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Filosofia 11º Ano
Filosofia 11º Ano
PARA O ALUNO
Caro aluno! Queremos antes de mais, leva-lo a crer, “que nada na vida é difícil quando
se nos comprometemos com a causa”. Assim ao longo do ano vais aprender a filosofia
com ajuda deste maravilho material e de seu professor.
O nosso objectivo é permitir-te uma aprendizagem segura tão estimulante quanto
possível. Para que, no final, possas ter boas classificações. E se tudo correr bem saberás
pensar melhor e ser capaz de desenvolver suas próprias ideias, sobre os problemas, as
teorias e os argumentos filosóficos.
Assim, o aluno que se interessar e, com o máximo empenho terá, então os instrumentos e
as noções elementares que lhe permitirão aprofundar o seu estudo.
O objectivo não é decorar ideias e palavras filosóficas, mas sim, formar uma posição
pessoal e Critica perante os problemas, as teorias e os argumentos da filosofia. Isso não
exclui a possibilidade do domínio de tudo quanto constitui a envergadura filosófica: Sua
emergência, conceitos, pensadores e argumentos etc, pois estes são os meios inalienáveis
sobre os quais se senta todo o raciocínio filosófica para uma mente livre e pensamento
lógico. Pois a filosofia é uma actitude crítica e, deve fazer nascer, nos seus neófitos e
profissionais a mesma actitude face a realidapde existencial.
Segundo Flávio De Almeida a escola tem se tornado uma especialista na educação
“decoreba”. Ou na arte de decorar. Pois Não se ensina o aluno a pensar, mas a reproduzir
determinados conhecimentos. O processo de avaliação tem se prestado para enaltecer e
destacar a ignorância, reduzindo a energia e a auto-estima dos alunos. A cultura
paternalista vem contribuindo para formatar os alunos com “cabeças de empregados”.
Entretanto, o sistema de ensino ainda incute no aluno o sonho para o emprego e, não como
forma de segurança social e da vida. “Penso que seria muito mais estimulante se fosse
focada no reconhecimento e na exaltação do que o aluno sabe”.
Devemos saber que educar é libertar. Libertar é ensinar a pensar. Enquanto a escola
se prestar a formar apenas mão-de-obra, o homem vai estar condenada à escravidão
hereditária.
Espero que este texto sirva como motivação para juntos mudarmos o curso da História.
Mudar uma cultura é trabalho para duas ou mais gerações. Nossos filhos e netos serão os
principais beneficiários desta nova mentalidade que somos chamados a construir, uma
educação focada na liberdade de opções e de escolhas, na qual o homem possa trilhar um
caminho sem o paternalismo estatal social. Onde se respeitam as peculiaridades, as
diferenças, as aptidões, as vocações e a missão de cada cidadão. E ao Estado caberá a
obrigação de preservar e manter a ordem num país onde todos possam ter igualdade de
oportunidades.
A educação é a base da mudança e a chave do desenvolvimento de uma sociedade.
Bom Proveito!
O Professor
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
INTRODUÇÃO
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
O QUE É A FILOSOFIA?
1
Cfr. MONDIN, Battista. Curso de Filosofia. Vol. 1. São Paulo. Paulus.1981. Pág.7.
2
Cfr: R.C. Sproul. Filosofia para Iniciantes. São Paulo. Vida Nova, 2008. Pág. 19.
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
A definição da filosofia não pode ser dado de uma forma conclusiva, pois não
existe um conceito universal aceite por todos os filósofos, isto é, tendo em vista as suas
perspectivas que são sempre abertas e dinâmicas. Se noutras disciplinas, como a
geografia, a física, a biologia ou astrologia, etc., é possível alcançar um acordo
generalizado nomeadamente em relação aos temas próprios de cada um, assim como no
tocante às maneiras de se abordar, já em filosofia essa possibilidade revela-se, por
natureza problemática.
Por esta razão, a resposta sobre a filosofia deverá ser procurada no interior de cada
sistema filosófico particular. Isto porque sendo a filosofia um saber subjectivo, cada
filósofo apresentará uma definição de filosofia tendo em conta a sua própria filosofia; o
seu modo de interpretar a realidade enigmática. Cada filósofo ou cada filosofia dará uma
resposta subjectiva. Mas em filosofia o problema essencial não consiste em como definir
a filosofia, mas no modo de conceber e fazer filosofia.
Sendo a filosofia um saber que se desenrola na subjectividade, não constituirá
nenhuma novidade ao afirmarmos que existem várias filosofias como tais filósofos, a luz
desta realidade também surgem várias definições sobre a filosofia, mas todas estas
definições são aceitáveis enquanto as práticas filosóficas daqueles que avançaram estas
definições não forem superadas.
