Você está na página 1de 8

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/320357535

O Papel do Fisioterapeuta na promoção da Atividade Física

Article · April 2017

CITATIONS READS

0 442

1 author:

Maria Teresa Tomás


Instituto Politécnico de Lisboa
74 PUBLICATIONS   115 CITATIONS   

SEE PROFILE

Some of the authors of this publication are also working on these related projects:

Sarcopenia, fragilidade e quedas: a importância de um programa de prevenção. View project

Sarcopenia, fragilidade e quedas: a importância de um programa de prevenção View project

All content following this page was uploaded by Maria Teresa Tomás on 12 October 2017.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


Maria Teresa Tomás
Departamento de Ciências e Tecnologias de Reabilitação,
Área Científica de Fisioterapia (Professora Adjunta)
Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa,
Instituto Politécnico de Lisboa

O papel do Fisioterapeuta na promoção da Atividade


Física
Palavras-Chave: Fisioterapeuta; Atividade Física; Promoção da Saúde.

Resumo Como conclusões gerais verificou‑se a


As Doenças Não Transmissíveis (DNT) importância e reconhecimento do papel
de que são exemplo as doenças cardiovas- que os fisioterapeutas têm nesta área de
culares ou as doenças respiratórias, entre intervenção, fundamentando‑se também
outras, são responsáveis pelas mais eleva- a capacidade, competência e responsabi-
das taxas de mortalidade a nível mundial. lidade profissional que os fisioterapeutas
De entre os diversos fatores de risco a ina- têm na promoção da saúde e concretamente
tividade e o sedentarismo estão negativa- na promoção da atividade física.
mente associados a este aumento da mor-
talidade. Aumentar, portanto, os níveis de
atividade física e de exercício físico é de pri-
mordial importância para todos os profis- Introdução
sionais de saúde e para os fisioterapeutas Atividade física (AF) é definida como
em particular. qualquer movimento corporal produzido
Com o objetivo de fundamentar a impor- pelo sistema músculo‑esquelético que
tância do papel do fisioterapeuta na promo- requeira dispêndio energético1.
ção dos níveis de atividade física nas popu- O exercício físico é uma subcatego-
lações alvo da sua intervenção, fez‑se uma ria da AF e que é planeada, estruturada,
«avaliação rápida de evidência» simples, repetitiva e orientada para a melhoria ou
utilizando artigos disponíveis nas bases manutenção de uma ou mais componen-
de dados B‑On e PubMed utilizando como tes da aptidão física relacionadas com a
expressões de busca «fisioterapia» asso- saúde (força, potência ou resistência mus-
ciada a «promoção da atividade física» ou a cular; flexibilidade; capacidade aeróbia
«promoção do exercício físico». e composição corporal) ou com as habi-
Os resultados foram apresentados no lidades (agilidade, coordenação, equilí-
texto, organizado numa primeira parte na brio, potência, tempo de reação e veloci-
caracterização deste profissional e o seu dade)2. A AF inclui o exercício físico bem
papel e responsabilidade nacional e numa como outras atividades que envolvem
segunda parte pelo papel e responsabili- movimento corporal e que são executadas
dade internacional. como parte de um jogo, trabalho, trans-

