LOJAS PRONTAS CONHEÇA O SHOPPER DE OLHO NA VITRINE

As 10 principais plataformas de O que o difere do consumidor e qual Visual merchandising é capaz

e-commerce que podem lhe a sua influência na hora da compra? de gerar mais vendas e trazer
ajudar a vender de maneira fácil reconhecimento de marca

O GUIA DO PEQUENO E
MÉDIO EMPREENDEDOR

“O projeto
Gaming Parque

SAIA DA
nasceu de uma
conversa fora da
minha área de
atuação”

BOLHA
ADRIANA SAMUEL,
medalhista olímpica

s
ta
COMO ABRIR O
is
CAMPO DE VISÃO
ev

E SAIR DA ZONA
R

DE CONFORTO
il

PODE TRAZER BOAS

as

OPORTUNIDADES
Br

DE NEGÓCIOS

70 ANOS DE
HISTÓRIA
Rede Frango Assado
torna-se uma das
maiores operadoras
de praças de serviços
rodoviários do
estado de São Paulo

CASAS
LUCRATIVAS
Redes de franquias
que prestam serviços
ou vendem produtos
para residências
ganham força

VALE À PENA
PROVAR
O segredo de como
investir com segurança
no mercado de comida
restritiva no Brasil

TESTE DESCOBRIR O SEU PERFIL FINANCEIRO PODE AJUDÁ-LO A SABER QUE TIPO DE EMPRESÁRIO VOCÊ É
 SONHO DE UMA
NOITE DE VERÃO
A
TEMPESTADE
Quatro jovens apaixonados fogem para
s
ta
a floresta de Atenas e se envolvem em
is
uma disputa entre fadas que acaba
ev

num grande desencontro amoroso.

R

A maior comédia de Shakespeare,

il
as

mistura realidade e fantasia para

mostrar como o amor comanda nossa
Br

vida. Este livro traz ainda a última

peça escrita pelo autor, considerada
sua carta de despedida.

Veja também:

NAS LIVRARIAS
Ou acesse www.escala.com.br
 ABRE ASPAS EDITORIAL

Fora do lugar
comum
V
ocê já parou para pensar que geralmente os lugares que frequenta,
as pessoas que você conhece, os treinamentos que faz, as palestras
e feiras de que participa têm a ver com o ramo do seu negócio? Isso
parece excelente, certo? Mais ou menos. Ao olhar só para o seu setor, você
pode estar deixando de lado oportunidades em nichos em que há lacunas
ainda inexploradas.
Empreendedores natos às vezes enxergam mais de uma oportunidade no
mercado e, por isso, acabam empreendendo em mais de um negócio. Eles vis-

s
lumbram o que talvez você ainda não consiga ver. É sobre isso que vamos falar
ta
na matéria de capa desta edição. Sobre como sair da sua bolha e encontrar
is
muito mais do que o mercado pode lhe oferecer.
Se a família Mamprin, por exemplo, na Via Anhanguera em Louveira, não
ev

tivesse enxergado uma oportunidade e tanto, continuaria com a sua

barraca de frutas até hoje. No entanto, ao ver além, fundou uma das maiores
R

operadoras de praças de serviços rodoviários do estado de São Paulo, o

Frango Assado. E quem conta essa história é o CMO da IMC – hoje detentora
il
as

da rede –, ALEX B. X. PINTO 1 , em entrevista exclusiva, em Entrelinhas.

Outra história inspiradora nesta edição é a de DEIA LOPES 2 , que venceu
Br

todos os obstáculos na vida, desde a superação de uma infância em que

passou fome até a época dura na mudança de estado e a abertura de um
negócio que deu certo, deu errado e, com toda sua persistência e reinvenção,
hoje é um sucesso na venda de discos de tapioca ultracongelados.

1
Nossa edição está recheada não só de cases que motivam, como também de
matérias que vão inspirar você a pensar fora da caixa, sair da bolha e planejar
estratégias que farão o seu negócio alavancar, como: a onda do mercado de
gastronomia restritiva, franquias de produtos residenciais, a importância do
visual merchandising na decisão de compra do consumidor, 10 plataformas
de e-commerce prontas para você começar a vender. E ainda os temas que
os nossos articulistas trouxeram que podem fazer a diferença para a sua
empresa nos próximos meses.
Em outubro participamos da 20ª Convenção ABF do Franchising e conferimos
de perto todas as novidades que o setor de franchising trará para o mercado
nos próximos anos, bem como as expectativas e os balanços positivos do se-

2 tor. Confira a cobertura completa.

Este foi um ano de muitos desafios, eleições conturbadas, inflação que atingiu
em cheio o segmento de micro e pequenos negócios. Mas você, empresário,
mostrou-se resiliente, visionário e persistente. E é por você que estamos aqui
e vamos continuar no próximo ano, tentando sempre ajudar e motivar de
todas as formas para que o seu negócio prospere. Conte com a nossa equipe.
© FOTOS: DIVULGAÇÃO

Feliz ano novo!

Juliana Klein
Editora

3
SUMÁRIO

38_ ENTRELINHAS
12_ FRANGO ASSADO
TESTE
48_ QUAL O
Com 70 anos de história, rede SEU PERFIL?
NOSSA CAPA conta com 25 lojas próprias, Teste ajuda a observar com-

SAI DESSA BOLHA! instaladas majoritariamen-

te em rodovias do estado de
portamentos relacionados às
finanças e a descobrir se você
São Paulo e de Minas Gerais é uma pessoa econômica, con-
Enxergar negócios fora do nicho em que está
trolada ou que gasta bastante
acostumado a atuar pode ser promissor não só
para a sua empresa mas também para você como DEU CERTO
empreendedor. Ter uma visão de diferentes se- UP TO DATE
16_ TOCA DA TAPIOCA
tores, ideias e atuações distintas daquilo que faz Com apenas R$800,00, 50_ FAÇA E VENDA
abre o leque de oportunidades no mercado. Mas empresária investiu em Curso com duração de três
como não se limitar apenas ao conhecimento que negócio e, hoje, é pioneira meses foca o empreendedo-
você possui na hora de empreender ou de expan- na venda de discos ultra- rismo e ensina a ganhar di-
dir o seu negócio? O segredo é ampliar o campo congelados da iguaria nheiro na área de confeitaria
de visão e sair da zona de conforto no seu dia a dia.
Saiba como fazer isso em nossa matéria de capa. STARTUP-SE
MAPA DA MINA
20_ PÚBLICO 54_ ACELERADORAS
Programa de empreendedo-

LOJAS PRONTAS
As 10 principais plataformas de
e-commerce que podem lhe
ajudar a vender de maneira fácil
CONHEÇA O SHOPPER
O que o difere do consumidor e qual
a sua influência na hora da compra?
s
DE OLHO NA VITRINE
Visual merchandising é capaz
ESPECÍFICO
ta rismo socioambiental é desen-
de gerar mais vendas e trazer
reconhecimento de marca
Empresários contam o se-
volvido especialmente para
gredo de como investir com
is
startups que estão começan-
segurança no mercado de do ou que precisam de impul-
ev

