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CONCRETO

PROTENDIDO
E PONTES

AULA 9 – PONTES:
GENERALIDADES

JUAREZ DE QUADROS
BARBOSA JÚNIOR
TURMA 2022.2

Fonte: Notas de aulas do Prof. Ribamar Filho


PONTES - GENERALIDADES

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PONTES - GENERALIDADES

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PONTES - GENERALIDADES

Ponte é uma construção, mais precisamente uma OAE (Obra de Arte Especial), executada com a finalidade de
transpor um obstáculo, garantindo a passagem de pessoas, veículos, animais, etc. Quando o obstáculo a ser
vencido não tem água, a ponte recebe o nome de viaduto.

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PONTES - GENERALIDADES

Viaduto é uma obra d’arte destinada a transpor


um obstáculo (vale, depressão, etc.) e dar
continuidade a uma via.

Elevado é uma via urbana, para tráfego rodoviário


ou ferroviário, em nível superior ao do solo. Esse
nome técnico, que circulou mais amplamente no
momento de difusão do discurso progressista que
enaltecia as grandes obras de transporte, é pouco
utilizado hoje em dia no cotidiano, sendo que a
palavra “viaduto” muitas vezes é utilizada como
seu sinônimo, sendo que o elevado pode ser
considerado um viaduto mais extenso e que se
caracteriza por ser uma “via expressa”, um
caminho que conduz o trânsito sem interrupções

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PONTES - GENERALIDADES
CLASSIFICAÇÃO
A classificação que se segue é meramente intrínseca e pode, em alguns casos, mudar de acordo com as considerações do
engenheiro projetista. Existe uma série de classificações de pontes, que varia segundo o tipo de material utilizado,
comprimento, seção transversal, natureza do tráfego, entre outros.

• QUANTO AO VÃO
a) Bueiro: L ≤ 2,50 m;
b) Pontilhão: 2,50 m ≤ L ≤ 10,00 m;
c) Ponte: L > 10,00 m.
c.1) pequenos vãos – ate 30m
c.2) médios vãos – 30m a 60m
c.3) grandes vãos – acima de 60m

• QUANTO À NATUREZA DO TRÁFEGO


a) Rodoviária (veículos);
b) Ferroviária (trem);
c) Passarela (pedestre);
d) Canal (águas pluviais);
e) Aeroviária (aeronaves);
f) Utilitária (água, esgoto, gás, óleo, etc);
g) Mista (tráfego misto). © 2020 Laureate International Universities® | Confidencial e Proprietário
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BUEIRO PONTILHÃO

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• QUANTO AO PERÍODO DE UTILIZAÇÃO
a) Provisória – normalmente em madeira ou metálica e pode ser fixa ou móvel;
b) Permanente – pode ser em madeira, metálica, alvenaria de pedra, concreto armado, concreto protendido ou mista e
tem a durabilidade de acordo com o material.

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• QUANTO AO MATERIAL USADO → Fatores a serem observados na escolha do material
a) Alvenaria de pedra (povos antigos); a) Local (estética);
b) Madeira (povos interioranos); b) Custo da obra x Custo de manutenção;
c) Concreto armado (vão de até 30,00 m); c) Disponibilidade de material no mercado;
d) Concreto protendido (vão superior a 30,00 m); d) Infraestrutura;
e) Metálica (grandes vãos) e) Mão de obra especializada.

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• QUANTO À FUNÇÃO ESTRUTURAL


Quanto ao sistema estrutural, as pontes podem se apresentar como sendo isostáticas ou hiperestáticas, normalmente
constituídas por vigas principais, secundárias, lajes e pilares com articulação no topo dos mesmos.

