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CENERTEC
CENTRO DE ENERGIA E TECNOLOGIA

Desde 1981 tem-se dedicado à Formação Avançada, nomeadamente à

organização de Cursos Intensivos, Encontros Nacionais e Congressos

Europeus, em domínios da Engenharia Industrial, Energia, Ambiente e da

Gestão.

CENERTEC... AO SERVIÇO DA FORMAÇÃO


ccneiva@gmail.com

GESTÃO DE STOCKS E
ARMAZÉNS
DATA: Abril 2021
ccneiva@gmail.com

Apresentação do Formador:
Licenciada em Engenharia pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e MBA Executivo pela Porto Business
School. Diversas formações em Logística, Lean Management na Universidade de Aveiro, Cenertec, Instituto de
Empresa Business School em Madrid, Circle Business Consulting em Düsseldorf.

Desenvolveu as suas competências em operações, em empresas de referência no seu respetivo sector de atuação.
Experiência em empresas nacionais e multinacionais, com sucesso comprovado na apresentação de soluções
economicamente viáveis, aumentando a eficiência operacional, com foco na melhoria de processos, lean management,
redução de custos e de melhoria do serviço ao cliente.

Com 20 anos de experiência profissional, desempenhou diversas funções na área de logística na empresa
multinacional alemã Bosch Termo tecnologia em Aveiro. Foi responsável de Logística na Sunviauto, empresa do ramo
automóvel em Gaia. Foi responsável pelo Departamento de Aprovisionamento na Grohe, multinacional especializada
em produção e comercialização de torneiras e componentes sanitários, pertencente à multinacional japonesa Lixil,
Atualmente, é responsável pelo departamento de Supply Chain da Aspöck, multinacional Austríaca especializada em
produção e comercialização de faróis para o ramo automóvel.

Paralelamente, desenvolveu vários projetos na área do Supply Chain, visando a otimização e uniformização de
processo, incluído a implementação do SAP, armazéns de outsourcing, modelo de planeamento, Kanban e VMI.
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Objetivos:
• Entender a relação entre satisfação do cliente e capital imobilizado, e necessidade de stocks;

• Diagnosticar, classificar e gerir os stocks, nas suas componentes física, administrativa e económica;

• Catalogar os diferentes tipos e stock e atribuir os tipos de gestão mais adequados, criando modelos ou
parâmetros para otimização dos níveis de stock;

• Definir o método mais adequado de compra/aprovisionamento de cada tipo de material, de acordo com o
seu valor, criticidade ou fiabilidade de fornecedores;

• Aplicar uma gestão de stocks, que permita garantir o cumprimentos dos níveis de serviço acordados,
com o menor custo;

• Identificar as principais tecnologias para a gestão de stocks;

• Definir os layouts, equipamentos de armazenagem e movimentação mais adequados a cada negócio;

• Identificar e aplicar os procedimentos associados a cada atividade do armazém;


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Programa:
1.Introdução e modelos de gestão de stocks:

• Custos relacionados com stock e conflitos na gestão dos mesmos;

• Análise ABC para classificação de diferentes tipos e importâncias de stocks e determinação de


diferentes tipos de gestão;

• Aprovisionamento
✓ Necessidades dependentes e independentes
✓ Combinações quantidade/data, fixa/variável;
✓ Tipos de reaprovisionamento;
✓ Lote económico;

• Tecnologia MRP;

• Kanban e Pull-Flow;
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Programa:
2. Estratégias de colaboração e planeamento integrado:

• VMI – Vendor Management Inventory;

• Consignação;

• Técnicas push vs pull;

• Outras estratégias de colaboração: CRP, SOB, JIT;

• Bullwhip (efeito chicote):

✓ Trabalho de grupo para desmonstração do efeito;

✓ Soluções

• Determinação de níveis de stock e stocks de segurança;

• Impacto do comportamento de fornecedores e comunicação interna no volume de stock;

• Planeamento estratégico, tático e operacional;


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Programa:
3. Gestão de inventários:

• Diferença de inventário, stock, unidade;

• Tipos de inventário;

• Métodos para realizar inventários;

• Redução de stocks / análise de stocks;

• Quebras e desvios de stock;


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Programa:
4. Função armazém:

• Funções e princípios básicos do armazém:


✓ Receção;
✓ Armazenagem;
✓ Picking e preparação de encomendas, internas ou externas;
✓ Expedição;
• Tipos de armazém; Implantação e layout;
✓ Materiais especiais ou perigosos;
• Equipamentos de armazenagem/movimentação;
✓ Eficiência do espaço e produtividade dos movimentos;
• Tecnologias de informação/localização;
• Unidade de carga e movimentação
• 5S nos armazéns;
• Indicadores de gestão;
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


a) Introdução

Os stocks representam uma fatia muito significativa do capital investido de uma empresa.

