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Colégio Rainha D.

Leonor
Curso Profissional Técnico de Comunicação, Marketing, Relações
Públicas e Publicidade | 3º ano
Triénio 2020 – 2023
12º ano | Turma D | Ano letivo 2022–2023

A Arquitetura do Ferro e do Vidro


e a Arte Nova

Trabalho realizado por: Joana Cavaleiro


Christian Lisboa
Disciplina: História da Cultura e das Artes
Professora: Joana Queimadela

Caldas da Rainha
Outubro de 2022
Índice

1. Introdução....................................................................................3
2. Contextualização.........................................................................4
3. Arte Nova e Arquitetura Ferro e Vidro.......................................5
3.1. Características...............................................................5
4. Arte Nova em Portugal................................................................7
5. Conclusão....................................................................................8
6. Web Grafia....................................................................................9
1. Introdução
Trabalho sobre a Arquitetura do Ferro e do Vidro e a Arte Nova, realizado no
contexto da disciplina de História e Cultura das Artes, solicitado por Joana Queimadela.
O trabalho contém uma pequena contextualização do tempo histórico em questão,
nomeadamente, do século XIX, durante a Revolução Industrial. Contém também um
resumo do que era a Arte Nova e o porque de ter sido criada, e a apresentação das
suas características com recurso a elementos gráficos. Tal como, a suma, do que foi
este estilo em Portugal.
2. Contextualização
A Revolução Industrial foi um período de grande desenvolvimento tecnológico,
causando grandes transformações na sociedade. Tudo começou na primeira metade
do século XIX, onde assistimos ao crescimento de centros urbanos um pouco por
toda a Europa.
Com o desenvolvimento destes grandes centros urbanos, verificamos um grande
êxodo rural, ou seja, a saída do homem do campo para a cidade. Estas cidades que
inicialmente receberam os trabalhadores, alojando-os para que trabalhassem nas
suas fábricas, começam a enfrentar dificuldades. Já que muitas delas não estavam
preparadas para receber tantas pessoas, o que levou à falta de moradia, levando
muitos trabalhadores a abandonar as cidades.
Esta volta para o campo, trouxe por sua vez grandes consequências para a economia
das cidades. Nomeadamente a superprodução de muitas das fábricas, ou seja, uma
baixa necessidade de consumo que não sustentava a elevada produção. Levando a
uma grande desinflação e um elevado número de despedimentos.
Como constatamos, a primeira metade do século XIX, foi marcada por grandes
instabilidades e agitações. Todavia, a segunda, destacou-se pelo desenvolvimento
a nível tecnológico. Desenvolvimento este devido á Revolução dos Transportes,
que criou uma nova realidade para o transporte de mercadorias, pessoas e
informação.
É justamente nesta nova realidade de informação, que se criam dois grupos distintos
perante a revolução. Os Romantistas que desprezam qualquer tipo de tecnologia,
defendendo a liberdade individual de encontrar felicidade na natureza. E os
Modernistas que defendem o progresso e a modernidade, propagando as novas
técnicas e materiais, como o ferro e vidro.
3. Arte Nova e Arquitetura Ferro e Vidro
A Arte Nova surgiu com o objetivo de readaptar a arte á industrialização de toda
uma sociedade evoluída. Foi criado portanto um novo entendimento de arte, que
não se limitava ao conceito académico de pintura, escultura e arquitetura.
Abrangendo então todas as áreas artísticas. Algumas das suas peças incluíam, por
exemplo, todo o tipo de peças decorativas, móveis, tecidos, joias e acessórios.
Neste novo tipo de arte assistimos, á rejeição de estilos históricistas, mas á introdução
de novas técnicas e materiais industriais, como o ferro e o vidro. Estes materiais
estão principalmente presentes na arquitetura, que é marcada como o primeiro
estilo arquitetónico realmente inovador do século XIX.

3.1 Características
Na Arte Nova existia uma constante repetição temática da natureza, com inúmeras
formas parecidas a folhas ou flores, maioritariamente utilizadas em peças
decorativas e de interiores. Estas temáticas eram representadas em peças de ferro e
vidro, diferenciando se assim de estilos de arte anteriores.

Exemplo de elementos florais em peças de vidro

As formas eram assimétricas, fortemente curvas e apresentavam grande


sinuosidade, com linhas ondulantes que transmitiam uma sensação mais orgânica
de movimento.

Exemplo de formas assimétricas e onduladas em diferentes tipos de arte


A nível arquitetónico, a nova arquitetura de ferro e vidro veio trazer uma nova
estética, principalmente, a nível estrutural, aproveitando e valorizando as estruturas
construtivas. E trazendo estruturas iluminadas.

Exemplo de estrutura construtiva aproveitada

Uma vez que esta arte de baseia muito na decoração ornamental, um dos seus
elementos mais importantes é justamente a harmonia entre o exterior e o interior da
construção. Para obter essa harmonia eram usados vários elementos que remetessem
a ilusão de ótica, como espelhos, vitrais e mosaicos.

Exemplos de vitrais, mosaicos para harmonização da construção

Eram muitas vezes utilizados materiais baratos e métodos de produção em massa,


de modo a obter uma obra mais barata e mais rápida. Entre estes materiais estão
vidro, ferro, tijolo, aço e betão, todos materiais da revolução industrial.
Apesar de esta época ser em geral uma grande mistura de estilos passados, a Arte
Nova tirou inspiração especialmente do Gótico e do Rococó, algo não muito
surpreendente quando analisa-se os pontos anteriores.
4. Arte Nova em Portugal
A Arte Nova foi um estilo que chegou muito tarde a Portugal e que não permaneceu
por muito tempo. O seu início no país data aproximadamente 1905, e foi reproduzida
por pouco mais de uma década.
A arquitetura não possuía uma volumetria única ou traços estruturais próprios, a sua
composição era realizada maioritariamente em cimento, e possuía apenas detalhes
em ferro e vidro. Ao contrario de composições estrangeiras com estruturas em ferro.
O destaque das obras Portuguesas não estava na estrutura, mas na ornamentação.
Nestas obras estavam presentes decorações minuciosas, cheias de um estilo
próprio concedido por artesãos especializados, e uma popularização impressionante
de azulejos muito bem trabalhados.

Exemplo de azulejos portugueses na arquitetura

A pintura, no entanto, teve pouco a nenhum destaque, fazendo algumas aparições


esporádicas na ornamentação da arquitetura. Um destaque, porém, é a
proeminência intrigante da cerâmica, já parcialmente representada pelos, já citados,
azulejos.
Esta manifestou se em peças domésticas como pratos, terrinas e travessas em
formas criativas como repolhos, abóboras e peixes. Tendo o seu maior destaque
nas Caldas da Rainha, com nomes de muito respeito como Rafael Bordalo Pinheiro.

Exemplo de cerâmicas de Rafael Bordalo Pinheiro


5. Conclusão
Todos os objetivos propostos inicialmente, foram concluídos. Concluímos assim que
foi um trabalho interessante de realizar, pois podemos analisar mais
aprofundadamente um estilo arte que começou, a mudança, da visão da sociedade,
para o que é considerado arte. Para além de ser o estilo, que estudamos, mais
próximo da arte atual.
6. Web Grafia
https://pt.slideshare.net/AndreaDressler/art-nouveau-arte-nova-102787428
https://prezi.com/p/kwpa3ngpbutn/art-nouveau/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_Nova_em_Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Art_nouveau
https://citaliarestauro.com/o-que-foi-a-arte-nova/

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