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Governador do Estado de Minas Gerais

Romeu Zema Neto

Secretária de Estado de Educação de Minas Gerais

Júlia Figueiredo Goytacaz Sant’Anna

Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica

Geniana Guimarães Faria

Superintendente de Políticas Pedagógicas

Kellen Silva Senra Nunes

Diretoria de Ensino Médio

Thiago Peixoto Gonçalves

Coordenação de Ensino Médio Integral e Integrado

Bruno de Castro Rozenberg

Equipe Gestora

Coordenação Geral: Bruno de Castro Rozenberg

Frente de Gestão: Michelly Aparecida de Oliveira, Ana Luiza Prado, Júlia Freitas

Frente Financeira: Cláudio Magalhães

Frente de Compras: Luandy Baião

Frente de Infraestrutura: Icaro Targino

Frente Pedagógica: Gisele Martins


SUMÁRIO

APRESENTAÇAO.................................................................................. 5
1 A FORMAÇÃO ESCOLAR DE JOVENS FRENTE AOS DESAFIOS DO
SÉCULO XXI........................................................................................... 7
2 BASES E FUNDAMENTOS INCORPORADOS AO PROGRAMA DE
ENSINO MÉDIO INTEGRAL DE MG........................................................ 9
3 CORRESPONSABILIDADE..................................................................... 15
4 AS INOVAÇÕES NO CONTEXTO DOS CAMPOS DE INTEGRAÇÃO
CURRICULAR.......................................................................................... 18
4.1 Projeto de Vida........................................................................................ 20
4.1.1 Conceito............................................................................................ 20
4.1.2 Implementação......................................................................................... 21
4.2 PÓS MÉDIO.............................................................................................. 22
4.2.1 Conceito............................................................................................ 22
4.2.2 Implementação......................................................................................... 22
4.3 ESTUDOS ORIENTADOS........................................................................ 24
4.3.1 Conceito............................................................................................ 24
4.3.2 Implementação......................................................................................... 25
4.4 PRÁTICAS EXPERIMENTAIS................................................................. 26
4.4.1 Conceito........................................................................................... 26
4.4.2 Implementação........................................................................................ 26
4.5 INOVAÇÕES NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS........................................ 27
4.5.1 Acolhimento.............................................................................................. 27
4.5.1.1 Conceito............................................................................................ 27
4.5.1.2 Implementação......................................................................................... 28
4.5.2 Clubes de Protagonismo........................................................................ 29
4.5.2.1 Conceito........................................................................................... 29
4.5.2.2 Implementação......................................................................................... 29
4.5.3 Liderança de Turma................................................................................. 30
4.5.3.1 Conceito........................................................................................... 30
4.5.3.2 Implementação........................................................................................ 32
5 INOVAÇÕES NA GESTÃO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM....... 33
6 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM........................................................ 40
6.1 Atribuições de Notas e Conceitos......................................................... 40
7 MATRIZ CURRICULAR........................................................................... 43
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 44
9 REFERÊNCIAS........................................................................................ 45
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APRESENTAÇÃO

O Programa de Educação Básica Integral de Minas Gerais tem sua


concepção inspirada no ideal antropológico de educação anunciado pela Constituição
Federal (Art. 205) como direito de pleno desenvolvimento da pessoa, sua preparação
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
E foi nessa perspectiva de integralidade da ação educativa que a Secretaria
de Estado de Educação de Minas Gerais aderiu ao Programa de Fomento às Escolas
de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI), de Portaria MEC 727 de 13/06/2017,
regulamentada pelo Decreto Estadual 47.227 de 02/08/2017. No ano seguinte, a SEE,
por meio da Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica, publicou a
primeira edição do Documento Orientador do Projeto Pedagógico das escolas que
ofertam Ensino Médio Integral e Integrado como referência para a implementação do
Programa no âmbito das escolas.
Passados dois anos de implantação do Programa e em resposta ao grande
desafio posto às escolas para garantir aprendizagem de qualidade por meio da qual
os estudantes atribuam sentido e significado à experiência escolar, a Secretaria de
Estado de Educação de Minas Gerais convidou o Instituto de Corresponsabilidade
pela Educação-ICE como parceiro para atuar na concepção compartilhada e
aperfeiçoamento conceitual e metodológico do Programa de Ensino Médio Integral.
Tal concepção e aperfeiçoamento também objetivam garantir que a construção do
projeto de vida dos estudantes seja o ponto de partida e ponto de chegada de todos
os processos educativos, ou seja, a razão de existir da escola.
O ICE é uma entidade privada sem fins econômicos fundada no Recife em
2003, que visa primordialmente a melhoria da qualidade da educação pública no
Brasil, com atuação em outros 19 Estados, produzindo soluções educacionais
inovadoras em conteúdo, método e gestão.
A estrutura programática da implantação das inovações em conteúdo,
método e gestão para o segundo semestre de 2019 contempla:
 Processos formativos estruturados para os educadores;
 Ciclos de acompanhamento formativo na escola e
 Distribuição de um conjunto de Cadernos de Formação a serem usados como
referencial teórico-conceitual e metodológico fundamental para a formação
continuada dos educadores das escolas de Ensino Médio Integral.
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Desta forma, a Secretaria de Estado de Educação promove condições e


ambiência pedagógica de formação, acompanhamento formativo in loco na escola e
referencial de suporte teórico e metodológico para o pleno entendimento e correta
aplicação das inovações dos Modelos Pedagógicos e de Gestão com ênfase nas
oportunidades de melhoria dos processos da escola.
Apresentamos, assim, a todos os educadores do Programa, a 3ª edição do
Documento Orientador do Programa do Ensino Médio Integral nas dimensões
pedagógica e de gestão. Novos estudos e referências foram incorporados em
convergência, alinhamento e à luz da conceituação e expertise do ICE na
implementação do Modelo da Escola da Escolha e suas inovações em conteúdo,
método e gestão. Tais referências deverão ser capazes de apoiar as equipes
escolares na ressignificação da tarefa educativa, bem como no reconhecimento da
escola como local de oportunidades para a construção do Projeto de Vida dos
estudantes na perspectiva do ideal formativo de jovem autônomo, solidário e
competente.
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1 A FORMAÇÃO ESCOLAR DE JOVENS FRENTE AOS DESAFIOS DO SÉCULO


XXI

Os diversos estudos sobre o diagnóstico da situação da juventude brasileira


apontam altos índices de violência cometida contra e pelos jovens, significativa
evasão no Ensino Médio, baixos resultados de aprendizagem, bem como baixa
capacidade para tomar decisões adequadas sobre a própria vida associadas à
perspectiva em relação ao futuro.
Além dos índices acima relacionados, são identificados baixos níveis de
autoestima, autoconceito e autoconfiança, sendo esses elementos fundamentais para
uma pessoa construir uma visão sobre a sua própria vida e desenvolver ações com
vistas à construção de um projeto de futuro.
Ao identificar esta realidade, urge a necessidade de um modelo de
educação integral cuja concepção ultrapasse os aspectos cognitivos e que considere
o jovem em sua integralidade nas dimensões corporal, afetiva e espiritual. É a partir
dessa perspectiva que o estado de Minas Gerais vem empreender esforços para o
aperfeiçoamento do Programa de Ensino Médio Integral na direção de um paradigma
de escola que responda às necessidades e desafios trazidos pelo século XXI.
Em um mundo em constante transformação cultural, social, econômica e
tecnológica, a escola se vê obrigada a rever seu papel na sociedade frente a duas
agendas igualmente desafiadoras para o país: a da transformação produtiva e a
agenda da equidade social. Pensar a formação escolar dos jovens brasileiros para
responder aos desafios deste debate é uma necessidade urgente em que a escola
não pode ficar indiferente.
Persegue-se o objetivo de oferecer aos adolescentes e jovens um conjunto
de recursos que os permitam usufruir de uma sociedade educativa, desenvolvendo as
capacidades de aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser, considerando todas
as habilidades e competências que possibilitem o seu pleno desenvolvimento.
Nessa direção, o cenário atual aponta a necessidade de repensar o modelo
de escola e o papel que a instituição deve ter na vida e no desenvolvimento do jovem
e adolescente do século XXI. É o que anuncia o Programa de EMTI de Minas Gerais
como um novo paradigma escolar centrado no Projeto de Vida dos estudantes para
dar sentido e significado ao papel da escola nas suas vidas, assegurando, assim, as
9

condições de desenvolvimento de suas potencialidades, aquisição de conhecimentos


e desenvolvimento de competências socioemocionais.
O aprofundamento da reflexão sobre a escola diante dos desafios da
formação do século XXI consta no Caderno de Formação Memória e Concepção do
Modelo - Concepção do Modelo Escola da Escolha, 2019.
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2 BASES E FUNDAMENTOS INCORPORADOS AO PROGRAMA DE ENSINO


MÉDIO INTEGRAL DE MG

O Programa de Ensino Médio Integral de Minas Gerais tem o compromisso


de promover a formação integral e a inclusão social dos adolescentes e jovens
propiciando-lhes oportunidades de desenvolvimento humano e de exercício efetivo da
cidadania. Tal objetivo sociopolítico e educacional aproxima o Programa do Modelo
da Escola da Escolha, idealizado pelo Instituto de Corresponsabilidade pela Educação
– ICE1, que reafirma, por sua vez, o seu compromisso com a integralidade da ação
educativa.
O Programa de Ensino Médio Integral incorpora as bases e fundamentos do
Modelo Escola da Escolha em virtude da convergência reconhecida neste
compromisso. A integralidade da ação educativa é assegurada:
1. Pela visão de homem e de sociedade presentes nos artigos:
Art. 2º da Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96) “A Educação, dever da
família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e dos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para
o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. ”
Art. 3º da Constituição Federal “Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil:
I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II. Garantir o desenvolvimento nacional;
III. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;
IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação. ”
2. Na concepção e finalidades da Educação na perspectiva da UNESCO.
3. No alinhamento político e conceitual dos documentos:
• Paradigma do Desenvolvimento Humano - PNUD;
• Códigos da Modernidade concebidos por Bernardo Toro;
• Mega-Habilidades (concebidas por Dorothy Rich).
11

(Caderno Memória e Concepção – Concepção do Modelo da Escola da Escolha.


