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Educação Física – Esportes

Ensino Fundamental I & II – Ensino Médio 1ª


a 3ª Série

Esporte e Educação

Disciplina: Educação Física

Competência(s) / Objetivo(s) de Aprendizagem:


Dimensão conceitual:
 Conhecer os diferentes esportes da cultura que são praticados com a bola (futebol, basquete, vôlei);
 Identificar quais as habilidades motoras de manipulação presentes nos diferentes esportes;
 Identificar as semelhanças e as diferenças entre os esportes com bola, classificando-os quanto a
critérios como tipos de bolas, gestos realizados, principais regras e possíveis variações.

Dimensão procedimental:
 Aperfeiçoar as habilidades básicas de manipulação presentes nos diferentes esportes como
arremessar, receber, quicar, chutar e etc;
 Melhorar a coordenação motora e diversificar as possibilidades de manipulação da bola para jogar
com cada vez mais habilidade e desempenho motor;
 Construir novas possibilidades de exploração dos movimentos com a bola na prática dos diferentes
esportes;
 Criar novas variações dos esportes estudados, adaptando-os à realidade escolar (espaço, materiais,
número de alunos, freqüência e duração das aulas, etc).

Dimensão atitudinal:
 Valorizar a aula de educação física como um espaço de participação e inclusão de todos;
 Participar ativamente das aulas, para desenvolver a convivência em grupo e a interação social;
 Respeitar as diferentes formas de jogar de cada um, seus potenciais e suas limitações.

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1ª Etapa: “Abordagem Inicial”


Consulte e pesquise sobre os esportes abordados, para preparar as atividades desta sequência

 Antes de iniciar a seqüência das aulas é importante cuidar e preparar o ambiente de aprendizagem das
crianças, organizando o local aonde as atividades serão realizadas.
 O esporte, quando ensinado para os meninos e as meninas do 1º ao 5º ano, deve ser pensado como
uma manifestação do jogo. Isso significa que adaptações e diversificações nas regras, nos acordos, nos
espaços, nos materiais e nos gestos devem ser feitas para que todos sejam incluídos nas aulas.
Dizemos que a brincadeira é o jogo da criança e o esporte o jogo do adulto. As crianças podem brincar,
mas não conseguem fazer esporte; os maiores, por outro lado, podem fazer esporte, conservando as
possibilidades de brincar. No processo de “alfabetização corporal” o esporte é visto como um
conteúdo, como um meio para uma educação integrada nas dimensões do saber, do ser e do fazer.
Nas séries iniciais do Ensino Fundamental a palavra-chave é “AMPLIAR”, ou seja, conhecer os
diferentes esportes e as suas possibilidades de prática dentro do espaço escolar. O desafio está em
fazer com que todas as crianças tenham a oportunidade de acesso às diferentes manifestações que
compõem a cultura corporal de movimento.
 A criança bem “alfabetizada corporalmente” pode e deve desenvolver competências voltadas para a
prática e o desempenho das habilidades motoras. Não estamos falando de desempenho na
perspectiva do esporte de rendimento, mas sim na possibilidade de praticar esportes com o mínimo
de competência e habilidade motora. O desafio está em ensinar esporte para todos, ou melhor,
ensinar bem o esporte para todos. A ênfase das aulas estará na dimensão do fazer, ou seja, na
aprendizagem e no desenvolvimento das habilidades motoras que estruturam a prática dos diferentes
esportes com bola.

2ª Etapa: “Entrando em campo”


 Apresente a proposta para os alunos e diga quais são as suas expectativas de aprendizagem para as
próximas aulas. Isso pode ser feito em uma roda de conversa, com os alunos sentados ao seu lado.
Aproveite a oportunidade para fazer um diagnóstico sobre aquilo que os alunos já sabem sobre o tema
das aulas. Pergunte aos alunos quais são os esportes que conhecem, aqueles que praticam em casa e
também na escola. É importante registrar as respostas em um “Caderno de anotação”, pois é a partir
das anotações que as aulas da etapa seguinte serão organizadas;
 É importante escolher uma diversidade de esportes que envolvam as diferentes habilidades motoras
de manipulação. É essencial escolher “jogos” que se aproximam dos esportes ditos “oficiais” e que os

