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SELANTES

Se avalia a morfologia oclusal, questão de sulcos profundos. Avaliamos por meio da


coração com a pastilha de evidenciação se esse indivíduo está conseguindo higienizar.
Tudo isso é avaliado, não é pq está nessa troca, aparecimento desses dentes que a gente
vai entrar com selante.

Essa morfologia, é bem avaliado porque essa anatomia bem definida, a gente tenta
reproduzir quando fazemos restaurações tanto de resina quanto de amálgama. A
morfologia quando bem definida, imagine que a cerdas da escova não vai chegar aqui
embaixo (imagem preto e branco) e remover isso tudo.

Quando vemos isso? Quando o paciente chega no ambulatório. Vemos na imagem, em


amarelo, a quantidade de cheetos preso no sulco do dente (Ecaaaa). Também vemos a
presença de lesões de cárie ativas e cavitadas. Na imagem 2, temos uma foto evidenciando
os sulcos profundos, vemos a ponteira da seringa de aplicação de selantes.

HISTÓRICO (esse prof ama “ERA UMA VEZ”)

Esse pensamento de selar esses sulcos, essas estruturas mais refinadas não é de hoje. O
primeiro relato foi em 1825. O intuito era tirar essas partes profundas e selar (preencher)
com cimento, ou seja, essa parte bem refinada, preenchia-se com cimento pra deixar ela
mais lisa, acreditando que isso servia para evitar lesões de cárie.Entretanto, os cimentos
que tinhamos na época não eram tão bons quanto hoje.

Em 1923, surgiu o conceito de “odontomia profilática”, retirar por meio do uso de brocas
todos esses sulcos profundos e restaurar. Também caiu por terra!!! Se fazia isso e com
certo tempo depois o paciente aparecia com lesões de cárie. Então, todos esses conceito:
Tirar fissuras, fazer limpeza com uso de brocas e colocar cimento fluído no interior das
fissuras isso já existia, mas a gente não tinha materiais bons suficientes para poder manter
isso preso.

INDICAÇÕES

Quais as indicações???
- Primeiro, avaliamos o risco desse paciente. Vamos ter, no ambulatório, várias
crianças que o risco de cárie é baixo. Ela tem uma boa higienização, vocês vão ter
um bom tempo de acompanhar o paciente. Entretanto, vamos ter paciente que não
tem (?) Aliado a isso, morfologia e idade desse paciente. Em cima desses critérios
(risco de carie- alto risco; morfologia oclusal; idade dental) que se avalia se vamos
entrar com selante ou se não vamos entrar.
CONTRA-INDICAÇÃO

- Impossibilidade de isolamento absoluto

Muitos postos de saúde e em escolas de Odonto esse tratamento de selante é muito


utilizado. Em muitas situações, vai ser quase impossível vocês isolarem o dente de
uma criança. O problema é quando ocorre a contaminação da área que foi
preparada para receber esse selante. Quando fazemos o condicionamento da
superfície, aplica-se o selante e fotoativa, após isso fazemos o teste para ver se o
selante travou. Esse teste é feito com a sonda exploradora. Se houve umidade ou
se contaminou com saliva, esse selante não vai segurar, vai descolar. Quando for
aplicar um selante, o campo deve tá bem limpo, seco, o mais preciso possível. Se
tiver umidade, não vai unir.

- Estágio de Erupção;
- Fossas e fissuras rasas.

Se tenho fossas e fissuras muito rasas também não cabe o uso

Tipos de selantes
➔ Selante ionomérico
➔ Selante resinoso
➔ Resina Flow

Na FOUFAL utilizamos o selante à base de resina.

COMPOSIÇÃO

A diferença é que nos selantes o percentual de monômeros diluentes é maior do em uma


resina convencional. Por isso, ele escoa/flui com facilidade. O teor de diluente dele tem que
ser alto para que ele consiga penetrar nas partes mais profunda. É só pensar: Se eu tiver
uma resina convencional, ela não vai conseguir escoar dentro de uma fóssula, dentro de um
sulcco, mas se ele escoa com facilidade ele vai conseguir penetrar.
Partículas de cargas também são adicionadas em percentual muito menor que em uma
resina. Então, vejam que é uma resina com balanceamento na parte química para que ela
escoe com facilidade. Essa adição de flúor, está mais ligada ao selante a base de ionômero.
Quando tenho selante resinosos não tenho presença de flúor.

