P l a nt e

d a d e
Fe l i c i
Solo Sagrado de Guarapiranga
 AGRICULTURA NATURAL
E O PROGRAMA HORTA
CASEIRA

Plante Felicidade é um folheto sobre

as atividades da Secretaria da Horta Ca-
seira, que tem como princípio expandir
a Coluna de Salvação da Agricultura
Natural. Contextualizando os ensina-
mentos de Meishu-Sama, desejamos
que todos possam participar e contribuir
para a expansão desses escritos, que nos
conduzem a sentir e vivenciar o amor de
Deus nos seres e objetos.
Solo Sagrado de Guarapiranga
 AGRICULTURA NATURAL E
O PROGRAMA HORTA CASEIRA
Por meio do cuidado e do cultivo do solo
e das plantas, aprendemos a respeito da
gratidão.
Esta prática permite a compreensão da
Verdade da Lei da Natureza, reestabele-
cendo a relação vital e sagrada entre a hu-
manidade e o meio ambiente e contribui
para o consumo de produtos com elevada
energia vital, fundamentais para preservar
e melhorar a saúde do ser humano.
“Originariamente, o ideal da fé é um con-
tínuo estado de tranquilidade em que o ser
humano vive com alegria e prazer. Então, ele
percebe que a beleza na Natureza expressa nas
flores, nas aves, na brisa, na lua, no canto dos
pássaros, nas águas e nas montanhas são dá-
divas de Deus para confortá-lo. Agradece pro-
fundamente por ser abençoado com alimentos,
vestuário e moradia. Sente proximidade não
apenas dos humanos, mas de todos os seres
vivos da fauna e da flora. É preciso chegar a
um estado de espírito em que, após o máximo
esforço em qualquer situação, a pessoa se en-
trega a Deus. Isso significa estar em estado
de graça.”
Meishu-Sama, Sabor da fé – Alic-
erce do Paraíso, vol. 4, p. 69, 6.ed. ─ 2019.
O solo, conforme o princípio da Agricul-
tura Natural preconizado por Meishu-Sa-
ma, é uma obra do Criador para o cultivo
de cereais e hortaliças, importantes para a
vida do ser humano, e sua natureza não
pode ser decifrada pela ciência.
Meishu-Sama, no ensinamento “As três
calamidades maiores e as três calamidades
menores”, afirma que as queixas e críticas,
como reclamações sobre o clima, ataques
verbais a outras pessoas, intrigas ou senti-
mentos e pensamentos (sonen) como insa-
tisfação, ódio, insulto, inveja, ira, mentira,
apego e outros nublam o mundo espiritual
e causam o aparecimento de pragas e doen-
ças na agricultura.
“Como já disse, as nuvens do Mundo Es-
piritual, ao mesmo tempo que influenciam
a saúde humana, afetam a vegetação e, em
especial, os produtos agrícolas, tornando-
-se a causa da má colheita e do alarmante
aparecimento de pragas na lavoura.”
Meishu-Sama, As três calamidades
maiores e as três calamidades menores ─
Alicerce do Paraíso, vol. 2, p. 139, 6.ed. –
2019.
Assim, para corrigir as catástrofes pro-
vocadas por elementos da Natureza e as
calamidades causadas por influência hu-
mana, incluindo as perdas na produção
agrícola, precisamos melhorar o ser hu-
mano em sua maneira de pensar e agir.
Sem uma significativa elevação espiritu-
al, não será possível praticar a Agricultu-
ra Natural ou construir o Paraíso.
Por conseguinte, receber Johrei, que
é a essência da Luz de Deus para criar
pessoas felizes; praticar a Agricultura
Natural e o Belo, promovendo o respei-
to à Natureza; corrigir as ações e o sonen
do ser humano, ligando este a Deus por
meio da beleza e da limpeza, constituem
formas de tornar o indivíduo apto a
construir o Paraíso Terrestre.
Aprendendo que é o solo que cultiva
o solo, passamos a cultivar as flores, que
estarão nos cômodos de nossa casa, para
que Deus se manifeste plenamente, pois
foram cultivadas com amor e gratidão.
A prática da horta caseira reestabelece
a relação vital e sagrada entre a huma-
nidade, o meio ambiente e Deus. De-
senvolve a fé no lar de seus praticantes,
que, por intermédio do estudo dos ensi-
namentos de Meishu-Sama e da obser-
vação da Natureza, constroem um lar
paradisíaco de Verdade, Bem e Belo.
Agricultura Natural
Mogi das Cruzes - SP
 O SOLO