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alunos consigam “jogar”. Eis alguns exemplos: Futebol – “bobinho”, troca de passes, cobranças de
faltas, etc; Basquete: vinte e um, arremesso livre, etc; Vôlei – recepção, saque, mini-volei, etc;
 Procure orientar os trabalhos e construa uma rotina de aula com os alunos. Combine as regras e
explicite os principais aspectos que devem ser valorizados pelos grupos: participação de todos,
cuidados com a segurança e o respeito de uns com os outros nos potenciais.
 Aproveite as primeiras aulas para observar o comportamento dos alunos e registre nas suas anotações
os conhecimentos já adquiridos sobre os esportes abordados: principais regras, estrutura dos jogos,
principais gestos de cada esporte, tipos de bolas utilizadas, organização no espaço, etc;
 Para finalizar esta etapa elabore uma linha do tempo dos esportes abordados que serão estudados ao
longo das aulas.

3ª Etapa: Desenvolvimento: “É jogando que se aprende”


 Inicie esta etapa apresentando a linha do tempo para os alunos. Após a prática dos jogos, proponha
“rodas de conversa” para favorecer a compreensão dos alunos sobre os esportes estudados. Nestes
momentos faça perguntas que possam ajudar os meninos e as meninas a identificar quais as
habilidades motoras de manipulação, presentes nos diferentes esportes e quais as semelhanças e as
diferenças entre os esportes abordados. Não se esqueça de registrar as respostas dos alunos, para
poder avaliar melhor como vem sendo a absorção do conteúdo e dos conceitos abordados pelos
alunos;
 Procure sempre garantir um bom tempo de prática para que os alunos possam ir aperfeiçoando as
suas habilidades de manipulação. Esteja atento para que todos participem ativamente dos jogos;
 É importante apurar o senso de observação para avaliar se os alunos estão realmente evoluindo na
capacidade de jogar cada vez melhor. Neste momento vale pensar em indicadores como a qualidade
da execução dos gestos, a capacidade de executar as habilidades de forma variada e com eficiência;
 Para adaptar os jogos à realidade escolar, construa coletivamente com os alunos diversificações nas
variáveis do espaço (tamanho do campo), bolas, número de alunos nas equipes, gestos e movimentos,
etc;

4ª Etapa: Fechamento/ Conclusão: “Avaliação das aprendizagens”


 Para finalizar esta seqüência de aulas uma boa atividade pode ser a realização de um “evento” com os
esportes/jogos preferidos dos alunos em associação com outras matérias da grade escolar
(matemática, português e etc). Desta forma os alunos podem compartilhar as aprendizagens
construídas durante as aulas de uma forma que aborde tanto o esporte, quanto aos seus
conhecimentos acadêmicos;
 A organização do evento pode ser realizada em conjunto com os outros professores que terão
respectivamente suas disciplinas abordadas durante o evento;

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 Após a realização do evento, vale sentar com os alunos para fazer uma avaliação final de todo o
processo de aprendizagem. A partir dos registros realizados no caderno de anotação os alunos serão
convidados a fazer uma reflexão sobre quais eram os objetivos e se foram alcançados. Perguntas
podem ser feitas para mobilizar a participação da turma: “Vocês se lembram de quais eram os nossos
objetivos?”, “Eles foram alcançados?”, “Conseguimos praticar os esportes selecionados no início dos
trabalhos?”, “Vocês aprenderam a praticar novos esportes com bola?”, “Quais foram eles?” “Quais as
habilidades motoras predominantes em cada esporte?”, ”Quais os esportes que acharam mais difícil
de praticar?”, “E os mais fáceis?”, “Todos participaram ativamente das aulas?”, “Como foi praticar
esportes em um grupo com pessoas que têm diferentes habilidades?”, “Gostariam de continuar
jogando?”, “Quais as sugestões para um próximo evento?”
 É importante não esquecer que esta seqüência tinha foco na aprendizagem e aperfeiçoamento das
habilidades motoras de manipulação. Por isso sugerimos praticar esportes diferentes. Está estratégia
funcionou? É possível afirmar que os alunos evoluíram nas suas habilidades?
 Você professor deve coordenar estas rodas de conversa, registrar os depoimentos e depois fazer uma
síntese para o grupo de alunos.

