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FALUB

Faculdade Luso Brasileira

SEMINÁRIO

Movimento Sem Terra - MST

Professor: Gildo Lopes de Souza


Disciplina: Classes e Movimentos Sociais - Período: 7º
Equipe: Alexsandra Pessôa, Neilza Nascimento, Miriam Cardoso, Carminha Diogo,
Lívia Barbosa, Carla Andrade.
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SEMINÁRIO
Movimento Sem Terra - MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) surgiu oficialmente em


1984, quando aconteceu o Encontro Nacional dos Sem Terra no Estado do Paraná. Esse
encontro acontece bem às portas do processo de entrega por parte dos militares para um
Governo popular.
No entanto é importante lembrar que os movimentos agrários não começou com o
MST, eles existem desde começo do século XX. O MST tem nos seus principais objetivo o
lema Lutar pela terra; Lutar pela Reforma Agrária; Lutar por mudanças sociais no país “terra
para quem nela trabalha, tudo embaixo do lema “terra para quem nela trabalha”, ou seja a
principal demanda do MST é a Reforma Agrária.
As atividades do MST acontecem principalmente norteadas por meio de marchas e
ocupações, que estabelecem os acampamentos do MST. Os acampamentos consistem na
ocupação de propriedades privadas. Depois de ocupadas pelo MST, as famílias que fazem
parte do MST instalam acampamento, passando a viver ali como forma de exercer pressão
pela desapropriação daquela propriedade. Nesses acampamentos, as famílias desenvolvem
agricultura familiar e em forma de cooperativas. Depois do processo de desapropriação da
terra invadida, ela é concedida as famílias que lá estão assentadas, processo demorado que
pode chegar a levar anos.
A Reforma Agrária consiste em uma reorganização das terras no campo, onde se pega
grandes propriedades de terra são divididas em propriedades menores e redistribuídas. O o
modelo adotado no é o da distribuição de terras que não cumprem sua função social, nele o
Estado determina uma função social para as propriedades de terra e se caso o proprietário
da terra não as respeite, a propriedade é redistribuída.
As ações estratégicas e os acampamentos do MST são uma forma de pressionar o
Governo para que esse faça a desapropriação da terra, no entanto a demanda do Movimento
vai além disso, eles desejam um processo mais amplo de reforma agrária.
O MST encontra muita resistência social no Brasil, sendo constantemente alvo de
muitas críticas. São críticas como dizer que o MST são apenas invasores de terra e que
estariam sempre ferindo o direito constitucional de propriedade do dono da terra invadida,
sendo apontados muitas vezes como invasores ilegais, a exemplo da fazenda Esmeralda em
Duartina, onde a propriedade foi ocupada pelo MST, mas a justiça determinou a reintegração
de posse da propriedade ocupada, pois a justiça reconheceu que a propriedade estava regular
e, dessa forma, a ocupação estava violando o direito de posse do proprietário. Outra
crítica frequente ao MST é de que este movimento seria um projeto anticapitalista e que prega
a doutrinação marxista da sociedade. Muitos acreditam que a redistribuição da terra seria
apenas o primeiro passo para entregar o Brasil a um modelo de comunismo.
Desconfianças e críticas a parte, a verdade é que o MST vem cumprindo seu papel
social e abrindo espaço para o debate sobre a família no campo e importância da agricultura
familiar. Resta apenas que os Governos debatam um importante projeto que consolidem as
demandas dos membros do movimento e as da sociedade como um todo.

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