O GUIA DO PEQUENO E
comida restritiva no Brasil so para crescer
MÉDIO EMPREENDEDOR
R

FRANQUIA
“De uma conversa
informal surgiu meu
mais recente insight
NO NEGÓCIO
sobre games e e-sports.
Assim nasceu o projeto
Gaming Parque”
SAIA DA 26_ FOCO NO
il

60_ VISUAL
ADRIANA SAMUEL,

BOLHA
medalhista olímpica
de vôlei de praia e

RESIDENCIAL
empreendedora
as

AMPLIAR O CAMPO
MERCHANDISING
DE VISÃO E SAIR Apostar em uma bandei- Caprichar na decoração, na
DA ZONA DE
ra que tem como objetivo
Br

CONFORTO PODE fachada e na disposição dos

SER O CAMINHO
PARA O SUCESSO NO
a prestação de serviços ou artigos para venda na loja físi-
EMPREENDEDORISMO
produtos residenciais pode ca é uma estratégia poderosa
70 ANOS DE
ser uma boa sacada em tempos de transformação
HISTÓRIA
Rede Frango Assado
torna-se uma das
digital
maiores operadoras
de praças de serviços

DIGITAL
rodoviários do
estado de São Paulo

CASAS
LUCRATIVAS
Redes de franquias 32_ E-COMMERCE TENDÊNCIA
que prestam serviços

66_ SHOPPER
ou vendem produtos
para residências
Intuitivas e fáceis de nave-
EDIÇÃO 156 - PREÇO R$ 17,00

ganham força

VALE À PENA
PROVAR gar, ferramentas para criar o Responsáveis pela logística
O segredo de como
investir com segurança
no mercado de comida
restritiva no Brasil
próprio e-commerce ajudam de compra, eles são a peça
o pequeno empreendedor a principal para as vendas do
DESCOBRIR O SEU PERFIL FINANCEIRO PODE AJUDÁ-LO A SABER QUE TIPO DE EMPRESÁRIO VOCÊ É
entrar no universo digital seu negócio
TESTE

TIME DE COLUNISTAS

06_ RADAR CORPORATIVO

11_ FALA, GESTOR!
05_ TREINAMENTO&CARREIRA Luiz Marins SEÇÕES FIXAS 37_ FALANDO NISSO
19_ GESTÃO&SUSTENTABILIDADE Danilo Maeda 71_ CONVERSA AFINADA
25_ LIDERANÇA&MOTIVAÇÃO Daniela do Lago 80_FILMES 78_ SINAPSE
Análises de
31_ EMPREENDER&LIDERAR Elias Awad 81_ GESTÃO&VOCÊ
filmes por Myrna
53_ INSPIRAÇÃO&EMPODERAMENTO Erika Pessôa Silveira Brandão 82_ FECHA ASPAS
e indicações de
59_ GESTÃO&SERVIÇOS Antonio Paulo de Oliveira livros pela redação
 © ARQUIVO PESSOAL
TREINAMENTO&CARREIRA POR LUIZ MARINS

A intrigante virtude
da esperança “É VERDADE QUE NA
ORIGEM DE TODAS AS
NOSSAS VIRTUDES

A ESTÁ A CONFIANÇA
Esperança intriga os homens
desde sempre.
Na mitologia grega temos que
Pandora fora criada por Hefesto a man-
do de Zeus como forma de se vingar
da humanidade após o titã Prometeu
haver dado aos homens o segredo do
fogo. Enviada à terra para se casar com
“Não havendo capacidade de ou-
vir uma promessa, não conseguindo
mais vislumbrar uma orientação, a (A FÉ), MAS A
esperança permanece confinada a
um sentimento de sobrevivência.”
ESPERANÇA SEMPRE
Assim, em tempos turbulentos, sem- A ACOMPANHA E
pre sobrará a esperança, e essa virtu-
de e esse sentimento, exclusivos dos CONTINUA A SER A

s
Epimeteu, irmão de Prometeu, levava
consigo uma caixa com a recomenda-
humanos, serão sempre lembrados.
ta
Seja em nossa vida pessoal, profissio-
MAIS NECESSÁRIA
ção de que jamais fosse aberta, mas nal ou empresarial, apesar de todos EM TEMPOS DE
is
ela, sem conter a curiosidade, abre-a e os pesares na avaliação pessoal de
INCERTEZA E DÚVIDA,
ev

com isso liberta de seu interior todos os cada um, é sempre necessário man-
males até então desconhecidos pelos ter viva a esperança, que é sempre a
QUANDO A NOSSA FÉ
R

homens (doenças, guerras, mentiras, última que deve morrer

ódios etc.). Pense nisso. Sucesso! SE ENFRAQUECE”
il

Pandora então tenta fechar a caixa, mas

as

consegue manter em seu interior ape-

nas a ESPERANÇA.
Br

Assim, da Caixa de Pandora, de onde sa-

íram todos os males e desgraças, o que
sobrou para o mundo foi a ESPERANÇA.
O autor italiano Enzo Bianchi, ao discor-
rer sobre a virtude da Esperança, diz:
“A esperança é o que pode dar sentido à
espera, a torna eficaz e acelera sua rea-
lização, e nós, humanos, carregamos em
nosso interior a semente da esperança,
com a qual fomos dotados desde o nos-
so nascimento.
“É verdade que na origem de todas as
nossas virtudes está a confiança (a fé),
mas a esperança sempre a acompanha
e continua a ser a mais necessária em
tempos de incerteza e dúvida, quando
a nossa fé se enfraquece. Hoje a espe-
rança parece ser a virtude mais difícil e
muitos nem sequer conseguem formu-
lar a pergunta fundamental: ‘O que pos-
so esperar?’.