A este respeito, analisemos as definições de filosofia na perspectiva de alguns
filósofos:
Platão, dirá que a filosofia é o uso do saber em proveito do homem, o que implica
em, 1º, posse de um conhecimento que seja o mais amplo e mais válido possível,
e, 2º, o uso desse conhecimento em benefício do homem.
Para René Descartes, a filosofia é o estudo da sabedoria.
Para Hegel: Filosofia é um saber absoluto
Para Thomas Hobbes, é o conhecimento causal e a utilização desse em benefício
do homem.
Para Immanuel Kant, é ciência da relação do conhecimento finalidade essencial
da razão humana, que é a felicidade universal; portanto, a Filosofia relaciona tudo
com a sabedoria, mas através da ciência.
Para John Dewey, é a crítica dos valores, das crenças, das instituições, dos
costumes, das políticas, no que se refere seu alcance sobre os bens.
Para Husserl, a Filosofia é a ciência dos inícios verdadeiros, das origens.
Para Johann Gottlieb Fichte, é a ciência da ciência em geral.
Para Auguste Comte, é a ciência universal que deve unificar num sistema
coerente os conhecimentos universais fornecidos pelas ciências particulares.
Segundo Bertrand Russell, a filosofia origina-se de uma tentativa obstinada de
atingir o conhecimento real. Aquilo que passa por conhecimento, na vida comum,
padece de três defeitos: é convencido, incerto e, em si mesmo, contraditório.
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De modo geral, define-se a filosofia como ciência que procura conhecer as causas
últimas de todas as coisas à luz natural da razão, ou seja, é a ciência de todas as coisas,
pelas últimas causas, à luz natural da razão.
Em suma, a filosofia não conhece definição unívoca dos conceitos,
compreendendo o conceito de filosofia. (...), cada filósofo elabora/desenvolve uma
perspectiva acerca do real, fruto do seu modo de ver, pensar, analisar, problematizar a
realidade desde o seu contexto e a sua história.
Objecto
Método
Método – do grego methodos significa caminho para se chegar a um fim. Todo
método, seja na filosofia ou em qualquer outro campo, tem por finalidade formular ou
empreender afirmações, previsões e explicações, e, no caso específico da filosofia,
descobrir meios de chegar a uma reflexão mais precisa e eficaz sobre o eu, o outro e o
mundo da natureza.
A filosofia tem como método, o da justificação lógica, racional, se serve somente
da razão, daquilo que os gregos chamam de Logos.
Em filosofia cada filósofo empreenderá o seu método tendo em conta a sua visão
do mundo sobre a realidade que perscruta como por exemplo: a dialéctica.
Dialéctica
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Conserva pois, a ideia de que é preciso partir de uma hipótese primeira e depois ir
melhorando, à força das críticas que se lhe fizerem.
Função
A descoberta de si
A procura do sentido de vida
A formação das personalidades e do carácter
A aprendizagem da arte de viver
Ao desenvolvimento do pensamento lógico e discursivo e do pensamento
meditativo, ou seja, encontrar respostas para as nossas inquietações, até mesmo
para as nossas ideias mais básicas.
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Dúvida Metódica: Paradoxalmente, é o caminho da dúvida que leva Descartes ao método que
nos conduz ao conhecimento de todas as coisas. Descartes parte da seguinte ideia: aquilo que nos enganou,
mesmo uma só vez, nunca mais merece a nossa confiança, tornando-se duvidoso. Aquilo que é duvidoso
deve ser considerado como falso, pois a realidade só comporta dois valores: o verdadeiro ou falso.
Perante esta situação começa por Duvidar de tudo. A dúvida, neste caso, será sistemática e geral,
mas não céptica, pois o projecto de Descartes não visa fechar-se dentro da dúvida, mas antes utilizá-la como
instrumento para superar a própria dúvida.
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“Todo o homem é filósofo por natureza”, ou seja, todo o homem, tem interrogações
que podemos considerar de natureza filosófica.
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1. 5. DIVISÕES DA FILOSOFIA
A filosofia como “mãe” das ciências, porque todas as formas do saber emanaram
dela, desvaneceu-se para dar lugar a especialidades filosóficas, que sem deixarem de se
relacionaram, são relativamente autónomas.
DIVISÃO TRADICIONAL DA FILOSOFIA
Lógica: estuda as operações da inteligência, enquanto sujeitas à distinção do
verdadeiro e do falso.
A teoria do Conhecimento/Gnosiologia: estuda os problemas da origem,
natureza e limites da faculdade de conhecer ou dos limites do conhecimento.
A Ética; é o estudo filosófico que reflecti as questões do bem e do mal.
