Você está na página 1de 6

CURSO: DIREITO

CÓD/ DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL II


PROFº.: LIDIANE MOURA LOPES TURNO: MANHÃ
MAT.: NOTA
TURMA: SALA:
201703312351
GRADUAÇÃO ALUNO(A): AVELINO SOUSA DA SILVA
DATA: AV1 ( X ) – AV2 ( ) – AV3 ( )

OBSERVAÇÃO: SOMENTE SERÃO CONSIDERADAS NAS QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA (1


A 6) AS LETRAS ABAIXO APONTADAS:
QUESTÃO 1 2 3 4 5 6
ASSERTIVA
ESCOLHIDA A E B D B A

QUESTÃO 1. (Total: 0,5 ponto – MP/SP) É correto afirmar, em relação à suspensão condicional do processo,
que
(A) na ausência de proposta justificada do Ministério Público, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao
Procurador-Geral.
(B) o juiz não poderá especificar, além daquelas previstas na Lei no 9.099/95, outras condições a que fica
subordinada a suspensão.
(C) não se admite a proposta nas ações penais de iniciativa privada, ante a ausência de previsão legal.
(D) na ausência de proposta do Ministério Público, poderá o juiz criminal fazê-lo, pois se trata de direito público
subjetivo do acusado.
(E) nas ações penais de iniciativa privada, cabe ao Ministério Público ofertar a proposta, a qual deve ser ratificada
pelo querelante.

QUESTÃO 2. (Total: 0,5 ponto – MP/SP) Sobre a transação penal, assinale a alternativa correta.
(A) Não cumprido o acordo homologado, que faz coisa julgada material, deverá o Ministério Público executá-lo
no juízo de execução.
(B) Na ausência de proposta do Ministério Público, poderá o juiz criminal fazê-lo, pois se trata de direito público
subjetivo do autor do fato.
(C) No crime de porte de entorpecente para consumo pessoal, é vedado ao Ministério Público propor a aplicação
imediata de sanção prevista no art. 28 da Lei no 11.343/06.
(D) No crime de lesão corporal leve (art. 129, caput, do CP), a homologação do acordo de transação civil não
impede a posterior proposta de transação penal.

1
(E) No crime de lesão corporal leve decorrente de violência doméstica contra a mulher, não poderá o Ministério
Público oferecer a proposta.

QUESTÃO 3. (Total: 0,5 ponto) Guilherme foi denunciado pela prática de um crime de lesão corporal seguida
de morte. Após o recebimento da denúncia, Guilherme é devidamente citado. Em conversa com sua defesa
técnica, Guilherme apresenta prova inequívoca de que agiu em estado de necessidade.
Diante da situação narrada, o advogado de Guilherme, em resposta à acusação, deverá requerer a
A) rejeição de denúncia, que fará coisa julgada material.
B) absolvição sumária do réu, que fará coisa julgada material.
C) absolvição imprópria do réu, que fará coisa julgada material.
D) impronúncia do acusado, que não faz coisa julgada material.

QUESTÃO 4. (Total: 0,5 ponto) À luz da lei que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95),
assinale a alternativa correta.
(A) A competência do juizado será determinada pelo lugar em que se consumar a infração penal.
(B) A citação será pessoal e se fará no próprio juizado, sempre que possível, ou por edital.
(C) O instituto da transação penal pode ser concedido pelo juiz sem a anuência do Ministério Público.
(D) Tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério
Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.

QUESTÃO 5. (Total: 0,5 ponto) A respeito do procedimento comum, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às
afirmativas a seguir.
( ) Será sumaríssimo para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da Lei nº 9.099/1995.
( ) Será ordinário quando tiver por objeto crime cuja sansão máxima cominada for inferior a quatro anos de pena
privativa de liberdade.
( ) Será sumário quando tiver por objeto crime cuja sansão máxima cominada seja igual ou superior a quatro anos.
( ) Aplica-se a todos os processos, salvo disposições em contrário do Código de Processo Penal ou de lei especial.
( ) Aplicam-se as disposições do procedimento ordinário subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário
e sumaríssimo.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a) V, F, V, F, F.
b) V, F, F, V, V.
c) F, V, V, F, V.
d) F, V, F, V, F.
e) F, F, V, F, V.