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Estas passam a ser as bases teóricas sustentadoras do Programa de
Ensino Médio Integral em alinhamento conceitual ao debate teórico validado pela
comunidade científica internacional que embasa o Modelo da Escola da Escolha. Elas
fundamentam os Modelos Pedagógicos e de Gestão a partir do entendimento de “um
modelo pedagógico eficaz e um modelo de gestão comprometido com resultados”
(ICE - Caderno de Formação Modelo Pedagógico-Concepção do Modelo Pedagógico,
p.39).
O aperfeiçoamento do Programa de Ensino Médio Integral passa a ser
fundamentado nos Princípios Educativos do Modelo Escola da Escolha e
operacionalizado pelo currículo cuja prática pedagógica se orienta por três Eixos
Formativos, quais sejam, a Formação Acadêmica de Excelência, a Formação de
Valores e a Formação de Competências para o Século XXI.
Para o Ensino Médio, os quatro Princípios Educativos devem orientar a
postura, as atitudes e as práticas educativas em alinhamento conceitual e filosófico
com as bases teóricas sustentadoras do Programa. São eles: o Protagonismo, os
Quatro Pilares da Educação, a Educação Interdimensional e a Pedagogia da
Presença.
O Protagonismo pode ser definido como os processos, movimentos e
dinamismos sociais e educativos, nos quais os adolescentes e jovens, apoiados ou
não pelos seus educadores, assumem o papel principal das ações que executam.
Como modalidade de ação educativa é a criação de espaços e condições capazes de
possibilitar aos jovens envolver-se em atividades relacionadas à solução de
problemas reais, atuando como fonte de iniciativa, liberdade e compromisso.

Na perspectiva do Protagonismo, tratar o adolescente e o jovem como


solução do problema significa extrapolar os modelos então adotados e
considerar uma concepção mais ampla do ser humano que abrange o próprio
desenvolvimento do seu potencial. Essa perspectiva se alinha com os
fundamentos que nortearam a concepção do Modelo e ratifica a afirmação de
que todo ser humano nasce com um potencial e que tem o direito de
desenvolvê-lo. Para isso, é preciso ter oportunidades que efetivamente
desenvolvam potencialidades. (ICE - Caderno de Formação Princípios
Educativos, p. 7).

Os Quatro Pilares da Educação se referem às aprendizagens de


Aprender a Conhecer, Aprender a Conviver, Aprender a Fazer e Aprender a Ser,
12

definidas pelo Relatório da Unesco “Educação: Um Tesouro a Descobrir”, e


reconhecidas como “fundamentais para que uma pessoa possa se desenvolver
plenamente, considerando a progressão das suas potencialidades, ou seja, a
capacidade de cada um de fazer crescer algo que traz consigo ou mesmo que adquire
ao longo da vida”. (ICE, Caderno de Formação Princípios Educativos, p.14).
A Pedagogia da Presença “é o fundamento da relação entre quem educa
e quem é educado e traduz a capacidade do educador de se fazer presente na vida
do educando, satisfazendo uma necessidade vital do processo de formação humana.”
(ICE - Caderno de Formação Princípios Educativos, p. 26).
A Educação Interdimensional é o quarto Princípio Educativo que
fundamenta o projeto escolar do Programa EMTI por se alinhar “ao conceito de que a
educação deve contribuir para o desenvolvimento pleno da pessoa e a formá-la de
modo a constituir-se como alguém a atuar no mundo capaz de elaborar pensamentos
e a agir de maneira autônoma, crítica e propositiva em todas as dimensões de sua
vida. ” (ICE - Caderno de Formação Princípios Educativos, p. 36).
Sobre a operacionalização do currículo e as práticas pedagógicas, o
Programa de Ensino Médio Integral passa a ser orientado por três Eixos Formativos
imprescindíveis para a formação de um jovem autônomo, solidário e competente que
constrói um projeto de vida. São eles: Formação Acadêmica de Excelência,
Formação de Competências para o século XXI e Formação para a Vida.
Os Eixos Formativos
orientam a prática pedagógica tanto no âmbito do currículo, dos componentes
curriculares, do planejamento das aulas, da seleção dos conteúdos, temas,
atividades, estratégias, recursos e/ou procedimentos didáticos quanto das
práticas que se processam na dimensão mais ampla do contexto escolar.
Eles coexistem porque são imprescindíveis para a formação do jovem
idealizado na Escola da Escolha no Ensino Médio. (ICE - Caderno de
Formação Eixos Formativo, p. 3).

A Formação Acadêmica de Excelência


é a que se processa por meio de práticas eficazes de ensino e de processos
verificáveis de aprendizagem e que asseguram o pleno domínio, por parte do
estudante, do conhecimento a ser desenvolvido desde os Anos Iniciais do
Ensino Fundamental à conclusão do Ensino Médio. Não se trata, portanto, de
estudos para além da Educação Básica, mas daqueles que devem ser
assegurados na intensidade, no tempo e na qualidade de suas respectivas
etapas de ensino. Ela se organiza por meio de um currículo configurado pela
Base Nacional Comum Curricular, pelos documentos institucionais e por uma
Parte Diversificada que não seja considerada apêndice do currículo, e sim
parte integrada e vital para assegurar o seu enriquecimento, aprofundamento
e diversificação. (ICE - Caderno de Formação Eixos Formativo, p. 8).
13

A Formação para a Vida diz respeito à “aquisição, o fortalecimento e a


consolidação de valores e ideais, e a capacidade de fazer escolhas sensatas para
uma vida equilibrada na construção de uma sociedade próspera, fraterna e justa.” (ICE
- Caderno de Formação Eixos Formativo, p. 21).
O pleno entendimento dos Princípios Educativos e dos Eixos Formativos
pressupõe o aprofundamento da leitura e estudo dos Cadernos de Formação
Princípios Educativos e Cadernos de Formação Eixos Formativos (ICE, 2019),
devendo ser objeto de agenda de estudo coletivo e individual das equipes escolares.
O Programa de Ensino Médio Integral traz, assim, maior robustez
conceitual e metodológica ao currículo e à sua operacionalização bem como às
práticas pedagógicas. E para transformar a intenção educativa anunciada nas bases
teóricas, nos princípios e nos eixos formativos, o Modelo Pedagógico do Programa se
articula de forma indissociável a um modelo de gestão denominado TGE - Tecnologia
de Gestão Educacional.
A TGE é a base na qual o Modelo Pedagógico se alicerça para gerar
resultados tangíveis e mensuráveis. Juntas, essas duas estruturas, Modelo
Pedagógico e Modelo de Gestão “operam por meio de seus princípios e
conceitos, metodologias, práticas educativas e instrumentos, caminhos que
garantem que as múltiplas aprendizagens adquiridas na escola assegurem
valor, sentido e significado às dimensões da vida pessoal, social e produtiva
do estudante”. (ICE - Caderno Modelo de Gestão Tecnologia de Gestão
Educacional, p. 13).

O Modelo de Gestão do Programa de Ensino Médio Integral, a TGE, se


orienta pelos princípios: Ciclo Virtuoso, Educação pelo Trabalho, Comunicação e
pelos conceitos de Descentralização, Delegação Planejada, Ciclo de Melhoria
Contínua, Parceria e Níveis de Resultados.
O Princípio Ciclo Virtuoso se refere à orientação de que “a organização
escolar deve gerar resultados, satisfação da comunidade (entenda-se sociedade) pelo
desempenho dos estudantes, educadores e gestores. Todos devem estar a serviço
da comunidade e se sentir realizados pelo que fazem e pelos resultados que obtêm”.
(ICE - Caderno Modelo de Gestão, p.22).
O Princípio Educação pelo Trabalho
traz uma visão pedagógica na qual o processo educativo deve ocorrer
para, pelo e no trabalho. Na educação para o trabalho, o educando
aprende para trabalhar; na educação pelo trabalho, ele trabalha
para aprender; e na educação no trabalho, ele se autoeduca. A
Educação pelo Trabalho pode ser considerada a veia principal da TGE,
para a qual confluem as estratégias. Por esta razão, este Princípio tem
a condição de mobilizar a escola para o futuro, assegurando ao mesmo
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tempo a sua sobrevivência, a sua expansão e a sua sustentabilidade.


(ICE - Caderno Modelo de Gestão, p. 25).

O Princípio da Comunicação
é a própria fala em movimento entre os interlocutores que, ao ser recebida,
gera outro movimento, de preferência aquilo que é necessário e que se
espera. Se não gerar isso, é somente “falação”. O Gestor deve ter a
comunicação como foco de seu trabalho. Perdendo o foco, põe em risco a
sinergia da equipe. (ICE - Caderno Modelo de Gestão, p. 24).

Uma vez apresentados os Princípios de Gestão que se incorporam aos


Princípios Educativos anunciados como orientadores do Programa de EMTI de Minas
Gerais, apresentam-se os cinco conceitos do Modelo de Gestão.
A Descentralização
significa distribuir as responsabilidades e decisões de um trabalho entre os
protagonistas da ação (os seus autores). Paralelamente, os objetivos das
ações pactuadas devem estar claros para gestores, coordenadores
pedagógicos, professores e estudantes. Com isso, criam-se condições
favoráveis ao delineamento do processo de delegação planejada. A
descentralização está assentada sobre a pedra angular formada pela
disciplina, pelo respeito e pela confiança. (ICE - Caderno Modelo de Gestão,
p. 25).