Plano de aula geral – Antes do início de cada aula, deve acontecer um período de

“aquecimento” para as atividades com duração de 10 minutos. Esse aquecimento pode abordar
alongamentos, corridas, e exercícios envolvendo o esporte em si, como por exemplo, troca de passes,
arremessos livres etc.
As aulas no turno da manhã terão como objetivo atividades mais “livres” e recreativas, podendo envolver
qualquer pratica esportiva que possa desenvolver tanto a coordenação motora dos alunos, quanto suas
percepções num modo geral, não sendo necessário uma abordagem mais detalhada do esporte que estará
sendo aplicado na ocasião. Já no turno da tarde os esportes serão abordados de forma individual e mais
detalhada, tendo seus conceitos, regras e técnicas abordadas de forma mais detalhada, visando o
aprimoramento real do aluno naquele determinado esporte. Os dias de aula serão separados por cada
modalidade esportiva, sendo o foco do dia a modalidade definida em questão.

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Plano de aula – Futebol


OBJETIVOS:
Aprender e vivenciar os fundamentos básicos do futebol: passe, domínio, condução, drible e chute.
Desenvolver maior percepção de lateralidade e espacialidade, com intuito de adquirir maior controle do
próprio corpo.
Estimular a participação de
todos, (seja do mais ao menos
habilidoso) com vistas à
inclusão e autonomia de cada
um, junto aos movimentos
sugeridos dentro dos
fundamentos do esporte.
DURAÇÃO: 6 Meses
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Grande área aberta
para os alunos
 2 Traves de Futebol
 Bola de Futebol (1 por
equipe/dupla)
 Fita para demarcar
linhas para os
exercícios (opcional)
INTRODUÇÃO:
A execução da aula será por
meio de atividades práticas,
estruturadas em forma de exercícios simples e combinados aos específicos dos fundamentos de passe,
domínio, condução, drible e chute, tendo gradativamente o nível de dificuldade do exercício aumentado
conforme a evolução das aulas.

DESENVOLVIMENTO: 15 minutos no início de cada aula, cada mês tem o foco em um exercício especifico, e
após sua pratica, será seguido por uma partida com 30 minutos de duração, finalizando a aula.

 Exercício 1 – Em duplas, os alunos devem realizar um passe para o seu companheiro, e este deverá
receber a bola sem dominá-la e devolvê-la realizando outro passe para o seu parceiro de dupla.

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 Exercício 2 – Dividir a turma em duas filas uma de frente para a outra, tendo uma marcação no meio
do campo. Os alunos que iniciarão, deverão sair de sua fila fazendo a condução com a bola até o local
demarcado; chegando eles deverão fazer um passe para o aluno que está a sua frente. O jogador que
realizou o passe irá para o final da outra fila. Já o jogador que recebeu o passe deverá receber a bola
fazendo o domínio, e em seguida fazendo o mesmo exercício, e indo para o final da outra fila.
 Exercício 3 – Será uma variação do exercício 2, porem a condução da bola será feita somente com um
dos pés, e o passa deve ser feito com o mesmo pé que conduziu a bola durante o percurso, e quem
receber o passe, deverá dominar a bola com o pé oposto ao qual seu companheiro realizou o passe, ou
seja, caso o passe tenha sido realizado com pé direito, ele terá que ser obrigatoriamente recebido com
pé esquerdo. Em seguida aquele que realizou o passe terá que obrigatoriamente usar o outro pé
quando for repetir o exercício (caso ele tenha inicialmente usado o pé direito em seu primeiro passe,
quando ele for realizar pela segunda vez o passe ele terá que usar seu pé esquerdo).
 Exercício 4 – Os alunos formarão duas filas, uma de frente para a outra, numa distância de pelo menos
1,5m. Segurando a bola com as mãos o aluno arremessará a bola em direção ao aluno que se encontra
na fila oposta, e esse terá que dominar a bola com o peito, coxa, ou pé (variando de acordo com a
altura em que a bola foi de encontro ao seu corpo), após realizar o domínio ele fara um passe para o
companheiro que arremessou a bola, que por sua vez vai domina-la e deixa-la no chão para o próximo
da fila realizar o mesmo exercício. Em seguida ele vai para o final da outra fila, assim como o aluno que
realizou o domínio e passe vai para o final da fila do aluno que arremessou a bola com as mãos.
 Exercício 5 – Os alunos formam uma coluna à frente do gol, um aluno é colocado ao lado do gol, e este
faz um passe para o primeiro aluno da coluna que chutara a bola. Após o chute o aluno se dirigi para a
lateral, e o aluno que estava na lateral se dirigi para o final da fila.
 Exercício 6 – Os alunos são distribuídos lateralmente com bola sobre a linha lateral do campo. Em
seguida deve-se colocar quatro cones verticalmente “enfileirados” com um espaçamento pequeno
entre um e outro de frente para o gol. Em seguida dominando e conduzindo a bola, o aluno deve
driblar os cones e em seguida realizar um chute ao gol, após isso ele retorna para o fim da fila lateral.