A Estética: é o estudo da natureza quanto a apreensão do belo expressa na obra
de arte.
A Metafísica: retrata o mundo supra-sensível. Subdivide-se em Metafísica geral
conhecida por Ontologia, estudo do ser, suas categorias e relação (substância-acidente,
essência-existência, forma-matéria, ser-devir) e Metafísica Especial: tempo e espaço,
psicologia racional e teologia ou teodiceia.
A Antropologia: estuda a natureza do homem, no sentido rácio.
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No começo, todo o saber estava ligada à Filosofia, sendo o filósofo o sábio que
reflectia sobre todos os sectores da indagação humana. Era comum encontrar filósofos
que fossem geómetras e físicos, e escrevessem sobre astronomia.
Tanto a filosofia como a ciência são saberes metódicos, mas enquanto que na
ciência os cientistas, dentro de uma mesma área, seguem o mesmo método, filosofia cada
filósofo tem um método adaptado às suas preferências pessoais e à sua visão do mundo.
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
Mito, termo grego que significa contar, narrar, falar alguma coisa para outros ou
ainda conversar, contar, anunciar, nomear, designar. Contudo, o mito é uma narrativa
sobre a origem de algumas coisas (origem dos astros, da Terra, dos homens, dos
elementos naturais, da saúde, da doença, da morte, etc.).
As respostas míticas são explicação que podem contentar a fantasia, embora não sejam
verdadeiras.
As respostas científicas procuram satisfazer a razão, mas são explicações incompletas.
As respostas filosóficas oferecem explicações completas de todas as coisas, do conjunto,
do todo.
Segundo Turchi, o mito é a animação dos fenómenos da natureza e da vida.
Tipos de Mito
Mito-verdade: representação fantasiosa que pretende exprimir uma verdade.
Mito-fábula: narração imaginosa sem nenhuma pretensão teórica.
O mito cumpria duas importantes funções:
Função Explicativa: explicava o porque das coisas.
Função Normativa: Servia de regra para acção, de modelo comportamental que o
indivíduo deve imitar.
Hoje. O estudo do mito4 é importante porque representa o primeiro esforço da
humanidade para conhecer e explicar as coisas, o mundo e suas causas.
A razão cabe dizer, origina-se da palavra latina ratio que vem do verbo reor e
que quer dizer contar, reunir, juntar, medir, calcular. Dessa forma, segundo Chauí,
“razão” significa “pensar e falar ordenadamente, com medida e proporção, com clareza
e de modo compreensível para outros”. Assim, razão pode ser entendida como a
capacidade intelectual para pensar e expressar-se correcta e claramente e dizer as
coisas como elas realmente são; o que difere-lhe do mito. Quer dizer, enquanto a razão
explica, o mito narra simbolizando.
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Aristóteles nos mostra que o Mito nos diz como se estrutura o universo, ou seja, o mundo dos deuses,
dos homens e das coisas, ao passo que a filosofia quer apresentar o porquê do mundo, do homem, de Deus.
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Este é o período (da filosofia pré-socrática), pelo facto dos filósofos desta época
se preocuparem pela origem das coisas (universo). Este período corresponde as escolas
pré-socráticas com a excepção dos sofistas. O tema central é a explicação do cosmos
através de uma substância primordial (arkhé).
Nesta época destacam-se:
Na escola jónica
Tales de Mileto (624-546 a.C.): Considerado o pai da filosofia. Para ele a água é
a substância primordial. Foi a partir da água que tudo surgiu.
Anaximandro (610-545 a.C.): para este, a substância primordial é o áperon,
termo grego que significa o indeterminado, o infinito.
Anaxímenes (570-526 a.C.): tentou uma possível conciliação entre Tales e
Anaximandro. De acordo com a sua concepção, o ar era a substância primordial.
Heraclito de Éfeso (540-475 a.C.): concebia a realidade como algo dinâmico, em
permanente transformação. A realidade é um eterno devir. A luta das forças
opostas impulsiona o movimento das coisas.
Escola Pitagórica
Na escola Eleática
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Esta escola, as suas características era centrar seu interesse no homem e as suas
relações com a sociedade. Etimologicamente, o termo sofista significa sábio«»
sophos. Depois, com o passar do tempo, o termo passou a ter conotação de impostor,
charlatão, malabarista, hábil, enganador, manipulador, que se afirma possuidor de um
saber universal, mas que não atinge a essência das coisas. Ou seja, o sofista é alguém cujo
o objectivo não é buscar a verdade, mas sim, convencer o interlocutor no discurso. Os
sofistas eram professores viajantes, que vendiam ensinamentos práticos de filosofia.
Davam aulas de eloquência, argumentação e habilidade no manejo das doutrinas
divergentes.
