒎

Novamente tem-se uma equação diferencial não homogéneo, onde a solução é do tipo de
equação é união da solução homogenia e não homogenia, neste caso a parte homogenia fica:

𝑑𝜉(𝑡)
− 𝑖𝜔𝜉(𝑡) = 0 𝑟𝑒𝑠𝑐𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑛 − 𝑠𝑒:
𝑑𝑡

𝑑𝜉(𝑡) = 𝑖𝜔𝜉(𝑡)𝑑𝑡

Sendo 𝑖𝜔 constante integrando tem-se a função 𝜉(𝑡), assim fica:

𝑑𝜉(𝑡)
∫ = 𝑖𝜔 ∙ ∫ 𝜉(𝑡)𝑑𝑡
𝑑𝜉

𝜉(𝑡)
ln = 𝑖𝜔𝑡
𝐴

𝜉(𝑡) = 𝐴 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡

𝑑𝜉(𝑡)
No entanto, fazendo: :
𝑑𝜉

𝑑𝜉(𝑡) 𝑑𝐴 𝑖𝜔𝑡
= ∙ 𝑒 + 𝐴 ∙ 𝑖𝜔 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Se a adicionarmos o termos: −𝑖𝜔𝜉(𝑡), fica:

𝑑𝜉(𝑡) 𝑑𝐴 𝑖𝜔𝑡
− 𝑖𝜔𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 + 𝐴 ∙ 𝑖𝜔 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 − −𝑖𝜔𝜉(𝑡)
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Substituímos no segundo membro o aditivo: 𝜉(𝑡) = 𝐴 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 tem-se:


68

𝑑𝜉(𝑡) 𝑑𝐴 𝑖𝜔𝑡
− 𝑖𝜔𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 + 𝐴 ∙ 𝑖𝜔 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 − 𝑖𝜔𝐴 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑓𝑖𝑐𝑎:
𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝑑𝜉(𝑡) 𝑑𝐴 𝑖𝜔𝑡
− 𝑖𝜔𝜉(𝑡) = ∙𝑒
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝒅𝝃(𝒕) 𝟏
Substituindo na equação − 𝒊𝝎𝝃(𝒕) = 𝒎 𝑭(𝒕) tem-se:
𝒅𝒕

𝑑𝐴 𝑖𝜔𝑡 𝟏
∙𝑒 = 𝑭(𝒕)
𝑑𝑡 𝒎

Onde 𝐀 será dado:

1
𝑑𝐴 = 𝐹(𝑡) ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 𝑑𝑡
𝑚

1
𝐴= ∫ 𝐹(𝑡) ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 𝑑𝑡 , 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑚

𝟏 𝒊𝝎𝒕 𝒕
𝝃(𝒕) = ∙ 𝒆 ∫ 𝑭(𝝉) ∙ 𝒆−𝒊𝝎𝝉 𝒅𝝉
𝒎 𝟎

Como a função: 𝜉(𝑡) = 𝑥̇ + 𝑖𝜔𝑥 possui parte real e imaginaria, então solução desta equação é
a parte imaginaria da função 𝝃(𝒕) :

𝟏
𝒙(𝒕) = ∙ 𝑰 ∙ 𝝃(𝒕)
𝝎 𝒎
69

Aula 17: Problemas Resolvidos (Fica-5)

Problema 1: A solução da equação 𝑥̈ + 𝜔2 𝑥 = 0 pode ser representada em forma:

𝑥(𝑡) = 𝐶1 cos 𝜔𝑡 + 𝐶2 sin 𝜔𝑡

𝑥(𝑡) = 𝐴 cos(𝜔𝑡 + 𝛿)

Determinar a ligação entre coeficientes: 𝐶1 ; 𝐶2 e 𝐴, 𝛿.

Resolução:

−𝐶2
sin 𝛿 =
{ 𝐴 → {𝐶2 = −𝐴 sin 𝛿 𝑒 𝐴 = √𝐶 2 + 𝐶 2
𝐶1 1 2
𝐶1 = A cos 𝛿
cos 𝛿 =
𝐴

Sendo A (o raio da trajectória) constante a ligação dos coeficientes 𝐶1 ; 𝐶2 é:

−𝐶2
𝐴=
{ sin 𝛿
𝐶1
𝐴=
cos 𝛿

sendo: 𝐴 = 𝐴 ten-se:

−𝐶2 𝐶1 cos 𝛿 𝐶1 sin 𝛿 −𝐶2


= → = ↔ =
sin 𝛿 cos 𝛿 sin 𝛿 −𝐶2 cos 𝛿 𝐶1

sin 𝛿
Lembrando a relação: cos 𝛿 = 𝑡𝑎𝑛𝑔𝛿 então:

−𝐶2 𝐶2
tang 𝛿 = → 𝛿 = −𝑎𝑟𝑡𝑎𝑛𝑔
𝐶1 𝐶1

E a relação entre os coeficientes 𝐴, 𝛿 é dado por:


70

𝑥(𝑡) = 𝐶1 cos 𝜔𝑡 + 𝐶2 sin 𝜔𝑡

Substituindo os coeficientes: 𝐶1 ; 𝐶2 , tem-se:

𝑥(𝑡) = A cos 𝛿 ∙ cos 𝜔𝑡 + −𝐴 sin 𝛿 ∙ sin 𝜔𝑡


𝑥(𝑡) = A(cos 𝛿 ∙ cos 𝜔𝑡 − sin 𝛿 ∙ sin 𝜔𝑡)

Pela identidade trigonométrica tem-se:

𝑥(𝑡) = A ∙ cos(𝜔𝑡 + 𝛿)

Problema 2: determinar a energia total de um oscilador linear:

𝑥̈ + 𝜔2 𝑥 = 0

𝑘
Usando a solução: 𝑥(𝑡) = A ∙ cos(𝜔𝑡 + 𝛿) e 𝜔2 = .
𝑚

Resolução:

Como a energia nas pequenas oscilações é dada pela relação:

𝐸 =T+U

1
𝑇 = 2 𝑚𝑥̇ 2
Onde: { 1 , então fica:
𝑈 = 2 𝑘𝑥 2

1 1
𝐸= 𝑚𝑥̇ 2 + 𝑘𝑥 2
2 2

𝑥(𝑡) = A ∙ cos(𝜔𝑡 + 𝛿) 𝑥(𝑡) 2 = A2 ∙ cos 2 (𝜔𝑡 + 𝛿)


Fazendo: { ↔{ 2 e substituindo na
𝑥̇ (𝑡) = −A ∙ 𝜔 ∙ sen(𝜔𝑡 + 𝛿) 𝑥̇ (𝑡) = A2 ∙ 𝜔2 ∙ sen2 (𝜔𝑡 + 𝛿)
equação tem-se:

1 1
𝐸 = 𝑚A2 ∙ 𝜔2 ∙ sen2 (𝜔𝑡 + 𝛿) + 𝑘A2 ∙ cos 2 (𝜔𝑡 + 𝛿)
2 2
𝑘
Lembrando que: 𝜔2 = 𝑚 ↔ 𝑘 = 𝑚𝜔2 , substituindo na equação fica:

1 1
𝐸 = 𝑚A2 ∙ 𝜔2 ∙ sen2 (𝜔𝑡 + 𝛿) + 𝑚 ∙ A2 ∙ 𝜔2 ∙ cos2 (𝜔𝑡 + 𝛿)
2 2
1
Evidenciando o termo: 2 𝑚A2 ∙ 𝜔2 tem-se:
71

1
𝐸 = 𝑚A2 𝜔2 [sen2 (𝜔𝑡 + 𝛿) + cos 2 (𝜔𝑡 + 𝛿)]
2

Pela identidade trigonométrica, o termo: sen2 (𝜔𝑡 + 𝛿) + cos2 (𝜔𝑡 + 𝛿) = 1, assim:

1
𝐸= 𝑚A2 𝜔2
2

Problema 3: a função do lagrange para um pendulo simples é:

𝑚𝑙 2 𝜑̇ 2 𝑚𝑔𝑙 2
𝐿= − 𝜑
2 2

a) Construir a equação do movimento;


b) Resolver a equação do movimento;
c) Procurara a energia total como função de amplitude 𝜑𝑚

Resolução:

a) A equação do movimento é:

𝜕𝐿
= 𝑚𝑙 2 𝜑̇
𝜕𝜑̇
𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝑑 𝜕𝐿
( )− =0⇒ ∙ = 𝑚𝑙 2 𝜑̈
𝑑𝑡 𝜕𝜑 𝜕𝜑 𝑑𝑡 𝜕𝜑̇
𝜕𝐿
= −𝑚𝑔𝑙𝜑
{ 𝜕𝜑

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
( )− = 0 ⇒ 𝑚𝑙 2 𝜑̈ + 𝑚𝑔𝑙𝜑 = 0
𝑑𝑡 𝜕𝜑̇ 𝜕𝜑

b) A solução da equação é:

1
𝑚𝑙 2 𝜑̈ + 𝑚𝑔𝑙𝜑 = 0 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟:
𝑚𝑙 2
𝑔 𝑔
𝜑̈ + 𝜑 = 0 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜: 𝜔2 = , 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑙 𝑙

𝜑̈ + 𝜔2 𝜑 = 0

Onde a solução é:

𝜑(𝑡) = 𝐶1 cos 𝜔𝑡 + 𝐶2 sin 𝜔𝑡 𝑜𝑢


72

𝜑(𝑡) = 𝜑𝑚 ∙ cos(𝜔𝑡 + 𝛿)

c) A energia total como função de amplitude 𝜑𝑚 é:

𝐸 =T+U

1 1
𝐸= 𝑚𝜑̇ 2 + 𝑘𝜑 2
2 2

𝜑(𝑡) = 𝜑𝑚 ∙ cos(𝜔𝑡 + 𝛿)

𝜑(𝑡) = 𝜑𝑚 ∙ cos(𝜔𝑡 + 𝛿) 𝜑(𝑡) 2 = 𝜑𝑚 2 ∙ cos 2 (𝜔𝑡 + 𝛿)


Fazendo: { ↔{ e substituindo
𝜑̇ (𝑡) = −𝜑𝑚 ∙ 𝜔 ∙ sen(𝜔𝑡 + 𝛿) 𝜑̇ (𝑡) 2 = 𝜑𝑚 2 ∙ 𝜔2 ∙ sen2(𝜔𝑡 + 𝛿)
na equação tem-se:

1 1
𝐸= 𝑚𝜑𝑚 2 ∙ 𝜔2 ∙ sen2 (𝜔𝑡 + 𝛿) + 𝑘𝜑𝑚 2 ∙ cos 2 (𝜔𝑡 + 𝛿)
2 2
𝑘
Lembrando que: 𝜔2 = 𝑚 ↔ 𝑘 = 𝑚𝜔2 , substituindo na equação fica:

1 1
𝐸= 𝑚𝜑𝑚 2 ∙ 𝜔2 ∙ sen2 (𝜔𝑡 + 𝛿) + 𝑚 ∙ 𝜑𝑚 2 ∙ 𝜔2 ∙ cos 2 (𝜔𝑡 + 𝛿)
2 2
1
Evidenciando o termo: 2 𝑚𝜑𝑚 2 ∙ 𝜔2 tem-se:

1
𝐸= 𝑚𝜑𝑚 2 𝜔2 [sen2 (𝜔𝑡 + 𝛿) + cos2 (𝜔𝑡 + 𝛿)]
2

Pela identidade trigonométrica, o termo: sen2 (𝜔𝑡 + 𝛿) + cos2 (𝜔𝑡 + 𝛿) = 1, assim:

1
𝐸 = 𝑚𝜑𝑚 2 𝜔2
2

Problema 4: Um corpo de massa 0,7𝑘𝑔 é prendido a extremidade de uma mola que tem
constante elástica 𝑘 = 40𝑁/𝑚. O corpo é afastado 9,2𝑐𝑚 da posição do equilíbrio. Largando-
se o corpo com velocidade inicial de 0,3𝑚/𝑠 ele executa o movimento harmónico simples.
Determinar.

a) Frequência angular 𝜔 da oscilação;


b) Constantes 𝐶1 𝑒 𝐶2 na solução 𝑥(𝑡) = 𝐶1 cos 𝜔𝑡 + 𝐶2 sin 𝜔𝑡;
c) Amplitude 𝐴 e a fase inicial 𝛿 na solução 𝑥(𝑡) = A ∙ cos(𝜔𝑡 + 𝛿).

Resolução:
73

Dados: a) 𝜔 é dado por: b) como quando 𝑡 = 0 𝑥(0) = 9,2𝑐𝑚 então:

𝑘
𝑚 = 0,7𝑘𝑔 𝜔 = √𝑚 9,2𝑐𝑚 = 𝐶1 cos 0 + 𝐶2 sin 0 → 𝐶1 = 9,2𝑐𝑚

40
𝑘 = 40𝑁/𝑚 𝜔 = √0,7 como quando 𝑡 = 0 𝑥̇ (0) = 0,3 𝑚/𝑠 então

𝑥0 = 9,2𝑐𝑚 𝜔 = √57,142 0,3 = −𝐶1 𝜔 sen 0 + 𝐶2 𝜔 sen 0 → 𝐶2 𝜔 = 0,3

𝑣0 = 0,3𝑚/𝑠 𝜔 = 7,56 𝑟𝑎𝑑/𝑠 𝐶2 = 0,3⁄7,65 → 𝐶2 ≅ 4𝑐𝑚

d) Amplitude 𝐴 é dado por:

𝐴 = √𝐶1 2 + 𝐶2 2 → 𝐴 = √9,22 + 42 ≅ 10𝑐𝑚

fase inicial 𝛿 usando a solução 𝑥(𝑡) = A ∙ cos(𝜔𝑡 + 𝛿) é:

𝐶2
𝛿 = −𝑎𝑟𝑡𝑎𝑛𝑔
𝐶1

Substituindo os valores teremos:

4
𝛿 = −𝑎𝑟𝑡𝑎𝑛𝑔 = −0,41 𝑟𝑎𝑑
9,2

Problema 5: Determinar as oscilações forçadas de um sistema sob influência da forca 𝐹(𝑡) :


𝐹(𝑡)
𝑥̈ + 𝜔2 𝑥 =
𝑚

Se no instante inicial 𝑡 = 0 o sistema esta em repouso na posição de equilíbrio (𝑥 = 0; 𝑥̇ = 0)


para os casos:

a) 𝑭(𝒕) = 𝑭𝟎 ;
b) 𝑭(𝒕) = 𝑭𝟎 𝒆−𝜶𝒕 ;
c) 𝑭(𝒕) = 𝑭𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝝎𝒕 ;
𝑭𝟎
d) 𝑭(𝒕) = 𝒕
𝑻

onde: 𝑭𝟎 , 𝑻 𝒆 𝜶 são constantes positivas dadas.

Resolução:

a) Para 𝑭(𝒕) = 𝑭𝟎 tem-se:


74

𝐹0
𝑥̈ + 𝜔2 𝑥 = ; 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑚

1 𝑖𝜔𝑡 𝑡
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 ∫ 𝐹0 ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑑𝜏
𝑚 0

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑡 −𝑖𝜔𝜏
𝜉(𝑡) = ∙𝑒 ∫ ∙𝑒 𝑑𝜏
𝑚 0

𝑡
𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑒 −𝑖𝜔𝜏
𝜉(𝑡) = ∙𝑒 [ ]
𝑚 −𝑖𝜔 0

Multiplicando por termo: 𝑖 ⁄𝑖 e substituído os limites temporais tem-se:

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑖 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 − 1
𝜉(𝑡) = ∙𝑒 [ ]
𝑚 𝑖 −𝑖𝜔

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑖𝑒 −𝑖𝜔𝑡 − 𝑖
𝜉(𝑡) = ∙𝑒 [ ] ; 𝑟𝑒𝑠𝑐𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜:
𝑚 𝜔

𝐹0
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 [𝑖𝑒 𝑖𝜔𝑡 − 𝑖]
𝑚𝜔

Distribuindo o termo, 𝑒 𝑖𝜔𝑡 tem-se:

𝐹0
𝜉(𝑡) = [𝑖 − 𝑖𝑒 −𝑖𝜔𝑡 ]
𝑚𝜔

Pela identidade trigonométrica: 𝑒 𝑖𝜔𝑡 = cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡, substituindo fica:

𝐹0
𝜉(𝑡) = [𝑖 − 𝑖(cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡)] 𝑟𝑒𝑠𝑐𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜:
𝑚𝜔

𝐹0
𝜉(𝑡) = [𝑖 − 𝑖 cos 𝜔𝑡 + sin 𝜔𝑡]
𝑚𝜔

Sendo: 𝑖 − 𝑖 cos 𝜔𝑡 é a parte imaginaria, 𝐼𝑚 então:

𝐹0
𝐼𝑚 ∙ 𝜉(𝑡) = [1 − cos 𝜔𝑡]
𝑚𝜔

0 𝐹
Logo a solução fica: 𝑥(𝑡) = 𝑚𝜔 2
[1 − cos 𝜔𝑡]

b) Para 𝑭(𝒕) = 𝑭𝟎 𝒆−𝜶𝒕 tem-se:


𝐹0
𝑥̈ + 𝜔2 𝑥 = ; 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑚
75

1 𝑖𝜔𝑡 𝑡
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 ∫ 𝐹0 𝑒 −𝛼𝑡 ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑑𝜏
𝑚 0

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑡 −𝛼𝜏 −𝑖𝜔𝜏


𝜉(𝑡) = ∙𝑒 ∫ 𝑒 ∙𝑒 𝑑𝜏
𝑚 0

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑡 (−𝛼−𝑖𝜔)𝜏
𝜉(𝑡) = ∙𝑒 ∫ 𝑒 𝑑𝜏
𝑚 0

𝑡
𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑒 (−𝛼−𝑖𝜔)𝜏
𝜉(𝑡) = ∙𝑒 [ ]
𝑚 (−𝛼 − 𝑖𝜔) 0

Multiplicando por termo: 𝑖 ⁄𝑖 e substituído os limites temporais tem-se:

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑒 (−𝛼−𝑖𝜔)𝑡 − 1
𝜉(𝑡) = ∙𝑒 [ ]
𝑚 (−𝛼 − 𝑖𝜔)

Distribuindo o termo, 𝑒 𝑖𝜔𝑡 tem-se:

𝐹0 𝑒 (−𝛼−𝑖𝜔+𝑖𝜔)𝑡 − 𝑒 𝑖𝜔𝑡
𝜉(𝑡) = [ ]
𝑚 −𝛼 − 𝑖𝜔

Multiplicando por termo: −1⁄−1, tem-se:

𝐹0 𝑒 𝑖𝜔𝑡 − 𝑒 −𝛼𝑡
𝜉(𝑡) = [ ]
𝑚 𝛼 + 𝑖𝜔

Ainda para simplificar, multipliquemos por termo: 𝛼 − 𝑖𝜔⁄𝛼 − 𝑖𝜔, assim tem-se:

𝐹0 𝛼𝑒 𝑖𝜔𝑡 − 𝑖𝜔𝑒 𝑖𝜔𝑡 − 𝛼𝑒 −𝛼𝑡 + 𝑖𝜔𝑒 −𝛼𝑡


𝜉(𝑡) = [ ]
𝑚 𝛼2 + 𝜔2

Pela identidade trigonométrica: 𝑒 𝑖𝜔𝑡 = cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡, substituindo fica:

𝐹0
𝜉(𝑡) = 2 2
[𝛼(cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡) − 𝑖𝜔(cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡) − 𝛼𝑒 −𝛼𝑡 + 𝑖𝜔𝑒 −𝛼𝑡 ]
𝑚(𝛼 + 𝜔 )

𝐹0
𝜉(𝑡) = [𝛼 cos 𝜔𝑡 + 𝑖𝛼 sin 𝜔𝑡 − 𝑖𝜔 cos 𝜔𝑡 + 𝜔 sin 𝜔𝑡 − 𝛼𝑒 −𝛼𝑡 + 𝑖𝜔𝑒 −𝛼𝑡 ]
𝑚(𝛼 2 + 𝜔 2 )

Usando a parte imaginaria, 𝐼𝑚 tem-se:

𝐹0
𝐼𝑚 ∙ 𝜉(𝑡) = [𝜔𝑒 −𝛼𝑡 − 𝜔 cos 𝜔𝑡 + 𝛼 sin 𝜔𝑡]
𝑚(𝛼 2 + 𝜔2)
76

𝐹 𝛼
Logo a solução fica: 𝑥(𝑡) = 𝑚(𝛼20+𝜔2) [𝑒 −𝛼𝑡 − cos 𝜔𝑡 + 𝜔 sin 𝜔𝑡]

c) Para 𝑭(𝒕) = 𝑭𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝝎𝒕, é:

𝐹0
𝑥̈ + 𝜔2 𝑥 = ; 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑚

1 𝑖𝜔𝑡 𝑡
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 ∫ 𝐹0 cos 𝜔𝑡 ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑑𝜏
𝑚 0

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑡
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 ∫ cos 𝜔𝑡 ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑑𝜏
𝑚 0

𝑒 𝑖𝜔𝑡 +𝑒 −𝑖𝜔𝑡 𝑒 𝑖𝜔𝑡 −𝑒 −𝑖𝜔𝑡


Lembrando da relação: cos 𝜔𝑡 = e sen 𝜔𝑡 = então substituímos:
2 2!