Meishu-Sama afirma que o adubo

comprado e o produzido são artificiais
e inadequados para serem utilizados
na Agricultura Natural. Entendemos
como “adubo produzido” todo ma-
terial feito em casa com o objetivo de
adubar ou fornecer nutrientes ao solo
e à planta (estercos e resíduos de ali-
mentos ricos em nutrientes, farelos e
pó de rocha).
Conforme o Fundador orienta, o solo
é uma massa de “adubo” criada para
produzir cereais e vegetais para a ali-
mentação humana. Da mesma forma,
ele ensina que os compostos naturais,
de capins ou folhas, não possuem o
objetivo de adubar, e sim, de manter
a umidade e a temperatura do solo. É
a técnica que a Natureza nos ensinou
para obtermos um solo vivo e cheio de
energia para produzir alimentos com
energia vital.
Fazenda Boa Vista
Solo Sagrado de Guarapiranga
 A HORTA CASEIRA E O MEIO AMBIENTE

Se a Natureza é a manifestação de Deus, como vou receber, como vou utilizar

e como vou devolver à Natureza, ou seja, a Deus, tudo o que Ele permite chegar
à minha casa, sem sujar, poluir, contaminar e degradar a Natureza?

“O Paraíso é o mundo do Belo” − esta é estamos cuidando de nosso mundo e

uma afirmação de Meishu-Sama. Portan-
to, para se construir o Paraíso, são neces-
sárias práticas que conservem e promo-
vam um ambiente limpo e belo.
“Para finalizar, falaria sobre o belo, mas
por ser assunto do domínio de todos, dispenso
maiores comentários.
Como se pode observar claramente, a con-
dição fundamental para transformar este
mundo em paraíso está na concretização da
Verdade, do Bem e do Belo. Assim sendo, tan-
to a cura das doenças que realizamos como a
reforma dos métodos agrícolas são, evidente-
mente, artes. A primeira, conforme afirmei
anteriormente, é a Arte da Vida, e a segun-
da, a Arte da Agricultura. A construção do
protótipo do Paraíso Terrestre que estamos
realizando paralelamente a estas duas, é a
Arte do Belo. Com a junção das três, ou seja,
consubstanciada a trilogia Verdade-Bem-Be-
lo, construiremos o Mundo da Luz, que não é
senão a concretização do Paraíso Terrestre, do
Mundo de Miroku.”
Meishu-Sama, O Paraíso é o mundo da Arte
─ Alicerce do Paraíso, vol. 5, 6.ed., 2019.
No Solo Sagrado de Guarapiranga, já
praticamos ações que preservam a Na-
tureza, assumindo, portanto, a responsa-
bilidade pelo que fazemos ao nosso pla-
neta. Essas ações também nos remetem
ao Belo. Contudo, o sentimento real é a
gratidão a Deus e, quando a praticamos,
preparando-o para o mundo do belo, o
Paraíso Terrestre.
Com a horta caseira, aprendemos a
utilizar o resíduo orgânico produzido
durante o preparo das refeições, de-
volvendo-o ao solo como composto
(resíduo orgânico). Isto significa dar
um destino verdadeiro ao alimento
que Deus permitiu estar presente em
nosso lar.
Separando o resíduo orgânico do
papel e do plástico, estes serão apro-
veitados e reutilizados, não poluindo
nem destruindo a Natureza, conforme
ocorre nos lixões de nossas cidades.
Isso não seria para o messiânico mais
uma ação necessária ao desenvolvi-
mento e aprimoramento do sentimen-
to do Belo e do respeito à Natureza?
Por essa razão, acreditamos que é
nossa missão, como messiânicos rea-
lizar esta tarefa e que, primeiramente,
precisamos movimentar o Mundo Es-
piritual, pois depois o Mundo Material
se movimenta.
Dessa forma, quando expressamos
nossa gratidão a Deus simplesmente
pelo ato de separar o “lixo” e compos-
tamos o resíduo orgânico, com certeza
o Mundo Espiritual destinará, correta-
mente, esses materiais − papel e o plás-
tico −, separados com gratidão, para
que alguém possa utilizá-los, comple-
tando o ciclo.
Agricultura Natural
Solo Sagrado de Guarapiranga
 COMPOSTOS COM OS
RESÍDUOS ORGÂNICOS DA
REFEIÇÃO OU MINHOCÁRIO