Dessa forma, uma gestão eficiente dos inventários é vital para a sustentabilidade das empresa pois caso
surja uma acumulação de stocks, a empresa pode ver comprometida a sua liquidez.

A existência de stock é no entanto estratégica para as empresas de forma a garantir o serviço ao cliente e
estabilidade na produção. O objetivo não é o de Zero Stock, mas sim manter o nível ideal (eficiente) de
stock.
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


a) Introdução

A existência de stock, seja muito ou pouco, implica obrigatoriamente a sua armazenagem e movimentação
pelo que, mesmo a mais eficiente gestão de stocks obriga à gestão de armazéns.

Por outro lado, com a crescente utilização de serviços externos de suporte à produção, o armazém passa
também a ter um papel adicional de plataforma de ligação com esses mesmos subcontratados.

A gestão de armazéns deverá ter em conta aspetos como a mão-de-obra, o espaço e a sua maximização e
a movimentação dos materiais.

A atual dispersão mundial dos fornecedores que obriga a maior stock de segurança versus maior exigência
e volatilidade dos clientes que transformam os stocks em “risco” fazem da gestão dos armazéns um dos
pilares da logística, com crescente necessidade de reabastecimentos rápidos, constante racionalização e,
consequente diminuição.
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


b) Abordagem qualitativa, quantitativa, financeira
Definições:

Stock: Acumulação de materiais no espaço e no tempo existentes em qualquer organização e, em particular


nas empresas comerciais e industriais.

Inventário: É a lista de todos os itens que atualmente estão em stock.

Item: É um dos produtos que é mantido em stock, é uma das entradas do inventário.

Produto é mantido em Stock é


Stock é reposto stock até ser progressivamente
necessário reduzido

Entregas Consumos
Fornecedores Stocks Clientes

Os stocks são formados sempre que uma determinada


organização adquire materiais que não consome/utiliza
Num determinado instante o stock imediatamente.
diminui e é pedido aos fornecedores
que façam novas entregas
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


b) Abordagem qualitativa, quantitativa, financeira
Vantagens do stock:

• Garantir um consumo constante do produto ao longo de um determinado período

• Garantir nível de serviço

• Constituir uma proteção contra erros cometidos pelos fornecedores

• Beneficiar de descontos de quantidade

• Manter um nível de produção constante apesar da procura ser sazonal

• Reduzir custos de transporte

• Garantir que a paragem de um equipamento não implique a paragem de todo o sistema produtivo

• Buffer entre processos

• Constituir uma proteção contra greves, intempéries, inflação, etc…

• Responder à variação da procura

• Maior flexibilidade

• Facilitar a fabricação de vários itens no mesmo equipamentos


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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


b) Abordagem qualitativa, quantitativa, financeira
Inconvenientes do stock:

• Deterioração dos produtos

• Imobilização de capital (podem representar até 40% do capital investido)

• Investimentos elevados (em excesso podem gerar problemas de tesouraria)

• Aumento do espaço necessário

• Camuflagem de problemas que a empresa deveria conhecer para tentar resolver

• Potencial obsoleto
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


b) Abordagem qualitativa, quantitativa, financeira
Custos do stock:
Custo de Aquisição - É a componente que deve ser paga ao fornecedor do material. Esta quantia representa
simplesmente o custo das unidades compradas.

Custo de Lançamento - São os custos administrativos dos serviços que fazem a colocação e
acompanhamento das encomendas e os custos de receção quantitativa, qualitativa e classificativa.

Custo de Posse - Correspondem aos custos de manter em stock uma unidade de um determinado produto
durante um determinado período de tempo.
Diretos - juros, seguros, impostos, quebras, roubos, renda do armazém, deterioração.
Indiretos - Resulta do capital investido em stocks em vez de investido noutra aplicação.