77
N.º 44 Abr-Jun 2017 Pág. 77-83

porte ativo, tarefas domésticas e/ou ativi- 20104 o fisioterapeuta exerce funções na
dades recreativas1 (Figura 1). recuperação, reeducação, reabilitação e
prevenção da incapacidade originadas por
disfunções físicas, do foro funcional mús-
ATIVIDADE FÍSICA culo‑esqueléticos, cardiovascular, respi-
Qualquer movimento ratório, neurológico e por disfunções psí-
produzido pelos quicas:
músculos esqueléticos ●● Efetua a avaliação do indivíduo, atra-
e que requeira vés de testes e medições a fim de pla-
dispêndio energético
near um programa de tratamento
adequado a cada situação e ajustados
à recuperação, manutenção e desen-
volvimento das capacidades físicas
EXERCÍCIO dos seus pacientes de modo a obter a
Subcategoria da atividade máxima funcionalidade e qualidade
física que é planeada, de vida;
estruturada, repetitiva
●● Colabora no diagnóstico avaliando os
com o objetivo de melhorar
sintomas e as capacidades dos pacien-
ou manter uma ou mais
componentes da aptidão tes;
física ●● Organiza e elabora programas de
tratamento, utilizando técnicas ade-
Figura 1 quadas tais como, terapia pelo movi-
Relação entre atividade física e exercício físico. mento, técnicas manipulativas, hidro-
terapia, eletroterapia e outras técnicas
de inibição e facilitação neuromuscu-
O Fisioterapeuta. O que faz e onde atua. lar, ensino e aconselhamento a fim de
Papel na promoção da atividade física. restaurar a integridade dos sistemas
Por definição, a intervenção da fisio- corporais essenciais do movimento e
terapia centra‑se na «análise e avaliação minimizar as incapacidades do indi-
do movimento e da postura, baseadas na víduo;
estrutura e função do corpo, utilizando ●● Ensina e dá aos pacientes o programa
modalidades educativas e terapêuticas de exercícios para prosseguimento,
específicas, com base, essencialmente, no pelo próprio, do treino funcional ade-
movimento, nas terapias manipulativas e quado para as atividades da vida diá-
em meios físicos e naturais, com a finali- ria;
dade de promoção da saúde e prevenção da
●● Trata doentes de diferentes patologias
doença, da deficiência, de incapacidade e
(ortopédica, respiratória, neurológica,
da inadaptação e de tratar, habilitar ou rea-
etc.);
bilitar indivíduos com disfunções de natu-
reza física, mental, de desenvolvimento ou ●● Elabora relatórios das observações
outras, incluindo a dor, com o objetivo de os efetuadas e da evolução do programa
ajudar a atingir a máxima funcionalidade e de tratamento;
qualidade de vida» (Decreto‑Lei 564/99 de ●● Desenvolve ações e colabora em pro-
21 de dezembro)3. gramas no âmbito da promoção e edu-
Assim, e de acordo com a Classificação cação para a saúde e de reabilitação de
Nacional das Profissões (2006) revista em lesões físicas.

78
A World Confederation of Physical The- nidade e é de facto parte da ação central
rapy (WCPT)5 que reúne 112 associações (core business) do fisioterapeuta6.
de profissionais e cerca de 350 000 profis- A promoção da saúde é a combinação de
sionais em todo o mundo (e onde se inclui suportes educacionais e ambientais para
Portugal) defende que os fisioterapeutas ações e condições de vida que conduzam
são, de facto, especialistas em atividade à saúde. O objetivo da promoção da saúde
humana e movimento, desenvolvendo a é capacitar os indivíduos para adquirirem
sua prática nas áreas da saúde ‑ promoção, maior controlo sobre os determinantes da
prevenção, tratamento/intervenção, habili- sua própria saúde8 e requer uma aborda-
tação e reabilitação ‑ de forma dinâmica e gem multidisciplinar9.
respondendo as necessidades do paciente/
cliente e da sociedade. Papel do Fisioterapeuta
A fisioterapia envolve a interação entre na promoção da atividade física:
o fisioterapeuta, pacientes/clientes, outros visão internacional
profissionais de saúde, famílias, cuidadores A WCPT fundamenta que os fisioterapeu-
e comunidades num processo onde o poten- tas como experts do movimento e do exer-
cial de movimento é examinado/avaliado e cício e na posse de um conhecimento sobre
as metas são acordadas, usando conheci- fatores de risco e sobre patologia bem como
mentos e habilidades da esfera de competên- os efeitos conjuntos em todos os sistemas do
cias dos fisioterapeutas, utilizando a mesma corpo humano, são profissionais para pro-
linguagem técnica e científica no desenvol- mover, orientar, prescrever e gerir progra-
ver das suas capacidades e competências5. mas de atividade e de exercício. O exercício
No âmbito das suas capacidades e com- físico promove a melhor aptidão física e o
petências o fisioterapeuta tem no sistema bem‑estar. É uma potente intervenção para
de saúde um leque extenso de interven- a força, a potência e resistência muscular,
ção desde os cuidados de saúde primários a flexibilidade, o equilíbrio e para o retar-
aos terciários, nos seus vários contextos dar das alterações fisiopatológicas e suas
de prática (comunidade, cuidados clínicos limitações funcionais10,11. Esta capacidade e
em internamento ou em ambulatório, em competência é também fundamentada por
todas as etapas da vida dos seus pacientes, Taylor e colaboradores (2007)12 ao afirma-
desde os cuidados pediátricos aos cuidados rem que o conhecimento dos modelos de
gerontológicos ou paliativos). exercício e dosagens, a experiência em alte-
Para isso deve ser capaz de realizar tes- rações do movimento e os skills em racio-
tes básicos de exercício e ter o conheci- cínio clínico permitem aos fisioterapeutas
mento suficiente para interpretar os dados desenvolver, implementar, monitorizar e
obtidos, bem como para prescrever progra- modificar programas de exercícios com fins
mas de movimento adequados aos dados terapêuticos. A prescrição do exercício tera-
obtidos e promover a AF relacionada com a pêutico é assim um skill essencial e básico
saúde utilizando a terapia pelo exercício nos dos fisioterapeutas e a sua aplicação mos-
seus programas de reabilitação6,7. Isto deve trou ser eficaz em muitos contextos de prá-
ser feito como um procedimento de rotina tica da fisioterapia12, pelo que deve ser uti-
ao avaliar a progressão da capacidade fun- lizada mais frequentemente na prevenção e
cional relacionada com a evolução de deter- reabilitação de diferentes condições clínicas
minada condição clínica, bem como para em fisioterapia7.
promover um estilo de vida ativo nos seus Para a melhor intervenção na área da
pacientes. Esta é uma das responsabilida- promoção da AF e do exercício, a WCPT
des do fisioterapeuta para com a sua comu- preconiza que os programas curriculares ao

