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UFRJ- PPGCF

TIF Avançada
Alunas: Camila Faria de Amorim Pereira DRE 120191571
Gabriela Lopes DRE 120086653

Metodologia para Ensaio de liberação e permeação


 
Fármaco de escolha – Ácido ursólico
Via de Administração – Tópica
Forma farmacêutica de escolha - Nanogel
Produção: Método de baixa energia
Dose empregada: 5% do ativo

Tendo em vista que a forma farmacêutica empregada corresponde a um sistema nano para
uso tópico (semissólido), os compêndios indicam como principais aparatos a serem empregados
para o ensaio de performance (ensaio de liberação in vitro) a célula de difusão vertical (Franz),
célula de imersão e a célula de fluxo (USP, 2019).
Na literatura, o aparato mais frequentemente utilizado para execução do ensaio de liberação
in vitro, assim como os ensaios de permeação ex vivo corresponde a célula de difusão vertical do
tipo Franz. Esta apresenta como vantagem o baixo custo comparado aos outros métodos, e é um
meio confiável e reproduzível de medir a liberação do IFA através da forma farmacêutica
semissólida, bem como avaliar a capacidade de permeação e retenção da do ativo nas diferentes
camadas da pele (AVASATTHI et al., 2015; MATOS et al., 2020; PRAÇA, 2010; RAJPUT et al.,
2020).
Avasatthi e colaboradores (2018) realizaram o estudo de liberação in vitro de um nanogel
composto por transportador de lipídio nanoestruturado carregado com metotrexato (MTX-NLC),
desenvolvido para tratamento tópico de psoríase utilizando-se a célula de difusão de Franz
modificada tendo uma solução salina tamponada com fosfato (0,01 M, pH 7,4) como meio de
liberação. A amostra de gel foi colocada em uma membrana de nitrato de celulose, que atuou como
barreira de difusão (compartimento doador). A montagem foi submetida a uma camisa de água
para manter 32 ± 0,5 ° C. Alíquotas das amostras foram retiradas em diferentes intervalos de tempo
durante um período total de 48 horas foram analisadas usando o procedimento de HPLC validado.
Utilizando este mesmo aparato, Rajput e colaboradores (2020), buscaram avaliar por meio
de um estudo de permeação ex vivo nanogéis biodegradáveis carregados com luliconazol. Para tal,
foi utilizada pele de orelha de cabra. A espessura total da pele não dermátomo foi removida com
auxílio de um bisturi, e uma vez higienizada foi montada na célula de difusão de Franz. Uma
quantidade conhecida do nanogel foi espalhada uniformemente na pele do lado doador, e tampão
fosfato de pH 6,8 foi usado como meio receptor. Alíquotas foram coletadas em intervalos regulares
por 12 horas e substituída com a mesma quantidade de tampão para manter o volume da fase
receptora em 22 ml. Ao final as amostras foram analisadas utilizando-se espectrofotômetro UV a
fim de se determinar a concentração do ativo.

Estudo de liberação in vitro:


O estudo de liberação utilizará seis células de difusão vertical tipo Franz com membranas de
acetato de celulose com poros de 0,2 µm. Um volume de 300 mg da formulação será colocada no
compartimento doador. O meio receptor será constituído de tampão fosfato (0,01 M, pH 7,4).
Durante 24 h de ensaio e sob temperatura de 37 graus, alíquotas de 1 mL serão coletadas nos
tempos 15 e 30 minutos e sequencialmente nos tempos de 1, 2, 4, 6, 8 e 24 horas. As alíquotas
serão filtradas em membranas de 0,45 µm para quantificação do ácido ursólico por HPLC, sendo
esta uma metodologia previamente validada. As medições serão realizadas em sextuplicata
(Campos et al., 2017; Matos et al., 2020).

Estudo de Permeação ex vivo:


Será realizado em um sistema de difusão celular vertical tipo Franz, utilizando membrana natural
de pele da orelha de porco. 300 mg da formulação serão aplicados em cada célula, tendo como
meio receptor tampão fosfato (pH 7,4) na ausência e presença de diferentes surfactantes a serem
definidos pelo grupo, de forma se obter a condição sink. O experimento será mantido a temperatura
de 37 graus. Durante 24 horas, alíquotas de 1 mL serão coletadas nos tempos de 30 min, 1, 2, 4, 6,
8 e 24 h, filtradas através de filtros com 0,45 µm de diâmetro de poro e analisadas por HPLC para
quantificação do ácido ursólico.(BATISTA, 2019; CAMPO et al., 2016; Matos et al., 2020). A
cada coleta, o meio receptor será reabastecido com a solução tampão fosfato empregada.
Para quantificar o ativo retido nas camadas da pele, a epiderme e a derme serão separadas
com auxílio de bisturi conforme método padronizado pelo grupo e analisadas por HPLC. As
medições serão realizadas em sextuplicata (BATISTA, 2019; CAMPO et al., 2016; Matos et
al., 2020).
 
Referências:
 
AVASATTHI, V. et al. RESEARCH ARTICLE A novel nanogel formulation of methotrexate
for topical treatment of psoriasis  : optimization , in vitro and in vivo evaluation.
Pharmaceutical Development and Technology, v. 00, n. 00, p. 1–9, 2015.

BATISTA, J. V. DA C. Development of biotechnological formulations containing Viscum


album L. for topic and transdermal use. 2019. 107 f. Federal University of Rio de Janeiro,
2019.

CAMPO, V. E. B. DE et al. and Franz cell permeation assay to validate the Comparing in
vivo biodistribution with radiolabeling and Franz cell permeation assay to validate the ef fi
cacy of both methodologies in the evaluation of nanoemulsions  : a safety approach. 2016.

MATOS, A. P. DOS S. et al. Development , characterization , and anti-leishmanial activity


of topical amphotericin B nanoemulsions. Drug Delivery and Translational Research, 2020.

PRAÇA, F. S. G. Liberação e permeação in vitro de produtos transdérmicos: um estudo


metodológico de aparatos e de condições experimentais. 2010.

RAJPUT, R. L. et al. Synthesis and evaluation of luliconazole loaded biodegradable nanogels


prepared by pH- responsive Poly ( acrylic acid ) grafted Sodium Carboxymethyl Cellulose
using amine based cross linker for topical targeting  : In vitro and Ex vivo assessment.
Polymer-Plastics Technology and Materials, v. 00, n. 00, p. 1–13, 2020.

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