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑡 𝑒 𝑖𝜔𝜏 + 𝑒 −𝑖𝜔𝜏 −𝑖𝜔𝜏


𝜉(𝑡) = ∙𝑒 ∫ ( )𝑒 𝑑𝜏
𝑚 0 2

𝑡
𝐹0
(𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 ∫ (1 + 𝑒 −2𝑖𝜔𝜏 )𝑑𝜏
2𝑚 0

𝐹0 𝑡 𝑡
Rescrevendo fica: (𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 ∫0 𝑑𝜏 + ∫0 𝑒 −2𝑖𝜔𝜏 𝑑𝜏
2𝑚

𝑡
𝐹0 𝑖𝜔𝑡
𝑒 −2𝑖𝜔𝜏
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 [𝜏 + ]
2𝑚 −𝑖2𝜔 0

Multiplicando por termo: 𝑖 ⁄𝑖 e substituído os limites temporais tem-se:

𝐹0 𝑖𝜔𝑡
𝑒 −𝑖2𝜔𝑡 − 1
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 [𝑡 + ]
2𝑚 −𝑖2𝜔

Distribuindo o termo, 𝑒 𝑖𝜔𝑡 tem-se:

𝐹0 𝑒 −𝑖2𝜔𝑡 𝑒 𝑖𝜔𝑡 − 𝑒 𝑖𝜔𝑡


𝜉(𝑡) = [𝑡𝑒 𝑖𝜔𝑡 + ]
2𝑚 −𝑖2𝜔

𝐹 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 −𝑒 𝑖𝜔𝑡
Rescrevendo: 0
𝜉(𝑡) = 2𝑚 [𝑡𝑒 𝑖𝜔𝑡 + ]
−𝑖2𝜔

Multiplicando o segundo aditivo por termo: 𝑖 ⁄𝑖 , tem-se:

𝐹0 𝑖𝜔𝑡
𝑖 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 − 𝑒 𝑖𝜔𝑡
𝜉(𝑡) = [𝑡𝑒 + ( )]
2𝑚 𝑖 −𝑖2𝜔
77

Pela identidade trigonométrica: 𝑒 𝑖𝜔𝑡 = cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡, substituindo fica:

𝐹0 𝑖(cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡) − 𝑖(cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡)


𝜉(𝑡) = [𝑡(cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡) + ]
2𝑚 2𝜔

𝐹0 𝑖 cos 𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡 − 𝑖 cos 𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡


𝜉(𝑡) = [𝑡𝑡(cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡) + ]
2𝑚 2𝜔

𝐹0 −2 sin 𝜔𝑡
𝜉(𝑡) = [𝑡 cos 𝜔𝑡 + 𝑖𝑡 sin 𝜔𝑡 + ]
2𝑚 2𝜔

0𝐹
Usando a parte imaginaria tem-se𝐼𝑚 : 𝐼𝑚 ∙ 𝜉(𝑡) = 2𝑚 (𝑡 sin 𝜔𝑡)

𝐹
0
Logo a solução é: 𝑥(𝑡) = 2𝑚 𝑡 sin 𝜔𝑡

𝑭𝟎
d) Para 𝑭(𝒕) = 𝒕 , tem-se:
𝑻

𝐹0
𝑥̈ + 𝜔2 𝑥 = ; 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑚

1 𝑖𝜔𝑡 𝑡 𝐹0
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 ∫ 𝜏 ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑑𝜏
𝑚 0 𝑇

𝑡
𝐹0
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 ∫ 𝜏 ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑑𝜏
𝑖𝜔𝑡
𝑚𝑇 0

Usando integração por parte (𝑢𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢), tem-se:

𝑡 −𝑖𝜔𝜏
𝐹0 𝜏𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑒
(𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 [ −∫ 𝑑𝜏]
2𝑚𝑇 −𝑖𝜔 0 −𝑖𝜔
78

𝐹0 𝑡𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 + 1
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 [ − ]
2𝑚𝑇 −𝑖𝜔 −𝑖𝜔(−𝑖𝜔)

𝐹0 𝑡𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 + 1
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 [ − ]
2𝑚𝑇 −𝑖𝜔 −𝜔 2

𝐹0 𝑖𝑡𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 − 1


𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 [ + ]
2𝑚𝑇 𝜔 𝜔2

Achando m.m.c fica:

𝐹0 𝑖𝜔𝑡𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 − 1


𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 [ + ]
2𝑚𝑇 𝜔2 𝜔2

Distribuindo o termo, 𝑒 𝑖𝜔𝑡 tem-se:

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 + 1 − 𝑒 −𝑖𝜔𝑡
𝜉(𝑡) = [ ]
2𝑚𝑇 𝜔2

Rescrevendo:

𝐹0
𝜉(𝑡) = (𝑖𝜔𝑡 + 1 − 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 )
2𝑚𝑇𝜔 2

Pela identidade trigonométrica: 𝑒 𝑖𝜔𝑡 = cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡, substituindo fica:

𝐹0
𝜉(𝑡) = (𝑖𝜔𝑡 + 1 − cos 𝜔𝑡 − 𝑖 sin 𝜔𝑡)
2𝑚𝑇𝜔 2

Usando a parte imaginaria tem-se 𝐼𝑚 :

𝐹0
𝐼𝑚 ∙ 𝜉(𝑡) = (𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡)
2𝑚𝑇𝜔 2

Logo a solução é:

𝐹0
𝑥(𝑡) = (𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡)
2𝑚𝑇𝜔 3

Problema 6: determinar a amplitude final das oscilações de um sistema

𝐹(𝑡)
𝑥̈ = 𝜔2 𝑥 =
𝑚

Depois de acção de uma força externa. Que varia segundo a lei:


79

0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 < 0
𝐹(𝑥) = {𝐹0 𝑝𝑎𝑟𝑎 0 < 𝑡 < 𝑇
0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 𝑇

Até o instante inicial 𝑡=0 o sistema estava em repouso na posição de equilíbrio


(𝑥 = 0, 𝑥̇ = 0).

Resolução: graficamente fica:

para 𝐹(𝑥) = 𝐹0 , resolvido no 5. a) solução é:

𝐹0
𝑥(𝑡) = [1 − cos 𝜔𝑡]
𝑚𝜔 2

Para achar amplitude primeiro é necessário antes determinar as constantes (𝐶1 𝑒 𝐶2 ):

Lembrando que a solução para este tipo de equação é 𝑥(𝑡) = 𝐶1 cos 𝜔𝑡 + 𝐶2 sin 𝜔𝑡, então pode-
se equivaler 𝑥(𝑡) = 𝑥(𝑡) , assim tem-se:

𝐹0
[1 − cos 𝜔𝑡] = 𝐶1 cos 𝜔(𝑇 − 𝑇) + 𝐶2 sin 𝜔(𝑇 − 𝑇):
𝑚𝜔 2

𝐹0
[1 − cos 𝜔𝑡] = 𝐶1 cos 𝜔(0) + 𝐶2 sin 𝜔(0)
𝑚𝜔 2

𝐹0
𝐶1 = [1 − cos 𝜔𝑡]
𝑚𝜔 2
𝐹 0
𝑥̇ (𝑡) = 𝑚𝜔 sen 𝜔𝑡
Para achar 𝐶2 , consideremos: 𝑥̇ (𝑡) = 𝑥̇ (𝑡) → { , assim fica:
𝑥̇ (𝑡) = 𝐶1 𝜔 sen 𝜔𝑡 + 𝐶2 𝜔 cos 𝜔𝑡

𝐹0
sen 𝜔𝑡 = 𝐶1 𝜔 sen 𝜔(0) + 𝐶2 𝜔 cos 𝜔(0)
𝑚𝜔

𝐹0
𝐶2 = sen 𝜔𝑡
𝑚𝜔 2
80

Como amplitude é dado por: 𝐴 = √𝐶1 2 + 𝐶2 2 então tem-se:

𝐹0 2
𝐶1 2 = [12 − 2 cos 𝜔𝑡 + cos 2 𝜔𝑡]
𝑚2 𝜔 4
2 𝐹0 2
{𝐶2 = 2 4 sin2 𝜔𝑡
𝑚 𝜔

𝐹0 2
𝐴2 = 𝐶1 2 + 𝐶2 2 → [12 − 2 cos 𝜔𝑡 + cos 2 𝜔𝑡 + sin2 𝜔𝑡]
𝑚2 𝜔 4

𝐹0 2 𝐹0 2 2𝐹0 2
𝐴2 = [1 − 2 cos 𝜔𝑡 + 1] → [2 − 2 cos 𝜔𝑡] → [1 − cos 𝜔𝑡]
𝑚2 𝜔 4 𝑚2 𝜔 4 𝑚2 𝜔 4
𝜔𝑡
Pela identidade trigonométrica: 1 − cos 𝜔𝑡 = 2 sin2 , substituindo tem-se:
2

4𝐹0 2 𝜔𝑡
𝐴2 = 2 4
sin2
𝑚 𝜔 2

4𝐹0 2 𝜔𝑡
𝐴 = √ 2 4 sin2 , 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑚 𝜔 2

2𝐹0 𝜔𝑡
𝐴= 2
sen
𝑚𝜔 2

Problema 7: Resolva o problema 6 se:

0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 < 0
𝐹0
𝐹(𝑥) ={ 𝑝𝑎𝑟𝑎 0 < 𝑡 < 𝑇
𝑇
0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 𝑇

