Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Discentes:
Grupo 4
Ana Caroline Reis de Camargo; RA: 770438
Caroline Santos de Oliveira; RA: 790987
Gabriela Siviero Erra; RA: 800807
Giovana Martins Campos Simioni; RA: 801049
Isabella Vitória Alonso; RA: 794824
Letícia Piazentin Dantas; RA: 791005
Natália Ribeiro Crispim; RA: 790706
Docentes:
Profa. Dra. Andrea S. da C. Fuentes
Prof. Dr. Iran Malavazi
São Carlos
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................3
2. OBJETIVOS.....................................................................................................................5
3. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................5
3.1. Materiais.................................................................................................................. 5
3.1.1. Dosagem espectrofotométrica de proteína...................................................5
3.1.2. Cromatografia de aminoácidos em papel.................................................... 6
3.2. Métodos.................................................................................................................... 6
3.2.1. Dosagem espectrofotométrica de proteína...................................................6
3.2.1.1. Construção de curva de calibração..................................................... 6
3.2.1.2 Quantificação de amostra desconhecida.............................................. 8
3.2.2 Cromatografia de aminoácidos em papel..................................................... 8
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................................9
4.1 Dosagem espectrofotométrica de proteína.............................................................9
4.1.1. Construção de curva de calibração.............................................................. 9
4.1.2. Quantificação de amostra desconhecida.................................................... 12
4.2. Cromatografia de aminoácidos em papel........................................................... 13
4.3. Outras metodologias............................................................................................. 17
4.3.1. Método do Biureto....................................................................................... 17
4.3.2. Método do ácido Bicinconínico (BCA)....................................................... 18
4.3.3. Método de Bradford.................................................................................... 18
4.3.4. Espectrofotometria por luz UV...................................................................19
4.3.5. Método fluorimétrico...................................................................................20
4.3.6. Busca de uma sequência de proteína..........................................................21
5. CONCLUSÃO................................................................................................................ 21
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................22
2
1. INTRODUÇÃO
As proteínas são macromoléculas complexas compostas predominantemente por
átomos de carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio, e em sua grande maioria por
enxofre. Adicionalmente, algumas proteínas podem incorporar outros elementos como
fósforo, ferro, zinco e cobre. A organização tridimensional de uma proteína é altamente
estruturada, refletindo sua função biológica específica. Essa estrutura tridimensional se
manifesta em diferentes níveis, abrangendo os estágios primário, secundário, terciário e
quaternário. As proteínas exercem funções vitais em processos biológicos, desempenhando
papéis importantes como enzimas catalíticas, hormônios reguladores, neurotransmissores
de comunicação celular, transportadores facilitando a passagem através das membranas
celulares, entre outras atividades essenciais (Zaia et al., 1998).
A determinação precisa do conteúdo total de proteínas é uma etapa fundamental
em diversas aplicações, tanto na pesquisa em bioquímica quanto na prática rotineira de
laboratórios clínicos. Antes de se iniciar qualquer análise de proteínas, principalmente em
abordagens comparativas, é imperativo realizar uma quantificação precisa da quantidade
de proteína presente na amostra. Essa avaliação é essencial para garantir resultados
confiáveis e significativos nas investigações científicas e nos procedimentos clínicos
(Okutucu et al., 2007).
O método de Lowry, proposto originalmente por Wu em 1922, é amplamente
utilizado para determinar a concentração de proteínas totais em diversos meios, como
líquor, plasma sanguíneo, tecido animal e vegetal, suco biliar, membranas e produtos
alimentícios. O princípio do método baseia-se em um reagente conhecido como
Folin-Ciocalteau, composto por molibdato, tungstato e ácido fosfórico, que reage com
proteínas e é catalisado pelo cobre, resultando em um composto com absorção máxima em
750 nm. A redução ocorre através das cadeias laterais de aminoácidos ou pela retirada de
elétrons de unidades tetrapeptídicas em peptídeos e proteínas (Zaia et al., 1998). No
entanto, uma limitação desse método reside na influência das contribuições de
aminoácidos específicos, como tirosina e triptofano, no desenvolvimento da cor. Esses
aminoácidos específicos podem interferir no resultado do ensaio, destacando a necessidade
de considerar tais contribuições ao interpretar os dados obtidos por meio desse método
(Okutucu et al., 2007).