Custos de Rutura - Custos associados à rotura de stock, gerados pelo facto do stock não ser suficiente para
satisfazer a procura. Difíceis de calcular mas podem ter consequências muito prejudiciais para as empresas.
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


b) Abordagem qualitativa, quantitativa, financeira

Trade Off: Trocas compensatórias de custos entre os diversos elementos da cadeia logística
Objetivo: Encontrar o melhor equilíbrio em custo e nível de serviço
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


b) Abordagem qualitativa, quantitativa, financeira
Avaliação do correto nível de stock
O valor objetivo de inventário pode ser definido financeiramente, com base apenas em indicações de direção
da empresa. É, neste caso, definido que base em objetivos financeiros e poderá estar desajustado da real
necessidade das operações

A forma mais correta será a de definir o objetivo de forma ligada à necessidade, ou seja, quando a
necessidade aumenta o valor de inventário deve subir mas quando a necessidade baixa, os objetivos devem
acompanhar essa descida.

A melhor forma de relacionar ambos é a Rotação de Stock. Este conceito define o número de dias em que o
inventário dá a volta, ou seja, o período de tempo necessário para que se renove.
Ou seja, se o nível médio de stock aumentar de forma proporcional ao aumento da necessidade, a rotação
de stock mantêm-se estável, indicando que continuam sob controlo
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


b) Abordagem qualitativa, quantitativa, financeira

Definição de objetivos (targets) para o valor de inventário


O valor total de inventário é, normalmente, um dos grandes (senão, principal) objetivos a seguir numa
empresa.

O seu nível estará entre:

✓ Quantidade mínima para o funcionamento, sem perturbações, da produção ou abastecimento sem


interrupções dos clientes e;

✓ Valor máximo aceitável para a empresa de forma a imobilizar o mínimo de capital possível.

Sendo a carga (ou volume) de uma empresa uma variável ao longo do tempo, uma forma correta de definir
objetivos é a de ligar o target de Inventário ao Volume de Produção ou de Vendas.
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


b) Abordagem qualitativa, quantitativa, financeira
Inventory turnover – Rotação
Em termos contabilísticos, o Inventory Turnover mede o número de vezes que o inventário é usado ou
vendida num determinado período.

Inventory Turnover Vendas = Volume de Vendas / Inventário Médio


Inventory Turnover Produção = Volume de Produção / Inventário Médio

Se, para um nível de inventário mais alto temos uma


maior rotação de stock, a tendência pode ser positiva.

Caso o target de inventários seja fixo, a ideia de que os


inventários se estão a deteriorar, ou seja, a aumentar,
pode ser errada.

Exemplos e cálculo de turnover de inventário


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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


c) Classificação/tipos de stock

Tipos de Stocks:

Work in progress

Operações no processo
Matérias Produto
Primas Final

Peças de
Consumíveis
substituição
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


c) Classificação/tipos de stock

Tipos de Stocks:

Matéria Prima – Material adquirido mas ainda não introduzido no processo produtivo.

Produtos em Curso - (WIP – Work-in-Process) – Produtos incompletos ou componentes que apesar de


já se encontrarem no processo produtivo ainda não podem ser considerados produto acabado.

Produto Acabado – Material pronto a ser expedido e que se encontra de acordo coma exigência do
cliente.
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


c) Classificação/tipos de stock
Análise de Pareto (ABC ou 80/20): é a técnica que constitui a base da gestão de stocks sendo um
princípio de gestão que pode ser aplicado para minimizar o esforço e obter os melhores resultados.

A análise de Pareto afirma que a maioria do efeito (80%) é produzido por uma pequena proporção da
causa (20%).

É uma ferramenta simples, mas muito % Valor 20%


poderosa, que permite ao responsável
pelos stocks controlar um número
elevado de itens, podendo ser utilizada
para reduzir o valor dos stocks e
diminuir o tempo passado a controlar os 80%
stocks.