A Delegação Planejada
significa praticar a liderança acreditando no potencial do outro, em sua
competência e vontade de se desenvolver, tendo em vista a delegação
gradual de autoridade e responsabilidades com base na confiança e no
alinhamento com as concepções filosóficas da escola. O conceito de
descentralização. (ICE - Caderno Modelo de Gestão, p. 26)

O Ciclo de Melhoria Contínua


(Plan, Do Check, Act) é conceito e instrumento destinado a apoiar o processo
de melhoria contínua que considera as fases: planejar, executar, avaliar e
ajustar. Constitui em uma poderosa ferramenta para acompanhamento e
detecção dos ajustes necessários ao final de uma aula, uma eletiva, um
processo ou até mesmo de um período letivo. (ICE - Caderno Modelo de
Gestão, p. 27)

A Parceria é o conceito que traduz a manifestação do compromisso e da


responsabilidade com um objetivo comum entre parceiros locais e parceiros
institucionais.
Níveis de Resultados, por sua vez, relaciona “os resultados alcançados
pela escola e os seus ciclos de vida tendo em vista que há uma relação de
proporcionalidade entre eles”. (ICE - Caderno Modelo de Gestão, p. 32).
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Uma vez apresentados os Princípios de Gestão que se incorporam aos


Princípios Educativos anunciados como orientadores do Programa de EMTI de Minas
Gerais, apresentam-se os cinco conceitos do Modelo de Gestão.
A TGE é definida como a arte de integrar tecnologias específicas e educar
pessoas. Educar significa criar um ambiente educacional onde todos os
educadores sejam estimulados a aprender e pôr em prática seus
conhecimentos a serviço do estudante e da construção de seu Projeto de
Vida. O Modelo e a TGE são indissociáveis e constituem o organismo que
torna possível transformar a missão e a visão da escola em efetiva e cotidiana
ação. (ICE - Caderno Modelo de Gestão Tecnologia de Gestão Educacional,
p.13).

Ao aperfeiçoar o Programa de Ensino Médio Integral fundamentando as


suas bases teóricas e metodológicas em princípios educativos e eixos formativos, bem
como em princípios e conceitos de gestão e seus respectivos instrumentos de
operacionalização, a Secretaria do Estado da Educação de Minas Gerais incorpora
robustez ao ideal formativo de jovens autônomos, solidários e competentes.
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3 CORRESPONSABILIDADE

O Programa de Ensino Médio Integral do estado de Minas Gerais assume


um modelo de educação integral cuja concepção ultrapassa os aspectos cognitivos
da formação escolar, considera o jovem em sua integralidade e vislumbra um
paradigma de escola que responda às necessidades e desafios do século XXI.
Para atender ao desafio de oferecer aos estudantes recursos que permitam
usufruírem de uma sociedade educativa, desenvolvendo as capacidades de aprender
a conhecer, a fazer, a conviver e ser, considerando todas as habilidades e
competências os possibilite desenvolver-se plenamente, o Programa de Ensino Médio
Integral adota como premissa, a corresponsabilidade.
A Corresponsabilidade objetiva comunidade, familiares e parceiros
comprometidos e participativos do projeto escolar.
Para ilustrar sinteticamente o que representa a Corresponsabilidade do
Programa de Ensino Médio Integral do estado de Minas Gerais, apresentamos o
infográfico abaixo.

No âmbito dos parceiros, o Programa de Ensino Médio Integral estabeleceu


parcerias com Instituto de Corresponsabilidade Social, Instituto Sonho Grande e
Instituto Natura que, juntos, se propõem a empreender ações de cooperação para
alcance dos objetivos do projeto educacional do estado de Minas Gerais.
No âmbito escolar, é esperado que a escola mobilize parcerias
contributivas para o alcance de suas metas e que apoiem o projeto de vida dos
estudantes. Internamente, é esperado que todos os educadores da escola se
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comprometam em ser presenças afirmativas na vida dos estudantes, tanto em postura


e atitudes quanto no exercício de suas atribuições profissionais. Para o Programa,
educadores são todos os profissionais da escola, do porteiro ao diretor,
comprometidos e participativos do projeto escolar.
Para além da busca de parcerias locais, os maiores parceiros da escola
devem ser os pais, responsáveis e familiares no apoio ao projeto de vida dos jovens
e para isso, envolvendo-se com o projeto escolar.
Na escola, o mobilizador da corresponsabilidade é o gestor escolar por
meio da liderança que exerce, pela criação de condições para os processos formativos
seu e da equipe escolar e pelo monitoramento dos resultados.
18

A perspectiva da organização escolar será sempre o estudante e o


provimento de uma educação de qualidade. E para o fortalecimento do trabalho
coletivo de todos os envolvidos com o projeto escolar, é necessária clareza na
definição de conhecer os papéis e atribuições de cada profissional da escola, dos
profissionais da Superintendência Regional e dos profissionais de coordenação do
Programa de Ensino Médio Integral.
E assim, para alcançar uma visão educacional compartilhada, os
processos, procedimentos e instrumentos de acompanhamento do projeto escolar
devem ter como Princípios Educativos a Pedagogia da Presença, O Protagonismo, a
Educação Interdimensional, como Princípios de Gestão, a Educação pelo Trabalho, o
Ciclo Virtuoso, a Comunicação bem como reger-se pelos conceitos da
Descentralização, Delegação Planejada, o Ciclo de Melhoria Contínua e Níveis de
Resultados.
O Conselho de Classe, Os Clubes de Protagonismo e O Conselho de
Líderes, por sua vez, são instâncias que também fortalecem a corresponsabilidade na
direção de um novo paradigma escolar centrado no Projeto de Vida dos estudantes
para dar sentido e significado ao papel da escola na formação dos jovens.
Nessa direção, estabelece-se aproximação tendo no exercício de uma
educação de qualidade o elo entre pais e responsáveis e educandos. (Caderno de
Formação Tecnologia de Gestão Educacional).
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4 AS INOVAÇÕES CONTEÚDO, MÉTODO E GESTÃO NO CONTEXTO DOS


CAMPOS DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR

As inovações em conteúdo, método e gestão apresentadas neste


documento resultaram do estudo e integração dos dois Modelos de Ensino Médio em
Tempo Integral: o Programa EMTI de Minas Gerais e o da Escola da Escolha
concebido pelo Instituto de Corresponsabilidade pela Educação, validado e
consolidado pelos resultados obtidos junto aos diversos estados brasileiros nos quais
está expressivamente presente em 15 anos de implementação e desenvolvimento.
No tocante ao alinhamento conceitual e filosófico, as convergências entre
os dois Modelos permitiram a incorporação de referências da Escola da Escolha com
vistas ao fortalecimento do projeto educacional do estado de Minas Gerais.
Desta forma, ao considerar a segunda edição do Documento Orientador do
Ensino Médio em Tempo Integral(EMTI), um Campo de Integração Curricular se
configura em ação curricular integrada e articulada dos conhecimentos e saberes com
vistas a ampliar, diversificar e aprofundar os conceitos e conteúdos da BNCC. Deve
viabilizar, portanto, possibilidades de aprendizagens e de desenvolvimento de
habilidades superadoras da fragmentação curricular.
Nesse sentido, o planejamento e desenvolvimento dos Campos de
Integração Curricular deve considerar a flexibilização curricular e a garantia de
protagonismo dos estudantes por meio de criação de condições para experimentar
diferentes aprendizagens que os ajudarão na construção de seus projetos de vida e
que os fortalecem enquanto sujeitos que buscam aprender, conhecer, conviver e ser.
Na conceituação do Documento Orientador anterior, o Programa propõe
três Campos de Integração Curricular (CIC): (i) Cultura, Artes e Cidadania; (ii)
Múltiplas Linguagens, Comunicação e Mídias e Pesquisa e Inovação Tecnológica.
Cada um dos CIC abrange um conjunto de atividades curriculares.
O aperfeiçoamento do Programa de Ensino Médio em Tempo Integral
considera que os CIC ganham robustez conceitual e metodológica por meio da
alteração da atual configuração dos Campos de Integração Curricular para as
seguintes inovações em conteúdo e que constituem Metodologias de Êxito: Projeto
de Vida, Pós Médio, Estudos Orientados e Práticas Experimentais e cujo
aprofundamento conceitual e metodológico encontra-se no Caderno Inovações em
Conteúdo, Método e Gestão-Metodologias de Êxito (ICE, 2019). Seu estudo coletivo
20

e individual é fundamental para garantir o pleno entendimento e a correta aplicação


das inovações.
Cada uma dessas Metodologias de Êxito converge com a natureza de um
dos três Campos de Integração Curricular. Sua reorganização na carga horária da
Parte Diversificada se fundamenta na necessidade de garantir outras experiências
curriculares e de ampliação de repertório que atendam ao desafio de assegurar uma
formação escolar que crie as condições para apoiar os estudantes na construção de
seus Projetos de Vida. Isso significa incorporar inovações em conteúdo, método e
gestão ao currículo do Programa de Ensino Médio Integral de Minas Gerais.
Com vistas a garantir uma “ formação escolar que permitirá que o estudante
desenvolva uma visão do seu próprio futuro, sendo capaz de transformá-lo em
realidade para atuar nas três dimensões da sua vida: pessoal, social e produtiva” (ICE
- Caderno Concepção do Modelo Pedagógico, p. 42), os Campos de Integração
Curricular ganham elementos enriquecedores para o alcance dos objetivos de
aprendizagens anunciados no Documento Orientador do Projeto Escolar do Programa
de Ensino Médio Integral. São inovações no currículo e na ressignificação da ação
prática educativa.
Segue o conceito de Metodologias de Êxito para compreender a
incorporação de seus pressupostos teóricos e metodológicos na perspectiva dos
Campos de Integração Curricular.
As Metodologias de Êxito são componentes curriculares da Parte
Diversificada que exercem o papel de articuladores entre o mundo acadêmico
e as práticas sociais, ampliando, enriquecendo e diversificando o repertório
de experiências e conhecimentos dos estudantes. Elas são executadas por
meio de aulas e procedimentos teóricos e metodológicos que favorecem a
experimentação de atividades dinâmicas contextualizadas e significativas
para os estudantes em distintas áreas. (ICE - Caderno Inovações em
Conteúdo, Método e Gestão- Metodologias de Êxito, p. 15, 2019).