O termo cromatografia foi empregado pela primeira vez em 1906, pelo botânico
russo Mikhael Semenovich Tswett, para definir o processo utilizado para separar os
pigmentos presentes em folhas de plantas, sendo assim, o termo deriva-se do grego
3
“chrom” (cor) e “grape” (escrever). O processo de cromatografia é um método
físico-químico de separação de misturas, por meio da distribuição dos componentes da
mistura em duas fases que se comunicam entre si. Dessas fases, uma se move (fase móvel)
através da outra (fase estacionária), durante essa movimentação os componentes se
distribuem de forma seletiva entre as fases, fazendo com que ocorra uma migração
diferencial (Collins et al., 2010). Essa técnica se baseia no princípio de adsorção seletiva.
Os diferentes tipos de cromatografia podem ser classificados de acordo com o
mecanismo de separação utilizado e os tipos de fases envolvidas. A cromatografia em
papel é uma das mais clássicas, e pode ser utilizada para análise, separação e identificação
de antibióticos hidrossolúveis, aminoácidos, açúcares, pigmentos e íons (Ribeiro; Nunes,
2008). Para a realização da mesma, a amostra líquida percorre uma tira vertical de papel
adsorvente, onde seus componentes serão depositados em locais específicos. O papel é
composto por celulose, um polímero formado por várias unidades de glicose que possuem
hidroxilas, essa organização molecular das cadeias de celulose é polar, sendo assim, ela
possui diferentes regiões contendo altas e baixas densidades de elétrons.
Na cromatografia em papel, a separação de uma mistura de solutos pode depender
de diversos fatores como adsorção à superfície do papel, partição entre solventes ou então
troca iônica. Porém, estudos revelam que esse método é predominantemente definido pelo
mecanismo de partição líquido-líquido, ou seja, os componentes da mistura são segregados
pelas diferenças de solubilidade nas duas fases (estacionária e móvel) (Degani et al.,
1998). Em relação aos aminoácidos, a separação ocorre por meio da solubilidade que os
diferentes tipos desse componente apresentam pela água ao redor das fibras de celulose e
pela fase orgânica móvel que flui através das mesmas, sendo assim, a adsorção do
aminoácido pelo papel é diretamente proporcional à sua polaridade.
A partir de um conjunto específico de condições, cada molécula presente na
mistura irá se deslocar a uma diferente velocidade sobre a fase estacionária e se
posicionará a uma distância específica do ponto de origem quando o fluxo do solvente for
concluído. Tal fenômeno pode ser descrito por meio do fator de retenção (Rf), ilustrado na
figura 1.
4
Fonte: Disponível em:
http://livresaber.sead.ufscar.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1911/2/Unidade%203_Roteiro%20da%20aul
a%20pr%C3%A1tica_LuciaHelenaSeron_QE.pdf . Acesso em: 15 de novembro de 2023.
2. OBJETIVOS
O experimento tem como objetivo aplicar o método de Lowry modificado para
quantificar proteínas em solução, estabelecendo uma curva de calibração e realizando a
quantificação de amostras. Ademais, visa avaliar e discutir conceitos essenciais de
separação de proteínas por cromatografia em papel.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Materiais
3.1.1. Dosagem espectrofotométrica de proteína
- Pipeta
a. 10 μL
b. 20 μL
c. 100 μL
d. 1000 μL
5
- Albumina de soro bovino (BSA)
- Tubo Eppendorf 1,5 mL
- Agitador vórtex
- Reagente Folin-Ciocalteu (1:1)
- Solução de reação composta de soluções previamente preparadas
a. Solução estoque de Na2CO3 2% (preparação em NaOH 0,1 M)
b. Solução estoque de tartarato de sódio e potássio 1%
c. Solução estoque de CuSO4 1%
- Água destilada
- Espectrofotômetro
3.2. Métodos
3.2.1. Dosagem espectrofotométrica de proteína
3.2.1.1. Construção de curva de calibração
Foram separados e rotulados 18 tubos modelo Eppendorf de 1,5 mL, onde foram
pipetadas diferentes quantidades de albumina de soro bovino (BSA) e de água destilada,
6
conjuntamente com o valor padrão de 1000 μL de solução de reação, que foi adicionado
utilizando uma pipeta de 1000 μL. Cada um dos tubos foi produzido em duplicata, sendo
assim, duas amostras para cada procedimento enumerado de 1 a 9. Para as diferentes
concentrações de BSA e água destilada, foram utilizadas diferentes pipetas, sendo elas, de
acordo com os respectivos procedimentos:
- Procedimento 1: 200 μL de água destilada, utilizando pipeta de 1000 μL;
- Procedimento 2: 25 μL de BSA, utilizando pipeta de 100 μL; 175 μL de água
destilada, utilizando pipeta de 1000 μL;
- Procedimento 3: 50 μL de BSA, utilizando pipeta de 100 μL; 150 μL de água
destilada, utilizando pipeta de 1000 μL;
- Procedimento 4: 75 μL de BSA, utilizando pipeta de 100 μL; 125 μL de água
destilada, utilizando pipeta de 1000 μL;
- Procedimento 5: 100 μL de BSA, utilizando pipeta de 100 μL; 100 μL de água
destilada, utilizando pipeta de 100 μL;
- Procedimento 6: 125 μL de BSA, utilizando pipeta de 1000 μL; 75 μL de água
destilada, utilizando pipeta de 100 μL;
- Procedimento 7: 150 μL de BSA, utilizando pipeta de 1000 μL; 50 μL de água
destilada, utilizando pipeta de 100 μL;
- Procedimento 8: 175 μL de BSA, utilizando pipeta de 1000 μL; 25 μL de água
destilada, utilizando pipeta de 100 μL;
- Procedimento 9: 200 μL de BSA, utilizando pipeta de 1000 μL.
