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Furtado
O Brasil teve muitos momentos de glórias com tal mercado, o que permitiu "controlar
três quartas partes da oferta mundial", afirma Celso Furtado em seu livro Formação
Econômica do Brasil, no entanto, com a crise de 1893 os preços do mercado mundial
começaram a declinar, e em 1897 uma nova depressão torna impraticável o crescimento
do café, o qual se avolumava nos estoques, agora o país vive a primeira crise de
superprodução.
Para tanto, segundo Furtado, "teria sido necessário estimular outras exportações através
de uma política de subsídios, o que só seria possível transferindo recursos financeiros do
setor cafeeiro", contudo a prática de preços baixos era a condição favorável para que os
produtores garantissem o semimonopólio, que ao colocar em primeiro plano, destruíram
as bases de seu privilégio.
Porém, uma questão que dificultava o mercado interno industrial, era a importação de
equipamentos, que estavam com elevado preço diante da crise no exterior, agora o país
aproveita a sua capacidade já existente e a possibilidade de adquirir equipamentos de
segunda mão de fábricas falidas com a crise.