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SOCIOLOGIA

SOCIOLOGIA HOJE
Igor José Renó Machado ; Henrique Amorim; Celso
Rocha de Barros – Volume único ensino médio
CAPÍTULO 5 – TEMAS CONTEMPORÂNEOS DA ANTROPOLOGIA
Infrogmation/Acervo do fotógrafo

As temáticas e abordagens antropológicas são


muito diversificadas e os locais de produção do
pensamento antropológico se multiplicaram.

Grafi te de Banksy em esquina da cidade


estadunidense de Nova Orleans, no
estado de Luisiana. Foto de 2008.

Sociologia Hoje| Volume Único| 2º ano | 1º Bimestre


CAPÍTULO 5 – TEMAS CONTEMPORÂNEOS DA ANTROPOLOGIA

TEMAS CONTEMPORÂNEOS DA ANTROPOLOGIA

Paul Prescott/Shutterstock
Na história recente da Antropologia,
o pós-modernismo deu origem ao
pós-colonialismo, uma variação das
mesmas questões levantadas pelo
pós-modernismo.

Para Clifford Geertz, a briga de galos em Bali, na


Indonésia, era como um discurso dos balineses
sobre si mesmos carregado de significados culturais.
Essa ideia será parcialmente questionada pelos
críticos da autoridade etnográfica, para os quais a
Antropologia não dava voz aos pesquisados ao
procurar esses significados. Foto de 2012.

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CAPÍTULO 5 – TEMAS CONTEMPORÂNEOS DA ANTROPOLOGIA

GÊNERO E PARENTESCO

Reprodução/Arquivo da editora
O conceito de gênero se refere tanto ao modo como
cada sociedade define homem e mulher quanto à
maneira como, numa mesma sociedade, essas definições
mudam ao longo do tempo.

Nesta propaganda estadunidense da década de 1950


vemos uma reprodução do contraste entre
mulher/natureza/privado e homem/cultura/público.
Essas associações foram desconstruídas pelas
feministas.

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CAPÍTULO 5 – TEMAS CONTEMPORÂNEOS DA ANTROPOLOGIA

ANTROPOLOGIA E HISTÓRIA

The Art Archive/Alamy/Other Images


Para Lévi-Strauss: História e Antropologia
caminham juntas - estudam “outras”
sociedades distintas tanto no tempo como no
espaço.

Para Sahlins, a Antropologia não trata apenas


de sociedades com culturas diferentes, mas
aborda as distintas noções de História nas
diferentes culturas.

Esta pintura de George Carter (1737-1794), de 1783,


retrata a morte do capitão britânico James Cook,
em 1779, em um confronto com os havaianos.

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CAPÍTULO 5 – TEMAS CONTEMPORÂNEOS DA ANTROPOLOGIA

ANTROPOLOGIA E HISTÓRIA

No Havaí, a chegada dos ingleses

John Webber/National Maritime Museum, Greenwich, Inglaterra.


desencadeou uma série de mudanças sociais
que resultaram também na alteração da
percepção sobre sua própria história.

Para os ingleses:
O evento foi um momento de conquista.
Para os havaianos:
Um acontecimento que reproduziu o mito.

Esta gravura de 1779, de John Webber (1751-1793), é outra


representação da morte de Cook. Aqui fi ca evidente o desacordo
entre diferentes formas de pensar a História: nesta obra, Cook é
retratado como um mediador, tentando acalmar os havaianos
enfurecidos. É retratado, portanto, do ponto de vista dos ingleses. A
pintura da página anterior, por sua vez, mostra Cook em confronto
com os havaianos, e não tentando acalmá-los.

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CAPÍTULO 5 – TEMAS CONTEMPORÂNEOS DA ANTROPOLOGIA

ANTROPOLOGIA COMO INVENÇÃO


Alexandre Fonseca/A Crítica/Folhapress

Para Wagner, o que nativos e


antropólogos fazem é inventar cultura o
tempo todo, no sentido de criar,
transformar, produzir diferenças.

A ideia da cultura como invenção


representou grande transformação na
Antropologia.

Acima, vemos Roy Wagner em visita a uma comunidade


do povo Tukano, no Amazonas, em 2011. Wagner propôs
que o encontro entre o antropólogo e o nativo fosse visto
em termos de “invenção” de uma terceira realidade.

