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PROTENDIDO
E PONTES
AULA 9 – PONTES:
GENERALIDADES
JUAREZ DE QUADROS
BARBOSA JÚNIOR
TURMA 2022.2
Ponte é uma construção, mais precisamente uma OAE (Obra de Arte Especial), executada com a finalidade de
transpor um obstáculo, garantindo a passagem de pessoas, veículos, animais, etc. Quando o obstáculo a ser
vencido não tem água, a ponte recebe o nome de viaduto.
• QUANTO AO VÃO
a) Bueiro: L ≤ 2,50 m;
b) Pontilhão: 2,50 m ≤ L ≤ 10,00 m;
c) Ponte: L > 10,00 m.
c.1) pequenos vãos – ate 30m
c.2) médios vãos – 30m a 60m
c.3) grandes vãos – acima de 60m
BUEIRO PONTILHÃO
Em alguns casos, as vigas são ligadas aos pilares (sem aparelho de apoio) e, neste caso, o conjunto deve ser analisado como
um pórtico.
b) Ponte em arco: nessa ponte a carga é transmitida ao longo da curvatura do arco até os suportes. Este tipo pode ser
construído com materiais dos mais tradicionais aos mais modernos. Lembrando que o tabuleiro da ponte pode se
situar na porção superior, inferior ou até intermediária do arco. A ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu a Ciudad
del Este, no Paraguai, é um ótimo exemplo de ponte em arco com tabuleiro superior.
c) Ponte treliçada: Atualmente há uma reinterpretação das estruturas tradicionais em treliças, o que tem levado à criação
de pontes de estilos inovadores, fugindo do formato triangular padrão. Um bom exemplo é a ponte Hans-Wilsdorf, no
centro de Genebra, na Suíça.
• Ponte em balanços sucessivos ou cantiléver: nesse tipo de ponte as vigas são apoiadas em apenas um pilar (viga em
balanço). Mais especificamente, uma ponte cantiléver utiliza duas vigas projetadas horizontalmente que são suportadas
em suas extremidades por pilares. As treliças agem suportando o contrapeso do vão. A ponte cantiléver mais conhecida é
a ponte Quebec, no Canadá.
• QUANTO À ALTIMETRIA
As pontes em sua maioria, sob o ponto de vista funcional, podem ser divididas em três partes principais: infraestrutura,
mesoestrutura e superestrutura.
A infraestrutura ou fundação é a parte da ponte por meio da qual são transmitidos ao terreno de implantação da obra,
rocha ou solo, os esforços recebidos da mesoestrutura. Constituem a infraestrutura os blocos, as sapatas, as estacas e os
tubulões etc., assim como as peças de ligação de seus diversos elementos entre si, e destes com a mesoestrutura como, por
exemplo, os blocos de cabeça de estacas e vigas de enrijecimento desses blocos
A mesoestrutura, constituída pelos pilares, é o elemento que recebe os esforços da superestrutura e os transmite à
infraestrutura, em conjunto com os esforços recebidos diretamente de outras forças solicitantes da ponte, tais como
pressões do vento e da água em movimento.
A superestrutura, composta geralmente de lajes e vigas principais e secundárias, é o elemento de suporte imediato do
estrado, que constitui a parte útil da obra, sob o ponto de vista de sua finalidade
Há obras complementares, elementos acessórios que não se enquadram na classificação anterior, mas que contribuem para
integrar a ponte como um todo. Entre eles podem ser citados:
• Encontros: são elementos de transição entre a estrutura da ponte e o terrapleno, e têm a dupla função, de suporte da
ponte, e de proteção do aterro contra a erosão. Devem ser, portanto dimensionados para resistir às reações verticais e
horizontais da superestrutura, e também ao empuxo do aterro. São muito utilizados quando há o perigo de destruição da
saia do aterro em virtude da erosão provocada pelas cheias.
• Comprimento da ponte (também denominado de vão total) - distância, medida horizontalmente segundo o eixo
longitudinal, entre as seções extremas da ponte;
• Vão (também denominado de vão teórico e de tramo) - distância, medida horizontalmente, entre os eixos de dois
suportes consecutivos;
• Vão livre - distância entre as faces de dois suportes consecutivos;
• Altura de construção - distância entre o ponto mais baixo e o mais alto da superestrutura;
• Altura livre - distância entre o ponto mais baixo da superestrutura e o ponto mais alto do obstáculo.
Além dessas informações, a execução do projeto de uma ponte exige, ainda, levantamentos topográficos, hidrológicos e
geotécnicos. Outras informações acessórias, tais como processo construtivo, capacidade técnica das empresas responsáveis
pela execução e aspectos econômicos podem influir na escolha do tipo de obra.