Nessa direção, os Campos de Integração Curricular ganham novas


nomenclaturas, incorporam conceitos e metodologias a partir da organização temporal
de 2h/aulas semanais para as aulas de Projeto de Vida, Pós Médio e Práticas
Experimentais e 6h/aulas semanais para Estudos Orientados. Todos os componentes
curriculares contam com professores lotados e com atuação presencial.
Do ponto de vista da implementação, atualmente, os CIC apresentam carga
horária diferenciada a depender do componente curricular (6h, 5h ou 4h). Na nova
organização curricular, a reorientação da carga horária dos professores de CIC será
definida no início do segundo semestre, marcado pela realização da Formação Inicial
21

das Equipes Escolares e fundamentada na área de formação acadêmica e perfil


profissional observada a composição do quadro docente de cada escola. Tudo isso
tendo em vista o pleno desenvolvimento do currículo do Programa de Ensino Médio
Integral.
Ainda na nova configuração curricular, a escola ofertará 1 Campo de
Integração Curricular de 2h semanais, por turma, a depender da análise da Equipe
Escolar quanto à relevância do CIC que mais ressignificar a tarefa educativa e a
escola, como local de oportunidades para a construção do Projeto de Vida dos
estudantes na perspectiva do ideal formativo do jovem autônomo, solidário e
competente. A escolha pelo CIC deve considerar ainda se este Campo de Integração
Curricular assegura condições de desenvolvimento de suas potencialidades,
aquisição e aprofundamento de conhecimentos, valores e desenvolvimento de
competências para o século XXI.

4.1 Projeto de Vida


4.1.1 Conceito

Projeto de Vida é uma Metodologia de Êxito que objetiva despertar nos


jovens os seus sonhos e ambições, o que desejam para as suas vidas e que pessoas
pretendem ser, mobilizando-os a pensar nos mecanismos necessários para essa
realização. É mais que reflexão sobre sonhos e planos. É sobre descobertas de
potencialidades, de limites, de desejos. Não é um processo simples e nem rápido,
mas uma grande tarefa a ser realizada, é o primeiro projeto para uma vida toda. (ICE,
Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão, 2019).
No Programa EMTI, essa tarefa é plenamente possível e é um dos mais
transformadores processos humanos, tanto para os jovens quanto para aqueles que
os apoiam.
O suporte teórico-conceitual e metodológico para o pleno entendimento e
domínio desta Metodologia de Êxito encontra-se no Caderno de Formação
Metodologias de Êxito. (ICE, Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão, P.
3-27, 2019).
22

4.1.2. Implementação

Atualmente, a Formação para a Cidadania se desdobra nos temas: Direitos


Humanos, Educação para o Consumo, Educação Fiscal e Financeira e Participação
Social e Política e Projeto de Vida e se desenvolve a partir das experiências dos
estudantes nos Campos de Integração Curricular. No entanto, Projeto de Vida carece
de conceito e metodologia.
Em função dessa configuração, incorporou-se a Metodologia de Êxito
Projeto de Vida a fim de potencializar a atual proposta de Educação para a Cidadania
e Projeto de Vida.
A Educação para a Cidadania foi reposicionada como parte integrante do
Eixo Formativo Formação para a Vida, alinhando os subtemas de Formação para a
Cidadania à transversalidade possível nos componentes curriculares da BNCC e da
Parte Diversificada. E para a adequada implantação, faz-se necessário que o
Especialista da Educação Básica e o Coordenador do EMI liderem o movimento do
currículo por meio dos Eixos Formativos para garantir sua operacionalização na
prática pedagógica.
O Projeto de Vida, por sua vez, torna-se a centralidade do Projeto Escolar,
além de ocupar seu lugar como componente curricular com material didático
estruturado em 80 temáticas ao longo dos 1º e 2º anos. Passa a ocupar carga horária
semanal de 2h na matriz curricular como Metodologia de Êxito. Significa dizer que é,
ao mesmo tempo, a centralidade do projeto escolar e Metodologia de Êxito. Para as
turmas em curso, haverá uma Edição Especial de aulas de Projeto de Vida.
Nesse sentido, os componentes curriculares Formação para Cidadania e
Projeto de Vida passam a ser denominados Projeto de Vida com 2h semanais. É
recomendável que o professor responsável por ministrar esse componente curricular
seja licenciado. No entanto, dada a especificidade do quadro docente de Minas Gerais
que conta com professores designados com notório saber sob autorização temporária,
admitem-se professores designados não licenciados, dotados de perfil compatível
com os conceitos e fundamentos da Metodologia de Êxito Projeto de Vida cujo
referencial teórico e metodológico é citado neste documento.
Como parte do processo formativo dos professores deste componente, o
Programa de Ensino Médio Integral de Minas Gerais conta com a cooperação técnica
do ICE no desenvolvimento de Formação de Aprofundamento em Projeto de Vida. E
23

como suporte teórico e metodológico dos professores, há um conjunto de 80 aulas em


material didático estruturado. É importante ressaltar que o aprofundamento nas bases
teóricas e metodológicas de Projeto de Vida encontra-se no Caderno Inovações em
Conteúdo, Método e Gestão Metodologias de Êxito.
Para efeito de organização da lotação dos docentes na Metodologia de
Êxito em Projeto de Vida são necessários 2 professores por escola quando esta
possuir duas ou mais turmas de Ensino Médio Integral. E para a adequada
implantação, a liderança do Especialista da Educação Básica e do Coordenador de
EMI é fundamental para que sejam garantidos espaços e tempos para que todos os
educadores se envolvam com o Projeto de Vida dos estudantes, apoiando-os e
estimulando-os em suas reflexões sobre seus sonhos.

4.2 Pós Médio: Um Mundo de Possibilidades


4.2.1. Conceito

É uma Metodologia de Êxito que apoia os estudantes do 3º ano do Ensino


Médio naquilo que é o seu foco, seja o ingresso na Universidade ou a inserção no
mundo do trabalho ou outra área do campo produtivo, numa ação que complemente
a sua formação de orientação acadêmica.
Esta metodologia está diretamente ligada ao eixo - Formação Acadêmica
de Excelência. O conteúdo apresentado no Pós Médio: Um Mundo de Possibilidades
deve ser trabalhado em diferentes perspectivas, que incluem não só a expectativa de
inserção no mundo do trabalho, mas a consideração de múltiplas oportunidades de
atuação produtiva que podem variar no tempo, de acordo com as trajetórias, os
desejos e as possibilidades de cada estudante, tendo em vista aquilo que foi planejado
no seu Projeto de Vida.
O suporte conceitual e metodológico desta Metodologia de Êxito deve
compor a agenda de estudo individual e coletivo da equipe escolar, com base no
Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão Metodologias de Êxito (p. 68-74).

4.2.2. Implementação

Na perspectiva de garantir que a experiência escolar dos estudantes


convirja com a criação de condições para a construção de seus projetos de vida, este
24

componente curricular incorpora a nomenclatura, conceitos e metodologias do Pós


Médio: um Mundo de Possibilidades.
Esta Metodologia de Êxito possui consistência conceitual alinhada aos
diferentes interesses dos estudantes frente aos desafios e possibilidades do mundo
após o Ensino Médio além de estrutura metodológica que garante a
interdisciplinaridade e o envolvimento de toda a equipe escolar com essa etapa da
vida dos estudantes de 3º ano em ações de efetivo apoio. Se efetiva por meio de dois
apoios: aulões para o ENEM e um conjunto de aulas denominado “Um Mundo de
Possibilidades” em material didático estruturado. Neste material há um conjunto de
temas que apoiarão o professor no desenvolvimento da abordagem possível, com
autonomia docente de como desenvolver as aulas a partir dos conteúdos indicados.
Possui 2h semanais.
Um Mundo de Possibilidades é intercalado com os aulões do ENEM numa
proporção de 1 aula de Um Mundo de Possibilidades para cada 2 aulões para o ENEM
ou 1 aula de Um Mundo de Possibilidades para cada 3 aulões.
Atualmente, o Curso de Aprofundamento e Revisão para o ENEM organiza-
se em 9h semanais distribuídas entre os três Campos de Integração Curricular, com
o objetivo de desenvolver as 120 habilidades da Matriz de Referência do ENEM e não
se constitui um componente assegurado para todos os estudantes do Programa de
Ensino Médio Integral. Com a nova configuração, amplia a abordagem conceitual e
metodológica deste CIC e é ofertado para todos os estudantes dessa série.
Para atuação docente no componente curricular Pós Médio: Um Mundo de
Possibilidades é necessário que o professor seja licenciado, independente da área de
conhecimento. O professor de Pós Médio pode ou não ser o mesmo de Projeto de
Vida. Haja vista que este último tem muitas entregas a fazer, se houver outro professor
disponível para Pós Médio, será mais facilitada a implantação desses novos
componentes curriculares. E para a concretização deste trabalho formativo os
professores recebem um material estruturado com um conjunto de ações temáticas
para os professores desenvolverem junto aos estudantes.
Para o pleno entendimento e o correto desenvolvimento deste componente
curricular, a liderança no apoio, organização e acompanhamento do trabalho
pedagógico do Especialista da Educação Básica e do Coordenador de EMII é
fundamental para que os estudantes avancem na construção de seus projetos de vida
com o apoio do Pós Médio: Um Mundo de Possibilidades.
25

