Resíduo de agrotóxico em alimentos.

É fato que os agrotóxicos, causam impactos a saúde humana, principalmente para os

indivíduos que tem contato direto com esses produtos. Alguns artigos da Fundação Oswaldo
Cruz evidenciaram que existem alimentos com quantidades de produtos agrícolas acima da
média permitida pela ANVISA, tais como pimentão, abobrinha, morango, goiaba e uva, isso é
decorrente do abuso da medida adequada para o cultivo. Um estudo realizado no paraná
mostrou que em um total de 46 indivíduos, 20 casos de intoxicação crônica de origem laboral
por agrotóxicos em fumicultores, incluindo transtornos psiquiátricos menores, perdas
auditivas e polineuropatia tardia, causados por organofosforados. Assim, é importante
salientar que para o manejo dos itens agrícolas uma série de medidas são necessárias para que
sua aplicação diminua o impacto a saúde das pessoas responsáveis por tal, porém, não existe
politicas públicas voltada para fornecer instruções aos indíviduos leigos que estão suscetíveis
ao uso desses produtos, impossibilitando o acesso a informações sobre a gravidades da
situação. Levando em ênfase essa questão, cabe o questionamento se esses defensivos
agrícolas estão sendo bem avaliados pelos órgãos públicos que competem essa tarefa. 

O Brasil é um dos países que mais utilizam agrotóxico no mundo. Existe uma classe química de
produtos mais aplicados, sendo eles os organofosforados, carbamato, piretroides,
organoclorados e triazinas. Em especial, os organofosforados são espécies de inseticidas,
neurotóxicos, com alguns itens proibidos no brasil devido a isso, ele tem a capacidade de inibir
a enzima  acetilcolinesterase, responsável pelos  receptores pós-sinápticos, que se desligar do
receptor ao fim do estímulo para liberá-lo para estímulos futuros e evitar respostas repetitivas
e descontroladas após um único estímulo, quando inibida a acetilcolinesterase leva a um
descontrole desses sistema, induzindo a incapacidade do sistema nervoso central em controlar
a  ataxia, diminui os reflexos e impulsos nervosos, resultando, dentre outros sintomas, em
paralisia do sistema respiratório. Os organofosforados são a classe de defensivo agrícola que
mais leva à óbito no mundo, na lista de subgrupos proibidos no exterior e ainda em uso no
Brasil estão Tricolfon, Cihexatina, Abamectina, Acefato, Carbofuran, Forato, Fosmete, Lactofen,
Parationa Metílica e Thiram, esse fato pode ser resultante de questões políticas que envolve o
país, sendo seu PIB relativamente sustentado por comiddites do ramo do agronegócio, a
bancada ruralista impedem ou prorroga medidas, mesmo que necessárias para saúde pública.

Portanto, mesmo que os defensivos agrícolas sejam viáveis para o cultivo, ele abala a saúde
pública e o meio ambiente, ficando o questionamento se pesquisas relacionadas ao controle
biológico de pragas não seriam mais benéficas para diminuição dos impactos ao biossistema
terrestre, a final os recursos que são prejudicados, como solos e principalmente a água doce,
não vão durar para sempre. O Brasil é o país com maiores reservas de água doce do mundo,
cerca de 70% de toda água desperdiçada advém da agricultura, essa que utiliza justamente
fortes de água doce, como rios. Deve-se pensar não apenas ao curto prazo, mas, também ao
longo prazo e se isso afetaria a vida das gerações futuras.