79
N.º 44 Abr-Jun 2017 Pág. 77-83

nível do 1.º ciclo de formação de um fisiote- ●● Equipamentos em exercício


rapeuta devem contemplar conhecimentos ●● Programas de treino
como10:
●● Adaptação de exercício para indiví-
●● Alterações anatómicas e fisiológi- duos com dificuldades da comunica-
cas nos diferentes sistemas do corpo ção
humano (neuro‑músculo‑esquelético, ●● Fatores motivacionais envolvidos na
cardiovascular, respiratório, endó- participação e na adesão a programas
crino, imunitário, etc.) ao longo do de exercício
ciclo de vida
●● Especificidades metabólicas do exer-
●● Respostas e adaptações ao exercício cício em diferentes contextos clínicos
de todos os sistemas fisiológicos ao
●● Programas de exercício preventivo.
longo do ciclo de vida
●● Biomecânica do movimento Estas orientações sobre os conteúdos
●● Princípios de avaliação e medição curriculares são seguidas pelas instituições
para as diferentes capacidades funcio- de ensino superior que em Portugal for-
nais e componentes da aptidão física mam os profissionais de fisioterapia (fisio-
terapeutas) em cursos de licenciatura com a
●● Aplicação de testes, cotação e inter-
duração de quatro anos e que incluem já nos
pretação de diferentes testes de ava-
seus planos curriculares estes conteúdos.
liação
Uma estratégia promissora para motivar
●● Técnicas de exercício terapêutico os indivíduos sedentários a tornarem‑se
●● Prescrição de exercício mais ativos é a oportunidade de incenti-

80
var a mudança de comportamento relacio- A WCPT reconhece que o aumento da
nada com a AF quando os indivíduos estão incidência das DNT impõe uma sobre-
em contacto com os profissionais de saúde9. carga nos indivíduos, sociedades e siste-
Lowe e colaboradores13. concluíram que o mas de saúde em qualquer população, pelo
contacto entre o indivíduo/paciente/cliente que urge criar e implementar as medidas
e o fisioterapeuta representa uma oportuni- de prevenção das DNT e dos seus fatores de
dade excelente para a mudança de compor- risco que contribuirão para a diminuição
tamento e de estilo de vida ao nível da AF e da sua prevalência e gravidade da incapaci-
que o aconselhamento de saúde feito por um dade e mortalidade21.
fisioterapeuta tem o potencial de ser eficaz, A WCPT acredita que os fisioterapeutas
pelo menos a curto prazo13. Como prestado- estão preparados através da sua formação
res de cuidados de saúde, os fisioterapeu- para irem ao encontro das necessidades dos
tas têm, assim, o potencial de desempenhar indivíduos com DNT ou em risco de DNT.
um papel único e valioso na motivação e na Os fisioterapeutas providenciam interven-
ajuda aos indivíduos na adoção de mudan- ções baseadas na melhor evidência cien-
ças de comportamento saudável, incluindo tífica que podem reduzir a incidência de
a promoção da AF e do exercício14, indivi- DNTe a incapacidade e mortalidade a elas
dualmente ou integrados em equipa mul- associadas. Têm um papel vital na preven-
tidisciplinares15 sendo que quanto mais ção e gestão das DNT através de21:
ativos os próprios profissionais de saúde ●● Implementação de programas de pre-
forem, maior a possibilidade de efetuarem venção primária e secundária basea-
este aconselhamento na sua prática clínica dos na melhor evidência científica (ex:
diária16. programas de prevenção de quedas,
A Organização Mundial da Saúde preparação para o parto, intervenção
(OMS) e a Organização das Nações Unidas na fragilidade, condições cardiorres-
(ONU)17-20 identificaram as doenças cardio- piratórias e vasculares, outras popu-
vasculares, as doenças respiratórias cróni- lações e contextos clínicos, etc.);
cas, a diabetes e algumas formas de cancro
●● Promoção da saúde e qualidade de vida;
e os seus concomitantes fatores de risco
(tabaco, consumo inadequado de álcool, ●● Manutenção ou aumento dos níveis de
AF insuficiente, excesso de peso/obesi- AF e de independência funcional.
dade, pressão arterial elevada, dieta não A World Health Professions Alliance
saudável, níveis de glicemia aumentados e (WHPA) que reúne as organizações mun-
hipercolesterolemia) como as doenças não diais representativas dos médicos dentis-
comunicáveis ou não transmissíveis (DNT), tas, enfermeiros, farmacêuticos, fisiotera-
responsáveis pelas mais elevadas taxas de peutas e médicos, representa mais de 26
mortalidade a nível mundial17. No entanto milhões de profissionais de saúde em mais
outras DNT incluindo, mas não limitadas, a de 130 países. A WHPA trabalha para
condições músculo‑esqueléticas (ex: osteo- melhorar a saúde global e a qualidade dos
artrose, osteoporose), neuromusculares cuidados de saúde e facilita a colaboração
(ex: Doença de Parkinson, esclerose múl- entre as profissões da saúde e os grandes
tipla) e mentais (ex: demência, esquizofre- destinatários desses cuidados. Os profis-
nia) contribuem para a elevada incidência sionais de saúde e os sistemas nacionais
de disfuncionalidade e incapacidade mun- de saúde onde estes trabalham têm um
dial. A eficácia da fisioterapia na preven- papel significativo na consciencialização
ção e gestão das DNT e seus fatores de risco crescente dos fatores de risco das doen-
está bem evidenciada. ças não transmissíveis22. Os profissionais