100%
% Produtos
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


c) Classificação/tipos de stock
A análise de Pareto como suporte de decisão:

Características Política Método


Classe A • Controlo apertado • Monitorização frequente
• Nº reduzido de itens • Supervisão pessoal • Registos com elevada precisão
• Elevado percentagem do • Comunicação • Técnicas sofisticadas de previsão
valor total • Acordos com os fornecedores relativamente
a níveis de serviço

Classe B • Técnicas clássicas de gestão • Automatização do cálculo dos stocks de


• Itens importantes de stocks segurança
• Valores significativos • Métodos de aprovisionamento • Limitar valor da encomenda
rápidos • Sistemas de informação e de report de
exceções como suporte

Classe C • Supervisão reduzida • Sistemas simples


• Nº elevado de itens • Encomendas maiores • Procurar evitar roturas e stocks elevados
• Percentagem reduzida do • Encomendas pouco frequentes
valor total
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


c) Classificação/tipos de stock

Exemplo de uma Análise de Pareto em valor :

Item Consumo Custo Custo Custo Anual em Classificação Percentagem


Anual Unitário Anual % cumulativa

F67 394 12 4728 66,64 1 66,64

B23 105 11 1155 16,28 2 82,92


H89 500 1 500 7,05 3 89,96

D45 50 5 250 3,52 4 93,49

A12 21 7 147 2,07 5 95,56

E56 9 14 126 1,78 6 97,34

J01 3 25 75 1,06 7 98,39

I90 11 4 44 0,62 8 99,01

G78 5 8 40 0,56 9 99,58

C34 2 15 30 0,42 10 100

Total 7095 100


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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


c) Classificação/tipos de stock
Será que queremos correr riscos em materiais que custam apenas alguns cêntimos, Tipo C?
Temos capital para imobilizar em SS para materiais caros, Tipo A?

Um material C pode ser usado na mesma quantidade que um material tipo A se for um “high Runner”, nestes
casos, o risco não compensa, podemos por isso afetar o SS calculado x2, x3 ou mais.

Um material A terá um impacto grande, financeiramente. Poderá neste caso ser necessário afetar o SS com
uma taxa de redução, por exemplo 0.8, sendo que, neste caso, este material irá carecer de maior vigilância e
controlo.

Entre os materiais A que tipicamente suportam uma redução do SS, estão materiais com:
✓ Alternativa
✓ Fornecedores locais
✓ Fornecedores com boa capacidade de reação
✓ Materiais de produção própria

Exercício análise ABC


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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


d) Técnicas de aprovisionamento

Modelo do Lote Económico:

✓ A procura é exatamente conhecida, é contínua e constante ao longo do tempo;

✓ Todos os custos são conhecidos e não variam;

✓ O custo de aquisição é independente da quantidade encomendada;

✓ Não é admitida rotura;

✓ A taxa de entrega é infinita;

✓ O prazo de entrega é perfeitamente conhecido;

✓ Não existem restrições (quantidades, armazenagem, etc...).


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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


d) Técnicas de aprovisionamento
Modelo do Lote Económico:
Stock

Ponto de
encomenda

LT Tempo
Colocação da Recepção da
encomenda encomenda

CT
Custo Total

Custo de Posse
Menor
custo
Custo de Aquisição

Custo de Encomenda

Quantidade Ótima de Encomenda


Q
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d) Técnicas de aprovisionamento
Modelos que consideram incerteza:
Os modelos apresentados anteriormente não consideram a incerteza que pode estar associada a um
processo de gestão de stocks:

Procura: flutuações no número e dimensão das encomendas dos clientes.

Custos: inflação, mudança no modo operatório, fornecedores ou competidores.

Prazo de entrega.

Entregas: diferença entre o que foi encomendado e o que foi recebido (erros ou defeitos).

O verdadeiro problema prende-se com a procura durante o prazo de entrega.


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d) Técnicas de aprovisionamento
Modelo Lote Económico
Q
Procura durante o prazo de entrega igual ao valor
esperado.
PE

t
Q Procura durante o prazo de entrega inferior ao valor
esperado. Stock não utilizado, nível de existências
superior ao esperado
PE
Stock não utilizado

t
Q
Procura durante o prazo de entrega Superior ao
valor esperado. Existe rutura de stock.
PE

t
Rutura
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d) Técnicas de aprovisionamento
Modelo de revisão periódica:
Nível do stock

Sistema de revisão continua:

Quantidade fixa / Intervalo variável

t
Nível do stock

Sistema de revisão periódica:

Quantidade variável / Intervalo fixo

T t
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d) Técnicas de aprovisionamento
Modelo de revisão periódica:

Vantagens do modelo de revisão periódica:


✓ Simplicidade e facilidade de implementação,
✓ O nível de stock não precisa de ser monitorizada em tempo real,
✓ Agregar encomendas de diferentes produtos.