Os expoentes da Sofística:
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Escola Socrática
Sócrates de Atenas (469 a.C): ponto mais alto de sua filosofia: “Só sei que Nada
sei” «Cito te Ipsum»”conhece-te a ti mesmo”.
SÓCRATES sentiu-se chamado pelo oráculo de Delfos para cumprir a sua missão de:
incitarem os homens a se preocuparem, antes de tudo, com os interesses da própria alma,
procurando adquirir a sabedoria e a virtude.
5
Cfr: A Arte de Pensar. Filosofia 10º ano. Lisboa. Didáctica Editora. 2004. Pág. 10.
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
Por toda parte eu vou persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, e nem tão
ardentemente, com o corpo e com as riquezas, como devem preocupar-se com a alma, para que ela seja quanto
possível melhor, e vou dizendo que a virtude não nasce da riqueza, mas da virtude vem, aos homens, as
riquezas e todos os outros bens, tanto públicos como privados. Se, falando assim, eu corrompo os jovens, tais
raciocínios são prejudiciais; mas se alguém disser que digo outras coisas que não
essas, não diz a verdade. Por isso vos direi, cidadãos atenienses, que secundado Anito ou não, absolvendo-me
ou não, não farei outra coisa, nem que tenha de morrer muitas vezes.
Pois que, ó cidadãos, o temer a morte não é outra coisa que parecer ter sabedoria, não tendo. É de fato parecer
saber o que não se sabe. Ninguém sabe, na verdade, se por acaso a morte não é o maior de todos os bens para
o homem, e entretanto todos a temem, como se soubessem, com certeza, que é o maior dos males. E o que é
senão ignorância, de todas a mais reprovável, acreditar saber aquilo que não se sabe? Eu, por mim, ó cidadãos,
talvez nisso seja diferente da maior parte dos homens, eu diria isto: não sabendo bastante das coisas do Hades,
delas não fugirei. Mas fazer injustiça, desobedecer a quem é melhor e sabe mais do que nós, seja deus, seja
homem. Isso é que é mal e vergonha. Não temerei nem fugirei das coisas que não sei se, por acaso, são boas.
Escola Platónica
TEORIA DAS IDEIAS: toda a doutrina de Platão é dominada pela teoria das
ideias. Nela, Platão distingue dois mundos: 1º-mundo inteligível e o2º- mundo sensível.
O primeiro é causa do segundo.
Mundo Sensível, ou mundo das aparências, é o mundo que nos rodeia, das
sombras, das aparências, são reflexos da verdadeira realidade. Platão apresenta esta
concepção de forma simbólica na chamada Alegoria ou Mito da Caverna.
Mito da caverna
Nosso conhecimento assemelha-se a de alguém que está em uma fogueira, voltado para o fundo de uma
caverna. Diante da fogueira desfilam as coisas verdadeiras, reais, mas por estarem às suas costas, não as
podem ver directamente. Só percebe projectadas no fundo da caverna, suas sombras. É esse o tipo de
conhecimento que temos, neste mundo. Percebemos as sombras, as imagens, não as coisas em si mesmas.
Portanto, é urgente libertar-nos da caverna, das trevas da ignorância.
Doutrina da reminiscência (O conhecimento): segundo Platão, conhecer é recordar; a
ocasião para isso é o encontro com as coisas deste mundo, as quais são cópias das ideias.
O seu encontro desperta na alma a recordação das ideias contempladas pela alma no
mundo das ideias.
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A Psicologia (O Homem): para Platão o homem é essencial alma. O homem não é uma
unidade substancial, mas sim, acidental. Essencialmente diversos, a alma e o corpo
encontram-se juntos provisoriamente durante a vida presente. Na origem o homem era
somente alma e existia no mundo das ideias no hiperurânio. A sua felicidade consistia na
contemplação das ideias. Mas a alma não foi capaz de manter o esforço para a
contemplação e, não conseguindo ver mais as ideias, por uma obscura eventualidade se
tornou pesada, cheia de esquecimento e perversidade e caiu sobre a terra, mas apesar da
queda a alma não perdeu a sua imortalidade. Esta presa no corpo aguardando a sua
libertação (a morte do corpo).
Escola Aristotélica ou peripatética
Substância e Acidente
Segundo Aristóteles, a realidade é constituída por substância e acidentes. Substância é
aquilo que é em si e não em outra coisa. Acidente é tudo que acompanha a substância
como algo não essencial.
Acto e Potencia
O Acto é toda e toda a realidade que, como forma, tem como característica ser
determinado, finito, perfeito, completo. É o que cada ser já é de facto.
A Potência é possibilidade que todo o ser natural tem de chegar a ser algo diferente do
que já é; é o ser que ainda não é, mas contudo, pode ser.