2
QUESTÃO 6. (Total: 0,5 ponto) Caio foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável.
Ocorre que, apesar da capitulação delitiva, a denúncia apresentava-se confusa na narrativa dos fatos, inclusive
não sendo indicada qual seria a idade da vítima. Logo após a citação, Caio procurou seu advogado para
esclarecimentos, destacando a dificuldade na compreensão dos fatos imputados. O advogado de Caio,
constatando que a denúncia estava inepta, deve esclarecer ao cliente que, sob o ponto de vista técnico, com esse
fundamento poderia buscar
A) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de
acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia.
B) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de acolhimento
do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia.
C) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de
acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, transitada em julgado a decisão, não poderá ser oferecida nova
denúncia com base nos mesmos fatos.
D) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de acolhimento
do pedido pelo magistrado, mas, uma vez transitada em julgado a decisão, não caberá oferecimento de nova
denúncia.

QUESTÃO 7. (Total: 2,0 pontos) O Ministério Público oferece denúncia contra Paulo Souza, pelos fatos a seguir:
"No dia 08 de outubro de 2008, às 10h30min da manhã, utilizando uma chave falsa, o réu ingressou na residência
de Pedro Pereira e, aproveitando-se da ausência do morador, apropriou-se de jóias e de dez mil dólares, que
estavam guardados no armário do quarto da vítima. Ao sair do local com a res furtiva, Paulo Souza deparou-se
com o policial militar Sargento Cruz, o qual, desconfiado de seu comportamento, o abordou. Paulo, contudo,
empreendeu fuga, tendo sido perseguido pelo policial e preso em flagrante alguns minutos depois. Em vista do
exposto, Paulo Souza está incurso no art. 155, § 4º, III, do Código Penal, com pena cominada de 2 a 8 anos de
reclusão e multa".
Examinando a denúncia, o juiz diverge da classificação típica dada pelo promotor, entendendo que a narrativa da
denúncia corresponde ao crime de furto qualificado pelo uso de chave falsa na modalidade tentada, incidindo o
art. 14, II, do Código Penal como deve o juiz proceder? Responda fundamentadamente.

O juiz poderá mudar a classificação que foi concedida nos fatos da denúncia e comunicar ao promotor de
justiça a suspensão condicional do processo.
Caso tenha alguma divergência entre juiz e promotor deve ser resolvido por órgão superior do Ministério
Público.
E conforme a jurisprudência do STF e do STJ é na sentença o momento correto para a emendatio libelli,
ou seja, momento certo para alteração do crime qualificado.
Tomando como base o art.383 CPP.

3
E se o Ministério Público requerer o arquivamento do inquérito ou quaisquer peças de informação, o juiz
poderá enviar o inquerito ou as informações para
o procurador-geral , conforme a Súmula 696 do STF.

QUESTÃO 8. (Total: 2,0 pontos/OAB) Hugo é inimigo de longa data de José e há muitos anos deseja matá-lo.
Para conseguir seu intento, Hugo induz o próprio José a matar Luiz, afirmando falsamente que Luiz estava se
insinuando para a esposa de José. Ocorre que Hugo sabia que Luiz é pessoa de pouca paciência e que sempre
anda armado. Cego de ódio, José espera Luiz sair do trabalho e, ao vê-lo, corre em direção dele com um facão
em punho, mirando na altura da cabeça. Luiz, assustado e sem saber o motivo daquela injusta agressão,
rapidamente saca sua arma e atira justamente no coração de José, que morre instantaneamente. Instaurado
inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte de José, ao final das investigações, o Ministério Público
formou sua opinio no seguinte sentido: Luiz deve responder pelo excesso doloso em sua conduta, ou seja, deve
responder por homicídio doloso; Hugo por sua vez, deve responder como partícipe de tal homicídio. A denúncia
foi oferecida e recebida.
Considerando a atual fase em que se encontra o processo pela narrativa dos fatos, pergunta-se: qual peça deverá
ser oferecida e em que prazo?

Será feita a resposta da acusação.


E com o prazo de 10 dias conforme consta o ART.406 CPP
Resposta da acusação, oferecida no prazo de dez dias na forma do art. 406 do CPP

Podendo a acusação arrolar testemunhas (Até 8) e o acusado poderá alegar tudo que interessa a sua defesa.