4.3 Estudos Orientados


4.3.1. Conceito

Estudos Orientados é uma Metodologia de Êxito ofertada para os


estudantes para que usufruam de condições (tempo, ambiente e recurso) e
desenvolvam habilidades que os apoiem a aprender sobre o que é estudar, por que
estudar e como estudar, priorizando e direcionando sua aprendizagem de acordo com
seus interesses e necessidades. Tem foco no desenvolvimento do autodidatismo e
protagonismo do estudante.
As correlações que seguem se fundamentam no Caderno de Formação
Metodologia de Êxito para fortalecimento do referencial conceitual que sustenta a
Metodologia de Êxito Estudo Orientado da Escola da Escolha.
A razão de ter tempo e espaço estruturado na escola se fundamenta em
alguns elementos:
(i) em geral, os estudantes não dispõem em casa das condições
necessárias para realizar os estudos (tempo, ambiente e recursos);
(ii) os estudantes traduzem estudos como sendo a realização de
tarefas;
(iii) quando estuda o educando cria outras oportunidades de aprender,
desenvolve novas habilidades e pratica o exercício de aprender a
aprender;
(iv) estudar é fundamental para o cultivo do desejo de continuar a
aprender ao logo da vida.
Os Estudos Orientados passam a ter presencialmente um professor
mediador do processo a partir da necessidade de ensinar os estudantes a aprender a
estudar por meio de técnicas de estudo e do reconhecimento da importância de criar
uma rotina na escola que contribua para a melhoria da aprendizagem.
Ao relacionar os Estudos Orientados aos Quatro Pilares da Educação, os
estudantes são estimulados para o desenvolvimento de habilidades cognitivas como
a capacidade de compreensão, análise e síntese e da capacidade de trabalho
metódico e sistematizado, ilustrada nas habilidades metacognitivas do Pilar do
Aprender a Aprender. Além dessa dimensão, são estimulados à solidariedade,
cooperação e socialização e, adicionalmente, desenvolvem habilidades como:
26

entusiasmo, autonomia, autogestão, foco, planejamento, autodidatismo,


responsabilidade, espírito gregário e outras.
Esta Metodologia de Êxito desenvolve o protagonismo dos estudantes por
meio do(a):
(i) monitoria acadêmica, uma das mais genuínas práticas de
protagonismo solidário por colocar à disposição de um colega o seu
tempo, o seu conhecimento, o seu talento, se colocando como parte da
solução do problema de seu colega.
(ii) desenvolvimento do autodidatismo como foco de uma competência
importante para a prática educativa do jovem em relação à sua
aprendizagem.
Os Estudos Orientados apoiam de forma significativa o Projeto de Vida dos
estudantes porque:
(i) desenvolvem competências que permitem ao estudante a aprender a
fazer escolhas, a priorizar o que estudar ou a direcionar a sua
aprendizagem de acordo com seus interesses e necessidades;
(ii) organiza a rotina de estudos, ensina a estudar por meio do
planejamento, apoio para organização e execução de atividades de
uma agenda pessoal;
(iii) é estruturante para o processo de elaboração do Projeto de Vida
durante as aulas do 2º ano do EM porque trabalha habilidades de
planejamento;
(iv) exercita sua capacidade de iniciativa, de determinação e de
autoconhecimento.
O aprofundamento conceitual e teórico desta Metodologia de Êxito deve
constituir agenda de estudo individual e coletivo da equipe escolar, por meio do
Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão Metodologias de Êxito (p. 46-63).

4.3.2. Implementação

O componente Estudos Individuais Orientados passa a ter a


nomenclatura de Estudos Orientados com lotação de professor para este
componente. São 6h semanais, sendo 2h de Avaliação Semanal e 4h de
27

desenvolvimento de estudos diversos. A Avaliação Semanal é parte da agenda de


estudos dos estudantes.
Considerando que o atual quadro de lotação dos professores em CIC
possui professores sem licenciatura e de autorização temporária, esses profissionais
devem ser lotados em Estudos Orientados/ Avaliação Semanal. Com o suporte junto
às escolas, o Especialista da Educação Básica e o Coordenador de EMII são os
profissionais de apoio formativo e acompanhamento do trabalho dos professores
deste componente curricular.

4.4 Práticas Experimentais


4.4.1. Conceito

As Práticas Experimentais são aulas realizadas nos mais diversos espaços


das escolas, incluindo laboratórios de Ciências e Matemática, caso possuam. Os
diferentes espaços de aprendizagem proporcionam oportunidade de vital importância
para que o estudante seja atuante construtor do próprio conhecimento, descobrindo
que a Ciência é mais do que aprendizagem de fatos.
Nessa perspectiva, as práticas e experimentos desenvolvidos devem
permitir uma ampliação do grau de compreensão do mundo que cerca o jovem no seu
cotidiano, dando-lhe suporte conceitual e procedimental para enxergar o seu entorno
e encontrar explicações. E a escola é o espaço que deve agregar o binômio ciência-
formação, segundo a interação educador-educando.
O suporte conceitual e metodológico de Práticas Experimentais encontra-
se no Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão Metodológica de Êxito (p.
64 a 67).

4.4.2. Implementação

O CIC de “Pesquisa e Inovação Tecnológica” incorpora a nomenclatura e a


abordagem conceitual e metodológica de Práticas Experimentais, que é uma
Metodologia de Êxito nas áreas de Matemática, Biologia, Química e Física, com
significativa aproximação conceitual com o CIC.
Para adequada implementação, recomenda-se que os professores dos
atuais CIC cujas atividades também têm aproximação com Matemática, Biologia,
28

Física e Química sejam lotados em Práticas Experimentais, desde que sejam


licenciados.
Excepcionalmente, a lotação de professores das áreas de Linguagens e
Humanas pode compor a lotação, quando esgotadas as possibilidades de lotação dos
professores de Biologia, Química, Física e Matemática e desde que esses
componentes também aproximem a abordagem conceitual e metodológica aos
pressupostos de Projeto de Pesquisa e Intervenção.
Significa dizer que os conceitos de Projeto de Pesquisa e Intervenção
foram mantidos e incorporados a Práticas Experimentais a fim de garantir tempos e
espaços estruturados no processo pedagógico. No documento orientador anterior
esse tema transversal estava previsto, mas sem tempo e espaço pedagógico
garantidos.

4.5 Inovações nas práticas educativas


4.5.1. Acolhimento
4.5.1.1. Conceito
O Acolhimento é uma Prática Educativa incorporada ao Programa de EMTI
de Minas Gerais como um elemento fundamental para o desenvolvimento do processo
educativo.
É um marco na vida dos estudantes que ingressam na escola porque
demonstra, desde os primeiros dias do ano letivo, a importância de cada pessoa no
processo de construção, autodesenvolvimento e de realização do seu Projeto de Vida,
além de garantir a troca de experiências e integração entre todos da escola. São
realizados três tipos de Acolhimento, a depender:

1. do público a que se destina: Equipe Escolar, Pais e Responsáveis ou


estudantes;
2. da frequência com que se realiza: início do ano ou diariamente; e
3. de quem o executa: Jovens Protagonistas Acolhedores, egressos de
outras escolas constituídas pelo Modelo da Escola da Escolha, estudantes da própria
escola ou uma conjunção dos dois grupos. (Caderno Inovações em Conteúdo, Método
e Gestão Rotinas e Práticas Educativas, p.24).
29

No Acolhimento é anunciado aos estudantes e a seus familiares que toda


a equipe escolar e o projeto escolar estão a serviço de criar as condições para a
realização do Projeto de Vida dos estudantes.
Esta Prática Educativa fortalece e consolida laços de diálogo, estima e
receptividade entre escola, pais e estudantes. É “momento de compartilhamento da
visão e missão da escola. É, ainda, estratégia para estimular o engajamento dos Pais
ou Responsáveis no seu desenvolvimento e conhecerem outras maneiras de apoiar
os seus filhos”. (ICE - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão Rotinas e
Práticas Educativas, p. 28).

4.5.1.2. Implementação
A implementação do Acolhimento Inicial dos estudantes e seus familiares
e da equipe escolar é de coordenação da Secretaria da Educação em cooperação
técnica com o ICE no que diz respeito às orientações e diretrizes de operacionalização
desta Prática Educativa no âmbito de cada escola. É no Acolhimento Inicial que os
estudantes e seus familiares conhecem as bases do projeto escolar e é nesse tempo
e espaço de prática e vivência de protagonismo que os estudantes passam a refletir
sobre seus sonhos e a entender que a escola é o lugar de oportunidade para alcança-
los.
A partir do Acolhimento Inicial, se estabelece o Acolhimento Diário dos
estudantes como estratégia de fortalecer e vivenciar no cotidiano escolar o princípio
da Pedagogia da Presença. Se constitui na rotina como uma prática educativa que
ultrapassa a recepção dos estudantes na entrada da escola. É no início do dia, com o
Acolhimento Diário, que o estudante se sente reconhecido, visto, ouvido, respeitado e
acolhido.
Ele é realizado como oportunidade para comunicar aos estudantes que são
bem-vindos para aquele dia na escola, e o fazem por intermédio da troca de
pequenos gestos, porém fundamentais, tais como: O sorriso que acolhe; o
bom dia verdadeiro; o olhar atento; a busca pela compreensão de possíveis
problemas e a percepção de que algum estudante chegou de maneira di-
ferente do usual para a jornada escolar (ICE - Caderno Inovações em
Conteúdo, Método e Gestão Rotinas e Práticas Educativas, p. 36)

O Acolhimento Diário é, portanto, uma prática educativa que ocorre no


momento da chegada dos estudantes à escola, no início da manhã e é liderada pelo
diretor da escola, que acolhe diariamente os estudantes. Se alinha com a atual prática
“Momentos Coletivos de Convivência e Integração”, como definição de um tempo
30

destinado à realização de momentos coletivos para integrar e fortalecer os vínculos


entre toda a equipe escolar.
Na segunda edição do Documento Orientador, Momentos Coletivos de
Convivência e Integração caracteriza-se pela definição de um tempo destinado à
realização de momentos coletivos para integrar e fortalecer os vínculos entre toda a
Equipe Escolar. Considerando que a Prática Educativa Acolhimento Diário
proporciona essa aproximação entre toda Equipe Escolar, bem como o fortalecimento
de vínculos, a abertura e a reciprocidade entre educadores e educandos e entre os
educadores, reconhece-se, assim, que a Prática Educativa Acolhimento Diário
contempla os objetivos de Momentos Coletivos de Convivência e Integração.
O suporte conceitual e metodológico para pleno entendimento desta
importante Prática Educativa encontra-se no Caderno Inovações, Método e Gestão
Rotinas e Práticas Educativas (p.24-38).