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CAPÍTULO 5 – TEMAS CONTEMPORÂNEOS DA ANTROPOLOGIA

A ANTROPOLOGIA E AS GRANDES RUPTURAS

No fim do século XIX, passamos a acreditar que existem partículas menores que o átomo, os elétrons, o que produziu
uma mudança da natureza das pequenas partículas.

Não existe separação universal entre natureza e cultura, que se aplica a toda a humanidade: essa é uma noção
particular específica da nossa forma “ocidental” de noção de ciência.

Reprodução/Arquivo da editora
Aqui vemos sucessivas representações do átomo (desde uma esfera indivisível até o modelo mais atual, composto de inúmeras partículas ainda menores).
A cada momento, aquilo que imaginamos como natureza vai se alterando.

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CAPÍTULO 5 – TEMAS CONTEMPORÂNEOS DA ANTROPOLOGIA

A ANTROPOLOGIA E AS GRANDES RUPTURAS

Para os melanésios, cada pessoa


contém em si mesma várias
outras pessoas, como se cada um
fosse um repositório de relações
sociais estabelecidas ao longo da
vida.
Banco de imagens/Arquivo da editora

Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico


escolar. Rio de Janeiro, 2009.

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Unidade 2 – Sociedade

NESSA UNIDADE:
• Pensando a sociedade
• Mundos do trabalho
• Classe e estratificação social
• Sociologia brasileira
• Temas contemporâneos da Sociologia

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CAPÍTULO 6 – PENSANDO A SOCIEDADE

• Émile Durkheim

Anthony Turducken/Acervo do fotógrafo


• Max Weber
• Karl Marx

A introdução ao pensamento desses


autores é de fundamental
importância, pois com base em suas
obras que a Sociologia se constituiu
como disciplina científica distinta das
Ciências da Natureza e das Ciências
Exatas.

Grafi te de Banksy em Nova Orleans,


Estados Unidos. Foto de 2008.

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CAPÍTULO 6 – PENSANDO A SOCIEDADE

O CAPITALISMO E A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO CLÁSSICO


Fotos: The Bridgeman Art Library/Keystone

Com o passar do tempo, novos


interesses ligados ao comércio e
ao mercado formaram o eixo
central da nova sociedade
capitalista que se estruturava.

Esta gravura (c. 1830) representa mulheres e As cidades ganharam importância


crianças trabalhadoras em fábrica de tecidos
inglesa, operando máquinas movidas a água e a em relação a vida no campo, as
vapor. À esquerda, máquina para desembaraçar
as fibras do algodão. manufaturas e depois as
Ao lado Em primeiro plano, trabalhadores
indústrias substituíram as formas
arando e semeando a terra, símbolo da de produção da velha sociedade e
principal atividade econômica da sociedade
feudal. Ao fundo, o cenário de uma cidade, o consumo ganhou proporções
local onde se formavam as bases para um
novo modelo de sociedade. Iluminura de um cada vez maiores.
breviário (livro de orações cotidianas) italiano
do fim do século XV.

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CAPÍTULO 6 – PENSANDO A SOCIEDADE

FORMAÇÃO DA SOCIOLOGIA

A origem da Sociologia está relacionada à

The Bridgeman Art Library/Keystone


própria difusão do capitalismo nos séculos
XIX e XX.

Com a introdução das máquinas, a


produtividade aumentou vertiginosamente,
e os trabalhadores foram condicionados ao
ritmo das máquinas.
A hora do jantar: Wigan (1874), óleo sobre tela do pintor inglês
Eyre Crowe (1824-1910). A tela representa mulheres trabalhadoras
em tecelagens num momento de descanso para a refeição do final
do dia. A cena se passa na cidade de Wigan, na época importante
centro manufatureiro do noroeste da Inglaterra. O cenário,
marcado pelas cores marrom e cinza, chaminés das fábricas e a
fumaça cobrindo o céu, é característico da grande transformação
que ocorria naquele momento.

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CAPÍTULO 6 – PENSANDO A SOCIEDADE

ÉMILE DURKHEIM: COESÃO E FATO SOCIAL

BNF, Paris/Giraudon/The Bridgeman Art Library. Foto de 1915.