Os resíduos orgânicos da refeição,

excluindo carnes e ossos, são devolvi-
dos ao solo para que este complete seu
ciclo, conforme consta no poema de
Meishu-Sama. Da mesma forma, po-
demos ter um minhocário, que fará o
processo de compostagem do material
orgânico.
Ambos processos são meios simples
que podem ser utilizados em nossas
residências: um necessita de atenção
e cuidado com as minhocas; o outro,
com a umidade colocada no material.
A utilização dos materiais no preparo
do solo precisa seguir alguns critérios
para não se caracterizar como aduba-
ção e tornar-se artificial. Uma vez que
são ricos em nutrientes devido à con-
centração dos materiais orgânicos na
decomposição, caso sejam colocados
em grande quantidade no solo-base a
ser preparado, poderão gerar doenças e
atrair pragas durante o desenvolvimen-
to das plantas. Logo, para utilizá-los,
precisamos diluí-los no solo-base em
uma concentração pequena, de 50 mL
por litro, aproximadamente.
O melhor será misturar 300 mL por
litro, em folhas e capins, para acelerar
a decomposição destes, deixando des-
cansar de 20 a 30 dias e, depois, prepa-
rar o solo-base.
Fazenda Boa Vista
Solo Sagrado de Guarapiranga
COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS
ORGÂNICOS DE COMIDAS
A compostagem com resíduos orgâ-
nicos promove o cuidado para com a
Natureza. É aqui que realmente nossa
gratidão se manifesta a Deus, a quem
reconhecemos como o Criador de todas
as coisas:
É preciso um balde ou uma caixa sem
furos, em que possam caber os resíduos
orgânicos produzidos por sua família
em um mês;
Os resíduos precisam ser picados;
Na vasilha escolhida, colocar uma ca-
mada de terra levemente úmida de 4 cm.
Depois, espalhar os resíduos picados do
dia por cima, não ultrapassando 3 cm.
Colocar outra camada de terra de 3 cm,
fazendo um “sanduíche”;
Repetir o processo todos os dias até
encher o vasilhame;
A última camada deverá ser de 4 cm
de terra. Depois, é só fechar com a tampa.
Deixar descansar durante três meses,
caso sejam colocados materiais fibrosos
como cascas de mandioca e inhame;
Depois de pronto, utilizar o compos-
to novamente em outra compostagem,
dispondo as camadas com o resíduo or-
gânico. Dessa forma, não precisaremos
de solos novos para manter o sistema de
compostagem do resíduo de alimento.
Ou, por outro lado, podemos utilizar
o composto de resíduos da refeição,
misturando-o com capins e folhas secas,
diluindo os nutrientes e acelerando a de-
composição conforme explicado, prepa-
rando o solo para plantio.
OBS.: o material orgânico para a com-
postagem dos resíduos das refeições são
os vegetais, legumes e cereais, e não os
resíduos animais.
Fazenda Boa Vista
Solo Sagrado de Guarapiranga
 PREPARO DO SOLO PARA
SEMEADURA E PLANTIO
O solo deve conter uma quantidade e
qualidade de material orgânico adequa-
das para um bom desenvolvimento da
planta. Pode ser preparado por você mes-
mo, ser coletado debaixo de árvores ou
adquirido em lojas especializadas confiá-
veis. (Obs.: terra vegetal não é solo, mas
casca de árvore compostada e inerte).
O solo pode ser preparado, usando-se
restos vegetais como gramas, capim, fo-
lhas de árvores bem picadas.
SUBSTRATO PARA MUDAS
Materiais para preparo:
40% de terra e 60% material orgânico
semicompostado (folhas secas e capins
triturados);
Umedecer o material já misturado e
misturar bem;
Aguardar de 15 a 20 dias e deixar
descansando para haver a atividade
biológica;
Peneirar e semear
Fazenda Boa Vista
Solo Sagrado de Guarapiranga
 SUBSTRATO PARA VASOS
Materiais para preparo:
50% de terra e 40% material orgânico