Em alguns casos, as vigas são ligadas aos pilares (sem aparelho de apoio) e, neste caso, o conjunto deve ser analisado como
um pórtico.

a) Ponte em viga: é o tipo mais simples de ponte,


formada por uma viga horizontal suportada por
pilares em ambas as extremidades. Um exemplo é a
ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói)

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b) Ponte em arco: nessa ponte a carga é transmitida ao longo da curvatura do arco até os suportes. Este tipo pode ser
construído com materiais dos mais tradicionais aos mais modernos. Lembrando que o tabuleiro da ponte pode se
situar na porção superior, inferior ou até intermediária do arco. A ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu a Ciudad
del Este, no Paraguai, é um ótimo exemplo de ponte em arco com tabuleiro superior.

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c) Ponte treliçada: ponte feita com estrutura


de treliça.

Seu uso é tão comum que pode ser vista


associada a outros tipos de pontes,
constituindo um tipo de estrutura mesclada,
como as pontes em arco com treliças.

Numa ponte treliçada, as estruturas de


sustentação são triângulos, conhecidos por
garantir estabilidade ao conjunto.

Os materiais mais utilizados são madeira ou


metal.

Um exemplo típico é a ponte Jacques


Cartier, em Montreal, no Canadá.

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c) Ponte treliçada: Atualmente há uma reinterpretação das estruturas tradicionais em treliças, o que tem levado à criação
de pontes de estilos inovadores, fugindo do formato triangular padrão. Um bom exemplo é a ponte Hans-Wilsdorf, no
centro de Genebra, na Suíça.

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d) Ponte estaiada: tipo de ponte conhecido por possuir mastros


de onde partem cabos responsáveis por sustentar os tabuleiros
da ponte.

É atualmente uma das opções mais comuns quando o objetivo


é vencer grandes vãos.

Quando os cabos partem quase paralelos uns aos outros, ao


longo do mastro, fala-se em ponte estaiada tipo harpa; já
quando os cabos de sustentação partem do topo do mastro,
fala-se em ponte tipo leque.

Um exemplo clássico de ponte estaiada tipo harpa é o viaduto


de Millau, na França. Outro exemplo de ponte estaiada é a
ponte Newton Navarro em Natal, Brasil.

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PONTES - GENERALIDADES

• Ponte pênsil ou ponte suspensa: é suportada por um


sistema de cabos e mastros. Os cabos principais vão de um
mastro a outro formando uma "parábola" (mais
precisamente uma catenária).

Ao longo dos cabos principais partem cabos de sustentação


verticais que sustentam a plataforma.

As primeiras pontes suspensas eram construídas em selvas e


florestas, feitas com vinhas e trepadeiras (muito comuns em
filmes de aventura, estilo Indiana Jones).

A Golden Gate Bridge, ou ponte de São Francisco, nos


Estados Unidos, é o mais famoso exemplo desse tipo de
ponte.

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DIFERENÇA ENTRE PONTE SUSPENSA E PONTE


ESTAIADA:
a) Ponte Suspensa
• Suportado pela estrutura;
• Resistir apenas à flexão e torção causados
por carregamentos e forças aerodinâmicas;
• Construção não começa até que os cabos
estejam completos e todas as partes da
estrutura estejam conectadas.
b) Ponte Estaiada
• Em compressão, sendo puxado em direção
às torres;
• Construção realizada em fases a partir de
cada torre.

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• Ponte em balanços sucessivos ou cantiléver: nesse tipo de ponte as vigas são apoiadas em apenas um pilar (viga em
balanço). Mais especificamente, uma ponte cantiléver utiliza duas vigas projetadas horizontalmente que são suportadas
em suas extremidades por pilares. As treliças agem suportando o contrapeso do vão. A ponte cantiléver mais conhecida é
a ponte Quebec, no Canadá.

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• QUANTO À POSIÇÃO DO ESTRADO


Outro sistema estrutural muito empregado nas décadas passadas, com o objetivo de vencer grandes vãos, foram as pontes
em arco. Hoje, notadamente, as pontes em arco voltaram a ser usadas, porém com o material aço e, com este material, a
posição do estrado também pode variar.
a) Superior (fig.1.1.1);
b) Intermediário (fig. 1.1.2);
c) Inferior (fig. 1.1.3).