Estas categorias são: quantidade, qualidade, relação, lugar, data, posição, posse,
acção, possibilidade e substância.
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Ex.: podemos contactar que um homem tem 1,80 m de altura. O termo homem é a
substância que estamos a descrever, o predicado 1,80m é a quantidade, se é alta ou baixa
é a qualidade, se esta em Luanda é o Lugar…
Duas foram escolas que surgiram neste período: o estoicismo, com Zenão de Cítio
e o Hedonismo, com Epicuro de Samos.
Estes períodos não representam rígidas divisões cronológicas: não servem para
outra coisa que não seja para dar um quadro geral e resumido do nascimento, do
desenvolvimento e da decadência da pesquisa filosófica na Grécia antiga.
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
É daqui onde depreendemos que uma das diferenças entre o homem e outros animais
é a cultura, pois ela engloba o universo de aprendizagem, desde o simples fazer ate o
pensar, enfim, diz respeito a esfera do existir humano.
Etimologicamente, o termo cultura vem do latim (colo, is, ere, ui, tum) que significa
o cultivo dos campos. Com Cícero, o termo passou a designar não só a actividade
campestre, mas e, sobretudo o cultivo do espírito. É de notar que os autores só farão o uso
do termo cultura, como formação do espírito a partir do século XVIII, entendendo a
cultura como progresso intelectual de uma pessoa ou ainda o trabalho necessário a este
processo.
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
Quem se ocupa dentro da Filosofia por reflectir sobre o modo “mais humano” de
encarar os problemas concernente ao homem, é a ÉTICA, desde uma perspectiva
puramente racional.
É por esta razão que a ética vem constituir uma relevante dimensão do agir
humano; acção moral.
Todas estas definições contêm alguma coisa de verdade; convém, porem, sermos
exactos, e deixar de meter determinantes na definição. Baste dizer por agora, que a Ética
é o tratado da filosofia que se ocupa da definição do Bem e do Mal, reflexão que está
orientada a dirigir as acções humanas para fazer o bem e evitar o mal.
A ética preocupa-se não como os homens são, mas como devem ser. Em
qualquer caso o homem é entendido como a autoridade última das suas decisões.
Moral e ética, não obstante serem por vezes tomadas como sinónimos, não são a
mesma coisa. Moral, do latim mos, more, designa os costumes e tradições. Neste sentido,
moral está ligada a costumes e a tradições específicas de um povo, vinculada a um sistema
de valores, próprio de cada cultura. Por Moral entendemos o conjunto de princípios,
normas, dos juízos ou dos valores de carácter etico-normativo vigente numa dada
sociedade e aceites pelos membros desta mesma sociedade, antes mesmo de qualquer
reflexão sobre o seu significado, sua importância e a sua necessidade. Conjunto de
normas preestabelecidas de acordo com as quais os homens dirigem suas vidas.
Como adjectivo diz respeito à conduta humana. Por exemplo: os africanos são
hospitaleiros; os kwanhama são obedientes às ordens. Mas como substantivo, a ética faz
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Fichte: O sentido da espécie humana não consiste as em ser racional, mas em tornar-se
racional.
Marx: o homem não passa de um conjunto de relações sociais.
Nietzsche: animal doente, animal ainda não fixado. Um cabo preso entre o animal e o
super-homem
Sartre: é um ser para si, uma paixão inútil.
Faber; Sapiens, Loquens, Ludens, Religiosus, Culturalis, Socialis, etc...
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É UM SER DE TRANSCENDÊNCIA.
A PESSOA HUMANA
Livre: escolhe e decide o seu caminho, tem capacidade para agir ou não agir de acordo
com a sua vontade.
Responsável: assume as consequências dos seus actos, responde pela sua acção, é
assume-se como seu autor, reconhece-se na acção e assume as consequências dessa
acção.
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O Amor: seu significado recai sobre o bem. O amor pode ser físico, platónico (Ideal),
materno, amor de Deus, à vida.
O Ódio: é todo o sentimento que provoca no ser humano uma certa angústia, desgosto,
antipatia, rancor ou repulsa cotra outra pessoa ou coisa.
Indiferença: é a forma de estar do ser humano que agi com friesa em relação a
determinados assuntos pertinentes. Uma pessoa indiferente, não tem amor nem ódio, é
insensível, não tem afinidade.
A palavra cultura vem do latim colere, que significa cultivar. Assim sendo, a cultura é o
conjunto de valores, normas, ideias, crenças, instrumentos técnicos, instituições,
produções artísticas, costumes. Valores, estes, que tornam o homem civilizado numa dada
sociedade.
O homem transforma a natureza e com este processo, torna-se produto de si mesmo e cria
meio para satisfazer as suas necessidades.