4.5.2Clubes de Protagonismo
4.5.2.1. Conceito
O Clube de Protagonismo é um espaço destinado aos estudantes. Ele é
organizado para atender áreas de interesse dos estudantes e, a partir delas, seus
integrantes devem desenvolver atividades que proporcionem trocas de informações e
de experiências relacionadas ou não à vida escolar.
Os Clubes devem atuar de modo a colaborar com o sucesso dos
estudantes e da escola. O objetivo relevante é a formação do estudante protagonista
pois a partir da vivência no Clube, o estudante desenvolverá e exercitará um conjunto
de habilidades essenciais para a sua formação nos âmbitos da sua vida pessoal,
social e produtiva.
Os Clubes de Protagonismo se utilizam de instrumentos de gestão,
acompanhamento e avaliação para confirmar se as atividades desenvolvidas pela
equipe realmente estão relacionadas ao que foi planejado.

4.5.2.2. Implementação
A implementação dos Clubes de Protagonismo é de iniciativa dos
estudantes, que passam a se organizar em clubes a partir de interesse em comum
com outros estudantes.
31

Os Clubes de Protagonismo precisam ter claros os elementos que


orientarão os seus trabalhos para que as atividades possam ser desenvolvidas da
melhor maneira e o Clube não perca o seu foco. Para elaborar o Plano de Ação é
importante ser o mais claro possível, pois isso ajuda na hora de saber o que é, ou não
interesse e responsabilidade do Clube de Protagonismo.
Para o pleno entendimento e correto desenvolvimento, o diretor da escola
é o principal apoiador das ações dos Clubes de Protagonismo, incluindo em sua
agenda, reuniões sistemáticas e fixas com os Presidentes dos Clubes. O horário de
funcionamento dos Clubes não ocupa tempo e espaço na matriz curricular, ocorrendo,
via de regra, em horário de almoço, em dia(s) de livre(s) escolha dos associados dos
Clubes.
Todo o suporte conceitual e metodológico para estudantes e educadores
encontram-se no Caderno Rotinas e Práticas Educativas (p. 50-59) e nos Cadernos
do Protagonista e da Gestão Protagonista. O aprofundamento destes documentos é
imprescindível para o desenvolvimento do protagonismo autêntico dos estudantes na
direção da construção de seus projetos de vida.

4.5.3 Liderança de Turma


4.5.3.1. Conceito
A liderança de turma se constitui como espaço de práticas e vivências de
Protagonismo. O Líder de Turma é o estudante indicado e eleito pelos colegas para
representá‐los, tendo o importante papel de colaborar de maneira corresponsável na
formação e no desenvolvimento dele próprio e dos demais colegas por meio da
vivência da liderança servidora como protagonista. As atividades da liderança de
turma envolvem:
a) integrar a turma;
b) sondar as dificuldades e buscar suas superações;
c) participar das reuniões solicitadas pela Gestão e fazer o devido repasse
das informações;
d) orientar e acompanhar o planejamento e a execução das diversas
atividades da turma;
e) facilitar o contato e a relação entre estudantes, professores e gestão;
f) falar e responder em nome da turma em toda e qualquer situação,
buscando sempre o bem-estar coletivo;
32

g) Conselho de Líderes e sua importância para o desenvolvimento do


Protagonismo Juvenil.
O Conselho é formado pelo conjunto de Líderes de todas as turmas e
trabalha para contribuir tanto com o desenvolvimento dos seus colegas, quanto do
projeto escolar. A atuação do Conselho de Líderes compreende o Rito da Liderança
que compreende uma cerimônia, para formalizar e apresentá-los para toda a
comunidade escolar, após a realização da eleição dos líderes.
Periodicamente, os líderes utilizam-se de dados relativos ao cotidiano
escolar para discutir e propor alternativas para melhoria dos processos educativos.
Um bom exemplo dessa prática refere-se à utilização dos dados da frequência das
turmas, do cumprimento das tarefas e de outros indicadores de processo inerentes à
rotina.
Para que os estudantes se desenvolvam plenamente na perspectiva da
formação protagonista, os educadores devem ser referências para os líderes na
perspectiva de criar espaços para que o jovem possa empreender, ele próprio, a
realização das suas potencialidades pessoais e sociais.
É imprescindível cada educador:
a) ter convicções sólidas a respeito da importância da participação dos
estudantes na solução de problemas reais na escola e na comunidade;
b) conhecer os elementos fundamentais da dinâmica e funcionamento das
práticas e vivências em Protagonismo;
c) ter algum conhecimento sobre a situação problema a ser enfrentada ou
sobre as expectativas dos estudantes em torno dos seus planos;
d) ter espírito animador e colaborativo;
e) desenvolver a capacidade de administrar as oscilações de
comportamento frequente e natural entre os adolescentes (seus
conflitos, passividade, indiferença, agressividade, etc.);
f) ter autocontrole quanto aos seus próprios sentimentos e reações;
g) estar aberto para colher e compreender as manifestações emitidas pelo
grupo.
O aprofundamento conceitual e metodológico que apoiará as práticas e
vivências em Protagonismo encontram-se no Caderno Inovações em Conteúdo,
Método e Gestão – Práticas Educativas (p.50-59).
33

4.5.3.2. Implementação
A implementação da liderança de turma como prática e vivência de
protagonismo pressupõe o envolvimento e participação dos estudantes como parte da
solução das questões que envolvem a escola, seu entorno e as questões sociais mais
amplas.
Para efetiva participação dos estudantes, são estabelecidas reuniões de
fluxo da liderança de turma que abrangem: Conselho de Líderes e Gestão Escolar,
Líderes com Líderes e Líderes com liderados (seus pares). O apoio, acompanhamento
e incentivo dos líderes de turma é papel e atribuição do Gestor Escolar.
34

5 INOVAÇÕES NA GESTÃO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM

Para além da ampliação das bases e fundamentos do Programa e das


inovações de conteúdo no currículo, o aperfeiçoamento do Programa de Ensino Médio
Integral de Minas Gerais define os procedimentos, processos e instrumentos da
gestão do ensino e da aprendizagem capazes de apoiar os educadores em novas
bases para a organização do trabalho pedagógico na sala de aula e na escola.
Como inovação em método de gestão do currículo, apresentamos
inicialmente o Guia de Ensino e de Aprendizagem, que se configura como um recurso
que garante o alinhamento e o monitoramento do currículo previsto, dado e aprendido
para obtenção dos resultados pretendidos na formação dos estudantes. Ele é um
recurso inovador por atender a três públicos distintos
junto ao professor: para o planejamento e desenvolvimento das atividades
pedagógicas do componente curricular que ele ministra; junto ao estudante:
para apoiar o desenvolvimento da capacidade de autorregulação da sua
aprendizagem, pois fornece informações sobre os componentes curriculares
(atividades didáticas, fontes de consulta etc.) que eles necessitarão para criar
os seus próprios mecanismos de planejamento de estudos; junto aos Pais e
Responsáveis: para complementar os mecanismos de comunicação de que
a escola já dispõe e apoiá-las no acompanhamento de ensino/aprendizagem
dos estudantes. (ICE, Escola da Escolha Caderno Inovações em Conteúdo,
Método e Gestão, p. 23).
.
Ao inserir os estudantes na comunicação e acompanhamento do currículo
com os jovens, por meio do Guia de Ensino e de Aprendizagem, a escola cria as
condições para o desenvolvimento do protagonismo dos estudantes na relação com
sua aprendizagem, considerando as necessidades, os interesses e os propósitos dos
estudantes.
Ao comunicar para as famílias quais aprendizagens estão previstas e estão
sendo realizadas, a escola traz a família para a corresponsabilidade junto ao
desenvolvimento dos jovens no apoio a seus projetos de vida.
E, finalmente, ao utilizar-se de Guia de Ensino e de Aprendizagem, a escola
atua de forma objetiva no processo ensino-aprendizagem de cada componente
curricular.

O Guia de Ensino e de Aprendizagem orienta o professor em relação aos


tempos necessários à prática pedagógica para construção das
aprendizagens pelos jovens. Ele é um instrumento, prioritariamente,
orientador da prática docente uma vez que organiza e alinha as demandas
pedagógicas unindo de modo lógico e articulado as habilidades exigidas pela
Base Nacional Comum Curricular e sua Parte Diversificada (ICE, Escola da
Escolha Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão, p. 24).
35

Há uma relação direta do Guia de Ensino e de Aprendizagem com as


Metodologias de Êxito no sentido de o instrumento “tornar “ação” aquilo que é
apresentado enquanto princípio educativo” e enquanto fundamentos e conceitos de
cada uma (idem, p. 26) e de desenvolver habilidades relativas a
competência pessoal (Aprender a Ser), como a autorregulação, a
corresponsabilidade, a responsabilidade pessoal, etc., competência cognitiva
(Aprender a Conhecer), como o didatismo e o autodidatismo e competência
social (Aprender a Conviver), como as atividades de didática cooperativa,
entre outras. (ICE, Escola da Escolha Caderno Inovações em Conteúdo,
Método e Gestão, p.26).