© MELITAS / ISTOCKPHOTO.COM
LUIZ MARINS É ANTROPÓLOGO, PROFESSOR E CONSULTOR DE EMPRESAS NO BRASIL E NO
EXTERIOR. TEM 13 LIVROS E MAIS DE 300 VÍDEOS E DVDS PUBLICADOS. WWW.MARINS.COM.BR

5
 Radar. POR JULIANA KLEIN
_RECICLAGEM
100% das embalagens
Em outubro, o CUP NOODLES®, o
macarrão instantâneo oficial do Rock
in Rio Brasil 2022, recolheu 100% das
embalagens de produtos consumidas
no festival, com 58 mil copos de Cup
Noodles® coletados na edição deste
Br
_LANÇAMENTO
Produtos naturais
A SCHRAIBER, laboratório cer-
tificado com o selo Cruelty and
Vegan pelo Peta, lançou recen-
temente a linha Dia a Dia com
os Desodorantes Spray Sem
Perfume e Ocean Fresh, que não
contêm alumínio nem parabe-
nos, além de ser 100% veganos.
Os produtos, por não conter sais
de alumínio na fórmula, não in-
terferem na respiração natural
da pele, não obstruindo os poros
e respeitando o equilíbrio. Além
disso, impedem a proliferação
de bactérias que geram odores,
devido à ação adstringente que
regula a transpiração. Conheça
© FOTOS: DIVULGAÇÃO
mais: loja.schraiber.com.br.
6
_CONGRESSO DE VENDAS
Debate da
digitalização
Após dois anos de adia-
mento em consequência da
pandemia causada pela co-
vid-19, a Associação Brasileira
de Empresas de Vendas
Diretas (ABEVD) realizou em
outubro o 3º CONGRESSO
NACIONAL DE VENDAS
DIRETAS, evento que teve
como foco o debate em tor-
no da digitalização do setor,
que passou por uma grande
aceleração nesse período,
ressaltando a importância da
atividade para empresas e
revendedores, que contem-
pla uma força de trabalho
s
ano. A ação consolida o compromis- de 4 milhões de pessoas no
ta
so da marca em garantir um mundo Brasil. O evento contou com
is
melhor e mais sustentável para todos. a presença de nomes co-
“Estamos efetivamente conectados mo Luiza Trajano, do Parceiro
ev
ao Rock in Rio com o mesmo propó- Magalu, e Bruno Portela,
sito, pensando na proteção do pla- secretário do Ministério da
R
neta e nas gerações futuras”, afirmou Economia, além de uma ex-
na ocasião a gerente de Qualidade da posição de grandes marcas
il
Nissin Foods do Brasil, Glaucia Tonelli. com o apoio do Sebrae.
as
_TIME DE BOLOS
Desconto especial
No ano que acontece o maior
evento de futebol do mundo, a
SODIÊ DOCES, franquia de bo-
los artesanais, escalou 11 sabo-
res de bolos – dos 80 ofereci-
dos em seu cardápio – para ter
desconto entre 1º de novem-
bro e 18 de dezembro. As op-
ções foram desde as tradicio-
nais, clássicas até as especiais,
para agradar a todos os gostos
durante os jogos da compe-
tição, principalmente aqueles
da seleção brasileira em cam-
po. Esse timaço está reunido
no endereço sodiedoces.com.
br/copa-do-mundo-2022/.
 OS
LIVROS DE
NEGÓCIOS
MAIS
VENDIDOS
_NO NATAL 1
Versão repaginada
Neste ano a HAVANNA apostou O Homem Mais
em um portfólio para presentear Rico da Babilônia
no período natalino, os deliciosos Autor
George S. Clason
panetones da marca, recheados Editora
com o tradicional dulce de leche, Harpercollins
dulce de leche com limão, com
chocolate amargo, com branco,
ao leite e de frutas. Com o con- 2
ceito “Natal te faz mais Dulce”, as seis embalagens colecionáveis trouxeram
artes exclusivas criadas pelo artista plástico brasileiro Lobo, com referências
em pop art, muita cor, complexidade e a visão do artista sobre enxergar o
Seja Foda!
mundo com alegria. Além dos panetones, a marca oferece cestas natalinas Autor
como opções presenteáveis com produtos icônicos incluindo tabletes, alfa- Caio Carneiro
jores, Havannets e Corazon de chocolate. Editora
Buzz

TURNOVER MOVIMENTAÇÃO DE 3

s
PROFISSIONAIS NO MERCADO
ta
_SOCIEDADE _PARCEIRO Do Mil ao Milhão
is
Autor
A Warner Chappell
ev

O escritório BVA Thiago Nigro

- Barreto Veiga Music Brasil investiu Editora
Advogados anunciou a em segmento gospel Harpercollins
R

chegada do novo só- por meio da parce-

cio, RAFAEL TEIXEIRA. ria com o executivo
il

O advogado vai inte- que atua há mais de

4
as

grar o time atuando duas décadas na área,

nas áreas de M&A e Direito Societário. O MAURÍCIO SOARES. Ele acumula pas- Comece pelo
profissional se formou pelo Mackenzie sagens por grandes companhias, como Porquê: Como
Br

e possui LLM em Direito Societário pe- Sony Music e Line Records. O objetivo da Grandes Líderes
la New York University (NYU), além de empresa é dar voz aos compositores e Inspiram
pós-graduação na Fundação Getulio expandir a área de atuação em um seg- Pessoas e
Vargas (FGV). Ao longo de sua carreira, mento tão relevante para a música bra- Equipes a Agir
teve passagens relevantes por escritó- sileira. Soares é jornalista e publicitário. Autor
Atua no mercado cristão há mais de 30 Simon Sinek
rios como Veirano Advogados, Madrona
Advogados, Stocche Forbes e Melcheds. anos, nas áreas editorial e fonográfica. Editora
Sextante

_DIRETORIA
LUIZ NETO foi no-
meado como o novo
diretor da fábrica da
Takeda, no Brasil, lo-
calizada no interior
de São Paulo. Com
mais de 18 anos de
experiência na indústria farmacêutica,
Luiz Neto é engenheiro eletricista pela
Faculdade de Engenharia Industrial (FEI)
com MBA em Finanças e Contabilidade
pela PUC do Paraná. Em 2018, ingressou
na Takeda como diretor associado de
Excelência Operacional para a região de
Mercados Emergentes e Crescimento
(GEM) e, em 2020, foi diretor de
Gerenciamento de Projetos (PMO).
5
_CUSTOMER SUCESS DIRECTOR O Poder da
Com a meta de consolidar Autorresponsabilidade
(Livro de Bolso):
a satisfação dos clientes, A Ferramenta Comprovada
BRUNA MARTINS che- que Gera Alta Performance e
Resultados em Pouco Tempo
ga à NTT DATA Business
Solutions como a nova Autor
Paulo Vieira
customer success di-
Editora
rector da companhia. A Gente
nova contratada tem 18 anos de experiên-
cia em empresas multinacionais e é forma- 6
da em Análise de Sistemas com MBA em
Marketing. A profissional é responsável por
criar e desenvolver relacionamentos com os
clientes e com parceiros com o propósito
O Poder
do Hábito
de garantir retenção e fidelização. Ela traz
Autor
a sua experiência em liderança de equipes Charles Duhigg
e gestão de pessoas para melhorar ainda
Editora
mais a satisfação do cliente NTT DATA.
FONTE: SARAIVA