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A CULTURA E O HOMEM
É no seio de uma cultura que nos formamos c0omo homens, participando e assimilando
diversos conteúdos culturais que condicionam a nossa forma de viver. Pois o homem é
simultaneamente capacitado na assimilação (filho de seu tempo) e na criação (produto de
seu pensamento)
A cultura não nasce sem intervenção humana. Assim, os conteúdos culturais são frutos
de um cultivo levados em consideração por indivíduos que vivem numa determinada área
geográfica, que possuem capacidade de criar “modus vivendi” seu modo de vida.
Pois cada homem é produto da sua sociedade, produto e produtor de sua cultura. Portanto
as culturas são diferentes e cada homem da cultura reflecte do modo diferente os traços
da cultura na qual foi formado.
O HOMEM PERANTE A SITUAÇÃO LIMITE
O homem é o único animal que tem consciência de que vai morrer. A morte é para nós o
que vai acontecer mais tarde ou mais cedo, vivemos co esta certeza no horizonte.
Para a filosofia Africana, o Bantu é consciente de que a morte tem que se dar desde o
momento que haja a vida. Não há vida sem morte. A morte é um acontecimento brutal,
contrário a natureza e à harmonia, embora permanece sempre a esperança ontológica.
Significado da morte para o Bantu
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a.- Bipolaridade: as coisas são o que são; os valores têm polaridade quer
positiva, quer negativa;
- capaz - incapaz
+ úteis - custoso - não custoso
- abundante – escasso
- sadio - doentio
- selecto - vulgar
+ vitais - enérgico - inerte
- forte – fraco
- conhecimento - ignorância
1.- Intelectuais - exacto - aproximado
- evidente - provável
- bom - mau
+ Espirituais 2.- Morais - bondoso - maldoso
- justo – injusto
- leal – desleal
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- bonito - feio
3.- Estéticos - engraçado – tosco
- harmonioso – vulgar
- Sagrado - profano
- divino - humano
+ Religiosos - supremo - derivado
- milagroso – mecânico
2. 2. Classificação de Max Scheler.
gozo
função sentimental sensível
sofriment
+ Agradável – Desagradável prazer
função dos estados afectivos
dor
- saúde
- doença
sentimento vital - velhice
- morte
alegria
+ Vitais reacção sentimental
tristeza
angustia
reacção instintual
vingança
estéticos belo
feio
+ Espirituais éticos: justo – injusto
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
teóricos: verdade
fé
+ Sagrado / Profano crença
adoração
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O que é; o ser; o real; o descritível; O deve ser; o que vale; possível; o preferível;
universalidade – objectividade relatividade – subjectividade
A realidade A idealidade
Vivência Humana
4. Valor
Podemos definir os valorespartindo das várias dimensões em que usamos:
Ao contrário dos factos, os valores apenas implicam a adesão de grupos restritos. Nem
todos possuímos os mesmos valores, nem valorizamos as coisas da mesma forma.
5.Tipos de valores
Os valores não são coisas nem simples ideias que adquirimos, mas conceitos que
traduzem as nossas preferências. Existe uma enorme diversidade de valores, podemos
agrupá-los quanto à sua natureza da seguinte forma:
Valores éticos: os que se referem às normas ou critérios de conduta que afectam todas
as áreas da nossa actividade. Exemplos: Solidariedade, Honestidade, Verdade,
Lealdade, Bondade, Altruísmo...
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
Não atribuímos a todos os nossos valores a mesma importância. Na hora de tomar uma
decisão, cada um de nós, hierarquiza os valores de forma muito diversa. A
hierarquização é a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros,
isto é, de serem uns mais valiosos que outros. As razões porque o fazemos são
múltiplas.
Exemplo:
-No entanto, e para que as relações interpessoais não sejam um caos, é conveniente que
existam determinados valores sobre os quais todos os indivíduos a conviver em
determinada sociedade tenham a mesma ideia (definição).
-O Valor não é universal porque "O valor não é, vale" o que quer dizer que é o Homem
que determina o que é e o que não é valor.
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Escola Do II Ciclo do Ensino Secundário Do Ebo/ Elaborado pelo Professor: Adriano Júlio Baptista;
- Esta concepção assenta na constatação empírica que ao longo dos tempos os valores
estão sempre a mudar. O ideal de beleza numa época, por exemplo, torna-se num na
expressão do mau gosto noutro período histórico.
-Não é universal porque "O valor não é, vale" o que quer dizer que é o Homem que
determina o que é e o que não é valor
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Por isso ela exige necessariamente uma reflexão filosófica, uma ética, visto que apenas
ela pode indicar os princípios racionalmente válidos e universalizáveis susceptíveis de
fundamentar a razão humana. Inclusive os filósofos gregos não distinguiam ética de
política.