Após completar a preparação, os 18 tubos preparados foram submetidos ao agitador
vórtex para homogeneizar a solução preparada. Ao finalizar a homogeneização, os tubos
foram incubados à temperatura ambiente por um período de 15 minutos.
Posteriormente, foram adicionados 100 μL do reagente Folin-Ciocalteu (1:1) em cada
um dos tubos, utilizando uma pipeta de 100 μL. As misturas foram homogeneizadas no
agitador vórtex novamente e foram deixadas em repouso, incubadas à temperatura ambiente
por um período de 30 minutos.
Ao final do tempo corrido, as amostras foram levadas ao espectrofotômetro, onde a
absorbância de todos os 18 tubos foram lidas, partindo dos tubos do procedimento 1 e
seguindo em ordem até os tubos do procedimento 9. As leituras foram realizadas no
comprimento de onda λ = 650 nm. Cada valor foi documentado, a fim de utilizar os dados
obtidos para produzir um gráfico de absorbância dos procedimentos utilizando uma média
entre os valores das duplicatas para cada procedimento.
7
3.2.1.2 Quantificação de amostra desconhecida
Simultaneamente ao experimento apresentado anteriormente, foram preparados 8
tubos Eppendorf de 1,5 mL em 4 procedimentos distintos, contendo um valor padronizado de
1000 μL de solução de reação, pipetada com uma pipeta de 1000 μL, e diferentes quantidades
de uma amostra desconhecida e água destilada. Para o grupo controle, foram utilizados
mesmos tubos do procedimento 1, realizado anteriormente, que foi aplicado ao experimento
de quantificação de amostra desconhecida sob a denominação de procedimento 1. Todos os
procedimentos foram preparados em duplicata. Em relação ao conteúdo, as quantidades de
amostra desconhecida e água e as respectivas pipetas utilizadas foram:
- Procedimento 2: 5 μL de amostra desconhecida, utilizando pipeta de 10 μL; 195 μL de
água destilada, utilizando pipeta de 1000 μL;
- Procedimento 3: 10 μL de amostra desconhecida, utilizando pipeta de 10 μL; 190 μL
de água destilada, utilizando pipeta de 1000 μL;
- Procedimento 4: 20 μL de amostra desconhecida, utilizando pipeta de 20 μL; 180 μL
de água destilada, utilizando pipeta de 1000 μL;
- Procedimento 5: 50 μL de amostra desconhecida, utilizando pipeta de 100 μL; 150 μL
de água destilada, utilizando pipeta de 1000 μL;
Após a adição dos componentes da mistura, as amostras preparadas foram submetidas
à agitação em vórtex para homogeneização. Ao final da homogeneização, as amostras foram
deixadas em repouso, incubadas à temperatura ambiente por um período de 15 minutos.
Ao fim do período de incubação, foram adicionadas 100 μL de reagente
Folin-Ciocalteu (1:1) a todos os 8 tubos preparados, utilizando uma pipeta de 100 μL. Ao
final da adição do reagente, os tubos foram submetidos à agitação em vórtex para
homogeneização da mistura, sendo posteriormente deixados em repouso, incubados à
temperatura ambiente por um período de 30 minutos.