Objetiva

7
 Radar.
_METAVERSO
Reunião
Para ampliar o alcan-
ce geográfico e criar
momentos únicos e
100% personalizados
em vários níveis, a
DUO & ECCO, espe-
cializada em viagens
de incentivo, eventos
e campanhas para
o setor corporativo,
iniciou suas reuniões
no metaverso. O primeiro encon-
tro aconteceu em outubro com o
time da Key Press Comunicação,
que se reuniu com Silvio Sallowicz,
CEO da Duo & Ecco. “A experiên-
cia foi encantadora e algo que me
surpreendeu demais foi a possi-
bilidade de contato físico durante
a reunião, o que jamais aconte-
ce nas reuniões em salas virtuais”,
disse na ocasião a CEO da Key
Press, Beatriz Marques Dias.
_NOVA MARCA
Sorvete de qualidade
O dono do Mr. Cheney, Johannes
Castellano, acaba de lançar uma no-
va rede de franquia no mercado, a
HOLYCOW!CREAMERY. A proposta é
trazer para o mercado brasileiro um sor-
vete de alta qualidade, preparado com
o mais puro leite e ingredientes naturais,
que podem ser combinados com um
cookie fresquinho que acabou de sair do
forno. As duas primeiras lojas abrem as
portas em pleno verão de 2022, nos sho-
ppings Cidade de São Paulo e Center
Norte, ambos localizados na capital
paulista. A franqueadora investiu cerca
de R$1,5 milhão e ampliou sua fábrica
em São Paulo, multiplicando a capacida-
de de produção em duas vezes e meia.

s
ta
_ATENDIMENTO
is
Videochamada em Libras
ev

O BANCO BMG passou a oferecer em outubro a opção

de Atendimento por Videochamada em Libras. Além
R

do caráter social e inclusivo, a iniciativa é fundamen-

tal para o banco conseguir acolher ainda melhor seus
il
as

clientes com deficiência auditiva. “Anualmente, inves-

tiremos cerca de R$384 mil para termos uma equipe
dedicada ao atendimento dos nossos clientes com
Br

deficiência. Dessa maneira, ampliaremos nossa capa-

cidade de atendimento com foco na inclusão desse
público tão importante”, explicou o diretor de Clientes,
Cyber e Prevenção à Fraude do Bmg, Eduardo Mazon.

MACROAMBIENTE FATOS EXTERNOS QUE PODEM INFLUENCIAR SEU NEGÓCIO

Pequenos negócios Comércio eletrônico

No último setembro, o Brasil criou 278.085
NOVAS VAGAS DE EMPREGO. O resultado
foi fortemente influenciado pelas micro
e pequenas empresas, responsáveis por
192.463 vagas, o que corresponde a 69,2%
do total de contratações – de acordo com
análise do Sebrae, feita a partir de dados
do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged). No acumulado de
2022, o Brasil supera a marca de 2,1 milhões
© FOTOS: DIVULGAÇÃO
De acordo com dados divulgados pela Neotrust,
o e-commerce brasileiro teve uma QUEDA DE
10,5% no terceiro trimestre de 2022. Segundo o
estudo, a queda é provocada pelos juros altos e a
diminuição de casos de covid-19. E esse resultado,
inclusive, pode ser notado no balanço de grandes
varejistas do mercado, como a Via (Dona das
Casas Bahia e Ponto Frio), que apresentou
prejuízo líquido contábil de R$203 milhões no
período, a Americanas, que teve um prejuízo

de empregos gerados, sendo as MPEs líquido de R$212 milhões, e a Magalu, com

responsáveis por mais de 1,5 milhão (71,2%). prejuízo líquido de R$166,8 milhões no trimestre.

8
 DESIGN&CIA
Modernidade
da linha
Como parte do trabalho de
reposicionamento da mar-
ca, a linha de farinha de tri-
go Mirella, pertencente ao
Grupo Ocrim, lançou no mer-
cado as novas embalagens
de Mirella. Segundo a geren-
te de Marketing da Ocrim,
Daniele Tomé, o conceito ela-
borado para a nova identida-
de foi construído a partir de
imagens técnicas do grão de
trigo, entre outros aspectos
PELAWEB
O poder da
gentileza
Um post envolvendo o nome
da rede de pizzaria Domino’s
viralizou no mundo todo por
causa de um gesto de um
funcionário de uma das suas
unidades em Queensland, na
Austrália. Uma cliente havia
reservado uma mesa grande
na pizzaria para o seu aniver-
sário, mas, de última hora, teve
que ligar na pizzaria para des-
marcar a reserva porque ne-
nhum dos seus convidados iria
comparecer. A menina, contu-
do, ainda foi até a loja buscar
FAROLDEMÍDIA
Campanha
de arrecadação
A Fast Shop, rede de varejo, começou no
dia 15 de novembro uma ampla campa-
nha de arrecadação de brinquedos para
crianças em situação de vulnerabilida-
de social. O projeto, que acontece em
conceituais. “O módulo bran-
co da marca Mirella, que foi
conjunto com o Exército de Salvação
desenvolvido por Sergio Kal,
no Brasil, vai até o dia 15 de janeiro de
2023. Clientes e colaboradores poderão
da Sapien Design, é a estili- participar da campanha doando brin-
zação desse desenho técni- quedos novos ou usados (em bom es-
co, que visa transmitir maior tado de conservação). Caixas coletoras
qualidade e credibilidade,
s
além de um ar de moderni-
ta estão em pontos estratégicos das lojas
da Fast Shop nos estados de São Paulo,
is
dade para a linha”, explica. Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Como parte do trabalho de
ev
Sul, Distrito Federal e Pernambuco.
reposicionamento e fortale-
cimento da marca, a nova li-
R
nha esteve presente na Feira
Internacional da Panificação,
il
a FIPAN 2022, realizada no
as
meio do ano em São Paulo.
Br
FATO QUE VIRALIZOU NA INTERNET
Shake do bem
Como forma de contribuir para um
uma pizza e, quando chegou
lá, o supervisor Miles, para ani-
amanhã com mais oportunidade, o
mar a garota, havia preparado
Bob’s promoveu no último novembro
a campanha nacional Shake do Bem.
uma pizza doce para ela com Durante alguns dias, parte do lucro da
a mensagem “feliz aniversá- venda dos milk-shakes clássicos foi re-
rio”. Essa gentileza foi divul- vertida para o Instituto Bob’s para apoio
gada no Facebook, viralizou à Orquestra Maré do Amanhã. Com o
e hoje já tem mais de 84 mil slogan “Agite essa Causa”, a ação ocor-
likes e 1,2 mil compartilhamen- reu em todas as lojas e quiosques do
tos. A Domino’s ainda lançou Bob’s do Brasil. Além disso, ela será rea-
uma nota em agradecimento lizada anualmente por meio do Instituto
a esse funcionário por ir além Bob’s – uma associação civil sem fins
e ajudar a transformar o dia lucrativos que nasceu neste ano com o
dessa cliente. É como a velha propósito de envolver jovens em uma
© FOTOS: DIVULGAÇÃO
frase: a gentileza no trabalho experiência única e saborosa de capa-
é o grande trunfo dos profis- citação e conexão profissional.
sionais que estão prontos para
fazer a diferença no mercado.
9
Radar.
_BNDES
Crédito para
pequenas
O BANCO NACIONAL
DE DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E SOCIAL
(BNDES) lançou um novo
produto com foco em micro,
pequenas e médias empre-
sas (MPMEs), além de pro-
dutores rurais e microem-
preendedores individuais.
O BNDES Fundo de Crédito
para Indústria e Serviços
vai unir o banco a empre-
sas âncoras na constituição
de fundos que irão oferecer
crédito para a cadeia de for-
necedores e os clientes das
empresas parceiras. A nova
modalidade se diferencia
do BNDES Credito Âncora
porque neste novo modelo
o banco também corre risco
ao participar diretamen-
te dos fundos de direitos
creditórios (FDIC) que serão
fontes dos empréstimos.
_EXPERIÊNCIA DO CLIENTE
Brasil em 1º lugar
De acordo com o relatório CX ACCELERATOR
DA ZENDESK, o Brasil é considerado o país
com o maior percentual de empresas maduras
na entrega de experiência do cliente. Segundo
o levantamento, 23,4% – muito acima da mé-
dia global de 14,5% – das organizações brasi-
leiras ouvidas se qualificaram como Líderes
em CX, classificando o Brasil em 1º lugar entre
os países, seguido de Canadá (23,4%) e Índia
(16,7%). Foram mais de 4.900 entrevistas com
tomadores de decisão em CX em todo o mun-
do – incluindo mais de 1.090 na América Latina.