Resolução: graficamente fica:

𝑭𝟎
Para 𝑭(𝒕) = 𝒕 , resolvido no 5. d) a solução é:
𝑻
81

𝐹0
𝑥(𝑡) = (𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡)
2𝑚𝑇𝜔 3

Para achar amplitude primeiro é necessário antes determinar as constantes (𝐶1 𝑒 𝐶2 ):

Como a solução para este tipo de equação é 𝑥(𝑡) = 𝐶1 cos 𝜔𝑡 + 𝐶2 sin 𝜔𝑡, então pode-se
equivaler 𝑥(𝑡) = 𝑥(𝑡) , assim tem-se:

𝐹0
(𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡) = 𝐶1 cos 𝜔(𝑇 − 𝑇) + 𝐶2 sin 𝜔(𝑇 − 𝑇):
2𝑚𝑇𝜔 3

𝐹0
(𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡) = 𝐶1 cos 𝜔(0) + 𝐶2 sin 𝜔(0)
2𝑚𝑇𝜔 3

𝐹0
𝐶1 = (𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡)
2𝑚𝑇𝜔 3
𝐹 0
𝑥̇ (𝑡) = 2𝑚𝑇𝜔 2
(1 − cos 𝜔𝑡)
E para achar 𝐶2 , consideremos: 𝑥̇ (𝑡) = 𝑥̇ (𝑡) → { , assim fica:
𝑥̇ (𝑡) = 𝐶1 𝜔 sen 𝜔𝑡 + 𝐶2 𝜔 cos 𝜔𝑡

𝐹0
(1 − cos 𝜔𝑡) = 𝐶1 𝜔 sen 𝜔(0) + 𝐶2 𝜔 cos 𝜔(0)
2𝑚𝑇𝜔 2

𝐹0
𝐶2 = (1 − cos 𝜔𝑡)
2𝑚𝑇𝜔 3

Como amplitude é dado por: 𝐴 = √𝐶1 2 + 𝐶2 2 então tem-se:

2𝐹0 2
𝐶1 = 2 2 6 [𝜔2 𝑡 2 − 2𝜔 sen 𝜔𝑡 + sen2 𝜔𝑡]
𝑚 𝑇 𝜔
2 𝐹0 2 2 2
{𝐶2 = 𝑚2 𝑇 2 𝜔 6 (1 − 2 cos 𝜔𝑡 + cos 𝜔𝑡)

2 2 2 𝐹0 2
𝐴 = 𝐶1 + 𝐶2 → 2 2 6 [12 − 2 cos 𝜔𝑡 + cos2 𝜔𝑡 + 𝜔2 𝑡 2 − 2𝜔 sen 𝜔𝑡 + sen2 𝜔𝑡]
𝑚 𝑇 𝜔

Pelas identidades trigonométrica sen2 𝜔𝑡 + cos 2 𝜔𝑡 = 1, somando com 1 tem-se:

𝐹0 2
𝐴2 = 𝐶1 2 + 𝐶2 2 → [𝜔2 𝑡 2 − 2𝜔 sen 𝜔𝑡 + +2 − 2 cos 𝜔𝑡], 𝑟𝑒𝑠𝑐𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑛 − 𝑠𝑒:
𝑚2 𝑇 2 𝜔 6

2 2 2 𝐹0 2
𝐴 = 𝐶1 + 𝐶2 → 2 2 6 [𝜔2 𝑡 2 − 2𝜔 sen 𝜔𝑡 + 2(1 − cos 𝜔𝑡)]
𝑚 𝑇 𝜔
𝜔𝑡
O termo 1 − cos 𝜔𝑡, pela identidade trigonométrica equivale a 2 sen2 , assim:
2
82

𝐹0 2 𝜔𝑡
𝐴 = 2 2 6 [𝜔2 𝑡 2 − 2𝜔 sen 𝜔𝑡 + 4 sen2 ]
2
𝑚 𝑇 𝜔 2

𝐹0 2 𝜔𝑡
𝐴 = √ 2 2 6 [𝜔 2 𝑡 2 − 2𝜔 sen 𝜔𝑡 + 4 sen2 ] , 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑚 𝑇 𝜔 2

𝐹0 𝜔𝑡
𝐴= 3
√𝜔 2 𝑡 2 − 2𝜔 sen 𝜔𝑡 + 4 sen2
𝑚𝑇𝜔 2

Problema 8: resolver o problema 6 se:

0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 < 0
𝐹(𝑥) = { 0 sin 𝜔𝑡 𝑝𝑎𝑟𝑎 0 < 𝑡 < 𝑇
𝐹
0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 𝑇

Para 𝑭(𝒕) = 𝑭𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝝎𝒕, é:

𝐹0
𝑥̈ + 𝜔2 𝑥 = ; 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑚

1 𝑖𝜔𝑡 𝑡
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 ∫ 𝐹0 sen 𝜔𝑡 ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑑𝜏
𝑚 0

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑡
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 ∫ sen 𝜔𝑡 ∙ 𝑒 −𝑖𝜔𝜏 𝑑𝜏
𝑚 0

𝑒 𝑖𝜔𝑡 +𝑒 −𝑖𝜔𝑡 𝑒 𝑖𝜔𝑡 −𝑒 −𝑖𝜔𝑡


Lembrando da relação: cos 𝜔𝑡 = e sen 𝜔𝑡 = então substituímos:
2! 2𝑖

𝐹0 𝑖𝜔𝑡 𝑡 𝑒 𝑖𝜔𝜏 − 𝑒 −𝑖𝜔𝜏 −𝑖𝜔𝜏


𝜉(𝑡) = ∙𝑒 ∫ ( )𝑒 𝑑𝜏
𝑚 0 2

𝑡
𝐹0
(𝑡) = ∙ 𝑒 ∫ (1 − 𝑒 −2𝑖𝜔𝜏 )𝑑𝜏
𝑖𝜔𝑡
2𝑚 0

𝐹0 𝑡 𝑡
Rescrevendo fica: (𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 ∫0 𝑑𝜏 − ∫0 𝑒 −2𝑖𝜔𝜏 𝑑𝜏
2𝑚

𝑡
𝐹0 𝑒 −2𝑖𝜔𝜏
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 [𝜏 − ]
2𝑚 −𝑖2𝜔 0
83

Multiplicando por termo: 𝑖 ⁄𝑖 e substituído os limites temporais tem-se:

𝐹0 𝑒 −𝑖2𝜔𝑡 − 1
𝜉(𝑡) = ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 [𝑡 − ]
2𝑚 −𝑖2𝜔

Multiplicando o segundo aditivo por termo: 𝑖 ⁄𝑖 , e distribuindo o termo, 𝑒 𝑖𝜔𝑡 tem-se:

𝐹0 𝑖𝜔𝑡
𝑖 𝑒 −𝑖𝜔𝑡 − 𝑒 𝑖𝜔𝑡
𝜉(𝑡) = [𝑡𝑒 − ( )]
2𝑚 𝑖 −𝑖2𝜔

Rescrevendo fica:
𝐹0 2𝜔𝑡𝑒 𝑖𝜔𝑡 − 𝑖𝑒 −𝑖𝜔𝑡 + 𝑖𝑒 𝑖𝜔𝑡
𝜉(𝑡) = ( )
2𝑚 2𝜔

Pela identidade trigonométrica: 𝑒 𝑖𝜔𝑡 = cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡, substituindo fica:

𝐹0 2𝜔𝑡(cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡) − 𝑖(cos 𝜔𝑡 − 𝑖 sin 𝜔𝑡) + 𝑖(cos 𝜔𝑡 + 𝑖 sin 𝜔𝑡)


𝜉(𝑡) = [ ]
2𝑚 2𝜔

𝐹0 2𝜔𝑡 cos 𝜔𝑡 + 𝑖2𝜔𝑡 sin 𝜔𝑡 − 𝑖 cos 𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡 + 𝑖 cos 𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡


𝜉(𝑡) = [ ]
2𝑚 2𝜔

𝐹0 2𝜔𝑡 cos 𝜔𝑡 + 𝑖2𝜔𝑡 sin 𝜔𝑡 − 2 sin 𝜔𝑡


𝜉(𝑡) = ( )
2𝑚 2𝜔

2𝐹0
𝜉(𝑡) = (𝜔𝑡 cos 𝜔𝑡 + 𝑖𝜔𝑡 sin 𝜔𝑡 − sin 𝜔𝑡)
4𝑚𝜔

Usando a parte imaginaria tem-se𝐼𝑚 :

𝐹0
𝐼𝑚 ∙ 𝜉(𝑡) = 𝜉(𝑡) = 𝜔𝑡 sin 𝜔𝑡
2𝑚𝜔

0𝐹
Logo a solução é: 𝑥(𝑡) = 2𝑚𝜔 𝑡 sin 𝜔𝑡
84

No entanto, para achar amplitude primeiro é necessário determinar as constantes (𝐶1 𝑒 𝐶2 ):

como a solução deste tipo de equação é 𝑥(𝑡) = 𝐶1 cos 𝜔𝑡 + 𝐶2 sin 𝜔𝑡, então pode-se equivaler
𝑥(𝑡) = 𝑥(𝑡) , assim tem-se:

𝐹0
𝑇 sin 𝜔𝑡 = 𝐶1 cos 𝜔(𝑇 − 𝑇) + 𝐶2 sin 𝜔(𝑇 − 𝑇):
2𝑚𝜔

2𝜋
Como 𝑇 = , substituindo fica:
𝜔

2𝜋𝐹0
sin 𝜔𝑡 = 𝐶1 cos 𝜔(0) + 𝐶2 sin 𝜔(0)
2𝑚𝜔 2

𝐹0
𝐶1 = 𝜋 sin 𝜔𝑡
𝑚𝜔 2
𝐹 0
𝑥̇ (𝑡) = 2𝑚 𝑇 cos 𝜔𝑡
E, para achar 𝐶2 , consideremos: 𝑥̇ (𝑡) = 𝑥̇ (𝑡) → { , assim fica:
𝑥̇ (𝑡) = 𝐶1 𝜔 sen 𝜔𝑡 + 𝐶2 𝜔 cos 𝜔𝑡