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
Os elementos geométricos aos quais o projeto de uma ponte deve atender derivam das características da via e de seu
próprio estrado. Os elementos geométricos das vias dependem de condições técnicas especificadas pelos órgãos públicos
responsáveis pela construção e manutenção dessas vias. No caso das rodovias federais, o DNIT estabelece as condições
técnicas para o projeto geométrico das estradas e das pontes enquanto que no estado as rodovias estão sob a
responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do estado. Segundo o DNIT, as estradas federais são divididas
em:
• Classe I
• Classe II
• Classe III
• Classe IV
As velocidades diretrizes, utilizadas para a determinação das características do projeto de uma estrada, são definidas em
função da classe da rodovia e do relevo da região.
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PONTES - GENERALIDADES
O desenvolvimento planimétrico e altimétrico de uma ponte é, na maior parte dos casos, definido pelo projeto da estrada.
Isso é verdade principalmente quando os cursos de água a serem transpostos são pequenos.
No caso de grandes rios, o projeto da estrada deve ser elaborado já levando em consideração a melhor localização da ponte.
Dessa forma, deve-se procurar cruzar o eixo dos cursos de águas segundo um ângulo reto com o eixo da rodovia. Além disso,
deve-se procurar cruzar na seção mais estreita do rio de forma a minimizar o comprimento da ponte.
Para as rodovias federais, os raios mínimos de curvatura horizontal são fixados com a finalidade de limitar a força centrífuga
que atuará no veículo viajando com a velocidade diretriz
As rampas máximas admissíveis, até a altitude de 1000 metros acima do nível do mar.
Esses valores poderão ser acrescidos de 1% para extensões até 900 metros em regiões planas, 300 metros em regiões
onduladas e 150 metros em regiões montanhosas, e deverão ser reduzidas de 0,5% para altitudes superiores a 1000
metros. 46 No caso corrente de estradas com pista simples e duas faixas de tráfego, as normas do DNIT adotam as
seguintes larguras da faixa de rolamento em regiões planas (Brasil, 1996):
• Classes I e II: 3,6 m
• Classe III: 3,5 m
• Classe IV: 3,0 m
Nas estradas com duas pistas independentes, com duas faixas de tráfego cada uma, a largura da faixa de rolamento
utilizada em região plana é de 3,6 m. Os acostamentos têm largura mínima variável conforme a classe da estrada e a região
atravessada. Nas estradas de classe I, em região plana, adotam-se acostamentos de 3,0 m de largura, o que resulta em 13,2
m de largura total do terrapleno, com a soma de 3+7,2+3.
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PONTES - GENERALIDADES
• Elementos topográficos
O levantamento topográfico, necessário ao estudo de implantação de uma ponte, deve constar dos seguintes elementos:
⁻ Planta, em escala de 1:1.000 ou 1:2.000; perfil em escala horizontal de 1:1.000 ou 1:2.000 e escala vertical de 1:100 ou
1:200 do trecho da rodovia em que ocorrerá a implantação da obra em uma extensão tal que ultrapasse seus extremos
prováveis em, pelo menos, 1.000 metros para cada lado;
⁻ Planta do terreno no qual será implantada a ponte, em uma extensão tal que exceda de 50 metros, em cada
extremidade, seu comprimento provável e largura de 30 m, desenhada na escala de 1:100 ou 1:200, com curvas de nível
de metro em metro, contendo a posição do eixo locado e a indicação de sua esconsidade.
⁻ Perfil ao longo do eixo locado na escala de 1:100 ou 1:200 e numa extensão tal que exceda de 50 metros, em cada
extremidade, o comprimento provável da obra.
⁻ Quando se tratar de transposição de curso d’água, seção do rio segundo o eixo locado, na escala 1:100 ou 1:200, com as
cotas de fundo do rio em pontos distanciados cerca de 5 metros.
• Elementos hidrogeológicos
Os elementos hidrológicos recomendados para um projeto conveniente de uma ponte são os seguintes:
⁻ Cotas de máxima cheia e estiagem observadas com indicação das épocas, frequência e período dessas ocorrências.
⁻ Dimensões e medidas físicas suficientes para a solução dos problemas de vazão do curso d’água sob a ponte e erosão do
leito.
⁻ Notícias acerca de mobilidade do leito do curso d’água e, acaso existente, com indicação da tendência ou do ciclo e
amplitude da divagação; álveos secundários, periódicos ou abandonados, zonas de aluviões, bem como de avulsões e
erosões, cíclicos ou constantes; notícias sobre a descarga sólida do curso d’água e sua natureza, no local da obra, e sobre
material flutuante eventualmente transportado.
⁻ Se a região for de baixada ou influenciada por marés, a indicação dos níveis máximo e mínimo das águas, velocidades
máximas de fluxo e de refluxo, na superfície, na seção em estudo.
⁻ Informações sobre obras de arte existentes na bacia, com indicações de comprimento, vazão, tipo de fundação, etc.
• Elementos normativos
⁻ NBR 7187 – Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido (ABNT, 2003);
⁻ NBR 7188 – Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre (ABNT, 2013);
⁻ NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto armado e protendido (ABNT, 2014)
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