Vantagens do modelo de revisão contínua:


✓ Encomendas de dimensão fixa são mais fáceis de gerir,
✓ As encomendas podem ser adaptadas às necessidades de cada item,
✓ Conduz a níveis de stock mais baixos: MRC incerteza durante LT e MRP incerteza durante T + LT.

Estes modelos podem ser combinados para dar origem a modelos híbridos:
✓ Revisão periódica com ponto de encomenda
✓ Ponto de encomenda com definição de um nível de stock M (min-max).
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


e) Tecnologia MRP
Tecnologia: Para que o MRP funcione corretamente, necessita de 3 dados de entrada:

1. Necessidade (Plano de Produção)


2. Stock
3. Lista de Materiais (BOM – Bill of Material)

Encomendas Necessidades Previsões


(Normalmente necessidade de (Estimativa de necessidades de
curto e médio prazo) médio e longo prazo)

BOM Plano Mestre Stocks

Ordens de Compra Plano de Materiais Ordens de Produção


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e) Tecnologia MRP
MRP – Pré-requisitos

Plano mestre de produção (PMP) faseado no tempo, indicando a quantidade de cada produto a ser
fabricado.
W099
Carro de
mão
Lista de materiais para cada
item do plano mestre.
1011 1020 1030 1042
Conjunto Conjunto
Caixa (1) roda (1) Tinta (0.5)
Identificação única para Tubos (1)
cada produto do PMP e
componentes da lista de
materiais.
2022 2025 2031 2032 2035
Tubo (2) Pega (2) Eixo (1) Rolamento (2) Roda (1)
Registo de stocks de todos
os produtos

Prazo de entrega para todos os produtos (comprados ou fabricados).


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e) Tecnologia MRP
Alargada:
BOM Stocks

Necessidades Necessidades
MRP
Dependentes independentes

Reservas Ordem Planeada

Ordem Produção Requisição Compra

Encomenda

Produção/Armazém
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


e) Tecnologia MRP
A tecnologia MRP não é mais do que um algoritmo matemático que se atualiza permanentemente:
+ entradas
- Saídas
x Lista de materiais

Existem no entanto uma série de parâmetros que irá influenciar o resultado do MRP:

✓ MOQ – Minimum Order Quantity


✓ Rounding Value – Valor de Arredondamento
✓ Lead Time – Tempo de entrega, seja de Ordens de Compra ou Ordens de Produção
✓ Safety Time – Tempo de Segurança
✓ Safety Stock – Stock de Segurança
✓ Frequência de entrega
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e) Tecnologia MRP
Efeito “lumpy”

Eixo A Eixo C
D 1 1 1 1 1 1 D 7 7 7 7 7 7
P 5 5 P 25 25
Eixo B Eixo D
D 6 6 6 6 6 6 D 3 3 3 3 3 3
P 15 15 15 P 10 10

Barra X Barra Y
D 20 15 20 D 35 35
P 25 25 25 P 50 50

Aço
D 75 25 50 25
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e) Tecnologia MRP
As formas mais comuns de loteamento são:
1. Quantidade e Período variável
Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Necessidades 35 10 40 20 5 10 30
Loteamento 35 10 40 20 5 10 30

2. Quantidade fixa de encomenda


Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Necessidades 35 10 40 20 5 10 30
Loteamento 60 60 60

3. Quantidade económica de encomenda


Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Necessidades 35 10 40 20 5 10 30
Loteamento 58 58 58

4. Período fixo de encomenda


Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Necessidades 35 10 40 20 5 10 30
Loteamento 45 40 40 25 25 40 40
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


e) Tecnologia MRP
Parametrização do sistema

Exemplos de
parametrização que
afetam o resultado do
processamento do
MRP
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e) Tecnologia MRP
Automatização:
Quando devidamente parametrizado o resultado do MRP poderá resultar em ações pré-definidas:

✓ Conversão automática de Encomendas a Fornecedores (Auto-Ordering)