Por fim, os tubos foram levados ao espectrofotômetro, onde foram submetidos ao
comprimento de onda λ = 650 nm para leitura da absorbância. Todos os valores observados
foram documentados, para serem utilizados posteriormente para a produção do gráfico de
absorbância para cada um dos procedimentos, considerando a média entre os valores dos
experimentos em duplicata.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Dosagem espectrofotométrica de proteína
4.1.1. Construção de curva de calibração
A quantificação de proteínas foi realizada com amostras de albumina de soro
bovino (BSA) a partir do método de Lowry modificado. Após a realização do
procedimento conforme explicado no item 3.2.1.1, os dados obtidos na leitura das
9
amostras em espectrofotômetro estão demonstradas na tabela abaixo. É possível observar a
leitura realizada em duplicata técnica, ou seja, com duas amostras diferentes, preparadas
sob as mesmas condições.
Tabela 1. Dados obtidos para a construção da curva de calibração. Fonte: autoria própria.
A partir destes dados, foi possível plotar um gráfico que demonstrasse a relação
entre a quantidade de massa de BSA (em µg) e o valor obtido no espectrofotômetro, a
partir de uma média ponderada do valor das duas leituras, como mostrado abaixo.
10
Além disso, construiu-se também, a fins de comparação, a curva de calibração com
todos os dados obtidos por todos os grupos envolvidos na prática, cujo resultado está
demonstrado a seguir.
É importante analisar a diferença dos valores de cada leitura. Existe variação entre
as duplicatas técnicas de cada amostra, mesmo que ambas tenham sido feitas sob as
mesmas condições, concomitantemente, e pelo mesmo manipulador. Este fator pode ser
explicado pelas variações de pipetagem, causadas pelo uso de pipetas diferentes e pela
falta de costume dos estudantes com este tipo de análise, que pode alterar os volumes no
momento das pipetagens, sendo este também a maior causa de diferenças de valores neste
tipo de experimento. Além disso, o uso de diferentes espectrofotômetros também podem
influenciar os resultados, visto que possuem tempos de uso e manutenção diferentes.
Apesar disto, os valores obtidos pelo grupo 4 estão dentro dos parâmetros
desejados, ou seja, são valores aceitáveis dentro da linearidade, em que espera-se valores
de absorbâncias entre 0,1 e 1. Além disso, a variação entre as duplicatas não foi tão
expressiva, e é possível observar na tabela 2 que o maior desvio padrão apresentado entre
ambas as amostras foi de 0,012.
11
Tabela 2. Média aritmética dos valores das leituras e seu desvio padrão. Fonte: autoria própria.
12
Tabela 3. Dados obtidos nas leituras das amostras desconhecidas. Fonte: autoria própria.
Por fim, calculou-se a concentração para cada uma dessas amostras, por meio da
razão entre a massa encontrada e o volume da amostra, como mostrado na tabela 4.
13
Imagem 2: Fase móvel da cromatografia Fonte: autoria própria
1 3,5 0,427
2 0,6 0,073
3 5,5 0,671
4 5 0,609
Na primeira amostra a distância percorrida foi 3,5, assim segundo a equação temos:
Rf= 3,2 / 8,2= 0,427.
O mesmo procedimento foi realizado nas demais amostras, assim tivemos as seguintes
cálculos:
Amostra 2: Rf= 0,6/8,2= 0,073
Amostra 3: Rf= 5,5 / 8,2= 0,671
Amostra 4: Rf= 5 /8,2= 0,609
Amostra 5: Rf= 0,6/8,2= 0,073 e Rf: 5 /8,2= 0,609
15
Tabela 6: RF de aminoácidos determinados nas seguintes condições: solvente de Partridge, nbutanol / ácido
acético glacial / água (4:1:1), papel Wha Fonte: Roteiro da aula 3.
17
4.3.2. Método do ácido Bicinconínico (BCA)
O método do ácido bicinconínico (BCA), proposto por Smith e colaboradores, é
uma abordagem eficaz para a determinação da concentração de proteínas em amostras
biológicas. Esse método utiliza a reação de cobre (II) com proteínas em meio alcalino,
gerando cobre (I) e formando um complexo com o BCA, cuja absorbância é mensurada a
560 nm. Apesar de sua simplicidade no preparo de reagentes e da rápida obtenção de
resultados, o método do BCA apresenta algumas limitações.
A sensibilidade do método varia entre 20-2000 µg/mL, permitindo uma faixa
dinâmica adequada para a quantificação de proteínas em diferentes concentrações. No
entanto, interferentes potenciais podem influenciar negativamente nos resultados.