𝐹0
𝑇 cos 𝜔𝑡 = 𝐶1 𝜔 sen 𝜔(0) + 𝐶2 𝜔 cos 𝜔(0)
2𝑚

𝐹0 2𝜋 𝐹0
𝐶2 = cos 𝜔𝑡 ↔ 𝐶2 = 𝜋 cos 𝜔𝑡
2𝑚𝜔 𝜔 𝑚𝜔 2

Como amplitude é dado por: 𝐴 = √𝐶1 2 + 𝐶2 2 então tem-se:

𝐹0 2 2 2
𝐶1 2 = 𝜋 sin 𝜔𝑡
𝑚2 𝜔 4
2 𝐹0 2 2
{𝐶2 = 2 4 𝜋 cos2 𝜔𝑡
𝑚 𝜔

𝐹0 2 2
𝐴2 = 𝐶1 2 + 𝐶2 2 → 𝜋 (cos2 𝜔𝑡 + sin2 𝜔𝑡)
𝑚2 𝜔 4

Comos; cos 2 𝜔𝑡 + sin2 𝜔𝑡 = 1, então:

𝐹0 2 2
𝐴= √ 𝜋 , 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑚2 𝜔 4

𝐹0
𝐴= 𝜋
𝑚𝜔
85
86

Aula 18: Pequenas oscilações com mais de um grau de liberdade

A função de lagrange para um sistema com mais de um grau de liberdade é dado por:

𝐿(𝑞1 , 𝑞2 … . 𝑞𝑛 ) = 𝑇(𝑞1 , 𝑞2 … . 𝑞𝑛 ) − 𝑈(𝑞1 , 𝑞2 … . 𝑞𝑛 )

𝜕𝐿 𝜕𝐿 𝜕 2𝐿 (𝑞1 − 𝑞10 )(𝑞2 − 𝑞20 )


𝑈(𝑞1 . . 𝑞𝑛 ) + /10 (𝑞1 − 𝑞10 ) + /20 (𝑞1 − 𝑞20 ) + /10 +..
𝜕𝑞1 𝜕𝑞1 𝜕𝑞1 𝜕𝑞2 20 2

𝜕𝐿 𝜕𝐿
Nota-se que no momento: 𝜕𝑞 /10 (𝑞1 − 𝑞10 ) + 𝜕𝑞 /20 (𝑞2 − 𝑞20 ), não há oscilação mas
1 1

𝜕2 𝐿
/10 (𝑞 − 𝑞10 )(𝑞1 − 𝑞20 ) há oscilação, neste caso o estudo centra-se onde existe
𝜕𝑞1 𝜕𝑞2 20 1

oscilação, assim temos as seguintes considerações:

1 𝜕 2𝐿
(𝑞 − 𝑞10 )(𝑞2 − 𝑞20 )
2 𝜕𝑞1 𝜕𝑞2 1

Sendo:

𝜕 2𝐿
= 𝑉𝑖,𝑘 ; 𝑞1 − 𝑞10 = 𝑥𝑖 𝑒 𝑞2 − 𝑞10 = 𝑥𝑘
𝜕𝑞1 𝜕𝑞2
𝑛
1
𝑈 = ∑ 𝑉𝑖,𝑘 ∙ 𝑥𝑖 ∙ 𝑥𝑘
2
𝑖,𝑘

Da forma análoga, para energia cinética tem-se:


𝑛
1
𝑇 = ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ∙ 𝑥̇ 𝑖 ∙ 𝑥̇ 𝑘
2
𝑖,𝑘

Assim a função de lagrange será dada na forma:


𝑛 𝑛
1 1
𝐿 = ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ∙ 𝑥̇ 𝑖 ∙ 𝑥̇ 𝑘 − ∑ 𝑉𝑖,𝑘 ∙ 𝑥𝑖 ∙ 𝑥𝑘
2 2
𝑖,𝑘 𝑖,𝑘

Evidenciando o termo semelhante pode-se escrever da seguinte maneira:


𝒏
𝟏
𝑳 = ∑(𝑻𝒊,𝒌 ∙ 𝒙̇ 𝒊 ∙ 𝒙̇ 𝒌 − 𝑽𝒊,𝒌 ∙ 𝒙𝒊 ∙ 𝒙𝒌 )
𝟐
𝒊,𝒌

E para equação de lagrange tem-se:


87

𝑑 𝜕𝐿 𝜕𝐿
( )− =0
𝑑𝑡 𝜕𝑥̇𝑗 𝜕𝑥𝑗

Neste caso fica:


𝑛
𝜕𝐿 1 𝜕𝑥̇ 𝑖 𝜕𝑥̇ 𝑘
= ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ( ∙ 𝑥̇ 𝑘 + 𝑥𝑖 ∙ )
𝜕𝑥̇𝑗 2 𝜕𝑥̇𝑗 𝜕𝑥̇𝑗
𝑖,𝑘

Sendo:

𝜕𝑥̇ 𝑖 𝜕𝑥̇ 𝑘
= 𝛿𝑖𝑗 = (𝑑𝑒𝑙𝑡𝑎 𝑐𝑟𝑜𝑛𝑖𝑐𝑎) 𝑒 = 𝛿𝑘𝑗
𝜕𝑥̇𝑗 𝜕𝑥̇𝑗

𝜕𝐿
Assim rescrito o termo: 𝜕𝑥̇ fica:
𝑗

𝑛
𝜕𝐿 1
= ∑ 𝑇𝑖,𝑘 (𝛿𝑖𝑗 ∙ 𝑥̇ 𝑘 + 𝑥𝑖 ∙ 𝛿𝑘𝑗 )
𝜕𝑥̇𝑗 2
𝑖,𝑘

Aplicando a propriedade distributiva fica:


𝑛 𝑛
𝜕𝐿 1 1
= ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ∙ 𝛿𝑖𝑗 ∙ 𝑥̇ 𝑘 + ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ∙ 𝑥𝑖 ∙ 𝛿𝑘𝑗
𝜕𝑥̇𝑗 2 2
𝑖,𝑘 𝑖,𝑘

𝜕𝐿 1 1
= ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ∙ 𝛿𝑖𝑖 ∙ 𝑥̇ 𝑘 + ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ∙ 𝑥𝑖 ∙ 𝛿𝑘𝑘
𝜕𝑥̇𝑗 2 2
𝑘 𝑖

Por definição: 𝛿𝑘𝑘 = 𝛿𝑖𝑖 = 1 𝑒 𝛿𝑘𝑖 = 𝛿𝑖𝑘 = 0

𝜕𝐿 1 1
= ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ∙ 𝑥̇ 𝑘 + ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ∙ 𝑥𝑖
𝜕𝑥̇𝑗 2 2
𝑘 𝑖

𝜕𝐿 1 1
= ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ∙ 𝑥̇ 𝑘 + ∑ 𝑇𝑖,𝑘 ∙ 𝑥𝑖
𝜕𝑥̇𝑗 2 2
𝑘 𝑖

𝜕𝐿
= ∑ 𝑇𝑗,𝑘 ∙ 𝑥̇ 𝑘
𝜕𝑥̇𝑗
𝑘

𝜕𝐿
= ∑ 𝑉𝑗,𝑘 ∙ 𝑥𝑘
𝜕𝑥𝑗
𝑘

∑(𝑇𝑗,𝑘 ∙ 𝑥̇ 𝑘 + 𝑉𝑗,𝑘 ∙ 𝑥𝑘 ) = 0
𝑘
88

Consequentemente:

𝑥𝑘 (𝑡) = 𝐴𝑘 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡

Modos normais da vibração em pequenas oscilações ocorre quando todos graus de liberdades
das partículas oscilam com a mesma frequência.

𝑥𝑘 (𝑡) = 𝐴𝑘 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡

Fazendo: 𝑥̈ 𝑘 (𝑡)

𝑥̈ 𝑘 (𝑡) = 𝐴𝑘 (𝑖𝜔)2 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 = −𝐴𝑘 𝜔2 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡

Substituindo na equação ∑𝑘(𝑉𝑗,𝑘 ∙ 𝑥𝑘 + 𝑇𝑗,𝑘 ∙ 𝑥̇ 𝑘 ) = 0, tem-se:

∑(𝑉𝑗,𝑘 ∙ 𝐴𝑘 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 − 𝑇𝑗,𝑘 ∙ 𝐴𝑘 𝜔2 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 ) = 0


𝑘

Evidenciando pode-se rescrever da seguinte forma:

∑(𝑉𝑗,𝑘 − 𝑇𝑗,𝑘 ∙ 𝜔2 )𝐴𝑘 ∙ 𝑒 𝑖𝜔𝑡 = 0


𝑘

Nota-se que para que a equação seja nula o termo 𝑉𝑗,𝑘 − 𝑇𝑗,𝑘 ∙ 𝜔2 = 0, e isso só acontece
quando o determinante desta matriz também é nula. Assim tem-se:

𝒅𝒆𝒕(𝑽𝒋,𝒌 − 𝑻𝒋,𝒌 ∙ 𝝎𝟐 ) = 𝟎

Equação característica

𝑉11 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 ⋯ 𝑉1𝑠 − 𝑇1𝑠 ∙ 𝜔2


[ ⋮ ⋱ ⋮ ]
𝑉𝑠1 − 𝑇𝑠1 ∙ 𝜔2 ⋯ 𝑉𝑠𝑛 − 𝑇𝑠𝑛 ∙ 𝜔2

Exemplo: seja 𝑇 = ∑𝑖,𝑘 𝑇𝑗,𝑘 ∙ 𝑥̇ 𝑖 ∙ 𝑥̇ 𝑘 e 𝑈 = ∑𝑖,𝑘 𝑉𝑗,𝑘 ∙ 𝑥𝑘

Onde o 𝑖, 𝑘 = 1,2, então tem-se:

2
1
𝑙 = ∑ (𝑇11 ∙ 𝑥̇ 1 ∙ 𝑥̇ 1 + 𝑇12 ∙ 𝑥̇ 1 ∙ 𝑥̇ 2 + 𝑇21 ∙ 𝑥̇ 2 ∙ 𝑥̇ 1 + 𝑇22 ∙ 𝑥̇ 2 ∙ 𝑥̇ 2 − 𝑉11 ∙ 𝑥1 ∙ 𝑥1 − 𝑉12 ∙ 𝑥1
2
𝑖,𝑘=1