AVALIAÇÃO:
A avaliação será baseada na participação e interação entre equipes.

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Plano de aula – Basquete


OBJETIVOS:
Aprender e vivenciar os fundamentos básicos do Basquete: passe, domínio, condução, drible e arremesso a
cesta com alguma precisão (fazer uma cesta não é necessária, mas deve ser tentada).
Desenvolver maior percepção de lateralidade e espacialidade, com intuito de adquirir maior controle do
próprio corpo.
Estimular a participação de todos, (seja do mais ao menos habilidoso) com vistas à inclusão e autonomia de
cada um, junto aos movimentos sugeridos dentro dos fundamentos do esporte.
DURAÇÃO: 4 Meses
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Grande área aberta para os
alunos
 Cesta de basquete (2 cestas
opcional)
 Bola de Basquete (1 por equipe)
 Fita para demarcar linhas para
os exercícios (opcional)
INTRODUÇÃO:
A execução da aula será por meio de
atividades práticas, estruturadas em
forma de exercícios simples e
combinados aos específicos dos
fundamentos de passe, domínio,
condução, drible e arremesso, tendo
gradativamente o nível de dificuldade
do exercício aumentado conforme a
evolução das aulas.

DESENVOLVIMENTO: 15 minutos no
início de cada aula, cada mês tem o foco
em um exercício especifico, e após sua
pratica, será seguido por uma partida com 30 minutos de duração, finalizando a aula.

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 Exercício 1 - Os alunos ficarão espalhados pela quadra e ao comando do professor realizarão corridas
para frente ou para traz e lateral quicando a bola de basquete e alternando com o braço direito e
esquerdo.
 Exercício 2 – Dividir a turma em duas filas uma de frente para a outra, tendo uma marcação no meio
do campo. Os alunos que iniciarão, deverão sair de sua fila fazendo a condução com a bola até o local
demarcado; chegando, eles deverão fazer um passe para o aluno que está a sua frente. O jogador que
realizou o passe irá para o final da outra fila. Já o jogador que recebeu o passe deverá receber a bola
fazendo o domínio, e em seguida fazendo o mesmo exercício, e indo para o final da outra fila.
 Exercício 3 – Será uma variação do exercício 2, porem a condução da bola será feita somente com uma
das mãos durante todo o percurso, e quem receber o passe, deverá dominar e conduzi-la com a mão
oposta ao qual seu companheiro utilizou, ou seja, caso seu companheiro tenha realizado com a mão
direita, ele terá que obrigatoriamente conduzir a bola na sua vez com a mão esquerda.
 Exercício 4 – Será formada uma fila única no centro da quadra e quando o apito soar (ou você disser) a
primeira pessoa da fila vai conduzir a bola pelo ginásio, e vai tenta fazer uma cesta (deve mirar e
realmente tentar) e depois do arremesso pegará a bola de volta e realizará um passe para a próxima
pessoa na fila, finalizando o exercício indo para o final da fila. Se eles pararem de quicar a bola durante
a condução ou perderem a bola enquanto conduzem, devem voltar para a fila e começar de novo.

AVALIAÇÃO:
A avaliação será baseada na participação e interação entre equipes.

Plano de aula – Vôlei


OBJETIVOS:
Aprender e vivenciar os fundamentos básicos do Vôlei: Saque, Levantamento, Recepção e Ataque (corte).
Desenvolver maior percepção de lateralidade e espacialidade, com intuito de adquirir maior controle do
próprio corpo.
Estimular a participação de todos, (seja do mais ao menos habilidoso) com vistas à inclusão e autonomia de
cada um, junto aos movimentos sugeridos dentro dos fundamentos do esporte.
DURAÇÃO: 2 Meses
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Grande área aberta para os alunos
 Rede (opcional)
 Bola de Vôlei (1 por equipe)
 Fita para demarcar linhas para os exercícios (opcional)
INTRODUÇÃO:

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A execução da aula será por meio de atividades práticas, estruturadas em forma de exercícios simples e
combinados aos específicos dos fundamentos de Saque, Levantamento, Recepção e Ataque (corte), tendo
gradativamente o nível de dificuldade do exercício aumentado conforme a evolução das aulas.