_EXPANSÃO
Dark Kitchen

s
ta A pizzaria LABRACIERA, que só em 2022
dobrou suas vendas com a abertura da sua
unidade na Alameda Lorena, no coração
is
dos Jardins, abriu mais um ponto de ven-
ev

da na cidade de São Paulo. Apenas como

delivery, a casa abre sua quinta unidade na
R

Vila Mariana. Com essa nova operação, eles

pretendem aumentar as vendas em 3 mil
il

pizzas por mês. “Essa inauguração faz parte

as

do nosso plano de expansão em que quere-

mos ter uma La Braciera em cada canto da
Br

cidade”, comenta o sócio Gustavo Brunello .

JUSTinCASE LANÇAMENTOS EM DESTAQUE NO MERCADO

Adaptador sem fio Nova linha de cinematográfica com resolução

A Motorola anunciou o lançamento no Brasil
do MA1, um adaptador de Android Auto. O dis-
positivo – leve e compacto – permite ao mo-
torista usar todos os recursos disponíveis no
monitores
Os monitores Evnia são o novo
lançamento da Philips e o so-
nho de todo jogador. O design
UltraWide Quad HD 3440 x 1440
e HDR14000. A retroiluminação
miniLED do monitor com 1.152
zonas permite ainda um con-
trole aprimorado da iluminação
© FOTOS: DIVULGAÇÃO

Android Auto sem a necessidade de fios e com e da taxa de contraste para pre-
elegante da linha combina com
maior segurança. Para utilizar o MA1, o usuá- tos mais profundos e brancos
qualquer decoração interior,
rio precisa conectar o adaptador ao painel do mais brilhantes.
enquanto seus displays
carro via cabo USB, que vai funcionar como generosos convidam os
um integrador Bluetooth entre o veículo e o jogadores a entrar no
smartphone. O transmissor do MA1 é compa- jogo. O primeiro mode-
tível com a faixa de Wi-Fi 5 GHz para Android lo a ser lançado, o mo-
Auto Wireless e não precisa necessariamente nitor curvo Philips Evnia
ser utilizado com um celular Motorola, sendo 34M2C7600MV, garante
compatível com outras marcas.  uma experiência quase

10
 FALA, GESTOR!
TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE CARREIRA E GESTÃO
Recomeçar faz parte do jogo
Estou desistindo do meu sonho.
Passei 20 anos sonhando e
“trabalhando” para empreender
em um negócio. Há pouco mais de
quatro anos consegui abrir meu
petshop. Sempre foi uma área em
que quis trabalhar, especialmente
porque amo animais. Contudo, no
decorrer da pandemia os prejuízos
foram muitos e, este ano, quando
tudo parecia que iria se reerguer,
eu também passei por trancos e
barrancos. Estou muito endividada
e não sei mais de onde tirar dinheiro
para pagar os funcionários e manter
o negócio em pé. Converso com o
meu sócio e a única alternativa que
ele me passa é abrirmos falência.
Eu estou desesperada, pois esse
sempre foi o meu sonho e agora vejo
as
ele ir por água abaixo. Como posso
buscar ajuda? Ando tão triste que a
minha família já acha até que estou
Br
com depressão.
Luciana Prestes – por e-mail – São
Bernardo do Campo/SP
Olá, Luciana. Sei bem como você se
sente neste momento da sua vida.
Realmente não é fácil ver algo que sem-
pre sonhamos indo embora do nosso
controle. Em primeiro lugar, quero lhe
dizer para não se sentir culpada com
esta situação. Muitas empresas no País
inteiro não conseguiram manter-se
após a pandemia. Foi um choque muito
grande em todos os segmentos de ne-
gócios. Então a primeira coisa que lhe
peço nessa hora é muita calma.
Não vai adiantar você se desesperar, fi-
car angustiada, triste ou até depressiva.
Esses sentimentos só vão prejudicar vo-
GILBERTO WIESEL É ESPECIALISTA EM LIDERANÇA E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS. ATUA HÁ MAIS DE 20 ANOS FOCADO EM
TRANSMITIR CONHECIMENTOS SOBRE MOTIVAÇÃO, VENDAS, EMPREENDEDORISMO, LIDERANÇA, EDUCAÇÃO, GESTÃO E FORMAÇÃO
DE EQUIPES DE ALTA PERFORMANCE.  GRADUADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, ESPECIALIZADO EM VENDAS E MARKETING.
POR GILBERTO WIESEL
cê ainda mais. Agora mais do que nun-
ca, terá que estar consciente e de posse
das suas decisões, seja elas quais fo-
rem. Chega um momento que devemos
tomá-las, por mais duras que sejam. Faz
parte do dia a dia do empreendedor.
Se você já tentou tudo para manter o
seu empreendimento em pé, faturan-
do, se sustentando e mesmo assim não
conseguiu reverter, é melhor achar logo
s
uma nova saída, nem que seja partir pa-
ta
ra a dissolução do negócio.
is
Tem certas decisões que quanto mais
ev
protelamos, mais se complicam e di-
ficultam. Analise bem, de cabeça fria,
R
sem remorsos ou culpa e faça o que for
melhor para todos que estão envolvidos
il
no processo. Lembre-se sempre de que
a vida não vai acabar somente porque
teve que se posicionar, levante a cabeça
e recomece, pois é sempre tempo para
isso. Boa sorte!
Não ando feliz com a minha escolha
profissional e agora não sei mais
como voltar atrás. Há dois anos
resolvi abrir uma franquia no ramo
de alimentação. Porém, não sabia
que trabalharia, inclusive, feriados
e fins de semana e mudaria de
forma tão avassaladora a minha
vida pessoal. Minha família não está
feliz. Cobram a minha presença e, ao
mesmo tempo que estou cansado,
sei que ainda é muito cedo para eu
“abandonar” o trabalho apenas nas
mãos de empregados. O negócio vai
bem, mas a minha preocupação é
a minha vida pessoal. Só que não é
simples jogar tudo para o alto, e nem
tenho coragem de uma coisa dessas.
© ARQUIVO PESSOAL
gestaoenegocios@escala.com.br
O que devo priorizar ou como sair
dessa sinuca de bico?
André Coelho – por e-mail – São Paulo/SP
Olá, André, realmente a vida de empre-
endedor é bem diferente da vida de
funcionário. Não tem hora para descan-
sar, não tem férias, não tem hora para ir
para casa, geralmente nos finais de se-
mana e feriados tem que trabalhar, não
tem décimo terceiro, folga remunerada,
ufa, enfim, não é para qualquer um.
A grande maioria das pessoas quer
muito empreender, porém esquece de
analisar todas as obrigações que es-
te projeto vai demandar no dia a dia.
Geralmente olham de fora um negócio
bem-sucedido e visualizam somente
as coisas boas, mas, quando vão para a
prática, acabam se arrependendo.
Coloque na balança o que é mais im-
portante para sua vida. Quais são seus
principais valores. Quanto está disposto
a abrir mão de coisas que são importan-
tes para você. O sucesso só vem após
muito esforço, dedicação e trabalho. O
único lugar que sucesso vem antes do
trabalho é no dicionário.
Ser empreendedor é algo maravilhoso,
pois poderá levar você a conquistas que
nunca teria se fosse funcionário, porém
o caminho é duro, de batalhas, decisões,
solidão, angústias, incertezas e muito
mais. No entanto, quando tudo isso pas-
sar, virão com certeza as realizações.
Pense bem, avalie cada situação e a par-
tir delas tome a decisão que melhor tem
a ver com seus sonhos e suas ambições.
Boa sorte!
11
ENTRELINHAS