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• QUANTO AO DESENVOLVIMENTO PLANIMÉTRICO
Dependendo do ângulo da linha de fechamento do contorno, elas podem ser:
a) Retas:
• Ortogonal (quando este ângulo é de 90°))
• Esconsas (quando este ângulo é diferente de 90°). )
b) Curva (apresentam seu eixo curvo em planta)

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• QUANTO À ALTIMETRIA

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• QUANTO À ESTATICIDADE
a) Fixas (casos vistos anteriormente);
b) Móveis;
b.1) Levadiça (forte da Ponta da Bandeira, Portugal)
b.2) Corrediça (Ponte Jacques Chaban-Delmas, França)
b.3) Basculante (Ponte da Torre de Londres)
b.4) Giratória (Recife Antigo)

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PONTES – ELEMENTOS CONSTITUINTES

As pontes em sua maioria, sob o ponto de vista funcional, podem ser divididas em três partes principais: infraestrutura,
mesoestrutura e superestrutura.

A infraestrutura ou fundação é a parte da ponte por meio da qual são transmitidos ao terreno de implantação da obra,
rocha ou solo, os esforços recebidos da mesoestrutura. Constituem a infraestrutura os blocos, as sapatas, as estacas e os
tubulões etc., assim como as peças de ligação de seus diversos elementos entre si, e destes com a mesoestrutura como, por
exemplo, os blocos de cabeça de estacas e vigas de enrijecimento desses blocos

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PONTES – ELEMENTOS CONSTITUINTES

A mesoestrutura, constituída pelos pilares, é o elemento que recebe os esforços da superestrutura e os transmite à
infraestrutura, em conjunto com os esforços recebidos diretamente de outras forças solicitantes da ponte, tais como
pressões do vento e da água em movimento.

A superestrutura, composta geralmente de lajes e vigas principais e secundárias, é o elemento de suporte imediato do
estrado, que constitui a parte útil da obra, sob o ponto de vista de sua finalidade

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PONTES – ELEMENTOS CONSTITUINTES

Há obras complementares, elementos acessórios que não se enquadram na classificação anterior, mas que contribuem para
integrar a ponte como um todo. Entre eles podem ser citados:

• Encontros: são elementos de transição entre a estrutura da ponte e o terrapleno, e têm a dupla função, de suporte da
ponte, e de proteção do aterro contra a erosão. Devem ser, portanto dimensionados para resistir às reações verticais e
horizontais da superestrutura, e também ao empuxo do aterro. São muito utilizados quando há o perigo de destruição da
saia do aterro em virtude da erosão provocada pelas cheias.

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• Placas de transição ou laje de transição: tem por função acompanhar o assentamento do terreno quando este for muito
recalcável. A declividade da placa não pode ultrapassar a 1:200. Uma extremidade da placa apoia-se num console curto
linear ao longo da transversina extrema ou cortina e a outra extremidade apoia-se no terrapleno.

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PONTES - GENERALIDADES

• Comprimento da ponte (também denominado de vão total) - distância, medida horizontalmente segundo o eixo
longitudinal, entre as seções extremas da ponte;
• Vão (também denominado de vão teórico e de tramo) - distância, medida horizontalmente, entre os eixos de dois
suportes consecutivos;
• Vão livre - distância entre as faces de dois suportes consecutivos;
• Altura de construção - distância entre o ponto mais baixo e o mais alto da superestrutura;
• Altura livre - distância entre o ponto mais baixo da superestrutura e o ponto mais alto do obstáculo.

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ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO
O projeto de uma ponte inicia-se, naturalmente, pelo conhecimento de sua finalidade, da qual decorrem os elementos
geométricos definidores do estrado, como, por exemplo, a seção transversal e o carregamento a partir do qual será
realizado o dimensionamento da estrutura.

Além dessas informações, a execução do projeto de uma ponte exige, ainda, levantamentos topográficos, hidrológicos e
geotécnicos. Outras informações acessórias, tais como processo construtivo, capacidade técnica das empresas responsáveis
pela execução e aspectos econômicos podem influir na escolha do tipo de obra.

ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
Os elementos geométricos aos quais o projeto de uma ponte deve atender derivam das características da via e de seu
próprio estrado. Os elementos geométricos das vias dependem de condições técnicas especificadas pelos órgãos públicos
responsáveis pela construção e manutenção dessas vias. No caso das rodovias federais, o DNIT estabelece as condições
técnicas para o projeto geométrico das estradas e das pontes enquanto que no estado as rodovias estão sob a
responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do estado. Segundo o DNIT, as estradas federais são divididas
em:
• Classe I
• Classe II
• Classe III
• Classe IV

As velocidades diretrizes, utilizadas para a determinação das características do projeto de uma estrada, são definidas em
função da classe da rodovia e do relevo da região.
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PONTES - GENERALIDADES

O desenvolvimento planimétrico e altimétrico de uma ponte é, na maior parte dos casos, definido pelo projeto da estrada.
Isso é verdade principalmente quando os cursos de água a serem transpostos são pequenos.

No caso de grandes rios, o projeto da estrada deve ser elaborado já levando em consideração a melhor localização da ponte.
Dessa forma, deve-se procurar cruzar o eixo dos cursos de águas segundo um ângulo reto com o eixo da rodovia. Além disso,
deve-se procurar cruzar na seção mais estreita do rio de forma a minimizar o comprimento da ponte.

Para as rodovias federais, os raios mínimos de curvatura horizontal são fixados com a finalidade de limitar a força centrífuga
que atuará no veículo viajando com a velocidade diretriz

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PONTES - GENERALIDADES

As rampas máximas admissíveis, até a altitude de 1000 metros acima do nível do mar.

Esses valores poderão ser acrescidos de 1% para extensões até 900 metros em regiões planas, 300 metros em regiões
onduladas e 150 metros em regiões montanhosas, e deverão ser reduzidas de 0,5% para altitudes superiores a 1000
metros. 46 No caso corrente de estradas com pista simples e duas faixas de tráfego, as normas do DNIT adotam as
seguintes larguras da faixa de rolamento em regiões planas (Brasil, 1996):
• Classes I e II: 3,6 m
• Classe III: 3,5 m
• Classe IV: 3,0 m

Nas estradas com duas pistas independentes, com duas faixas de tráfego cada uma, a largura da faixa de rolamento
utilizada em região plana é de 3,6 m. Os acostamentos têm largura mínima variável conforme a classe da estrada e a região
atravessada. Nas estradas de classe I, em região plana, adotam-se acostamentos de 3,0 m de largura, o que resulta em 13,2
m de largura total do terrapleno, com a soma de 3+7,2+3.
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ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS PONTES

• Largura das pontes rodoviárias


As pontes rodoviárias podem ser divididas, quanto à localização, em urbanas e rurais. As pontes urbanas possuem faixas de
rolamento com largura igual à da via e passeios com largura igual a das calçadas. As pontes rurais são constituídas com
finalidade de escoar o tráfego nas rodovias e possuem faixas de rolamento e acostamentos

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PONTES - GENERALIDADES

• Gabarito das pontes


Denomina-se gabarito o conjunto de espaços livres que deve apresentar o projeto de uma ponte de modo a permitir o
escoamento do fluxo. A largura das pontes indicadas é um exemplo de gabarito das pistas de pontes de modo a permitir o
fluxo de veículos sobre elas.

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• Elementos topográficos

O levantamento topográfico, necessário ao estudo de implantação de uma ponte, deve constar dos seguintes elementos:

⁻ Planta, em escala de 1:1.000 ou 1:2.000; perfil em escala horizontal de 1:1.000 ou 1:2.000 e escala vertical de 1:100 ou
1:200 do trecho da rodovia em que ocorrerá a implantação da obra em uma extensão tal que ultrapasse seus extremos
prováveis em, pelo menos, 1.000 metros para cada lado;

⁻ Planta do terreno no qual será implantada a ponte, em uma extensão tal que exceda de 50 metros, em cada
extremidade, seu comprimento provável e largura de 30 m, desenhada na escala de 1:100 ou 1:200, com curvas de nível
de metro em metro, contendo a posição do eixo locado e a indicação de sua esconsidade.

