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Universidade Católica de Santa Catarina

Curso de Educação Física - Licenciatura


RELATÓRIO DE PESQUISA EM CAMPO SUPERVISIONADO
Escola CEMMA (Centro de Educação do Município de Mafra)
Professor supervisor: Prof.ª Edson Scheck
Santa Catarina 2022

1. INTRODUÇÃO
O presente relatório do Estágio Curricular Supervisionado em Educação Física Escolar, firma –se
como parte de grande importância para nos futuros professores, pois proporciona um vínculo entre
o que é aprendido na faculdade e a pratica no ambiente escolar.

O Estágio foi realizado na Escola Cemma na Cidade de Mafra Santa Catariana, compreendendo os
níveis do Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II. Realizado no dia 07 a 09 de Abril de 2022.

Com o Estágio pude perceber a importância de um planejamento de aula voltado sempre para as
necessidades dos alunos, pois assim conseguiremos obter uma experiência satisfatória e uma
melhor qualidade no aprendizado.

Os objetivos do Estágio Curricular Supervisionado em Educação Física se dão em colocar em pratica


os conhecimentos teóricos adquiridos na nossa formação acadêmica, analisar a importância do
professor de Educação Física dentro do ambiente escolar e o seu poder de transformação nos
aspectos social, cultural, afetivo, cognitivo e principalmente motor.

As atividades em geral, enfatizando os momentos que foram de maior relevância ou se constituíram


em momentos que chamaram atenção, para, assim, dar mais fluência a descrição e tentar transmitir
não só os aspectos procedimentais, mas trazer um pouco da discussão proposta. Sempre norteado
pelo planejamento: sondar; apresentar; discutir; construir a aula; fazer; avaliar; discutir; trazer
elementos novos e prosseguir com as vivências.

Seguindo o planejamento do professor Edson (Orientador de Campo) nossas aulas para as turmas
dos segundos e terceiros anos, assim como para o primeiro ano, encaixaram-se na programação
previamente estabelecida e dentro do conteúdo.

2. DESENVOLVIMENTO
Durante as aulas foram trabalhadas diversas atividades que visam o desenvolvimento cognitivo,
afetivo, motor e social. Em aula foi trabalhado um circuito de condicionamento físico com cones,
elásticos, pesinhos, corda e escada de agilidade, o que possibilita os alunos desenvolverem
equilíbrio, noção de lateralidade e espaço. No final de cada atividade tem um bate papo com os
alunos, para que possam entender o objetivo de cada atividade. Também foram desenvolvidas
atividades como basebol adaptado, queimada coveiro, pega-pega americano, pique bandeira,
brincadeira do gato e rato, pega pega corrente, jóquei pó, pega-pega formiga em todas as aulas
houve um bom aproveitamento e sociabilização dos alunos.
3. Conclusão
Os objetivos em relação aos conteúdos atitudinal de respeito e cooperação foram alcançados, e
conceitualmente iniciamos as discussões acerca da altura dos jogadores, o condicionamento para
dar inúmeros saltos como eles fizeram brincando e a importância da soma dos esforços para
alcançar um objetivo comum quando se joga em equipe.

Essa dinâmica foi repetida para as outras turmas, tendo uma variável em das turmas do segundo
ano em que os balões se diferenciavam pelas cores azul e vermelha.

Na sequência discutimos sobre as estratégias do jogo de vôlei e melhor maneira de inicializar os


jogadores. Como usávamos apenas uma bola, dispomos as turmas em sempre em dois blocos, e
fazíamos a passagem da bola pelos dois, orientando a forma usual dos fundamentos, partindo do
gesto do aluno para o gesto usualmente ensinado. Não demos ênfase ao gesto em si, propusemos
um antes e depois: primeiro do jeito que eles sabiam e praticavam, depois com a orientação. Muitos
preferiram a forma como já estavam habituados, então partíamos para o “jogo” em si.

Para finalizar os encontros havíamos planejado um torneio de vôlei entre as turmas, mas devido a
falta de horário disponível para realizá-lo, não foi possível, então optamos por aplicar uma avaliação
escrita paras as turmas e após íamos para a quadra aproveitar o restante do tempo e eles estavam
livres para usar aquele tempo do jeito que quisessem. Esta se baseava em duas questões: o que as
aulas de Educação Física representavam para eles e pedi-lhes que representassem esse pensar num
desenho ou frase resumo. As questões foram introduzidas a partir da discussão sobre a educação
física no ensino Fundamental II, seu valor, contexto, o que eles pensavam sobre a disciplina, o papel
do professor enquanto educador, formador de opinião, a participação da educação física no ENEM, a
cultura do aluno em associar a educação física prática de esporte ou a quadra/bola.

Ler todas as respostas poderia ser um ato cansativo, mas a criatividade dos alunos e a respostas
inusitadas tornaram esse momento muito agradável e por vezes engraçado.

Transcrevo algumas respostas ao questionamento quanto ao pensamento dos alunos sobre a


educação física no Ensino Fundamental II. Respostas (na íntegra), preservando o nome do (a)
aluno(a):

“A prática de educação física nas escolas é algo muito importante, pois é uma forma de disciplinar e
até impor uma filosofia de vida como no caso das artes marciais, educando de uma forma diferente,
que ao invés de uma aula teórica, temos uma aula prática que desenvolve nosso caráter.” (9º Ano)

“As aulas de educação física são muito boas nos alegra agente se diverte, brinca, muito uma vez por
semana é fundamental termos essas aulas.” (5º Ano)

“Traz vários benefícios na vida do estudante, principalmente garantir uma boa saúde e forma.” (3º
Ano)

“Essenciais, a educação física é primordial no desenvolvimento motor dos alunos.” (6º Ano)

“Acho fundamental para estimular o aprendizado sobre essa matéria, pois a educação física não é
só ir para a quadra praticar algum esporte ou alguma brincadeira. Além de estimular a prática de
educação física fora da escola.” (8º Ano)
Durante o último encontro com a turma do 5º ano me surpreendi positivamente, com o
comportamento da turma, pois escolheram brincar de bandeirinha, com grande participação e
envolvimento. Traçaram as regras e me pediram para arbitrar. Foi uma experiência muito
interessante, demonstrando um nível de amadurecimento deles e acendendo um alerta na minha
formação para não ter receio de propor qualquer tipo de prática, principalmente para o nível
Fundamental II. Propor não é impor, e os alunos além de direito a utilizar o horário reservado à
Educação Física com as práticas corporais, têm que receber autonomia para fazerem algo que lhes
traga prazer.

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