Significa afirmar que este recurso movimenta as referências conceituais e


princípios da Escola da Escolha e é apoiado pelos instrumentos de planejamento da
escola com vistas a “nortear a ação de ensino do professor dando a unidade
necessária ao melhor desenvolvimento da prática pedagógica em todas as dimensões
do currículo”. (ICE, Escola da Escolha Caderno Inovações em Conteúdo, Método e
Gestão, p. 24).
A operacionalização da gestão do currículo previsto, dado e aprendido por
meio do Guia de Ensino e de Aprendizagem se dá a cada bimestre, período em que
é elaborado por componente curricular e por professor. O Especialista da Educação
Básica orienta e acompanha o desenvolvimento do Guia de Ensino e de
Aprendizagem dos professores e o Coordenador de Ensino Médio Integral valida o
instrumento na perspectiva de articulação com a Parte Diversificada do currículo.
Importante ressaltarmos que o Guia de Ensino e de Aprendizagem não substitui o
Plano de Aula do professor e não é um Planejamento anual.
O modelo do Guia de Aprendizagem se encontra na página 25 do Caderno
Gestão do Ensino e da Aprendizagem e todo o suporte teórico, conceitual e
metodológico que aprofunda o tema Guia de Ensino e de Aprendizagem encontra-se
no Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão (p. 23-33) O aprofundamento
no Caderno de Formação é imprescindível para que a escola avance no pleno
entendimento e correta aplicação do Guia de Ensino e de Aprendizagem.
O compromisso do Programa de Ensino Médio Integral de Minas Gerais
com a integralidade da ação educativa e tendo como ideal formativo o jovem
autônomo, solidário e competente passa a definir o Conselho de Classe como um
elemento imprescindível para a gestão do ensino e da aprendizagem, com os
36

pressupostos, procedimentos e etapas incorporados do Modelo Escola da Escolha,


do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação.
Historicamente, o Conselho de Classe é um órgão colegiado,
representativo, com a responsabilidade de estudar, planejar, debater, deliberar,
acompanhar, controlar e avaliar periodicamente a avaliação do desempenho escolar
dos estudantes.
Na perspectiva do Programa de Ensino Médio Integral de Minas, o
Conselho de Classe passa a incorporar as concepções do Modelo Escola da Escolha
na caracterização e funcionalidade deste colegiado, ampliando, portanto, sua
referência na organização do trabalho escolar, constituindo-se como:
Elemento fundamental de gestão para o processo de melhoria contínua dos
resultados da escola; Instância privilegiada de reflexão e avaliação sobre o
trabalho pedagógico e desempenho dos sujeitos avaliados – estudante e
professor; Oportunidade para o exercício do estudante como fonte de
iniciativa, liberdade e compromisso; Prática contributiva para o permanente
aperfeiçoamento do professor na perspectiva da sua formação continuada e
autodesenvolvimento; Oportunidade para o exercício do protagonismo
autêntico e da corresponsabilidade pelos estudantes. (Caderno Inovações
em Conteúdo, Método e Gestão-Gestão do Ensino e da Aprendizagem, p.
34).

A participação do estudante e do professor é direta, efetiva, representativa


e deliberativa e o foco do trabalho é a centralidade da avaliação, considerando todos
os envolvidos na prática pedagógica.
No campo das responsabilidades da equipe e comunidade escolar, o
Especialista da Educação Básica (ou o Coordenador de EMII) organiza e
coordena as reuniões dos Conselhos e analisar as condições institucionais
que interferem na aprendizagem. Os professores, por sua vez, analisam o
percurso de cada estudante com base no Guia de Ensino e de Aprendizagem,
favorecendo a revisão de estratégias pedagógicas e autorreflexão enquanto
profissional. Os estudantes avaliam a própria aprendizagem e atuam como
protagonista também no processo educativo. E os pais e responsáveis
acompanham a aprendizagem no que diz respeito aos resultados qualitativos
e quantitativos dos seus filhos. (Caderno Inovações em Conteúdo, Método e
Gestão-Gestão do Ensino e da Aprendizagem, p. 34).

Nessa direção, a implantação do Conselho de Classe na conceituação


anunciada pelo Programa de Ensino Médio Integral mobiliza todos os envolvidos,
envolve a análise, discussão, reflexão e do processo de ensino e tomada de decisão
para garantia de maior e melhor aprendizagem.
A estrutura programática do Conselho de Classe se constitui de realização
de 05 Conselhos de Classe durante o ano com focos distintos e baseados em
necessidades específicas.
37

 Diagnóstico (1º Conselho de Classe);


 Acompanhamento (2º,3º e 4º Conselhos de Classe);
 Promocional (5º Conselho de Classe).
O Programa de Ensino Médio Integral de Minas Gerais garante às equipes
escolares o suporte conceitual e metodológico para o pleno entendimento e
desenvolvimento do Conselho Escolar no Caderno Inovações em Conteúdo, Método
e Gestão - Gestão do Ensino e da Aprendizagem (p. 34-42). É imprescindível a
incorporação deste referencial aos estudos individuais e coletivos da equipe escolar.
Face ao exposto sobre tema Gestão do Ensino e da Aprendizagem quanto
ao Guia de Ensino e de Aprendizagem e Conselho Escolar com foco na garantia
de recursos, espaços, tempos e mecanismos de garantia de aprendizagem dos
estudantes, os aproximamos da conceituação de Avaliação definida pelo Programa
de Ensino Médio Integral, inspirada nas concepções de educação e nas bases e
fundamentos do Modelo Escola da Escolha, do ICE, que passam a ser incorporados
pelo Programa de Minas Gerais.
Nesse sentido, a Secretaria de Estado de Educação assume que
a avaliação é prática processual que se põe a serviço da aprendizagem dos
estudantes a partir da identificação dos seus avanços e retenções e deve
estar comprometida com o seu processo de formação nas várias dimensões
humanas, assegurando que o estudante compreenda o mundo em que vive
para que dele possa usufruir e nele esteja preparado para atuar. (Caderno
Inovações em Conteúdo, Método e Gestão-Gestão do Ensino e da
Aprendizagem, p. 5).

Dada a centralidade da aprendizagem para a concepção de avaliação do


Programa de Ensino Médio Integral, apresentamos seus pressupostos, os tipos e os
mecanismos de avaliação, acompanhamento e observação dos processos de ensino
e de aprendizagem para avaliação da aprendizagem dos estudantes.
O debate contemporâneo sobre avaliação validado pela comunidade
científica a coloca na perspectiva de alinhamento com as necessidades de formação
escolar para atuar no século XXI, cujas bases teóricas do Programa de Ensino Médio
de Minas Gerais são anunciadas neste documento e aprofundadas nos Cadernos de
Formação: Concepção do Modelo Escola da Escolha, Conceitos, Educação Inclusiva
e Concepção do Modelo Pedagógico.
O debate contemporâneo da comunidade científica brasileira e
internacional sobre as concepções e práticas de avaliação anuncia que ainda é
necessário ampliar a perspectiva de avaliação, que ainda é restrita, na prática escolar,
38

à dimensão somatória em detrimento de avaliar ao longo do processo e da realização


das atividades diversificadas que compõe o processo e as abordagens de ensino do
professor. É possível afirmar que há muito a avançar no sentido de a avaliação não
se restringir à dicotomia “reprovar” x “aprovar” na direção de construir novas bases de
organização do trabalho escolar.
O Programa de Ensino Médio Integral se alinha a essa perspectiva que é a
referência também para o Modelo Escola da Escolha.

se há o reconhecimento da função da avaliação enquanto prática que deve


fornecer elementos para o redimensionamento e organização do trabalho
pedagógico do professor, então é possível inferir que o professor, ao avaliar
a sua orientação metodológica e associá-la aos resultados das
aprendizagens dos jovens, entende que também está avaliando a sua própria
prática. Essa é a referência para a prática avaliativa da Escola da Escolha
porque a essência do ato avaliativo não é um percurso linear, mas um
percurso com implicações baseadas em desequilíbrios, interações,
diferenças e transformações. Por isso, avaliar um teste é mais que aplicar um
teste, aferir uma medida, fazer uma observação, julgar uma conduta ou
característica pessoal. (Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão-
Gestão do Ensino e da Aprendizagem, p.7).

Face a essa referência,

a avaliação é concebida como um instrumento de gestão do ensino e da


aprendizagem e deve demonstrar até que ponto as intenções educativas e os
objetivos dos professores, em todos os níveis, foram alcançados. Ela
possibilita o ajuste do apoio pedagógico adequado às características e
necessidades de cada um dos estudantes e se compromete com a melhoria
contínua dos processos de aprendizagem e dos resultados. (Caderno
Inovações em Conteúdo, Método e Gestão-Gestão do Ensino e da
Aprendizagem, p. 7).