QUESTÃO 9. (Total: 2,0 pontos) Em 03 de outubro de 2016, na cidade de Campos, no Estado do Rio de Janeiro,
Lauro, 33 anos, que é obcecado por Maria, estagiária de uma outra empresa que está situada no mesmo prédio
em que fica o seu local de trabalho, não mais aceitando a rejeição dela, decidiu que a obrigaria a manter relações
sexuais com ele, independentemente da sua concordância. Confiante em sua decisão, resolveu adquirir arma de
fogo de uso permitido, considerando que tinha autorização para tanto, e a registrou, tornando-a regular.
Precisando que alguém o substituísse no local do trabalho no dia do crime, narrou sua intenção criminosa para
José, melhor amigo com quem trabalha, assegurando-lhe que comprou a arma exclusivamente para ameaçar
Maria a manter com ele conjunção carnal, mas que não a lesionaria de forma alguma. Ainda esclareceu a José,
que alugara um quarto em um hotel e comprara uma mordaça para evitar que Maria gritasse e os fatos fossem
descobertos. Quando Lauro saía de casa, em seu carro, para encontrar Maria, foi surpreendido por viatura da
Polícia Militar, que havia sido alertada por José sobre o crime prestes a acontecer, sendo efetuada a prisão de

4
Lauro em flagrante. Em sede policial, Maria foi ouvida, afirmando, apesar de não apresentar documentos, que
tinha 17 anos e que Lauro sempre manteve comportamento estranho com ela, razão pela qual tinha interesse em
ver o autor dos fatos responsabilizado criminalmente.
Após receber os autos e considerando que o detido possuía autorização para portar arma de fogo, o Ministério
Público denunciou Lauro apenas pela prática do crime de estupro qualificado, previsto no Art. 213, §1º c/c Art.
14, inciso II, c/c Art. 61, inciso II, alínea f, todos do Código Penal. O processo teve regular prosseguimento, mas,
em razão da demora para realização da instrução, Lauro foi colocado em liberdade. Na audiência de instrução e
julgamento, a vítima Maria foi ouvida, confirmou suas declarações em sede policial, disse que tinha 17 anos,
apesar de ter esquecido seu documento de identificação para confirmar, apenas apresentando cópia de sua
matrícula escolar, sem indicar data de nascimento, para demonstrar que, de fato, era Maria. José foi ouvido e
também confirmou os fatos narrados na denúncia, assim como os policiais. O réu não estava presente na audiência
por não ter sido intimado e, apesar de seu advogado ter-se mostrado inconformado com tal fato, o ato foi realizado,
porque o interrogatório seria feito em outra data.
Na segunda audiência, Lauro foi ouvido, confirmando integralmente os fatos narrados na denúncia, mas
demonstrou não ter conhecimento sobre as declarações das testemunhas e da vítima na primeira audiência. Na
mesma ocasião, foi, ainda, juntado o laudo de exame do material apreendido, o laudo da arma de fogo
demonstrando o potencial lesivo e a Folha de Antecedentes Criminais, sem outras anotações. Encaminhados os
autos para o Ministério Público, foi apresentada manifestação requerendo condenação nos termos da denúncia.
Em seguida, a defesa técnica de Lauro foi intimada, em 04 de setembro de 2018, terça-feira, sendo quarta-feira
dia útil em todo o país, para apresentação da medida cabível. Considerando apenas as informações narradas, na
condição de advogado aponte de acordo com o momento processual a peça que seria cabível.

O Primeiro passo seria a nulidade da audiência de instrução e de todas as provas, pois foi violado um
direito constitucional do contraditório e da ampla defesa.
Disposto no art.564 CPP e art.5,inciso LV da CF/88.
Não sendo possível atender o primeiro pedido, solicitar a absolvição do acusado tendo como base o
art.386,inciso III do CPP.
Haja vista não haver prova da existência do fato.
E não tendo êxito no 2º pedido é sobre a idade da vítima. Pois a mesma não apresentou a documentação
necessária para comprovar que é menor de idade. Portanto não pode acusar o Lauro em relação a idade
da vitima.

Boa Prova !

5
6

Você também pode gostar