∙ 𝑥2 + 𝑉21 ∙ 𝑥2 ∙ 𝑥1 + 𝑉22 ∙ 𝑥2 ∙ 𝑥2 )
89

Sabendo que: 𝑉21 = 𝑉12 𝑒 𝑇21 = 𝑇12 , operando fica:

1
𝑙 = (𝑇11 ∙ 𝑥̇ 1 2 + 2𝑇12 ∙ 𝑥̇ 1 ∙ 𝑥̇ 2 + 𝑇22 ∙ 𝑥̇ 2 2 − 𝑉11 ∙ 𝑥1 2 − 2𝑉12 ∙ 𝑥1 ∙ 𝑥2 + 𝑉22 ∙ 𝑥2 2 )
2

No entanto sabe-se que:

𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2


| 11 |=0
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

Então substituindo os termos 𝑇 𝑒 𝑉 tem-se a frequência angular na matriz:

𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2


| 11 |=0
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2
90

Aula 19: Problema resolvidos (ficha-6)

Problema 1: Determinar a frequência próprias dos sistemas seguintes:

a) 𝐿 = 6𝑥̇ 1 2 + 8𝑥̇ 2 2 − 4𝑥1 2 − 6𝑥2 2 ;


b) 𝐿 = 2𝑥̇ 1 2 + 3𝑥̇ 2 2 − 𝑥1 2 − 2𝑥2 2 ;
c) 𝐿 = 3𝑥̇ 1 2 + 2𝑥̇ 2 2 − 5𝑥1 2 − 𝑥1 𝑥2 − 3𝑥2 2
d) 𝐿 = 2𝑥̇ 1 2 + 𝑥̇ 2 2 − 5𝑥1 2 − 2𝑥1 𝑥2 − 2𝑥2 2
e) 𝐿 = 𝑥̇ 1 2 + 2𝑥̇ 2 𝑥̇ 2 + 1,5𝑥̇ 2 2 − 0,5𝑥2 2 − 𝑥1 𝑥2 − 𝑥2 2
f) 𝐿 = 5𝑥̇ 1 2 + 𝑥̇ 2 𝑥̇ 2 + 3𝑥̇ 2 2 − 𝑥1 2 + 2𝑥1 𝑥2 − 𝑥2 2
Todas grandezas são dadas no sistema internacional.

Resolução:

a) A frequência quando 𝐿 = 6𝑥̇ 1 2 + 8𝑥̇ 2 2 − 4𝑥1 2 − 6𝑥2 2 , é dado por:


1
Como 𝐿 = 2 (6𝑥̇ 1 2 + 8𝑥̇ 2 2 − 4𝑥1 2 − 6𝑥2 2 ) então temos:

Dados

𝑇11 = 12, 𝑇22 = 16, 𝑇12 = 𝑇21 = 0

𝑉11 = 8, 𝑉22 = 12, 𝑉12 = 𝑉21 = 0


𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2
Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

2
|8 − 12 ∙ 𝜔 0 | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
0 12 − 16 ∙ 𝜔2

(8 − 12 ∙ 𝜔2 ) ∙ (12 − 16 ∙ 𝜔2 ) = 0

96 − 128 𝜔2 − 144 𝜔2 + 192𝜔4 = 0

192𝜔4 − 272 𝜔2 + 96 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos: 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

192𝑡 2 − 272 𝑡 + 96 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 266 → √∆= 16, calculando as raízes fica:

272 − 16 256 2
−𝑏 ± √∆ 𝑡1 = 𝑡1 = 𝑡1 =
𝑡= →{ 2 ∙ 192 → { 384 ↔ { 3
2𝑎 272 + 16 288 3
𝑡2 = 𝑡2 = 𝑡2 =
2 ∙ 192 384 4
91

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

2
𝜔1 = √𝑡1 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
3

3
𝜔2 = √𝑡2 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
{ 4

b) A frequência quando 𝐿 = 2𝑥̇ 1 2 + 3𝑥̇ 2 2 − 𝑥1 2 − 2𝑥2 2 , é dado por:


1
Como 𝐿 = 2 (4𝑥̇ 1 2 + 6𝑥̇ 2 2 − 2𝑥1 2 − 4𝑥2 2 ) então temos:

Dados

𝑇11 = 4, 𝑇22 = 6, 𝑇12 = 𝑇21 = 0

𝑉11 = 2, 𝑉22 = 4, 𝑉12 = 𝑉21 = 0


𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2
Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

2
|2 − 4 𝜔 0 | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
0 4 − 6 𝜔2

(2 − 4 𝜔2 ) ∙ (4 − 6 𝜔2 ) = 0

8 − 12 𝜔2 − 16 𝜔2 + 24𝜔4 = 0

24𝜔4 − 28 𝜔2 + 8 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

24𝑡 2 − 28 𝑡 + 8 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 16 → √∆= 4, calculando as raízes fica:

28 − 4 24 1
−𝑏 ± √∆ 𝑡1 = 𝑡1 = 𝑡1 =
𝑡= →{ 2 ∙ 42 → { 48 ↔ { 2
2𝑎 28 + 4 32 2
𝑡2 = 𝑡2 = 𝑡2 =
2 ∙ 28 48 3

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:


92

1
𝜔1 = √𝑡1 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
2

2
𝜔2 = √𝑡2 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
{ 3

c) A frequência quando 𝐿 = 3𝑥̇ 1 2 + 2𝑥̇ 2 2 − 5𝑥1 2 − 𝑥1 𝑥2 − 3𝑥2 2 , é dado por:


1
Como 𝐿 = 2 (6𝑥̇ 1 2 + 4𝑥̇ 2 2 − 10𝑥1 2 − 2𝑥1 𝑥2 − 6𝑥2 2 ) então temos:

Dados

𝑇11 = 6, 𝑇22 = 4, 𝑇12 = 𝑇21 = 0

𝑉11 = 10, 𝑉22 = 6, 𝑉12 = 𝑉21 = 1


𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2
Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

2
|10 − 6 𝜔 1 | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
1 6 − 4 𝜔2

(10 − 6 𝜔2 ) ∙ (6 − 4 𝜔2 ) − 12 = 0

60 − 40 𝜔2 − 36 𝜔2 + 24𝜔4 − 12 = 0

24𝜔4 − 76 𝜔2 + 59 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

24𝑡 2 − 76 𝑡 + 59 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 112 → √∆= 10,58, calculando as raízes


fica:

76 − 10,58 65,48
−𝑏 ± √∆ 𝑡1 = 𝑡1 =
𝑡= →{ 2 ∙ 24 → { 48 ↔ {𝑡1 = 1,802
2𝑎 76 + 10,59 86,5 𝑡2 = 1,362
𝑡2 = 𝑡2 =
2 ∙ 24 48

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

𝜔1 = √𝑡1 = √1,802 = 1,34𝑟𝑎𝑑/𝑠


{
𝜔2 = √𝑡2 = √1,362 = 1,17𝑟𝑎𝑑/𝑠

d) A frequência quando 𝐿 = 2𝑥̇ 1 2 + 𝑥̇ 2 2 − 5𝑥1 2 − 2𝑥1 𝑥2 − 2𝑥2 2 , é dado por:


93

1
Como 𝐿 = 2 (4𝑥̇ 1 2 + 2𝑥̇ 2 2 − 10𝑥1 2 − 4𝑥1 𝑥2 − 4𝑥2 2 ) então te-se:

Dados

𝑇11 = 4, 𝑇22 = 2, 𝑇12 = 𝑇21 = 0

𝑉11 = 10, 𝑉22 = 4, 𝑉12 = 𝑉21 = 2


𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2
Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

2
|10 − 4 𝜔 2 | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
2 4 − 2 𝜔2

(10 − 4 𝜔2 ) ∙ (4 − 2 𝜔2 ) − 22 = 0

40 − 20 𝜔2 − 16 𝜔2 + 8𝜔4 − 22 = 0

8𝜔4 − 36 𝜔2 + 36 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

8𝑡 2 − 36 𝑡 + 36 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 144 → √∆= 12, calculando as raízes fica:

36 − 12 24
𝑡1 = 𝑡 = 3
−𝑏 ± √∆ 2 ∙ 8 1
16 𝑡1 =
𝑡= →{ →{ ↔{ 2
2𝑎 36 + 12 48
𝑡2 = 𝑡2 = 𝑡2 = 3
2∙8 16

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

3
𝜔1 = √𝑡1 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
2

{ 𝜔2 = √𝑡2 = √3𝑟𝑎𝑑/𝑠

e) A frequência quando 𝐿 = 𝑥̇ 1 2 + 2𝑥̇ 2 𝑥̇ 2 + 1,5𝑥̇ 2 2 − 0,5𝑥2 2 − 𝑥1 𝑥2 − 𝑥2 2 , é dado


por:
1
Como 𝐿 = 2 (2𝑥̇ 1 2 + 4𝑥̇ 2 𝑥̇ 2 + 3𝑥̇ 2 2 − 𝑥2 2 − 2𝑥1 𝑥2 − 2𝑥2 2 ) então temos:

Dados

𝑇11 = 2, 𝑇22 = 3, 𝑇12 = 𝑇21 = 2


94

𝑉11 = 1, 𝑉22 = 2, 𝑉12 = 𝑉21 = 1


𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2
Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

2
|1 − 2 𝜔2 1 − 2 𝜔2 | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
1−2𝜔 2 − 3 𝜔2

(1 − 2 𝜔2 ) ∙ (4 − 2 𝜔2 ) − (1 − 2 𝜔2 )2 = 0

2 − 7 𝜔2 + 6𝜔4 − 1 + 4 𝜔2 − 4𝜔4 = 0

2𝜔4 − 3 𝜔2 + 2 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

2𝑡 2 − 3 𝑡 + 1 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 1 → √∆= 1, calculando as raízes fica:

3−1 2
𝑡1 = 𝑡1 = 1
−𝑏 ± √∆ 2 ∙ 2 4 𝑡1 =
𝑡= →{ →{ ↔{ 2
2𝑎 3+1 4
𝑡2 = 𝑡2 = 𝑡2 = 1
2∙2 4

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

1
𝜔1 = √𝑡1 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
2

{𝜔2 = √𝑡2 = √1 = 1𝑟𝑎𝑑/𝑠

f) A frequência quando 𝐿 = 5𝑥̇ 1 2 + 𝑥̇ 2 𝑥̇ 2 + 3𝑥̇ 2 2 − 𝑥1 2 + 2𝑥1 𝑥2 − 𝑥2 2 , é dado por:


1
Como 𝐿 = (10𝑥̇ 1 2 + 2𝑥̇ 2 𝑥̇ 2 + 6𝑥̇ 2 2 − 2𝑥1 2 + 4𝑥1 𝑥2 − 2𝑥2 2 ) então temos:
2

Dados

𝑇11 = 10, 𝑇22 = 6, 𝑇12 = 𝑇21 = 1

𝑉11 = 2, 𝑉22 = 2, 𝑉12 = 𝑉21 = −2


𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2
Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

2
|2 − 10 𝜔2 −2 − 𝜔2 | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
−2 − 𝜔 2 − 6 𝜔2
95

(2 − 10 𝜔2 ) ∙ (2 − 6 𝜔2 ) − (−2 − 𝜔2 )2 = 0

4 − 32 𝜔2 + 60𝜔4 − 4 + 4 𝜔2 − 𝜔4 = 0

59𝜔4 − 36 𝜔2 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

59𝑡 2 − 36 𝑡 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 1296 → √∆= 36, calculando as raízes fica:

36 − 36 0
𝑡1 = 𝑡 = 𝑡1 = 0
−𝑏 ± √∆ 2 ∙ 59 1
118
𝑡= →{ →{ ↔{ 36
2𝑎 36 + 36 72 𝑡2 =
𝑡2 = 𝑡2 = 59
2 ∙ 59 118

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

𝜔1 = √𝑡1 = √0 𝑟𝑎𝑑/𝑠

36
𝜔2 = √𝑡2 = √ = 0,78𝑟𝑎𝑑/𝑠
59
{

Problema 2: Determinar a frequência próprias dos sistemas seguintes:

𝑚𝑟̇ 2 𝑎𝜑̇2 𝑘𝜑2


a) 𝐿 = + −
2 2 2
𝑚𝑥 2 𝑚𝑦̇ 2 𝑘(𝑥−𝑦)2
b) 𝐿 = + 𝜆𝑥̇ 𝑦̇ + − ;
2 2 2
𝑚1 𝑥̇ 1 2 +𝑚2 𝑥̇ 2 2 𝑘𝑥1 2 −2𝑘𝑥1 𝑥2 −𝑘𝑥2 2
c) 𝐿 = −
2 2

Resolução:

𝑚𝑟̇ 2 𝑎𝜑̇ 2 𝑘𝜑2


a) A frequência quando 𝐿 = 2 + 2 − 2 , é dado por:
1
Como 𝐿 = 2 (𝑚𝑟̇ 2 + 𝑎𝜑̇ 2 − 𝑘𝜑 2 ) então temos:

Dados

𝑇11 = 𝑚, 𝑇22 = 𝑎, 𝑇12 = 𝑇21 = 0


96

𝑉11 = 0, 𝑉22 = 𝑘, 𝑉12 = 𝑉21 = 0


𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2
Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

2
|−𝑚 𝜔 0 | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
0 𝑘 − 𝑎𝜔2

(−𝑚 𝜔2 ) ∙ (𝑘 − 𝑎𝜔2 ) = 0

−𝑚 𝜔2 + 𝑚𝑎𝜔4 = 0

𝑚𝑎𝜔4 − 𝑚𝜔2 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

𝑎𝑡 2 − 𝑘𝑡 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 𝑘𝑘 → √∆= 𝑘, calculando as raízes fica:

𝑘−𝑘 0
𝑡1 =𝑡 = 𝑡1 = 0
−𝑏 ± √∆ 2 ∙ 𝑎 1
2𝑎
𝑡= →{ →{ ↔{ 𝑘
2𝑎 𝑘+𝑘 2𝑘 𝑡2 =
𝑡2 = 𝑡2 = 𝑎
2∙𝑎 2𝑎

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

𝜔1 = √𝑡1 = √0 𝑟𝑎𝑑/𝑠

𝑘
𝜔2 = √𝑡2 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑎
{
2
𝑚𝑥̇ 2 𝑚𝑦̇ 2 𝑘(𝑥−𝑦)
b) A frequência quando 𝐿 = 2 + 𝜆𝑥̇ 𝑦̇ + 2 − , é dado por:
2

Como 𝐿 = 12 (𝑚𝑥̇ 2 + 2𝜆𝑥̇ 𝑦̇ + 𝑚𝑦̇ 2 − 𝑘𝑥2 + 2𝑘𝑥𝑦 − 𝑘𝑦2) então temos:

Dados

𝑇11 = 𝑚, 𝑇22 = 𝑚, 𝑇12 = 𝑇21 = 𝜆

𝑉11 = 𝑘, 𝑉22 = 𝑘, 𝑉12 = 𝑉21 = −𝑘


𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2
Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

2
|𝑘−𝑚𝜔2 −𝑘 − 𝜆 𝜔2 | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
−𝑘 − 𝜆 𝜔 𝑘 − 𝑎𝜔2
97

(𝑘 − 𝑚 𝜔2 )2 − (−𝑘 − 𝜆 𝜔2 )2 = 0

𝑘 2 − 2𝑚𝑘𝜔2 + 𝑚2 𝜔4 − 𝑘 2 − 2𝜆𝑘𝜔2 − 𝜆2 𝜔4 = 0

(𝑚2 − 𝜆2 )𝜔4 − (2𝑚𝑘 + 2𝜆𝑘)𝜔2 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

(𝑚2 − 𝜆2 )𝑡 2 − (2𝑚𝑘 + 2𝜆𝑘)𝑡 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 𝑏 2 → √∆= 2𝑚𝑘 + 2𝜆𝑘, calculando as


raízes fica:

2𝑚𝑘 + 2𝜆𝑘 − 2𝑚𝑘 + 2𝜆𝑘


𝑡1 =
−𝑏 ± √∆ 2 ∙ (𝑚2 − 𝜆2 )
𝑡= →
2𝑎 2𝑚𝑘 + 2𝜆𝑘 + 2𝑚𝑘 + 2𝜆𝑘
𝑡2 =
{ 2 ∙ (𝑚2 − 𝜆2 )

Como: (𝑚2 − 𝜆2 ) = (𝑚 + 𝜆)(𝑚 − 𝜆), então tem-se:

0
𝑡1 = 𝑡1 = 0
2(𝑚 + 𝜆)(𝑚 − 𝜆)
↔{ 2𝑘
4𝑘(𝑚 + 𝜆) 𝑡2 =
𝑡 = (𝑚 − 𝜆)
{ 2 2(𝑚 + 𝜆)(𝑚 − 𝜆)

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

𝜔1 = √𝑡1 = √0 𝑟𝑎𝑑/𝑠
2𝑘
𝜔2 = √𝑡2 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
(𝑚 − 𝜆)
{

𝑚1 𝑥̇ 1 2 +𝑚2 𝑥̇ 2 2 𝑘𝑥1 2 −2𝑘𝑥1 𝑥2 +𝑘𝑥2 2


c) A frequência quando 𝐿 = − , é dado por:
2 2
1
Como 𝐿 = 2 (𝑚1 𝑥̇ 1 2 + 𝑚2 𝑥̇ 2 2 − 𝑘𝑥1 2 + 2𝑘𝑥1 𝑥2 − 𝑘𝑥2 2 ) então temos:

Dados

𝑇11 = 𝑚1 , 𝑇22 = 𝑚2 , 𝑇12 = 𝑇21 = 0

𝑉11 = 𝑘, 𝑉22 = 𝑘, 𝑉12 = 𝑉21 = −𝑘

𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2


Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2
98

𝑘 − 𝑚1 𝜔2 −𝑘
| | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
−𝑘 𝑘 − 𝑚2 𝜔 2

(𝑘 − 𝑚1 𝜔2 )(𝑘 − 𝑚2 𝜔2 ) − 𝑘 2 = 0

𝑘 2 − 𝑚2 𝑘𝜔2 − 𝑚1 𝑘𝜔2 + 𝑚1 𝑚2 𝜔4 − 𝑘 2 = 0

𝑚1 𝑚2 𝜔4 − 𝑘(𝑚1 + 𝑚2 )𝜔2 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

𝑚1 𝑚2 𝑡 2 − 𝑘(𝑚1 + 𝑚2 )𝑡 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 𝑏 2 → √∆= 𝑘(𝑚1 + 𝑚2 ), calculando as


raízes fica:

𝑘(𝑚1 + 𝑚2 ) − 𝑘(𝑚1 + 𝑚2 )
𝑡1 =
−𝑏 ± √∆ 2 ∙ 𝑚1 𝑚2
𝑡= →
2𝑎 𝑘(𝑚1 + 𝑚 2 ) + 𝑘(𝑚1 + 𝑚2 )
𝑡2 =
{ 2 ∙ 𝑚1 𝑚2

Como: (𝑚2 − 𝜆2 ) = (𝑚 + 𝜆)(𝑚 − 𝜆), então tem-se:

0
𝑡1 = 𝑡1 = 0
2𝑚1 𝑚2
↔{ 𝑘(𝑚1 + 𝑚2 )
2𝑘(𝑚1 + 𝑚2 ) 𝑡2 =
𝑡2 = 𝑚1 𝑚2
{ 2𝑚1 𝑚2

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

𝜔1 = √𝑡1 = √0 𝑟𝑎𝑑/𝑠

𝑘(𝑚1 + 𝑚2 )
𝜔2 = √𝑡2 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑚1 𝑚2
{

Problema 3: construir as funções de Lagrange e determinar as frequências próprias dos


sistemas seguintes:

Resolução:

a)
99

O sistema dá-nos os seguintes parâmetros:

1
𝑇1 =𝑚𝑥̇ 1 2 1 1
2 𝐹1 = 𝑘𝑥1 𝑇 = 𝑇1 + 𝑇2 𝑇 = 𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2
{ 𝑒 { 𝑐𝑜𝑚𝑜: { →{ 2 2
1 2 𝐹2 = 𝑘𝑥2 𝑉 = 𝑉2 − 𝑉1
𝑇2 = 𝑚𝑥̇ 2 𝐹 = 𝑘(𝑥2 − 𝑥1 )
2

Como energia potencia é dado pela somatória das forças, tem-se:

𝑘𝑥 2
𝑉 = ∫ 𝐹𝑑𝑥 → 𝑉 = 𝑘 ∫ 𝑥𝑑𝑥 → 𝑉 =
2

Assi tem-se:

1 1
𝑇= 𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2
2 2
{
𝑘(𝑥2 − 𝑥1 )2
𝑉=
2

No entanto a função de lagrange é dado da seguinte forma:

1 2 1 2 𝑘𝑥2 2 − 2𝑘𝑥2 𝑥1 + 𝑘𝑥1 2


𝐿 = 𝑚𝑥̇ 1 + 𝑚𝑥̇ 2 −
2 2 2

1
𝐿= (𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2 − 𝑘𝑥2 2 − 2𝑘𝑥2 𝑥1 + 𝑘𝑥1 2 )
2
1
Como 𝐿 = 2 (𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2 − 𝑘𝑥1 2 + 2𝑘𝑥1 𝑥2 − 𝑘𝑥2 2 ) então temos:

Dados

𝑇11 = 𝑚, 𝑇22 = 𝑚, 𝑇12 = 𝑇21 = 0

𝑉11 = 𝑘, 𝑉22 = 𝑘, 𝑉12 = 𝑉21 = −𝑘

𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2


Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

2
|𝑘 − 𝑚 𝜔 −𝑘 | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
−𝑘 𝑘 − 𝑚𝜔2

(𝑘 − 𝑚 𝜔2 )2 − 𝑘 2 = 0
100

𝑘 2 − 2𝑚𝑘𝜔2 + 𝑚2 𝜔4 − 𝑘 2 = 0

𝑚2 𝜔4 − 2𝑚𝑘𝜔2 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

𝑚2 𝑡 2 − 2𝑚𝑘𝑡 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 𝑏 2 → √∆= 2𝑚𝑘, calculando as raízes fica:

2𝑚𝑘 − 2𝑚𝑘
−𝑏 ± √∆ 𝑡1 =
𝑡= →{ 2 ∙ 𝑚2
2𝑎 2𝑚𝑘 + 2𝑚𝑘
𝑡2 =
2 ∙ 𝑚2

0
𝑡1 = 𝑡1 = 0
2 ∙ 𝑚 2
{ ↔{ 2𝑘
4𝑚𝑘 𝑡2 =
𝑡2 = 𝑚
2 ∙ 𝑚2

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

𝜔1 = √𝑡1 = √0 𝑟𝑎𝑑/𝑠

2𝑘
𝜔2 = √𝑡2 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑚
{

b)

O sistema dá-nos os seguintes parâmetros:

1
𝑇1 = 𝑚𝑥̇ 1 2 𝐹1 = 𝑘𝑥1 1 2 1
2 𝑇 = 𝑇1 + 𝑇2 𝑇 = 𝑚𝑥̇ 1 + 𝑚𝑥̇ 2 2
{ 𝑒 {𝐹2 = 𝑘𝑥2 𝑐𝑜𝑚𝑜: { →{ 2 2
1 𝑉 = 𝑉2 − 𝑉1
𝑇2 = 𝑚𝑥̇ 2 2 𝐹3 = 𝑘𝑥1 𝐹 = 𝑘(𝑥2 − 𝑥1 ) − 𝑘𝑥1
2

Como energia potencia é dado pela somatória das forças, tem-se:

𝑘𝑥 2
𝑉 = ∫ 𝐹𝑑𝑥 → 𝑉 = 𝑘 ∫ 𝑥𝑑𝑥 → 𝑉 =
2

Assi tem-se:
101

1 1
𝑇= 𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2
2 2
{ 2
𝑘(𝑥2 − 𝑥1 ) 𝑘𝑥1 2
𝑉= −
2 2

No entanto a função de lagrange é dado da seguinte forma:

1 1 𝑘𝑥2 2 − 2𝑘𝑥2 𝑥1 + 𝑘𝑥1 2 − 𝑘𝑥1 2


𝐿 = 𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2 −
2 2 2

1
𝐿 = (𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2 − 𝑘𝑥2 2 − 2𝑘𝑥2 𝑥1 + 𝑘𝑥1 2 − 𝑘𝑥1 2 )
2
1
Como 𝐿 = 2 (𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2 − 2 𝑘𝑥1 2 + 2𝑘𝑥1 𝑥2 − 𝑘𝑥2 2 ) então temos:

Dados

𝑇11 = 𝑚, 𝑇22 = 𝑚, 𝑇12 = 𝑇21 = 0

𝑉11 = 𝑘, 𝑉22 = 2𝑘, 𝑉12 = 𝑉21 = −𝑘

𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2


Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2

2
|2𝑘 − 𝑚 𝜔 −𝑘 | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
−𝑘 𝑘 − 𝑚𝜔2

(2𝑘 − 𝑚 𝜔2 )(𝑘 − 𝑚 𝜔2 ) − 𝑘 2 = 0

2𝑘 2 − 2𝑚𝑘𝜔2 − 𝑚𝑘𝜔2 + 𝑚2 𝜔4 − 𝑘 2 = 0

𝑚2 𝜔4 − 3𝑚𝑘𝜔2 + 𝑘 2 = 0

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

𝑚2 𝑡 2 − 3𝑚𝑘𝑡 + 𝑘 2 = 0

Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= 5𝑚2 𝑘 2 → √∆= 𝑚𝑘√5, calculando as raízes


fica:

3𝑚𝑘 − 𝑚𝑘√5
−𝑏 ± √∆ 𝑡1 =
𝑡= → 2 ∙ 𝑚2
2𝑎 3𝑚𝑘 + 𝑚𝑘√5
𝑡2 =
{ 2 ∙ 𝑚2
102

𝑚𝑘(5 − 2,24) 0,38𝑘


𝑡1 = 𝑡1 =
{ 2 ∙ 𝑚2 ↔{ 𝑚
𝑚𝑘(5 − 2,24) 2,62𝑘
𝑡2 = 𝑡2 =
2 ∙ 𝑚2 𝑚

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

0,38𝑘 𝑘
𝜔1 = √𝑡1 = √ = 0,62√ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑚 𝑚

2,62𝑘 𝑘
𝜔2 = √𝑡2 = √ = 1,6√ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
{ 𝑚 𝑚

c)

O sistema dá-nos os seguintes parâmetros:

1 1
𝑇1 = 𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2
2 2
{
𝑘1 𝑥1 − 𝛼(𝑥2 − 𝑥1 )2 − 𝑘2 𝑥2 2
2
𝑉=
2

No entanto a função de lagrange é dado da seguinte forma:

1 1 𝑘𝑥1 2 − 𝛼(𝑥2 − 𝑥1 )2 − 𝑘𝑥2 2


𝐿 = 𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2 −
2 2 2

1
𝐿= (𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2 − 𝑘𝑥1 2 − 𝛼𝑥2 2 + 2𝛼𝑥2 𝑥1 − 𝛼𝑥1 2 − 𝑘𝑥2 2 )
2
1
Como 𝐿 = 2 [𝑚𝑥̇ 1 2 + 𝑚𝑥̇ 2 2 − (𝑘 + 𝛼)𝑥1 2 − (𝑘 + 𝛼)𝑥2 2 + 2𝛼𝑥2 𝑥1 ] então temos:

Dados

𝑇11 = 𝑚, 𝑇22 = 𝑚, 𝑇12 = 𝑇21 = 0

𝑉11 = (𝑘 + 𝛼), 𝑉22 = (𝑘 + 𝛼), 𝑉12 = 𝑉21 = −𝛼

𝑉 − 𝑇11 ∙ 𝜔2 𝑉12 − 𝑇12 ∙ 𝜔2


Substituindo os valores na equação: | 11 | = 0 fica:
𝑉21 − 𝑇21 ∙ 𝜔2 𝑉22 − 𝑇22 ∙ 𝜔2
103

(𝑘 + 𝛼) − 𝑚 𝜔2 −𝛼
| | = 0 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑡. , 𝑡𝑒𝑚 − 𝑠𝑒:
−𝛼 (𝑘 + 𝛼) − 𝑚𝜔2

Sendo(𝑘 + 𝛼) = 𝑎 então tem-se:

(𝑎 − 𝑚𝜔2 )2 − 𝛼 2 = 0

𝑎2 − 2𝑎𝑚𝜔2 + 𝑚2 𝜔4 − 𝛼 2 = 0

2𝑎𝜔2 𝛼 2 + 𝑎2
𝜔4 − − = 0, 𝑟𝑒𝑠𝑐𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑣𝑎:
𝑚 𝑚2

Nota-se que é uma equação biquadrática, sejamos 𝑡 = 𝜔2 , assim tem-se:

2𝑎 𝛼 2 + 𝑎2
𝑡2 − 𝑡−
𝑚 𝑚2

4𝛼2 2𝛼
Calculando o binómio descriminante tem-se: ∆= → √∆= , calculando as raízes fica:
𝑚2 𝑚

2𝑎 2𝛼
𝑡 = 𝑚−𝑚
−𝑏 ± √∆ 1
2
𝑡= →
2𝑎 2𝑎 2𝛼
𝑡 = 𝑚+𝑚
{2 2

2(𝑎 − 𝛼)
𝑡1 =
{ 2𝑚 ; 𝑙𝑒𝑚𝑏𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑎 = (𝑘 + 𝛼), 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑐𝑎:
2(𝑎 + 𝛼)
𝑡2 =
2𝑚

𝑘+𝛼−𝛼 𝑘
𝑡1 = 𝑡1 =
{ 𝑚 →{ 𝑚
𝑘+𝛼+𝛼 𝑘 + 2𝛼
𝑡2 = 𝑡2 =
𝑚 𝑚

Lembrando que: 𝜔2 = 𝑡, então tem-se:

𝜔1 = √𝑡1 = 𝑟𝑎𝑑/𝑠

𝑘 + 2𝛼
𝜔2 = √𝑡2 = √ 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑚
{
104

Bibliografia

1. CARVALHO. M. I. Barbosa de & MATOS. A. C. Coimbra de. Mecânica Lagrangeana;


2001;
2. LANDAU & LIFSHITZ; FÍSICA TEÓRICA: Volume 1; 2ª Edição; Editorial Reverté,
1994;
3. MARQUES. Nelson Luiz Reyes. Mecânica Analítica, IFECT, 2010;

Você também pode gostar