✓ Abertura automática de ordens de Produção

Quanto mais automático, maior a necessidade de controlo e verificação dos “outputs”, uma vez que o
resultado estará sempre de acordo com os parâmetros pré-definidos e que, nem sempre, vão de encontro às
necessidades:

✓ MOQ, Rounding Value, etc, podem levar à compra de excessos


✓ Lead Times podem levar a uma entrega tardia das encomendas

Os sistemas tem, por isso, uma série sistemas de alerta (por exemplo, Lista de exceções de MRP)
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g) Técnicas de suporte ao MRP
Existem diversas técnicas de suporte ao MRP, que podem “correr” no SI ou, de forma mais manual,
independentemente deste:

Kanban, pode ser usado para produção, compras ou abastecimento e baseia-se na utilização de
cartões que enviam sinais para Abastecimento, Produção ou Transporte.
O cartão pode ser substituído por luzes, caixas vazias (caixa vazia / caixa cheia) ou localização vazia.

O kanban pode ainda ser eletrónico

Coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de produção, para indicar a
entrega de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem todas as peças, o mesmo aviso é
levado ao seu ponto de partida, onde se converte num novo pedido para mais peças. Quando for
recebido o cartão ou quando não há nenhuma peça na caixa ou no local definido, então deve-se
movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça

O sistema Kanban é uma das ferramentas mais conhecidas do Just in Time

https://www.youtube.com/watch?v=Mdyyyu41dZ4
https://www.youtube.com/watch?v=rkpadFfyCqo
https://www.youtube.com/watch?v=XCvJ0tKOqQs
https://www.leanvlog.com/learning-to-see-wastes-salad-exercise/
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Kanban
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Kanban
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JIT & Kanban


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g) Técnicas de suporte ao MRP
Pull Flow é um método do Lean Managent ou Lean thinking.

Este método que visa otimizar o processo, ao controlar três tipos de desperdício (usando terminologia da
Toyota):

✓ Muda -> Desperdício

✓ Mura -> Desequilíbrio

✓ Muri -> Sobrecarga


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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


g) Técnicas de suporte
ao MRP

Quadro Kanban-
Exemplo:
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1. Introdução e Modelos de Gestão de Stocks


g) Técnicas de suporte ao MRP
Ref1 Quadro Pull-Flow O cálculo do número de cartões em cada estado deverá ter
em conta:

✓ Tempos de Setup
Iniciar produção
✓ Criticidade do Material

✓ Consumo médio
Preparar produção
(setup / preparação de
material)

Poderá ter algumas desvantagens caso:

✓ Haja pressão produção de forma a criar valor


Nenhuma ação
necessária ✓ Necessário produzir de forma a ocupar centros de
trabalho

✓ Acumular stock de forma a preparar um pico de procura


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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


a) Estratégias de Colaboração

Estratégias de relacionamento tradicional


• Lógica de confronto (conflito de interesses)

• Não existem: Alianças, Comunicação e os Prazos de entrega são longos

Efeitos
Os contratos de fornecimento são baseados quase exclusivamente no preço

Prazos de entrega são lentos


✓ Processo de decisão mais difícil
✓ Impossibilidade de reações rápidas

Não há visibilidade das necessidades dos clientes finais


✓ As previsões de vendas nos vários pontos são feitas com base em dados pouco fiáveis
levando à criação de stocks de segurança
✓ Os modelos de gestão de stocks clássicos de procura independente produzem um efeito
amplificador e descontínuo entre os vários elos da cadeia
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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


a) Estratégias de Colaboração

Estratégias de relacionamento
Produtividade da Relação

Integrado

Iniciativas
pontuais

Transacional

Confrontacional

Nível de Integração
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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


a) Estratégias de Colaboração

Estratégias de relacionamento Colaborativo

Acordos de cooperação / parceria de médio, longo prazo entre fornecedores, produtores e distribuidores
Alteração do paradigma de relação
✓ Estabilidade dos contratos
✓ Rede logística integrada e partilha de informação
✓ Parcerias em I&D
✓ Coordenação no marketing

Reconhecimento que existe uma dependência mútua é o fator primordial no desenvolvimento de relações de
cooperação / parceria
A cooperação tem que incluir os prestadores de serviços logísticos
O sucesso está na partilha de benefícios pelos diferentes atores da cadeia de abastecimento (win-win)
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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


b) Vendor Managed Inventory

VMI – Vendor Managed Inventory (SMI – Supplier Managed Inventory )

A gestão de stocks é efetuada pelo fornecedor, com base na informação recebida do seu cliente sobre os
movimentos do stock (ou procura), monitoriza os níveis de stock e assume a reposição de stocks, de forma a
garantir os níveis de stock e de rotação contratados.