A PARADINHA QUE
VALE MILHÕES
COM 70 ANOS DE
HISTÓRIA, A REDE
FRANGO ASSADO
RENOVA A CARA,
O CARDÁPIO E A
s
ta
MANEIRA DE SE
is
CONECTAR COM
ev

O PÚBLICO
R

TEXTO DE CAROLINA TAVARES

il
as

S
Br

ão 70 anos de história completados

em 2022. E quem está acostumado
a viajar ao interior de São Paulo sa-
be que o Frango Assado é parada obriga-
tória na estrada. O carro-chefe da marca
é a tradicional coxinha, que ganhou uma
releitura no aniversário deste ano e pas-
sou a contar com cinco sabores inéditos
no menu da marca, o que foi chamado de
Festival de Coxinhas. Não teria como ser
diferente: o alimento chega a vender um
milhão de unidades a cada ano.
Fundada em 1952, a hoje conhecida re-
de de postos e restaurantes Frango Assado
nasceu como uma barraca de frutas, pelas
mãos da família Mamprin, na Via Anhan- ja de conveniência completa, que inclui tanto que, em setembro de 2008, ela foi ad-
guera, em Louveira. Em pouco tempo, já lanchonete, restaurante, padaria, mini- quirida pela International Meal Company
havia se tornado uma das maiores opera- mercado, posto de gasolina, banheiros e (IMC), uma das maiores empresas do va-
doras de praças de serviços rodoviários do muito mais. rejo de alimentação com origem e atuação
estado de São Paulo. Atualmente, o Fran- Mas não basta esse passado gran- na América Latina e nos Estados Unidos.
go Assado conta com 25 lojas próprias, dioso, é preciso acompanhar as inova- Quem conta mais sobre a história da
instaladas majoritariamente em rodovias ções para seguir as tendências do con- empresa é o CMO da IMC, Alex B. X. Pinto,
do estado de São Paulo e Minas Gerais. A sumidor. E isso eles sabem fazer. Prova em entrevista exclusiva que você acompa-
marca se destaca por ser também uma lo- disso é que o sucesso da marca tem sido nha aqui.

12
 FRANGO ASSADO

Entender a jornada restaurante, sendo tão impactante local-

mente, que passou a influenciar posi-
de ponta a ponta tivamente a economia da região. Anos

O Frango
e as necessidades depois, em 1977, a então conhecida rede
Frango Assado começa a se expandir pa-
Assado vende,
ao ano, mais de
dos consumidores é ra mais localidades, inaugurando restau-
um milhão de
unidades da sua essencial no nosso rantes nas rodovias Dutra e Imigrantes.
Posteriormente, em 2008, com a marca
famosa coxinha,
que agora ganha
novas versões
mercado. Precisamos mais consolidada em São Paulo, o Fran-
de sabores.
ser relevantes go Assado foi adquirido pela Internatio-
nal Meal Company (IMC). Na ocasião,
até mesmo na um dos principais objetivos da compa-
nhia era dar sequência aos planos de
forma como nos expansão, tanto que, dez anos depois,
comunicamos nas em 2018, a rede conquistou 25 restau-
rantes espalhados pelas principais ro-
redes sociais e como dovias do estado.
criamos nossas
s
ta Como parte do crescimento promissor
da marca, recentemente a IMC anun-
ações. Não dá para
is
ciou um reposicionamento do Frango
perder tempo com Assado. Aliando tradição à modernida-
ev

de, o novo posicionamento é focado na

fórmulas antigas de melhoria da experiência dos clientes. A
R

marketing que não marca muda identidade visual, melho-

il

ra receitas de produtos ícones, além de

funcionam mais”
as

oferecer novos serviços.

ALEX B. X. PINTO, CMO DA
Br

O que vocês acreditam ter sido feito

IMC – PROPRIETÁRIA DA
REDE FRANGO ASSADO
Gestão&Negócios: Como a história do
Frango Assado começou e quando foi o
ponto de virada para o sucesso?
Alex B. X. Pinto: A história do Frango
Assado começou em 1952, em Louvei-
ra, interior de São Paulo, quando
Seu José e Nona Rosa Mamprin
inauguraram uma modesta
barraca de lanches. Em 1954,
devido ao delicioso e impo-
nente cheiro de frango assa-
do que a família preparava,
o público naturalmente
começou a conhecer o
lugar por “Frango Assa-
do”. Já em 1956, a famí-
lia Mamprin inaugurou
oficialmente o primeiro
nessa trajetória que levou ao sucesso
que é hoje?
A qualidade e a tradição atreladas à mar-
ca – tanto em produtos quanto em aten-
dimento – são, com certeza, fortes pilares
que impulsionaram o seu crescimento
ao longo dos seus 70 anos (sete décadas
completadas no dia 15 de novembro de
2022). Já como parte da IMC, buscamos
modernizar, oferecer novas experiências,
renovar e aprimorar opções do cardá-
pio, inclusive de pratos ícones, como a
coxinha, a qual vendemos mais de um
milhão de unidades por ano, e o famoso
frango assado, que deu nome à marca.
Qual conselho você dá para o pequeno
empreendedor que está começando
nesse mercado? E o que pode ser um
“tiro no pé” nesse segmento?
Uma dica essencial é entender que o con-
sumidor hoje é multicanal e compra mui-
to mais em casa, via marketplace ou canal

