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1) DADOS DO ESTUDANTE/CURSO

Curso: Educação Física – Licenciatura


Instituição: Cruzeiro do Sul
Nome: Cíntia Grosz Fascio Batista
RGM: 22327631
Disciplina: Educação Física - Licenciatura
Ano/Semestre de realização do estágio: 2022/7º
Quantidade de horas realizadas:

2) CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Nome da escola: Colégio Anglo


Endereço: Av Central, 413 – Centro na cidade de Balneário Camboriú/SC
Diretoria/Secretaria de Ensino a que está vinculada: Secretaria de Educação do Estado de
Santa Catarina
Anos e níveis escolares observados: 6, 7 e 8 anos finais do Ensino Fundamental e todos os
anos do Novo Ensino Médio.

O ambiente escolar era muito acolhedor, a escola fora edificada no centro da cidade
de Balneário Camboriú, conta com uma grande estrutura, edificada em 5 pavimentos, possui
elevador, este para uso exclusivo do corpo docente, escola muito bem limpa e organizada.
As atividades de educação física eram realizadas no último andar, era uma quadra
relativamente pequena para o tamanho da escola e quantidade de alunos que por lá passava
diariamente. As dimensões da quadra não eram as oficiais de nenhuma das modalidades que
lá foram realizadas.
A Escola contava com uma bela e ampla cantina, no mesmo andar anexo ficava o
espaço Google onde mesas e cadeiras são livremente movidas pelos alunos e internet wi-fi
com roteadores onde todos possuíam acesso. As salas de aula são de diversos tamanhos, todas
possuem projetor e lousa branca.
3) INTRODUÇÃO

Passado o nervosismo do primeiro dia, tendo em vista que não consegui realizar o
primeiro estágio nos anos iniciais do Ensino Fundamental e Educação Infantil, com isso este
foi o primeiro contato prático, a recepção da escola foi maravilhosa. Todos muito atenciosos
e solícitos, em especial, os professores de Educação Física.
Como mencionado, a escola conta com uma grande estrutura, muitos alunos, muitas
turmas, todas do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio, os alunos de anos iniciais
tinham aula em outro endereço.
Tendo iniciado em meados de agosto do ano em curso, a carga horária alcançada em
cada modalidade excedeu o necessário, com isso muitas e variadas atividades puderam ser
acompanhadas, variadas conforme as turmas, seguindo várias matérias e tendo em vista uma
competição que estavam para participar. As aulas eram organizadas seguindo um cronograma,
onde exercícios de fundamentos das modalidades eram exercitados para fixação e
desenvolvimento das habilidades, tendo após o jogo em si.
Manter os educandos ativos e em constante desenvolvimento era o objetivo. Outros
trabalhos teóricos também foram aplicados, como a História das Olimpíadas Modernas, O uso
de drogas no esporte e Hormônios Esporte, as avaliações eram baseadas no quanto o aluno
demonstrava interesse, aqueles interessados demonstravam claro desenvolvimento das
habilidades motoras.

4) PERFIL DOS PROFESSORES

O professor X formou-se no Rio Grande do Sul, na escola já era atleta e isso fez com
que trilhasse o caminho da Educação Física, formado, começou a trabalhar na secretaria de
educação de sua cidade, vindo para Santa Catarina e iniciando suas atividades na Anglo. A
professora Y, se apaixonou pela Educação Física dentro da sala de musculação, e optou pela
licenciatura pois queria mais contato com alunos de idades escolares, sentindo que poderia
fazer a diferença em suas vidas. O professor J, também atleta de escola no Ensino Médio, logo
começou a faculdade no estágio iniciou em uma escola e logo que formado obteve a
efetivação. No Estágio teve um professor, orientador que lhe inspira até hoje na organização
e metodologia de suas aulas.
5) PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES

É muito interessante observar a abordagem de cada professor e a grande diferença


entre eles.
O professor J tinha uma abordagem mais autoritária, não dando margem para uma
atitude mais democrática, onde os alunos tivessem espaço para alterar o andamento das
atividades. Era um professor muito organizado com seu planejamento fechado, não
permitindo quaisquer alterações de última hora, era focado na aula que previamente havia
preparado. Os alunos em determinado momento gostariam de ter um treino de handebol,
surgiu interesse no esporte tendo sido comentado por um aluno, mas não era o cronograma da
turma, não sendo permitido o desenvolvimento desta atividade.
As avaliações eram metódicas, não pelo resultado, mas pelo empenho, evolução,
participação e interesse do aluno.
A democrática, a professora Y demonstrou ser mais flexível, não permitindo que os
alunos a faltassem com respeito ou perdesse o controle da turma. Como os alunos estavam no
Ensino Médio, e com uma carga horária extenuante de aulas, era permitido que as aulas
tomassem rumos avessos a programação. Sempre visando o interesse na maioria, fazendo com
que todos participassem e, o mais importante, se mantivessem ativos. Avaliações individuais,
conforme interesse apresentado do aluno.
O professor atlético, J queria resultados, pretendia que os alunos se empenhassem,
mais que interesse queria vê-los superarem o que julgavam serem limites. Quera vê-los
evoluírem e para isso motivava, incentivava e faria muitos exercícios de fundamentos e jogos.

6) OBSERVAÇÕES ESPECÍFICAS

Dentre as diversas atividades observadas a que podemos mencionar, em decorrência


do tema da disciplina de Projeto, que mais interessou foram as avaliações realizadas acerto
do desenvolvimento dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, onde foram
observados atividades como salto horizontal, salto vertical, corrida e agilidade.

6.1) FOCO
Em algumas aulas o professor já tendo realizado avaliação de desempenho motor
estava refazendo os testes para verificar a evolução dos alunos. Os teste eram simples, salto
vertical onde era marcado em uma parece o alcance máximo do aluno com o braço
estendido e após o mesmo saltava tocando a parede, assim verificava-se o alcance máximo
do salto do aluno. Outro teste era o salto horizontal, aqui o aluno deveria realizar um salto
sem impulso, era realizado no parquinho da educação infantil, pois a escola não contava
com um espaço muito amplo para a demanda de alunos da escola. Por fim o teste de corrida,
onde o aluno percorria a quadra, dando três voltas, sendo anotado o tempo utilizado no
percurso.
Os testes realizados entre os alunos demonstra o quão importante é conhecer as
características do processo de avaliação do desempenho motor e qual a sua importância
na vida escolar dos alunos, sobretudo para auxiliar em diagnósticos e intervenções. Para
tal aplicação é necessário que os professores tenham conhecimento e segurança acerca do
tema.
Acredito que nos dias atuais as práticas da avaliação do desempenho motor não são
vistas mediante a sua importância, mas sim como perda de tempo e algo desnecessário, o
que faz com que a prática seja pouco adotada no ambiente escolar.

O desenvolvimento motor inicia desde o nascimento do indivíduo e se desenvolve de


forma continua até a sua morte. Esse pode ser utilizado como base em diversas análises
durante consultas e intervenções, evidenciado e contibuindo para resultados mais precisos.

O desenvolvimento motor na infância caracteriza-se pela aquisição de


diversas habilidades motoras que possibilitam as crianças um amplo
domínio do seu corpo tanto em posturas estáticas como em dinâmicas,
locomover-se pelo meio ambiente de variadas formas (andar, correr,
saltar, etc.) e manipular objetos e instrumentos diversos (receber uma
bola, arremessar uma pedra, chutar, escrever, etc.) (Santos, Dantas &
Oliveira, 2004 apud JUNIOR, 2015, p.02)
Existem diversos testes que podem ser utilizados na realização das avaliações de
desempenho motor, Temos o teste Escala de Desenvolvendo Motor (EDM) voltado para
a detectar de traços relacionados a perturbações motoras do indivíduo. “[...]elaborado por
Rosa Neto (2002) com o intuito de fazer uma avaliação psicomotora das crianças, através
de um conjunto de provas diferentes e com grau de dificuldade crescente com o objetivo
de mensurar o desenvolvimento motor das crianças” (NASCIMENTO; SILVA, 2019,
p.05).

