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A espondilite anquilosante (EA) é uma doença do grupo das espondiloartrites,

que são artrites soronegativas para o fator reumatoide (FR).


Etiologia: Fatores genéticos e autoimunes. Associação com o HLA B27.

Fisiopatologia: O disco intervertebral é a articulação presente entre os corpos


das vértebras, responsável por sustentar todo o peso do tronco. A inflamação
começa perifericamente e a evolução do processo inflamatório confere à
vértebra um formato quadrado, até que a parte anterior do disco, por onde
passam os ligamentos longitudinais e laterais, é acometida. Esses ligamentos
vão sofrendo fibrose e, posteriormente, anquilose. Com isso, há um processo de
ossificação com a produção de sindesmófitos, que são calcificações do
ligamento longitudinal da coluna. Tanto no sacro como no ilíaco, a lesão vai
levar a uma esclerose óssea, ou seja, uma ossificação com fusão da articulação
sacroilíaca. O tratamento consegue lentificar o processo inflamatório e a
formação de sindesmófitos, mas não interfere no que já está calcificado.

Clínica: Paciente masculino, 20-40 anos, apresenta entesite seguida de


sacroileíte bilateral, que vai ascendendo pela coluna vertebral. A deformação
axial causa perda de movimento articular, além de uma cifose que cursa com
dor toráxica e pode culminar em fibrose pulmonar de ápice, uma vez que a
posição da coluna impede uma ventilação adequada. Outra manifestação extra-
articular importante é a regurgitação aórtica. Com a evolução da doença, a
cifose se torna mais acentuada, o paciente tem dificuldade de equilíbrio e por
isso adota a característica “posição do esquiador”. O quadro pode acompanhar
uveíte unilateral e alternante, que às vezes leva o paciente à cegueira.
Diagnóstico: Suspeita clínica associada a exames de imagem. Rx com “coluna
em bambu” e esclerose óssea, RM sacroilíaca com supressão de gordura
evidencia edema e inflamação. HLA B27(+).
Para o Step 1: HLA B27, fisiopatologia, achados de imagem.

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