⁻ Perfil ao longo do eixo locado na escala de 1:100 ou 1:200 e numa extensão tal que exceda de 50 metros, em cada
extremidade, o comprimento provável da obra.

⁻ Quando se tratar de transposição de curso d’água, seção do rio segundo o eixo locado, na escala 1:100 ou 1:200, com as
cotas de fundo do rio em pontos distanciados cerca de 5 metros.

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PONTES - GENERALIDADES

• Elementos hidrogeológicos

Os elementos hidrológicos recomendados para um projeto conveniente de uma ponte são os seguintes:
⁻ Cotas de máxima cheia e estiagem observadas com indicação das épocas, frequência e período dessas ocorrências.

⁻ Dimensões e medidas físicas suficientes para a solução dos problemas de vazão do curso d’água sob a ponte e erosão do
leito.

⁻ Notícias acerca de mobilidade do leito do curso d’água e, acaso existente, com indicação da tendência ou do ciclo e
amplitude da divagação; álveos secundários, periódicos ou abandonados, zonas de aluviões, bem como de avulsões e
erosões, cíclicos ou constantes; notícias sobre a descarga sólida do curso d’água e sua natureza, no local da obra, e sobre
material flutuante eventualmente transportado.

⁻ Se a região for de baixada ou influenciada por marés, a indicação dos níveis máximo e mínimo das águas, velocidades
máximas de fluxo e de refluxo, na superfície, na seção em estudo.

⁻ Informações sobre obras de arte existentes na bacia, com indicações de comprimento, vazão, tipo de fundação, etc.

⁻ Notícia sobre serviços de regularização, dragagem, retificações ou proteção das margens

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PONTES - GENERALIDADES
• Elementos geotécnicos

Os elementos geotécnicos necessários à elaboração do projeto de


uma ponte são:

⁻ Relatório de prospecção de geologia aplicada no local de provável


implantação da obra, considerando seu esboço estrutural, e
realçando peculiaridades geológicas porventura existentes.

⁻ Relatório de sondagem de reconhecimento do subsolo


compreendendo os seguintes elementos:
⁻ Planta de locação das sondagens, referida ao eixo da via;
⁻ Descrição do equipamento empregado: peso, altura, etc.;
⁻ Perfis em separado de todas as sondagens, nos quais se
indiquem a natureza e a espessura das diversas camadas
atravessadas, suas profundidades em relação a uma
referência de nível, índices de resistência à penetração e
nível d’água, inicial e vinte e quatro horas após a conclusão
da sondagem. A referência de nível da sondagem deve
relacionar a cota da boca do furo à referência de nível da
obra;
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• Informações de interesse construtivo ou econômico


Algumas informações acerca do processo construtivo que podem influenciar no projeto de uma ponte:
⁻ Condições de acesso ao local da obra;
⁻ Procedência dos materiais de construção, custo e confiabilidade do transporte;
⁻ Épocas favoráveis para a execução de serviços, considerando os períodos chuvosos e o regime do rio;
⁻ Possível interferência de serviços de terraplenagem ou desmonte de rocha nas proximidades da obra;
⁻ Condições de obtenção de água potável

• Existência de elementos agressivos


Informações de caráter tecnológico especial podem ser de grande interesse para o projeto ou a construção de uma ponte,
quando constatada sua ocorrência:
⁻ Agressividade da água, referida ao pH ou ao teor de substância agressivas aos materiais de construção (água do mar ou
acentuadamente salobra, águas sulfatadas ou sulfídricas);
⁻ Materiais de ação destrutiva sobre o concreto;
⁻ Gases tóxicos de terrenos pantanosos, possíveis em cavas de fundação

• Elementos normativos
⁻ NBR 7187 – Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido (ABNT, 2003);
⁻ NBR 7188 – Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre (ABNT, 2013);
⁻ NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto armado e protendido (ABNT, 2014)
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