Substâncias que reagem com íons de cobre, como em reações de óxido-redução, formação
de complexos ou precipitação, e aquelas que interagem com o reativo de BCA, podem
causar interferência.
No procedimento experimental, são nomeados tubos e adicionados volumes
específicos de soluções estoque de albumina de soro bovino (BSA) e BCA. São realizadas
diluições seriadas para criar amostras com concentrações variadas de proteínas. A solução
do reagente, composta por reagente A (carbonato de sódio, bicarbonato de sódio, BCA,
tartarato de sódio em hidróxido de sódio 0,1M) e reagente B (sulfato de cobre 4%), é
adicionada aos tubos, e a mistura é incubada por 30 minutos a 37ºC. Após a incubação, as
amostras são lidas no espectrofotômetro a 562 nm.
É importante destacar que o método do BCA utiliza íons de cobre nos
experimentos, tornando-o sensível a interferências. A presença de componentes como
açúcares, mercaptoetanol, dithiothreitol, vitamina C, paracetamol, lipídios e peróxido de
hidrogênio pode levar à redução do cobre II, resultando em falsos positivos. Além disso, o
EDTA pode formar complexos com o cobre, interferindo no procedimento. Portanto, uma
cuidadosa consideração desses interferentes é essencial para a confiabilidade dos
resultados obtidos pelo método do BCA.
5. CONCLUSÃO
Como vem sendo discutido, a separação de proteínas pode ser feita por diferentes
métodos, a depender das características da proteína trabalhada e de quais as suas
exigências de acordo com a sua aplicação. As técnicas de cromatografia são amplamente
usadas para esta finalidade, e de forma geral, precisam de duas fases para ocorrer, a
estacionária e a móvel, de modo que a fase móvel flui através da estacionária, carreando as
moléculas de acordo com suas propriedades. Quanto à cromatografia em papel realizada na
aula prática, a posição atingida a partir do ponto de partida da corrida determina o
componente presente na mistura. Pode-se, então, concluir que o procedimento foi bem
sucedido, uma vez que foi possível observar claramente as bandas que surgiram e estimar
quais os aminoácidos encontrados.
Já a quantificação de proteínas, dentre as metodologias discutidas, o método de
Lowrey é um dos que apresenta maior reprodutibilidade, e portanto, pode ser conduzido
em diversas situações, para diversos objetivos. Neste caso, é necessária a construção de
uma curva de calibração para definir a melhor estimativa da concentração de proteínas
21
presentes na amostra. Ainda assim, este método é muito simples e possui baixo custo, de
modo a ser viável a sua utilização em rotinas laboratoriais.
Ao construir uma curva padrão, deve-se atentar para que as reações sejam
montadas sob as mesmas condições específicas, e sejam sempre manipuladas pela mesma
pessoa, e que esta tenha experiência com este tipo de pipetagem e análise, a fim de
diminuir a margem de erros e otimizar os resultados. Além disso, é importante que a
análise seja realizada em triplicata, a fim de se ter uma aproximação melhor do valor real
da amostra, e diminuir as chances de erros, uma vez que um possível desvio pode ser
identificado com mais facilidade em um número maior de reações.
Sendo assim, pode-se concluir que nas condições do experimento em aula, a curva
construída pelo grupo está dentro dos padrões esperados, e os desvios ocorreram devido a
erros de pipetagem ou possíveis interferências durante a manipulação da amostra e dos
equipamentos utilizados.
Quanto a cromatografia se mostrou eficiente e resultou em dados esperados,
mostrando, assim, a solubilidade e polaridade dos aminoácidos, além da fraccionação dos
compostos e a identificação de uma amostra desconhecida.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L.; BONATO, P. S. (Orgs.). Fundamentos de Cromatografia.
Campinas: Editora da Unicamp. 2010.
DEGANI, A. L. G.; CASS, Q. B.; VIEIRA, P. C. Cromatografia: um breve ensaio. Química Nova
na Escola, v. 7, p. 21-25, 1998.
KUTUCU, B. et al. Comparison of five methods for determination of total plasma protein
concentration. Journal Of Biochemical And Biophysical Methods, [S.L.], v. 70, n. 5, p. 709-711,
ago. 2007. Elsevier BV.
22
ZAIA, Dimas AM; ZAIA, Cássia Thaïs BV; LICHTIG, Jaim. Determinação de proteínas totais via
espectrofometria: vantagens e desvantagens dos métodos existentes. Química nova, v. 21, p.
787-793, 1998.
23