O cliente não coloca encomendas ao fornecedor. Este decide quanto e quando repor os stocks
✓ Produtor tem melhores condições de ajustar a produção
✓ Permite detetar reduções de consumo sem aumentar os stocks
✓ Os stocks totais são inferiores pois não há duplicação de stocks

Requer know-how logístico no fornecedor e liberta recursos do lado do cliente → relações mais fortes
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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


c) Consignação

Consignação

Consignação significa, de forma simplificada, que o stock está fisicamente na casa do cliente mas que
pertence ao fornecedor. O stock passa a pertencer ao cliente:

✓ No momento da passagem do armazém para a produção

✓ No momento do consumo

✓ Etc

Quando associado ao VMI, o ganho é a duplicar


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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


d) CRP

CRP – Continuous Replenishment Programmes


Implementa uma abordagem do tipo Quick Response ao longo da cadeia, garantindo um fluxo contínuo de
produtos de acordo com o consumo

✓ A procura é captada pelo retalhista junto ao cliente final

✓ As informações sobre as vendas e stocks são passadas aos restantes elementos da cadeia em
tempo real (EDI)

✓ A reposição é efetuada automaticamente com a frequência adequada para manter níveis de stock
contratados

Cada parceiro tem autorização para repor automaticamente os níveis de stock no seu parceiro a jusante. O
parceiro tem a obrigação de transformar as reposições em compras.
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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


e) JIT – Just in Time

JIT – Just in Time

✓ Eliminação total dos desperdícios nas compras, produção e distribuição

✓ As operações são organizadas de forma a ocorrerem apenas quando são necessárias

✓ O encontro exato entre o abastecimento de materiais e a procura permite eliminar (ou reduzir em muito)

os stocks de materiais e de em-curso-de-fabrico

✓ Tempos de ciclo muito reduzidos

✓ Tempos de entrega reduzidos ao mínimo (tender para zero)

✓ Taxa de defeituosos = 0%

✓ Consolidação de cargas é essencial → operadores logísticos


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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


f) Pull vs Push

Estratégias Pull vs Push

Build to Stock Build to Order


Stock
Filosofia Push – Supply Driven Filosofia Pull – Demand Driven
Ponto
Desacoplagem

Estratégia Push: O fornecimento é baseado na antecipação da procura


• Correta previsão dos consumos
• Correto planeamento das actividades
• Movimentar stocks da forma mais eficaz

Logística baseada no planeamento das necessidades

Produção de produtos standard para stock Stock Venda

Finalização dos semi-acabados


Produção de produtos semi-acabados Stock por encomenda
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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


f) Pull vs Push

Estratégias Pull vs Push

Build to Stock Stock Build to Order

Filosofia Push – Supply Driven Ponto Filosofia Pull – Demand Driven


Desacoplagem

Estratégia Pull: A gestão é baseada na resposta imediata


✓ Passagem rápida da informação (visibilidade) sobre a procura ao longo da cadeia
✓ Compressão do tempo de resposta, produção e distribuição desde o ponto mais a montante até
ao cliente final
Logística de resposta rápida

Produção de componentes Montagem por encomenda a partir de


para stock Stock componentes em stock

Stock Produção por encomenda


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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


g) Stock de segurança

Stock de Segurança: As flutuações na procura e a variações nas entregas podem causar ruturas. O SS
serve para minimizar o risco.

SS PE

PE

SS

t t

Risco de rutura
Rutura
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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


g) Stock de segurança

Stock de Segurança: Como calcular?

A definição de um stock de segurança poderá ser, na maior parte, intuitiva e fruto de experiência;
performance do fornecedor, etc, no entanto, poderão ser utilizadas algumas fórmulas de cálculo que
deverão, no entanto, ser validadas.

Formas mais complexas terão em conta Desvios Padrão para a procura e para os prazos de entrega, Níveis
de Serviço Pretendidos, etc.