A maioria é fotoativado. O operador é que vai determinar o tempo de reação, ou seja, vou
ter tempo de acomodar nas fóssulas, fissuras e só depois de acomodado é que faço a
fotoativação.

Não vai haver melhoria na parte de Resistência à Compressão , Resistência à Tração, mas
a dureza e resistência ao desgaste são melhoradas no selante. Em alguns selantes temos a
possibilidade de escolher de cor.

COMO O SELANTE VAI ENTRAR? auu


O selante vai atuar APENAS E APENAS em esmalte!

O condicionamento com ácido fosfórico vai aumentar a energia superficial, aumento a área
superficial, desmineralizando a região. E o selante para que ele consiga entrar nessas áreas
ele vai ter baixa tensão superficial, ou seja, alterei o esmalte e vou colocar um material que
tenha baixa tensão por isso que ao encostar no esmalte, ele vai conseguir escoar com
maior facilidade. O espalhamento vai me dar um bom molhamento devido a baixa
viscosidade. Tenho que ter: Baixa tensão superficial; bom molhamento e baixa viscosidade
para ter uma boa união.

A baixa viscosidade desses monômeros diluentes vai justamente reduzir a viscosidade e


molhar / tocar com maior facilidade a área que foi condicionada. Então, sem isso esse
selante não vai conseguir atuar como uma barreira.
Essa barreira para que se tenha um bom selamento/ vedamento, se não tomarmos cuidado,
teremos falhas na retenção. A maior parte do responsável por esse selante se soltar é a
contaminação com umidade. Ao aplicar selante temos que ter muito cuidado com a
umidade.

Com relação às bolhas sempre foi o ponto negativo para todo material. Se estou misturando
o material, se estou levando pó ao líquido, se eu começo a incorporar bolha, a massa desse
material por si só começa a ficar fraca. Imaginem a camada de um selante cheio de bolhas
lá dentro. A retenção começa a ficar reduzida, a resistência do material também se reduz.

Todo selante fotopolimerizável vai ter apenas uma seringa.

Aplicação

Nas cavitações foram feitos preparos minimamente invasivos . E foram aplicados selantes.
Foi feito isso porque foram preparos extremamente pequenos.

Se o preparo fosse invasivo, já caberia o uso de material restaurador convencional.

realizou-se o preparo removendo a parte superficial.


Nessa etapa, temos o condicionamento ácido. O condicionamento ácido é feito com um
pouco de exagero porque o selante vai escoar.

O esmalte vai ficar com essa aparência branca e bem ressecada. Tenho um campo limpo e
seco com alta energia de superfície para fazer a aplicação desse selante.
Aplicação do selante que vai atuar como barreira. O selante não aplica sistema adesivo. Por
que não aplicamos sistema adesivo? Porque se eu não tiver cuidado quem vai atuar como
selante nas fóssulas e fissuras vai ser o sistema adesivo, ou seja, vou atrapalhar a
penetração do selante por que no sulco, fóssula ou fissuras vai está cheio de adesivo.
Utilizamos a sonda explorado com intuito de espalhar melhor o material.

Em seguida, fazemos a fotopolimerização. Após a fotopolimerização, passamos a sonda


nos ângulos com intuito de checar se realmente o selante travou de forma correta. Quando
ele se solta a provável causa é a umidade. Isso é bem difícil de ocorrer quando fazemos o
isolamento absoluto.

O próximo passo seria a checagem da oclusão, por mais fino que seja a película, tem hora
que não controlamos muito a mão e pode ter escoado quantidade mais que o necessário.
Então, temos que realizar o ajuste oclusal desse selante: Pontas de acabamento, borrachas
abrasivas, discos de feltro…

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