13
ENTRELINHAS
Novo App Frango Assado que faz parte
do seu Programa de Fidelidade Fran-GO!
próprio. É preciso entender que o consu-
mo fora de casa e o consumo dentro de um
restaurante têm jornadas, necessidades e
públicos diferentes, por isso as ofertas, o
menu, a embalagem e as experiências pre-
cisam ser rigorosamente bem articuladas.
Na IMC, por exemplo, temos a estratégia
de investir na criação de canais de vendas
próprios das nossas marcas, para me-
lhor rentabilidade sem mexer no bolso do
cliente final. E, no caso do Frango Assado,
cujo negócio se destina aos viajantes pelas
rodovias, vale destacar que implantamos
recentemente um programa de fidelidade,
o Fran-GO!, como forma de reter mais os
clientes, com descontos, vantagens e pro-
moções exclusivas.
Esse tipo de vantagem pode, de fato,
fidelizar ainda mais a clientela. Visto isso,
quais são as projeções e as tendências
do negócio daqui para a frente?
Uma forte tendência nesse mercado é que
as vendas digitais crescem substancial-
mente ano após ano, inclusive acima da
inflação. Além disso, percebe-se um au-
mento da competitividade: mais marcas
estão operando melhor seus canais, o nível
de exigência de tempo, a qualidade e até a
embalagem, ou seja, os restaurantes pre-
cisam estar atentos e ter eficiência, veloci-
dade, qualidade e preços competitivos. Do
14
lado do operador de restaurante, o grande
desafio segue sendo a rentabilidade, além
de investir em canais de venda direta –
pilares fundamentais para diminuir o im-
pacto dos marketplaces nas margens.
Na IMC, atualmente estamos atentos a
essas projeções em nossas marcas e, en-
quanto companhia, focados em três pila-
res-base: eficiência operacional, discipli-
na financeira e retomada do crescimento.
Portanto, visamos nos aprimorar e cres-
cer cada vez mais nossas marcas, sempre
buscando o equilíbrio das nossas ações.
Então, resumindo em números, quais as
grandes conquistas da marca até aqui?
Como somos uma empresa de capital
s
aberto, divulgamos os detalhes dos nossos
ta
resultados trimestralmente e adianto em
is
primeira mão que, neste ano, investimos
no autoatendimento da rede Frango Assa-
ev
do, o que ajuda na praticidade das com-
pras presenciais. Além disso, no primeiro
R
semestre de 2022, a rede obteve um exce-
il
lente resultado, com uma receita líquida
as
de R$325 milhões – 36,8% de crescimento
em relação ao mesmo período de 2021.
Br
Temos hoje 25 restaurantes do Frango As-
sado localizados nas principais rodovias
do estado de São Paulo. Nestes, a coxinha
é um dos carros-chefes, com mais de um
milhão de unidades vendidas por ano.
Com o reposicionamento recentemente
anunciado, o produto ganhou ainda mais
sabor com uma nova receita, aprimora-
da após pesquisas com os consumidores.
Além das tradicionais coxinhas de frango
e frango com requeijão, lançamos cin-
co novos sabores: carne seca, mortade-
la com queijo, calabresa com requeijão,
pizza e legumes grelhados – todas elas
disponíveis em um festival de coxinhas
em todas as lojas da rede.
Como você mesmo atestou, o mundo
está híbrido e o consumidor está cada
vez mais inserido em um contexto que
vai do on-line ao off-line com facilidade
durante sua jornada de compra. Como
a empresa enxerga essa tendência e o
que mais tem feito em relação a ela?
Manter a
tradição
com pitadas de
originalidade é um
dos nossos grandes
aprendizados da
história do Frango
Assado. Existe
aquele velho ditado:
‘não se mexe em
time que está
ganhando’, mas é
necessário inovar
para continuar
atraindo os viajantes
de estrada”
ALEX B. X. PINTO, CMO DA
IMC – PROPRIETÁRIA DA
REDE FRANGO ASSADO
Entender a jornada de ponta a ponta
e as necessidades dos consumidores é
essencial no nosso mercado. Precisa-
mos ser relevantes até mesmo na for-
ma como nos comunicamos nas redes
sociais e como criamos nossas ações.
Não dá para perder tempo com fór-
mulas antigas de marketing que não
funcionam mais. O cliente moderno
é multicanal, tem fácil acesso a con-
correntes, variedades de produtos e
consulta de preços sem sair de casa. É
preciso ser ágil e assertivo, focando ex-
periências atrativas e que agreguem.
No caso do Frango Assado, a trans-
formação digital da rede é uma das
nossas fortalezas e que ganha desta-
que a partir do novo posicionamento.
Conectamos a marca à digitalização
da experiência do cliente e fizemos
melhorias nos totens de autoatendi-