O Caderno de Formação Gestão do Ensino e da Aprendizagem dá o


suporte conceitual e metodológico necessário para que a prática avaliativa das
escolas de Ensino Médio Integral de Minas Gerais ganhe robustez e coerência com a
concepção de avaliação definida para o Programa. O referido caderno amplia o
repertório dos profissionais de atuação pedagógica no tocante ao que a avaliação
requer e o que considera, além de aprofundar e detalhar os mecanismos de avaliação,
acompanhamento e observação da aprendizagem dos estudantes.
Com a referência de avaliação anunciada neste Documento Orientador, o
Programa define os tipos de avaliação a serem aplicadas nas escolas.
 Inicial: é a avaliação diagnóstica, a ser realizada no início do ano letivo
como diagnóstico das aprendizagens adquiridas pelos estudantes bem
39

como realizadas na abordagem de novos conteúdos, conceitos e temas


para que o professor tenha clareza dos conhecimentos prévios dos
estudantes. As formas de avaliação devem ser de análise das equipes
escolares.
 Formativa ou processual: é a avaliação realizada no decorrer do
processo de ensino e de aprendizagem, por meio da observação e
registro das aprendizagens desenvolvidas e não desenvolvidas pelos
estudantes demonstrado durante as atividades desenvolvidas no
cotidiano e nas interações promovidas pelas situações didáticas. Esta
avaliação permite ao professor redirecionar e/ou replanejar o
planejamento das estratégias e da organização pedagógica no decorrer
do processo.
 Somatória: é a avaliação realizada ao final de períodos com a
característica de medir os resultados do trabalho desenvolvido, por meio
de indicadores. Permite o replanejamento e reorganização das
estratégias do trabalho docente para o período seguinte.
 Diagnóstica externa: é a avaliação realizada por instituição externa à
escola, que traz indicadores e resultados capazes de subsidiar a escola
na direção do projeto escolar. Traz uma perspectiva complementar à
avaliação interna da escola.
Para o Programa de Ensino Médio Integral,

A avaliação externa não substitui a avaliação do professor. No entanto, deve


ser “indutora” de mudanças, originando expectativas por parte das escolas
avaliadas e ao possibilitar a análise de resultados e a interpretação do
significado pedagógico desses resultados pelos educadores de cada escola
e pelos especialistas que estão na secretaria de educação, nas
Coordenadorias ou nas equipes que assessoram a implementação de
projetos nas escolas. (Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão-
Gestão do Ensino e da Aprendizagem, p.10)

Face ao exposto sobre o tema Avaliação, compreendemos que ela não


ocorre num vazio conceitual, “mas sob parâmetros de um modelo teórico de uma
percepção de mundo e, consequentemente, de educação, traduzida em prática
pedagógica” (Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão-Gestão do Ensino
e da Aprendizagem, p. 5).
Às equipes escolares é oferecido o aporte para ampliar o repertório
conceitual e metodológico relativos à avaliação e suas práticas, à análise dos
40

resultados das avaliações pelos educadores, aos procedimentos e encaminhamentos


para o plano estratégico ou de replanejamento, mecanismos de avaliação, ao
acompanhamento pedagógico e à observação de sala de aula (Caderno de Formação
Gestão do Ensino e da Aprendizagem, p.6-22).
As referências bibliográficas utilizadas na concepção desse Documento
Orientador e recomendadas para os estudos dos educadores podem ser encontradas
no Caderno Concepção do Modelo da Escola da Escolha.
41

6 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

6.1 Atribuição de notas e conceitos

A atribuição de notas e conceitos referentes à Base Comum Curricular


obedecerão às regras estabelecidas por esta Secretaria, organizadas no Sistema
Mineiro de Administração Escolar, e especificadas nos regimentos escolares.
Os Campos de Integração não impactarão na conclusão do ensino médio,
mas sim na formação integral dos estudantes. Sendo assim, para os componentes
curriculares pertencentes a esses campos serão atribuídos conceitos, valorizando as
práticas, interesses e a organização dos alunos.
A. Muito Bom
B. Bom
C. Em Processo
Registro escolar
O SIMADE (Sistema Mineiro de Administração Escolar), está sendo
preparado para receber o registro dos componentes da Parte Diversificada do
Currículo, entretanto, ainda não está pronto. Dessa maneira, informa-se que os
registros desses componentes deverão ser feitos manualmente até que o pacote
pedagógico do SIMADE seja configurado e disponibilizado às escolas.
O Boletim Escolar referente à Base Comum deverá emitido pelo SIMADE,
bem como os professores poderão utilizar o Diário Escolar Digital - DED. Para a Parte
Diversificada do Currículo deverão ser utilizados diários manuais produzidos e de
responsabilidade dos professores e boletins elaborados pela equipe pedagógica e
fornecidos pela Secretaria Escolar.
Os modelos de Histórico Escolar, Certificado de Conclusão do Ensino
Médio já foram disponibilizados pela equipe da SOE/SEE.
42

7 FINANCIAMENTO DO PROGRAMA

O Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral


para o Ensino Médio de Minas Gerais conta com um recurso de R$ 2.000,00 (dois mil
reais) anuais, por aluno, durante dez anos.
A distribuição dos recursos será realizada pelo Órgão Central da SEE-MG
e não serão repassados à Caixa Escolar. A responsabilidade da prestação de contas
será também da SEE.
Os recursos tornarão possível a implantação do Programa e serão
destinados a diversas frentes:
 Realização de projetos
 Eventos e atividades de campo
 Reuniões e formações
 Acompanhamento e monitoramento
 Materiais de consumo e Serviços de terceiros
 Elaboração de materiais didáticos e pagamento de direitos autorais
 Reforma e ou adequação de espaços escolares
Para a Merenda escolar são utilizados recursos do Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE2).
A programação do recurso da merenda é calculada com base nos dados
escolares (metas) enviadas pelas UF em dezembro de 2017 e que compõem o
CENSO Escolar alimentado pelo SIMADE.

Sobre a utilização:

 Para as escolas que estão no Programa e com o número de matrículas


atual inferior ao planejado, os recursos devem ser proporcionais às
matrículas concretizadas.

2 Fonte:
<https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=RES
&num_ato=00000026&seq_ato=000&vlr_ano=2013&sgl_orgao=FNDE/MEC >
43

As regras de aquisição e utilização desse recurso seguem legislação,


portarias e resoluções atreladas ao PNAE3.
Importante: não é permitido pagar serviços terceirizados de preparo de
merenda com esse recurso.

3Fonte:< http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-material-de-
divulgacao/alimentacao-manuais>
44

7 MATRIZ CURRICULAR

MATRIZ CURRICULAR

ENSINO MÉDIO
ÁREA DE CONHECIMENTO COMPONENTES CURRICULARES INTEGRAL

1ª 2ª 3ª
AMPARO LEGAL LEI Nº 9.394/96 E RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 02/2012

Língua Portuguesa 6 6 6
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

Arte 1 1 1
ÁREA DE LINGUAGENS
Língua Estr. Inglês 3 3 3
Língua Estrangeira
Educação Física 2 2 2
ÁREA DE MATEMÁTICA Matemática 6 6 6
Física 2 2 2
ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA Química 2 2 2
Biologia 2 2 2
História 2 2 2
Geografia 2 2 2
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS Sociologia 1 1 1
Filosofia 1 1 1
Subtotal BNC 30 30 30
Projeto de Vida 2 2
PARTE DIVERSIFICADA

Pós-médio 2
Estudos Orientados 6 6 6
ATIVIDADES INTEGRADORAS Práticas Experimentais 2 2 2
Campo de Integração Curricular 2 2 2

Subtotal PD 12 12 12
TOTAL GERAL EM AULAS 42 42 42
TOTAL EM HORAS 35,0 35,0 35,0
45

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os fundamentos estabelecidos nesse documento serão os indicadores do


Programa de Ensino Médio Integral praticado nas escolas do estado de Minas Gerais
em parceria com o ICE. Com eles, busca-se incentivar os estudantes a criarem seus
Projetos de Vida, desenvolver um plano de participação cidadã, como sujeitos do
processo e protagonistas de sua formação. Os princípios estão postos. A ação
educativa espera o engajamento de todos que fazem parte da comunidade escolar.

O presente trabalho promove uma análise da trajetória, para a partir dos


resultados, aperfeiçoar, proporcionar melhores condições de funcionamento, tornar
significativo o Programa de Ensino Médio Integral para os estudantes fazendo com
que os mesmos encontrem significado na escola e transformem o que aprenderem.

As referências bibliográficas utilizadas na concepção desse Documento


Orientador e recomendadas para os estudos dos educadores podem ser encontradas
no Caderno Concepção do Modelo da Escola da Escolha.
46

9 REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil,


promulgada em 5 de outubro de 1988. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

BRASIL. Congresso Nacional (1996). Lei de Diretrizes e bases da Educação


Nacional – LDB nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, 23
de dezembro de 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 1.145, de 10 de outubro de 2016.


Institui o Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral,
criada pela Medida Provisória nº 746, de 22 de setembro de 2016. (OK)

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 727, de 10 de junho de 2017.


Estabelece novas diretrizes, novos parâmetros e critérios para o Programa de
Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral – EMTI, em conformidade
com a Lei nº13.415, de fevereiro de 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. MEC. Resolução nº 2, de 30 de janeiro de 2012.


Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
Caderno Memória e Concepção. Concepção do Modelo da Escola da Escolha, v;
1, ICE, 2019.

ICE, Escola da Escolha Caderno Memória e Concepção. Conceitos, v. 1, ICE, 2019

______. Educação Inclusiva, v. 1, ICE, 2019

Caderno Modelo Pedagógico. Concepção do Modelo Pedagógico, v. 2, ICE, 2019.

______. Princípios Educativos, v. 2, ICE, 2019.

______. Eixos Formativos, v. 2, ICE, 2019.

Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão. Metodologias de Êxito, v. 3,


ICE, 2019.

______. Práticas Educativas, v. 3, ICE, 2019.

______. Espaços Educativos, v. 4, ICE, 2019.

______. Gestão do Ensino e da Aprendizagem, v. 4, ICE, 2019.

Caderno Modelo de Gestão. Tecnologia de Gestão Educacional, 5vol, ICE, 2019.

Caderno Escola da Escolha. Palavras Fáceis para Explicar Coisas que Parecem
Difíceis, v. 5, ICE, 2019.

Caderno da Gestão Protagonista. ICE, 2016.

Caderno do Protagonista. ICE, 2016.


47

MINAS GERAIS. Decreto nº 47.227, de 02 de agosto de 2017. Dispõe sobre a


Educação Integral e Integrada na rede de ensino público do Estado.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Guia de Elaboração e


Revisão de Questões de Múltipla Escolha.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Resolução SEE-MG 2.197, de


26 de outubro de 2012. Dispõe sobre a organização e o funcionamento do ensino
nas Escolas Estaduais de Educação Básica de Minas Gerais e dá outras
providências.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Resolução SEE nº 3205, de


26 dezembro de 2016. Estabelece normas para a organização do Quadro de
Pessoal das Escolas Estaduais e a designação para o exercício de função pública
na Rede Estadual de Educação Básica a partir de 2017.

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