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Usurpacao da funcao publica

Para que fique configure o delito de usurpação de função pública, tipificado no 328 do Código Penal, não
se exige nenhuma condição pessoal específica do agente. Assim, o referido delito pode ser praticado por
qualquer pessoa, tratando-se de crime comum e não de crime próprio

Antônio e Breno, bacharéis em direito, fazendo-se passar por oficiais de justiça, compareceram em
determinada joalheria alegando que teriam de cumprir mandado judicial de busca e apreensão de parte
da mercadoria, por suspeita de crime tributário. Para não cumprir os mandados, solicitaram a quantia
de R$ 10.000, que foi paga pelo dono do estabelecimento.

Nessa situação, Antônio e Breno responderão pelo crime de USURPACAO DA FUNCAO PUBLICA

Comentário

A conduta narrada consubstancia o crime de usurpação de função pública, uma vez que os agentes se
fizeram passar por oficiais de justiça a fim de fraudulentamente exercer a função dessa espécie de
funcionário público.

Há uma divergência na doutrina nos casos em que o agente do crime de usurpação de função
efetivamente aufere vantagem. Parte da doutrina entende tratar-se de estelionato quando a vantagem
auferida não é própria da função.

No presente caso, no entanto, o estelionato não consta em nenhuma das alternativas apresentadas, o
que deve levar o candidato a optar por aquela alternativa que se refere ao delito de usurpação de
função. Cabe registrar que o crime é qualificado pelo resultado, nos termos do artigo 328, parágrafo
único, do Código Penal.

Tício e Tácito, trabalhadores autônomos do ramo de construção civil, fazendo-se passar por policiais
civis, compareceram na empresa “X” aduzindo ter em mãos um mandado de busca e apreensão diante
de suspeita de crime tributário, e de um mandado de prisão temporária contra Manoel, um dos sócios
daquela empresa. Para não cumprir os mandados, Tício e Tácito solicitaram e receberam a quantia de R$
3.000,00 em dinheiro de Rodrigo, o outro sócio diretor da empresa. No caso apresentado, Tício e Tácito
cometeram crime de

usurpação de função pública.


Enzo, um particular que exerce a profissão de jornalista, resolve um dia se passar por Auditor Fiscal da
Receita Federal, e, assim se apresentando e portando uma carteira de couro preta com a estampa do
brasão da República, entra em um estabelecimento comercial e exige o exame dos livros contábeis, no
que é atendido. Analisa os livros, por curiosidade quanto aos ganhos da sociedade empresária, e vai
embora. A conduta de Enzo encontra adequação típica:

No delito de usurpação de função pública, art. 328 do Código Penal

Comentário

Vamos pontuar:

1º quanto à usurpação de função pública art. 328, del. 2848/40:

O Tipo subjetivo: é o dolo, consistente na vontade de desempenhar o agente, ilegitimamente, uma


função pública, pouco importando, o motivo da usurpação.

Podendo ser praticado por funcionário público ou não.

NESTE DELITO O AGENTE NÃO SÓ SE PASSA POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO ELE PRATICA ATOS INERENTES
A FUNÇÃO ..CASO DO ENZO!

2º Quanto ao uso de uniforme (ART. 46, DEL, 3.688/41) convém lembrar o seguinte:

A contravenção do uso ilegítimo de uniforme ou distintivo consuma-se no momento em que o sujeito


veste o fardamento, total ou parcialmente e aparece em público, ou utiliza o distintivo ou denominação,
salvo se o uniforme ou distintivo for militar, oportunidade em que se aplicará ao caso dispositivo do
Código Penal Militar;

segundo o art. 46 exige-se que o emprego seja regulado por lei.

Se o uniforme for militar migramos para o art. 172, CPM..

e existem vários julgados no sentido de que é de mera conduta e de perigo abstrato, bastando a
vontade de praticar o ilícito. STM -APELAÇÃO APL 700056995920187000000

3º A contravenção do art. 45 (DEL 3.688/41).. Fingir-se funcionário público

é uma infração de mera conduta nesta contravenção o cara apenas finge-se de funcionário público

o objetivo é irrelevante, no art. 328 o cara pratica atividades inerentes ao cargo por isso nosso gabarito
O crime de usurpação de função pública (art. 328, do CP) somente se configura se o agente da
usurpação aufere vantagem. (ERRADO)

Art. 328. Usurpar o exercício de função pública: Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

> Trata-se de qualificadora.

o crime de usurpação de função pública somente se caracteriza se o agente usurpador obtém vantagem
enquanto na função.