É a política que cria o Direito e este deve ser justo: por isso exigimos regimes políticos
legítimos, eticamente fundamentados e orientados. Apenas os regimes democráticos, e
mais especificamente os regimes democráticos participativos, preenchem esta condição.
A democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo.
DIREITOS HUMANOS
1. Debruçar-se sobre os direitos humanos no contexto da globalização.
ÉTICA AMBIENTAL/ECOLÓGICA
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EXPERIÊNCIA RELIGIOSA
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Racionalismo
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Os racionalistas (Descartes, Leibniz, Espinoza) não negam que haja ideias que derivem
da experiência. Contudo, essas ideias não-inatas são confusas, não podem ser a base de
conhecimento verdadeiro. O filósofo alemão Leibniz reagindo contra o princípio
empirista de que nada está no intelecto que não tenha estado nos sentidos exprimiu o
inatismo racionalista acrescentando ‘a não ser o próprio intelecto’.
Em suma, o racionalismo concedeu o primado à razão. Afirma que na base de
todo o conhecimento está no conhecimento que a razão tira de si mesma. O único
instrumento adequado ao conhecimento verdadeiro é a razão: é ela que fornece as ideias
normativas e os princípios por meio dos quais conhecemos.
Empirismo
O que é o racionalismo?
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ESQUEMATICAMENTE:
Logo:
Eu penso e existo
Eu sei que Deus existe
Eu sei que Deus não pode enganar-me
Então:
Posso fundar, em ideias claras, uma ciência do mundo
Posso extrair desta ciência aplicações técnicas.
Portanto:
Homem Senhor da Natureza
Empirismo
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Tipos de percepções
Não podemos falar de conhecimento objectivo a não ser quando ás ideias correspondem
impressões sensíveis. Não podemos conhecer algo de que não temos impressão sensível.
Logo, o nosso conhecimento do que acontece no mundo, não pode basear-se em algo que
não faça parte do mundo.
A ideia de causa é uma crença subjectiva que nos diz como funciona a nossa mente e não
propriamente como funciona o mundo. Resulta de um hábito, estamos habituados a pensar
que como não há efeito sem causa, mal acontece A, daí resultará necessariamente B.
Acreditar que não há efeito sem causa é uma crença necessária para que a nossa vida não
seja a inquietante e paralisante em expectativa de que nada será como tem sido. Mas
pouco mais é do que um desejo de segurança e previsibilidade que julgamos corresponder
ao modo como as coisas são.
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Espaço forma
puras tempo
Intuições
Empíricas matéria
Caracteriza-se:
- receptividade;
Caracteriza-se:
- espontaneidade
- actividade (capacidade de produzirmos nós mesmos representações)
a posteriori a priori
= =
Depois da experiência anterior e independente
da experiência; permite
a experiência
A nossa natureza implica que a intuição não pode nunca ser senão sensível (sentidos),
quer dizer que contém apenas a maneira como somos afectados pelos objectos, enquanto
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Todo o nosso conhecimento começa com a experiência mas nem todo deriva dela nem há
conhecimento anterior á experiência.
Todo o conhecimento começa com a experiência mas esta não é suficiente para haver
conhecimento porque é necessário dar forma a essa matéria, o que é feito pela forma.
Segundo Kant todo o conhecimento começa com a experiência. É a sensibilidade que nos
dá objectos para conhecer. Tudo começa com a espacialização e temporalização dos
dados da intuição empírica.
A sensibilidade unicamente sabe que todos os fenómenos acontecem num dado momento
e num certo lugar. Só o entendimento compreende o que um fenómeno tem a ver com o
outro. Só ele pode explicar – mediante o conceito de causa, forma a priori presente em
todo o entendimento humano – a que se deve determinado acontecimento.
Como precisamos de objectos para que haja conhecimento e como só a sensibilidade nos
dá objectos, mesmo que o conhecimento não derive da experiência começa com ela. Só
há conhecimento de objectos empíricos. A explicação de um fenómeno ou objecto
empírico é sempre outro fenómeno.
Sem a experiência não há objectos para conhecer, mas o nosso conhecimento não é
meramente empírico porque nos dá a causa do que acontece.
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Conhecer é o acto que acontece quando um sujeito apreende um objecto. Neste contexto,
a função do sujeito é apreender o objecto e a do objecto é ser apreendida pelo sujeito.
Sujeito e objecto têm de ser transcendentes e díspares, ou seja, as suas origens são
diferentes e nenhum deles pode ocupar o lugar do outro, para que se verifique a apreensão
dos mesmos. Esta a apreensão consiste na reprodução ou construção da imagem do
objecto no sujeito, dai que consideramos o sujeito como agente no processo do
conhecimento.