DESENVOLVIMENTO: 15 minutos no
início de cada aula, cada mês tem o foco
em um exercício especifico, e após sua
pratica, será seguido por uma partida
com 30 minutos de duração, finalizando
a aula.

 Exercício 1 – Os alunos devem


formar 4 colunas, uma de frente
para a outra. O primeiro aluno
da fila deverá fazer um toque
para o primeiro aluno da outra
fila que deverá receber a bola
em posição de manchete e vice
e versa. Ao final do exercício
deverão ir para o final da fila.
 Exercício 2 – Os alunos divididos
em equipes irão fazer um jogo
aonde só poderão efetuar toque
com os dedos ou manchete, não
sendo valido a cortada,
podendo ser usado apenas
“toque”.
 Exercício 3 – Os alunos formarão duplas, um membro da dupla será responsável por fazer o
levantamento da bola, enquanto o outros realizará o movimento de “corte”, revezando entre eles
ambas as funções (levantamento e corte). Esse exercício deve servir de complemento ao exercício 2,
podendo ser feitos em dias semelhantes, ou em forma de revezamento.

AVALIAÇÃO:
A avaliação será baseada na participação e interação entre equipes.

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Plano do Evento – Esportes e Conhecimentos


OBJETIVOS:
Os alunos irão trabalhar as suas habilidades em Matemática, Português e História em conjunto com as
habilidades que eles adquiriram nas aulas de educação física que tiveram durante o ano.
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Grande área aberta para os alunos
 Material criado pelos professores que será usado como um “teste” durante o evento
 Papel e Lápis que serão usados no teste

INTRODUÇÃO:
O evento tem como intuito unir os conhecimentos acadêmicos de cada aluno, assim como seus
conhecimentos técnicos nos esportes abordados durante o ano letivo. Os professores (respectivamente das
matérias que serão utilizadas no teste) elaborarão um teste que possuirá 5 questões, que vão abordar a
matéria dada por aquele professor durante o ano, então no total serão 3 testes, respectivamente um teste de
matemática, um teste de português e um teste de história, cada um respectivamente possuindo 5 questões
que abordaram as matérias que foram dadas durante o ano.
DESENVOLVIMENTO:
 Os alunos formaram suas equipes, sendo elas divididas por igual levando em consideração o número
de alunos participantes.
 O evento é baseado na junção do esporte com os conhecimentos acadêmicos. Cada equipe vai
selecionar 1 representante para cada questão a ser encarada. Esse representante deverá responder de
forma correta a pergunta apresentada no teste, e em seguida efetuar uma ação que representará o
esporte em si abordado naquele teste. O primeiro teste será o teste de matemática, o aluno deverá
responder as perguntas no teste, e cada resposta lhe dará a chance de efetuar um chute a gol, a
equipe que marcar 5 gols primeiro ganhará 1 ponto, porém caso o aluno não marque o gol ele não
terá marcado o ponto, assim também como se ele inicialmente errar a questão abordada no teste isso
impossibilitará ele de efetuar o chute, e consequentemente não poderá marcar o ponto. A primeira
equipe que finalizar o teste primeiro poderá passar para o teste seguinte (caso nenhuma equipe
consiga realizar todas as respostas ou acertar todos os chutes a gol, a equipe que possuir mais acertos
será considerada vencedora e passará para o próximo teste).
 O segundo teste será abordado a matéria de português, e a cada resposta correta dará a chance ao
aluno fazer um arremesso livre para cesta de basquete, e a equipe que marcar 5 cestas primeiro
marcará 1 ponto. Porem caso o aluno não acerte a cesta ele não terá marcado o ponto, assim também
como se ele inicialmente errar a questão abordada no teste isso impossibilitara ele de efetuar o
arremesso livre, e consequentemente não poderá marcar o ponto. A primeira equipe que finalizar o

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teste primeiro poderá passar para o teste seguinte (caso nenhuma equipe consiga realizar todas as
respostas ou acertar todos os arremessos livres, a equipe que possuir mais acertos será considerada
vencedora e passará para o próximo teste).
 O terceiro e último teste será abordado a matéria de história, e a cada resposta correta dará a chance
ao aluno de realizar uma “cortada” que deve atingir um dos cinco cones que estarão posicionados na
quadra. A equipe que atingir os 5 cones primeiro marcara 1 ponto. Porem caso o aluno não acerte o
cone ele não terá marcado o ponto, assim também como se ele inicialmente errar a questão abordada
no teste isso impossibilitara ele de efetuar a “cortada”, e consequentemente não poderá marcar o
ponto.
 A regra primaria da competição é simples, o aluno que for responder à questão no teste terá que ser
obrigatoriamente a pessoa a realizar o teste “físico” após a resposta no teste ter sido realizada.