Além desse instrumento de avaliação, temos o Test of Gross Motor Development


(TGMD), amplamente utilizado para avaliação do motor e como identificador de áreas
onde necessitam de intervenção “é um instrumento destinado a avaliar as habilidades
motoras fundamentais de crianças, desenvolvido por Ulrich, em 1985” [...] Essa versão
original foi modificada por Ulrich em 2000, originando o Test of Gross Motor
DevelopmentSecondEdition - TGMD-2.

Além deste, outros testes são utilizados com o objetivo de avaliar o desempeno motor
das crianças e identificar falhas, distúrbios que possam prejudicar a sua autoestima,
confiança e autonomia em diversas áreas utilizados por professores ou profissionais de
fisioterapeutas e psicólogos, como é o caso do teste Movement Assessment Battery for
Children (MABC), “[...] um dos testes mais usados por terapeutas ocupacionais,
fisioterapeutas, psicólogos e profissionais de educação (Barnett & Henderson, 1998) para
identificar e descrever as imperfeições no desempenho motor em crianças entre os 4-16
anos de idade.

O processo do desenvolvimento motor passa por diversas fases. Em cada uma delas, o
ser humano adquire aptidões que o permite controlar e estabelecer os movimentos
corporais de acordo com a sua necessidade. Nas palavras de Gallahue, “o processo de
desenvolvimento motor revela-se por alterações no comportamento motor. Bebês,
crianças, adolescentes e adultos estão envolvidos no processo de aprender a mover-se com
controle e competência, reação aos desafios que enfrentam diariamente” (GALLAHUE E
OZMUN, 2001).

Para utilização das ferramentas que avaliam o desempenho motor, o profissional deve
ter conhecimento claro sobre as suas características, formas de aplicação e interpretação
dos resultados para tomar as decisões acerca dos mesmos, pois dessa forma, “oferece aos
professores a oportunidade de medirem a capacidade e o progresso de seus alunos e
também a sua eficiência no processo ensino aprendizagem” (PIRES, s. d, p.04).

7) CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escola onde o estágio foi realizado possuía uma orientação e programa de ensino
muito bem organizado e estruturado. Ainda sim, principalmente no Ensino Médio
havia maior resistência dos alunos na realização das atividades. Muitos estudavam o
dia inteiro na escola e isso os deixava muito sobrecarregados. Nesta etapa da vida
escolar dos educandos verificamos que haviam alunos muito esportistas, que
desenvolveram ao longo de sua vida estudantil habilidades de destaque, verdadeiros
competidores e outros extremamente limitados, alunos que não possuíam restrições ou
limitações clinicas, mas apenas não foram estimulados, incentivados ou tiveram seu
desempenho motor acompanhado, alunos sedentários, jovens extremamente
resistentes a pratica das atividades.

É frustrante quando verificamos no final da vida escolar, no último degrau


antes de trilharem o futuro caminho de suas graduações, alunos deixarem o Ensino
Médio sem serem alcançados na conscientização da necessidade de manter-se ativos.

8) REFERÊNCIAS

GALLAHUE, D.; DONNELLY, F. C. Educação Física desenvolvimentista para


todas as crianças. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2008.

PIRES, D.C. M. F. Avaliação do desenvolvimento motor: uma análise acerca do


conhecimento dos professores de educação física. Disponível em:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_denise_
cristina_mazia_facio_pires.pdf. Acesso em 20 de novembro de 2022 às 20h.

NASCIMENTO, J.K.S; SIVA, L.P. Aplicação da Escala de Desenvolvimento


Motor (EDM) em crianças ee 3 e 4 anos em uma creche municipal. Seminário
Gepráxis, Vitória da Conquista – Bahia – Brasil, v. 7, n. 7, p. 1896-1912, maio, 2019.
Disponível em: http://anais.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/view/8283/7951.
Acesso em 20 de novembro 2022 às 18h30min.

SANTOS, S.; DANTAS, L.; OLIVEIRA, J.A. Desenvolvimento motor de crianças,


de idosos e de pessoas com transtorno da coordenação. Revista Paulista de Educação
Física. n. 18, p. 33-44, ago., 2004.

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