81
N.º 44 Abr-Jun 2017 Pág. 77-83

de saúde (onde se incluem os fisioterapeu- investigação de modo a aprofundar e fun-


tas) podem ajudar os indivíduos a reduzir damentar a evolução do conhecimento e da
o seu risco de DNT providenciando‑lhes prática baseada na melhor evidencia cientí-
suporte, educação e encorajamento23,24. fica nesta área de intervenção.
Mais concretamente, podem e devem
ajudar todos os indivíduos, pacientes ou
Conclusão
clientes, a:
Os fisioterapeutas têm a responsabili-
●● Evitar o tabaco e o uso desadequado dade profissional e ética de assegurar que
do consumo de álcool as oportunidades de promoção da saúde e
●● Melhorar a dieta prevenção da doença sejam maximamente
●● Praticar suficiente AF de forma regu- exploradas13 e, neste caso, deverão promo-
lar ver e/ou implementar programas de exercí-
●● Adquirir e manter peso saudável cio consoante a situação clínica do paciente
●● Manter saúde mental ótima que a eles recorre podendo a sua não imple-
mentação configurar negligência profissio-
●● Gerir tensão e stress
nal9. Ainda neste contexto têm um papel
●● Aceder a cuidados preventivos e ras- fundamental na promoção da saúde e pre-
trear doenças preveníveis venção da doença através da atuação na
Apesar de todas as indicações e estudos diminuição dos fatores de risco das doen-
a favor da intervenção dos fisioterapeutas ças não transmissíveis e concretamente na
na promoção dos estilos de vida ativa e con- promoção do aumento dos níveis de AF e
cretamente na implementação dos progra- exercício físico nos diversos contextos da
mas de AF e exercício físico foram também sua prática profissional, desde os cuidados
identificadas algumas razões pelas quais de saúde primários, secundários e terciá-
na prática diária esta intervenção pode em rios e ao longo da vida dos seus pacientes.
alguns países não ser tão expressiva. Fato- Se a nível nacional existe reconhecimento
res como a falta de tempo, falta de reem- da necessidade e importância da participa-
bolso das entidades seguradoras ou con- ção do fisioterapeuta na promoção da AF e
tributivas para a promoção da saúde como do exercício físico, este reconhecimento é
intervenção específica, tempo limitado ao ainda maior a nível internacional. O papel
tratamento dos problemas de saúde que do fisioterapeuta na promoção da AF e
são de facto pagos diminuindo, por exem- exercício físico, será ainda mais fundamen-
plo, o tempo para o aconselhamento e ainda tado através da participação que os fisiote-
algumas limitações nos skills de aconselha- rapeutas devem consolidar na investigação
mento, entre outros25, podem gerar insegu- clínica e translacional conducente à melhor
rança. Recomenda‑se o investimento em prática baseada na evidência.