Foi influenciado pela obra do filósofo francês Auguste
Comte (1798-1857), que sistematizou pela primeira vez a
Sociologia como ciência, aproximando-se dos métodos
das Ciências Naturais.

Os fundamentos de sua sociologia podem ser resumidos


nos conceitos de:
• Coesão
• Divisão do trabalho
• Fato social

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CAPÍTULO 6 – PENSANDO A SOCIEDADE

MAX WEBER: AÇÃO SOCIAL E TIPOS IDEAIS


Archives Charmet/The Bridgeman Art Library/Keystone. Foto de c. 1896.

Também se empenhou em sistematizar a Sociologia,


mas sua análise difere muito da de Durkheim,
sobretudo no que se refere à importância do
indivíduo e de sua ação social.

Webber não considerava a sociedade algo exterior e


superior aos indivíduos.

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CAPÍTULO 6 – PENSANDO A SOCIEDADE

MAX WEBER: AÇÃO SOCIAL E TIPOS IDEAIS

Um exemplo de ação social - eleições.

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens


Ação individual - voto (pode ser influenciado
ou pela se dar pela sua própria intenção).
Ação individual - sociologicamente é
compreensível a partir do conjunto de
eleitores.

Idosa votando em urna eletrônica


durante eleições de 2014,
Rio de Janeiro (RJ).

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CAPÍTULO 6 – PENSANDO A SOCIEDADE

MAX WEBER: AÇÃO SOCIAL E TIPOS IDEAIS

Diego Padgurschi/Folhapress
Weber construiu quatro tipo ideais de ação
social:
• A ação social racional com relação a fins
• A ação social racional com relação a valores
• A ação tradicional
• A ação afetiva

Por serem tipos ideais, essas ações não são


observadas em sua forma pura na realidade.

Candidatos buscam emprego durante a Semana do Trabalho,


Emprego e Renda, em São Paulo (SP). Em termos weberianos, a
escolha do empregador pode envolver mais de um tipo puro de
ação social. Foto de 2015.

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CAPÍTULO 6 – PENSANDO A SOCIEDADE

KARL MARX: TRABALHO E CLASSES SOCIAIS

Sua análise foi marcada pela investigação das


relações capitalistas e pela formação e relação das
classes sociais.
Coleção Particular/Arquivo da editora. Foto de c. 1880.

Para Marx, a questão-chave para explicar as


transformações sociais é a relação conflituosa entre
forças sociais, isto é, entre classes sociais distintas
com interesses antagônicos.

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CAPÍTULO 6 – PENSANDO A SOCIEDADE

KARL MARX: TRABALHO E CLASSES SOCIAIS

Marx - “A Ideologia Alemã”:

Galeria de Arte Moderna, Milão, Itália/Arquivo da editora


• Formas de dominação ideológica;
• Se preocupou em identificar a
constituição de um novo modo de vida.

A classe capitalista teria como ponto central


de sua dominação reproduzir a exploração
do trabalho.

Obra Il Quarto Stato (1902), de Pellizza da Volpedo (1868-1907). A


pintura, que retrata um grupo de trabalhadores andando confi ante
na mesma direção, se tornou símbolo político do proletariado. Seu
nome se referia à história europeia e à Revolução Francesa: nesta
revolução, a burguesia derrubou o domínio do Primeiro e do
Segundo Estado, respectivamente a nobreza e o clero, e instaurou o
domínio da classe ascendente no interior do Terceiro Estado:
a burguesia. O nome “O Quarto Estado” signifi cava uma nova
revolução social, protagonizada pela classe trabalhadora.

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CAPÍTULO 6 – PENSANDO A SOCIEDADE

KARL MARX: TRABALHO E CLASSES SOCIAIS

As sociedades, sejam elas indígenas,

Minnesota Historical Society/Corbis/Latinstock


escravistas, africanas, orientais, socialistas
ou capitalistas, têm elementos gerais que se
reproduzem ao longo do tempo: as
estruturas sociais.

Se uma sociedade tem seus elementos


estruturais destruídos, ela perde sua
particularidade, transformando-se em outro
tipo de sociedade.

Trabalhadores em linha de montagem de fábrica de


automóveis em Minnesota, Estados Unidos, em foto de 1935.

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