O conhecer é descrever o real como ele é.
Existe dois elementos fundamentais do acto de conhecer que são sujeito (quem
conhece/o cognoscente) e objecto (o cognoscível)
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Uma vez que o conhecimento é uma determinação do sujeito pelo objecto, significa que
o sujeito fica frente ao objecto.
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O RACIONALISMO
O EMPIRISMO
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2. NATUREZA DO CONHECIMENTO
Se o objecto não existe independentemente do sujeito, isto quer dizer que há coisas
que existam sem estarem relacionadas com a consciência mas que tudo quanto existe
está no espírito. É o idealismo: este objecto somente é relógio para mim, para um
sujeito, mas já o não é em absoluto., independentemente de mim.
2.1 O REALISMO
Esta posição filosófica não é simplista ou ingénua. Admitindo que há uma realidade
independente do sujeito e que o objecto de conhecimento não confunde com os dados
sensíveis, as percepções ou representações da realidade
2. 2 O IDEALISMO
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IMPRESSÕES SIMPLES
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IDEIAS SIMPLES
Ex.: a recordação do avião da TAAG com a
cor da bandeira.
Cópias ou imagens
débeis das impressões.
COMPLEXAS
A recordação de Luanda (imagem).
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3.1 O CEPTICISMO
3.2 O DOGMATISMO
3.3 O RELATIVISMO
3.4 O PRAGMATISMO
3.5 O POSITIVISMO
Nada podemos
CEPTICISMO conhecer com certezas,
Possibilidade pois não existe
de Dúvida em conhecer a nenhum critério seguro Pirro de Elis
conhecimento verdade e a realidade: da verdade: (grego, a.C.)
DOGMATISMO
ao princípio da
autoridade);
Crença de que o
mundo é exactamente
da forma como o
percebermos
O positivismo foi uma corrente filosófica cujo mentor e iniciador principal foi Auguste
Comte, no século XIX. Apareceu como reacção ao idealismo, opondo ao primado da
razão, o primado da experiência sensível (e dos dados positivos). Propõe a ideia de uma
ciência sem teologia ou metafísica, baseada apenas no mundo físico/material.
Uma forma mais recente do positivismo foi aquela proposta pelo Círculo de Viena.
"Positivismo é visão de que o inquérito científico sério não deveria procurar causas
últimas que derivem de alguma fonte externa mas sim confinar-se ao estudo de relações
existentes entre factos que são directamente acessíveis pela observação."
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A ciência progride por tentativa e erro, ou seja, por conjecturas e refutações. Logo, a
indução não é o fundamental no conhecimento científico.
Não é por indução que se prova o valor das teorias científicas, mas por tentativas de
refutação.
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O objecto da inteligência é a verdade; mas esta nem sempre lhe aparece clara. Por
vezes precisa passar por diversos estados para poder adquiri-la.
Se o intelecto não tem nenhum conhecimento de alguma coisa, não se pode falar
de verdade, nem de uma atitude da inteligência perante a verdade. Encontra-se, neste caso,
no estado de ignorância.
A Ignorância:
Portanto, a ignorância nem sempre é um mal. Há mesmo coisas que para o bem
do próprio homem se devem ignorar. Converte-se em mal quando é a falta de um
conhecimento que se devia ter. Neste caso trata-se de uma privação. Ou ainda ignorar a
própria ignorância, crer que se sabe quando na realidade não se sabe.
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A Duvida:
A Opinião:
A Certeza:
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Quer dizer, a evidência é a clareza com que uma verdade se impõe ao espírito. A
auto-revelação do objecto conhecido ao sujeito cognoscente.
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Por tanto, a evidência não é um estado psicológico como a certeza que dela deriva
e sobre ela se funda. A evidência não depende do sujeito cognoscente, por ser por si só
uma qualidade do objecto cognoscível. Diante de verdade teorética (como 2+2=4) ou de
verdade de facto (como o fogo queima, o sol é luminoso) vemos que elas próprias têm
uma ‘clareza’ que nos constrange a aceita-las como se apresentam. Esta clareza de
conteúdo objectivo do nosso conhecimento é exactamente a evidência.
Não é demais recordarmos que não se deve confundir a evidencia com o estado
psicológico da certeza. Pode haver certeza sem evidência; é a falsa certeza do erro ou
certeza errónea. Só a verdade possui a evidência; o erro não. O erro pode aparecer
evidente, mas não passa de pseudo-evidencia.
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BIBLIOGRAFIA
R.C. Sproul. Filosofia para Iniciantes. São Paulo. Vida Nova, 2008.
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