82
Referências
1. World Health Organization (WHO). Global Stra- lifestyle-related health conditions effectively? A
tegy on Diet, Physical Activity and Health. (WHO, systematic review and implications. Physiother
ed.). Geneva, Switzerland: WHO; 2010. Theory Pract. 2012;28:571-587.
2. Medicine AC of S. ACSM’s guidelines for exercise 16. Chevan J, Haskvitz EM. Do as I do: exercise
testing and prescription. Lippincott Williams & habits of physical therapists, physical therapist
Wilkins. 2013. assistants, and student physical therapists. Phys
3. Instituto Nacional de Estatística. Classifica- Ther. 2010;90:726-734.
ção Portuguesa 2010 Das Profissões.; 2010. 17. 17. The United Nations Development Programme.
doi:288627/09. Discussion Paper Addressing the Social Deter-
4. Decreto-Lei nº564/99 de 21 de dezembro. Diário minants of Noncommunicable Diseases. Undp.
da República — I SÉRIE-A; n.º 295 21-12-1999: 2013;(October):96.
9083-9100. 18. 18. Horton R. Non-communicable diseases: 2015
5. World Confederation for Physical Therapy. Policy to 2025. Lancet. 2013;381:509-510.
Statement: Description of physical therapy | 19. 19. Nations U, Assembly G. Political declaration
World Confederation for Physical Therapy. Lon- of the High-level Meeting of the General Assem-
don, UK WCPT. 2017. http://www.wcpt.org/ bly on the Prevention and Control of Non-com-
policy/ps-descriptionPT. municable Diseases. 2012. doi:http://www.who.
6. Helders PJM. Physical fitness and physiothera- int/nmh/events/un_ncd_summit2011/politi-
pists. Adv Physiother. 2004;6:145-146. cal_declaration_en.pdf.
7. Heinonen A, Sipilä S. Physical activity and health. 20. 20. Alliance TNCD, States M, Framework GNCD,
Adv Physiother. 2007;9:49-49. Framework GM, States NM, Plan GA. The Glo-
bal Action Plan for the Prevention and Control of
8. Green L, Kreuter M. Health Promotion Planning. NCDs 2013 – 2020. 2013.
2nd ed. Mountain View: Mayfield Publishers;
1991. 21. Therapy WC for P. Policy Statement on Nonco-
municable Diseases. 2017. http://www.wcpt.
9. Verhagen E, Engbers L. The physical therapist’s org/sites/wcpt.org/files/files/resources/poli-
role in physical activity promotion. Br J Sports cies/2017/PS_NCDs_FINAL.pdf.
Med. 2008;43:99-101.
22. WHPA. WHPA statement on non-communicable
10. World Confederation for Physical Therapy. Gui- diseases and social determinants of health. 2010.
delines on Exercise Experts - WCPT. 201.
23. Dean E, Dornelas de Andrade A, O’Donoghue G,
11. World Confederation for Physical Therapy. Policy et al. The Second Physical Therapy Summit on
statement: Physical therapists as exercise experts Global Health: developing an action plan to pro-
across the life span. 2011:1. mote health in daily practice and reduce the bur-
12. Taylor NF, Dodd KJ, Shields N, et al. Therapeutic den of non-communicable diseases. Physiother
exercise in physiotherapy practice is beneficial: Theory Pract. 2014;30:261-275.
a summary of systematic reviews 2002–2005. 24. E. D, G. U, A. DDA, A. S. The third physical the-
Aust J Physiother. 2007;53:7-16. rapy summit on global health: Health-based
13. Lowe A, Gee M, McLean S, et al. Physical activity competencies. Physiother (United Kingdom).
promotion in physiotherapy practice: a systema- 2015;101:eS13-eS14.
tic scoping review of a decade in literature. Br J 25. Taukobong NP, Myezwa H, Pengpid S, et al. The
Sport Med. 2016;0:1-7. degree to which physiotherapy literature includes
14. Rhodes RE, Fiala B. Building motivation and physical activity as a component of health promo-
sustainability into the prescription and recom- tion in practice and entry level education: a sco-
mendations for physical activity and exercise ping systematic review. Physiother Theory Pract.
therapy: The evidence. Physiother Theory Pract. 2014;30:12-19.
2009;25:424-441.
15. Frerichs W, Kaltenbacher E, van de Leur JP, et
al. Can physical therapists counsel patients with

83
View publication stats

Você também pode gostar