AVALIAÇÃO:
No fim do evento a equipe que obtiver mais ponto será declarada a vencedora do evento.

Material de Apoio

ESPORTE EDUCACIONAL:
DIVERSIFICAR PARA ENSINAR, ADAPTAR-SE PARA APRENDER.

O princípio da INCLUSÃO está diretamente ligado ao conceito da DIVERSIFICAÇÃO. É pela


diversificação que as crianças e os jovens podem ser incluídos. Equivoca-se aquele que ensina
esporte pelo caminho da especialização. Engana-se aquele que, ao ensinar esporte para crianças e
jovens, os trata como adultos. O esporte do adulto mantém pouca ou nenhuma relação com o
esporte da criança, na medida em que o que predomina, muitas vezes, entre os adultos é a exclusão,
ou seja, muitos a olhar “do lado de fora” e poucos a jogar e a participar “do lado de dentro”. Isto
porque no mundo dos adultos a especialização é bastante valorizada. Quem não aprendeu, não joga.
Entretanto é preciso entender que a especialização, o jogar bem e certo, advém da diversificação.
Como pensar no acabamento da “casa” antes de cuidar do seu “alicerce”? Um acervo motor rico e
diversificado é a base para a especialização. Assim, crianças e jovens jogam para aprender e não
aprendem para jogar.

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Para nós todos aqueles que ensinam esporte são professores e, como tal, devem desenvolver
a habilidade de coordenar pessoas que são diferentes nos seus potenciais e nas suas limitações. Na
lógica da inclusão é preciso perceber, reconhecer e valorizar as diferenças entre as crianças e os
jovens. Quando acenamos com a idéia do professor como um coordenador de pessoas estamos
assumindo que é sua responsabilidade organizar, arranjar e orientar o ambiente onde ensina, para
que todos aprendam.
Muito bem, vamos pensar sobre este ambiente de aprendizagem. O professor coordenador
de pessoas deve lembrar que todo o ensino e porque não a aprendizagem acontece num
determinado espaço, durante um certo tempo e com alguns recursos. É isso mesmo, para ser um
bom professor e ensinar esporte para todos, é preciso ser um bom coordenador de pessoas, no
espaço e no tempo, fazendo bom uso dos recursos que tem disponível. Quando falamos de crianças
aprendendo sobre o esporte tudo, ou quase tudo, deve ser pensado em função das suas
características, motivações, necessidades e interesses. Nossa experiência nos diz: espaços, materiais
e recursos DIVERSIFICADOS permitem a participação e o aprendizado de muitas crianças. Mais do
que isso, é da experiência e da vivência esportiva num espaço de estimulação diversificado que
surgem as melhores e mais significativas aprendizagens. Como numa gostosa brincadeira de pega-
pega, o professor a todo o momento opera pela DIVERSIFICAÇÃO. Ele, quando percebe seus alunos
“acomodados” e comunicando que já aprenderam o conteúdo estudado, sugere novos e diferentes
desafios. As crianças por outro lado, tentam vencer estes “conflitos", achar o equilíbrio e atingir
aquilo que chamamos de ADAPTAÇÃO. Professores DIVERSIFICAM para ensinar e os alunos
ADAPTAM-SE para aprender.
A lógica de tudo isso é a seguinte: se muitos participam, muitos têm a chance de se inserir
socialmente no mundo do esporte. Se muitos são incluídos, muitos têm a possibilidade de aprender e
assim alcançar o sucesso nesta aprendizagem. Se muitos têm sucesso e aprendem, muitos têm a sua
auto-estima elevada, a sensação de ser competente e a motivação de continuar aprendendo. E todos
sabemos: nada é mais significativo do que sentir-se hábil e competente para jogar e fazer esporte ao
lado dos seus pares.
Na perspectiva da inclusão, educar através do esporte passa pela habilidade do professor de
saber DIVERSIFICAR, “fazer variar” e assim atender meninos e meninas que desejam aprender
esporte. Isto porque nossa missão é utilizar o esporte como ferramenta de aprendizado para
conhecimento acadêmico, interação social, e etc.

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