(folhas secas e/ou capins picados);
Podemos utilizar 10% do material da
composteira (minhocário e resíduo or-
gânico), misturado ao material orgânico;
Umedecer o material já misturado e
incorporar bem;
Aguardar de 15 a 20 dias e deixar
descansando para haver a atividade
biológica.
PREPARO DOS CANTEIROS
Antes do preparo do solo, é preciso
demarcar a área. É recomendado que os
canteiros tenham de 1 m a 1,20 m de lar-
gura, e os corredores entre os canteiros,
cerca de 30 cm de largura;
É importante revolver o solo a 20 cm
de profundidade, misturando material
orgânico disponível e deixá-lo com 20
cm de altura;
Irrigar sempre que necessário para man-
ter a umidade e deixar fermentando por
duas semanas antes de iniciar o plantio;
Depois disso, o solo estará pronto.
Pode-se utilizar o material da com-
posteira como cobertura do solo, com a
cobertura vegetal seca (100 gramas por
metro quadrado).
Vivência de horta
Sede
 VIVÊNCIA DA HORTA CASEIRA − REFLEXÃO
POEMAS DE MEISHU-SAMA
“Quando apanho uma folha seca caída no
chão,
Sinto nela a indiscutível Lei do Ciclo da
Vida.”
1931
“Pés de arroz frutificam fartamente nas
espigas curvadas
Acumulando o suor de muitos dias dos
agricultores.”
1937
“Empunhando a enxada, o suor banha
suavemente a pele;
Que delícia a brisa que passa por entre as
verdes folhas.”
1938
Sinta o solo! Sinta a essência de Deus presen-
te no solo, que abriga os seres de Sua criação.
Imagine a energia da Luz de Deus fluindo
por suas mãos até encontrar sua essência Di-
vina.
“Originariamente, o ideal da fé é um con-
tínuo estado de tranquilidade em que o ser
humano vive com alegria e prazer. Então, ele
percebe que a beleza na Natureza expressa
nas flores, nas aves, na brisa, na lua, no canto
dos pássaros, nas águas e nas montanhas são
dádivas de Deus para confortá-lo. Agradeça
profundamente por ser abençoado (a) com ali-
mentos, vestuário e moradia. Sinta-se próxi-
mo (a) não apenas das pessoas, mas dos seres
vivos da fauna e da flora. É preciso chegar a
um estado de espírito em que, após o máximo
esforço em qualquer situação, a pessoa se en-
trega a Deus. Isso significa estar em estado
de graça.”
Meishu-Sama
Neste momento, você está em comu-
nhão com a Natureza, em comunhão
com Deus.
Sinta-se ligado (a) a todos os seres
da Criação, a tudo que esteja ao seu
redor, a todas as pessoas. Sinta, princi-
palmente, a ligação com seus antepas-
sados, que estão aqui com você.
Então, podemos agradecer a Deus:
Obrigado/a, meu Deus, pelo meu
pai, pela minha mãe, avô, avó, tio, tia,
irmão, irmã, esposa/esposo, amigo
ou amiga que, um dia, me pegou pela
mão e me levou para conhecer a praia,
a cachoeira, a horta, o nascer do sol, a
montanha, e me apresentou a Deus.
Obrigado(a), meu Deus, por essa
pessoa existir em minha vida.
Obrigado/a pelos meus antepassa-
dos agricultores, professores, empre-
sários, que construíram este mundo e
estão aqui, hoje, comigo.
Por favor, conceda-me a permissão
de estar no lar de meus amigos, de
minha família e, alicerçados nos ensi-
namentos e nas atitudes de Meishu-Sa-
ma, edificar uma fé sólida e altruísta.
E, com o Johrei, a Agricultura Na-
tural e o Belo, construir o Paraíso em
nosso lar e em nossa sociedade.
Quero agradecer aos agricultores,
que estão produzindo nossos alimen-
tos, mesmo sem saber que estão servin-
do a Deus. Peço permissão para des-
pertá-los para servirmos a Deus por
meio do Servir dedicado à salvação da
humanidade e à construção do Paraíso
Terrestre, que é a nossa missão.
Obrigado.
Solo Sagrado de Guarapiranga
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SECRETARIA DA HORTA CASEIRA