Errado, esse crime se configura ainda que nao haja auferimento de vantagem

Usurpação de função pública

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem

José das Couves, aprovado em concurso público para o cargo de médico do pronto-socorro municipal de
Além Mar, indignado com a demora nos procedimentos administrativos relacionados à homologação,
nomeação, posse e exercício, resolve, por conta própria, vestir o jaleco e atender pacientes no referido
pronto-socorro, fazendo-se passar por médico daquela instituição. Nos dias de atendimento, José das
Couves aproveitava para angariar clientes para sua clínica particular de ortopedia. Descoberto pelo
diretor clínico do pronto-socorro, José das Couves foi impedido de frequentar as dependências do
hospital.

Segundo a narrativa, José das Couves poderá responder por

usurpação de função pública, qualificada pela vantagem auferida na captação de clientes

1ª PARTE:
(aprovado em concurso público (...) indignado com a demora nos procedimentos administrativos
relacionados à homologação, nomeação, posse e exercício, resolve, por conta própria, vestir o jaleco e
atender pacientes no referido pronto-socorro, fazendo-se passar por médico daquela instituição)

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Usurpação é um substantivo feminino que nomeia o ato de se adquirir algum bem através de fraude, é
o ato de exercer indevidamente uma função, de apoderar-se violentamente de algo.

2ª PARTE:

(aproveitava para angariar clientes para sua clínica particular de ortopedia)

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

Portanto, usurpação de função pública, qualificada pela vantagem auferida na captação de clientes.

O delito de usurpação de função pública admite uma forma qualificada, qual seja, se do fato o agente
aufere vantagem, cuja pena é de reclusão de dois a cinco anos

Salvius é advogado e ficou sabendo que o Juiz de Direito de uma pequena Comarca do interior tinha sido
promovido. Compareceu ao fórum e apresentou-se ao Escrivão e demais funcionários como sendo o
Magistrado designado para assumir a Comarca. Despachou todo o expediente e, valendo-se de guia de
levantamento por ele mesmo emitida, sacou R$ 20.000,00 da agência bancária do fórum e, em seguida,
abandonou o local. Nesse caso, Salvius cometeu crime de

usurpação de função pública qualificada.

Comentário
O crime praticado por Savius é o crime de usurpação de função pública na forma qualificada, vez que ele
usurpou (assumiu indevidamente) uma atividade pública, e como ainda auferiu vantagem, torna-se
qualificada, conforme art. 328, §único do CP

Ricardo, profissional liberal, estranho ao quadro da Polícia Civil, agindo como se fosse policial civil,
comparece em uma residência para cumprir um mandado de busca e apreensão e lá solicita e recebe do
morador a quantia de R$ 1.000,00 para não prosseguir com a diligência. Ricardo praticou crime de:

usurpação de função pública, punido com reclusão de 02 a 05 anos e multa. 

Considere que um particular resolveu, por si mesmo, com os objetivos de se popularizar e de obter
vantagens políticas, orientar diariamente o fluxo de pessoal para atendimento no posto de saúde da
Prefeitura. Esta prática caracteriza o seguinte tipo de crime cometido contra a administração pública:

usurpação de função pública

Comete o delito de usurpação de função pública o agente que se arrogue nessa função,
independentemente de praticar atos de ofício como se legitimado fosse, com o ânimo de usurpar.

Um funcionário que ocupa cargo em comissão de uma prefeitura foi exonerado, de ofício, pelo prefeito,
tendo sido formalmente cientificado do ato mediante comunicação oficial devidamente publicada no
diário oficial. A despeito disso, o servidor continuou a praticar atos próprios da função pública, sem
preencher condições legais para tanto. Nessa situação, configurou-se o delito de usurpação de função
pública.

E
Na verdade, o tipo penal descrito na questão, nos remete ao crime do artigo 324 do Código Penal,
exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado, senão vejamos:

Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a
exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou
suspenso:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

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