Safety Time (Tempo de segurança):


Pode ser uma excelente alternativa ao stock de segurança sempre que existam previsões.
Este parâmetro apenas antecipa as entregas e consiste em transformar a quantidade do SS num período de
tempo.

Ao contrário do SS, este parâmetro aumenta o nível de inventário antecipando as necessidades. A


possibilidade de gerar obsoletos é menor.
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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


g) Stock de segurança

Stock de Segurança: Exemplos de cálculo

N

SSP = Consumo max – consumo médio SSLT = Cons. médio x (LT mais longo – LT médio)

SSTt = maior(SSP; SSLT)

SS = Z x N x LT N – Procura Média; LT – Lead Time;  - Desvio Padrão; Z – Nível de Serviço


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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


g) Stock de segurança

O Stock de Segurança pode ter, além dos seus impactos positivos nas operações, um peso financeiro
elevado, ao representar inventários que, na maior parte dos dias não vai ser utilizado, sendo assim capital
“empatado”

O cálculo matemático dos SS deverá por isso ser cruzado com outras análises, das quais são bons
exemplos os capítulos anteriores:
b) Abordagem qualitativa, quantitativa, financeira
c) Classificação/tipos de stock

Os SS nos materiais tipo A terão um grande impacto positivo ao evitar paragens estratégicas na empresa, no
entanto, têm também um impacto muito negativo no capital investido
Os SS nos materiais tipo C, têm baixo impacto financeiro mas também trazem pouco impacto positivo nas
operações por terem baixo consumo

Procura satisfeita Rutura

Nível de serviço
97,7% Exercício de cálculo do SS

Z=2
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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


g) Stock de segurança

Postponement: Adiar o mais possível a diferenciação do produto

Benetton – Processo convencional de tingir o fio e fabricar depois (vários modelos) foi invertido. O fio cru é
utilizado para fabricar as camisolas e só depois é tingido em função das tendências do mercado e das
encomendas.

Computadores – o processo de produção foi desacoplado tendo-se verificado uma deslocalização de centros
de configuração e distribuição em que se faz a configuração.

Colormix CIN – Todas as referências do catálogo de cores eram produzidas na fábrica e os armazéns
constituíam stocks de todas as referências. Com a introdução do Colormix a afinação das cores passou a ser
executada a pedido do cliente, nos pontos de venda, e a fábrica apenas produz as cores base e os
pigmentos.

Exercício e discussão sobre PONTO DE DESACOPLAGEM


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2. Estratégias Colaboração e Planeamento Integrado


h) Bullwhip – Efeito de chicote

Bullwhip – Efeito chicote: Este é um efeito muito comum na cadeia de abastecimento em que um ligeiro pico
na procura, por parte do consumidor final cria um efeito de amplificação ao longa da cadeia, causando uma
procura irrealista no início da cadeia e, muitas vezes, desnecessária e impossível de suprir

Exemplificação através do
JOGO DA CERVEJA

The Beer Game


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BIBLIOGRAFIA
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ANEXO
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O artigo A2 apresenta uma procura constante de 200 unidades/dia durante 5 dias por semana, 52
semanas por ano. Por negociação com o fornecedor XPTO foi estabelecido um prazo de entrega fixo
de 2 dias, sendo o preço de aquisição de 10€/ unidade. A unidade de movimentação Logística do
fornecedor XPTO é a caixa, que contém 50 unidades da mola A2. O custo encomenda unitário para

a empresa foi estimado de 14€ e o custo de posse do stock unitário de 1,5€/ano.


Calcula o ponto de encomenda (Pe) e quantidade económica de encomenda (QEE).
Define a política de gestão de stock para o artigo A2 e indique o custo total.

Quando encomendar:
Pe = Prazo de entrega x procura = 2 x 200 = 400 pcs => quando em armazém estiverem 400 pcs
em stock deve ser lançadas uma encomenda.

Quanto encomendar: QEE = 2 x 52000 x 14/1,5 = 985,2 unidades


QEE= 2 DS/ H 952,2 unidades -> 19,7 unidades
D procura anual Q = 20 caixas = 20 x 50 = 1000 unidades
S = custo encomenda Sempre que o stock atingir 400 unidades, deve ser colocada
uma encomenda de 20 caixas (1000 unidades)
H = custo unitário

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