mento nas 25 lojas da rede, o
que proporciona mais praticida-
de e agilidade na hora do pedido.
Além disso, lançamos neste ano o aplica-
tivo oficial do Frango Assado e o progra-
ma de fidelidade Fran-GO!, que agrega
vantagens aos clientes mesmo antes de
chegarem às lojas, além de proporcionar
cupons exclusivos de descontos.
Além desses, quais os grandes
diferenciais da empresa em
seu ponto de vista?
O Frango Assado é muito mais do que
um restaurante. Oferecemos uma ver-
dadeira conveniência, com tradição,
história, bom atendimento e sabor,
além de estrutura completa de lan-
chonete, minimercado, posto de gasoli-
na, banheiros, entre outros atrativos aos
viajantes. Estamos em um novo momen-
to de expansão do Frango Assado pelas
rodovias do estado e queremos seguir
como líderes, reforçando a autoridade e
a credibilidade da marca, em linha com
as novas experiências aos clientes. Que-
remos continuar sendo reconhecidos co-
mo a parada mais conveniente e gostosa
das estradas paulistas. Por isso, celebran-
do 70 anos, damos início a uma jornada
de renovação da marca, sendo que, nesta
nova fase, entramos com novo logotipo,
renovação do nosso mascote, novidades
no menu e mais experiência digital aos
nossos clientes.
Em relação ao público consumidor,
quais os insights que fizeram e fazem
diferença para vocês?
Estamos atentos e precisamos nos adap-
tar aos novos hábitos dos viajantes. O
consumidor está muito mais crítico e
engajado com as marcas, portanto não se
pode ignorar a voz daqueles que são par-
te fundamental da trajetória de qualquer
marca. Aprimoramos as nossas comuni-
cações para estarmos cada vez mais em
sinergia com o nosso público. Diferen-
ciamos o atendimento, com postos de
autoatendimento em toda a rede para
quem busca rapidez e agilidade, além
Novo mascote
do Frango
Assado em
comemoração
aos seus 70
anos.
s
ta
is
do nosso aplicativo e de um programa de
fidelidade, indo ao encontro do desejo do
ev
consumidor de obter condições exclusi-
vas e ótimo custo-benefício.
R
É preciso modernizar e, como o Frango As-
il
sado não tinha alterações em sua identida-
as
de visual desde 2008, essas inovações nos
ajudaram a nortear o início de uma trans-
Br
formação completa. Estamos desenvol-
vendo serviços diferenciados nas unidades
para elevar a experiência das operações,
proporcionando um atendimento mais
rápido e prático aos nossos consumido-
res. De olho nessa demanda, nos próximos
meses ainda inauguraremos um drive-thru
em uma de nossas unidades, completando
o serviço da viagem nas estradas com ain-
da mais sabor e conveniência.
Pensando um pouco na trajetória,
qual foi o grande momento de
superação da empresa?
A pandemia com certeza foi um momen-
to desafiador para todo o setor de food
service. Nos deparamos com uma que-
da no movimento do fluxo nas estradas,
que impactou diretamente o faturamento
do setor em geral. Desde a abertura da
economia e com a melhora do cenário, o
consumidor tem voltado à rotina, o que
ajudou positivamente no aumento dos
números do Frango Assado.
FRANGO ASSADO
Ainda considerando o
momento de crise, pós-
pandêmico e quando o consumidor
em geral não está com grande poder
de compra, o que faz a empresa
continuar em pé e expandindo?
O Frango Assado busca oferecer mais
do que apenas produtos. Oferecemos
uma experiência que visa aprimorar
as paradas dos viajantes pelo estado
de São Paulo. Apostamos fortemen-
te na digitalização de todas as nossas
frentes de atendimento e nas vanta-
gens ao consumidor por meio do pro-
grama de fidelidade Fran-Go! Dessa
maneira, o consumidor reconhece e
atribui valor à marca, sobretudo, pela
qualidade, pela tradição e pelo sabor
dos nossos produtos ícones.
Se pudesse fazer um balanço desses
70 anos de história, qual seria o
maior aprendizado?
Manter a tradição com pitadas de ori-
ginalidade é um dos nossos grandes
aprendizados da história do Frango
Assado. Existe aquele velho ditado:
“não se mexe em time que está ga-
nhando”, mas é necessário inovar para
continuar atraindo os viajantes de es-
trada. Nesse sentido, estamos ressig-
nificando a tradição da marca, mi-
rando em melhorias a partir de novos
hábitos de consumo, que procuram
cada vez mais praticidade e agilidade
em suas paradas, sem abrir mão de
lanches e refeições saborosas.
SERVIÇO
Site: frangofidelidade.com.br
Facebook:
@redefrangoassado
Twitter:
@frangoassado
Instagram:
@frangoassadooficial
15
DEU CERTO

A ESTRELA COM APENAS R$800,

EMPRESÁRIA INVESTE
EM NEGÓCIO E,

DA CASA É HOJE, É PIONEIRA NA

VENDA DE DISCOS
ULTRACONGELADOS

A TAPIOCA
DA IGUARIA

TEXTO DE CAROLINA TAVARES

T
udo começou no interior da Bahia,

s
em uma cidade chamada Ubaitaba, ta
do tupi antigo, ubá-’y-taba. Foi lá
is
que nasceu Deia Lopes, hoje com 32 anos
e dona do próprio negócio. A receita tam-
ev

bém é inspirada nos nativos brasileiros: a

tapioca, que é extraída da mandioca e pre-
R

parada de forma granulada, mas configura

il

também o ingrediente principal do beiju,

as

preparado pelos indígenas e descoberto

pelos portugueses que estavam em Per-
Br

nambuco no século 16. A essência tão bra-

sileira se tornou o grande sucesso da em-
preendedora: a Toca da Tapioca, um res-
taurante localizado em Serra Grande, tam-
bém na Bahia, e hoje pioneiro no mercado
de discos do alimento ultracongelados.
Sua trajetória, no entanto, é marcada
por muita luta. De 13 irmãos, era a filha
caçula entre as meninas. Seu pai, mes-
tre de obras, sempre trabalhou e viajou
muito para São Paulo, não havendo con-
vívio com ele na infância. Segundo ela,
ele sumia por dois, três anos – sempre foi
assim. Entretanto, a lembrança que ela
tem é de que, quando ele aparecia, ela e
seus irmãos conseguiam fazer ao menos
três refeições no dia (café, almoço e jan-
© FOTOS: DIVULGAÇÃO / TOCA DA TAPIOCA

tar). “Nesses períodos, minha mãe pre-

cisava alimentar a família, então ela pre-
parava, torrava e vendia amendoim na
rodoviária de Ubaitaba todo santo dia.
Acredito que minha veia empreendedo-
ra veio dessa cena de uma mulher forte e
aguerrida”, emociona-se.

16
 TOCA DA TAPIOCA

Com o passar dos anos, seus pais se se-

pararam e, com um novo padrasto (com
quem não se dava bem), brigou com sua
mãe e resolveu então partir para São Paulo
em busca de uma vida melhor e para mo-
rar com sua irmã. Isso com apenas 13 anos.
Deia ajudava a irmã fazendo faxina na casa
de uma família em Alphaville. Ficava brin-
cando com as crianças da casa e logo virou
babá, tendo apenas duas folgas no mês.

VONTADE E CRIATIVIDADE
Quando nasceu seu primeiro filho, re-
solveu sair da casa da irmã e passou a re-
alizar tipos diferentes de trabalho, como
faxina, monitoria, serviços em shopping
center e chegou a trabalhar na rede de fast-

s
-food McDonald’s. Um tempo depois, vol- ta
tou para a Bahia, onde começou a atuar na
is
gastronomia de hotéis. Essa experiência
ao lado de um chef profissional foi o “está-
ev

gio” de que precisava para assumir novas

responsabilidades na cozinha até – no fu- “Eu diria que
R

turo – se tornar a própria chef e – por que

perseverança é a UMA PANDEMIA E
il

não? – sua própria chefe. “Paralelamente a UMA NOVA HISTÓRIA

resposta, porque
as

isso, eu trabalhava em um segundo local Como todos já sabemos, um dos seto-

vestida de baiana e fazendo tapioca para
precisei de muita res mais afetados durante a pandemia foi
Br

hóspedes em outro hotel. Foi quando bus-
quei no alimento um meio para dar uma
guinada em minha vida”, conta Deia.
Ao lado de uma sócia – que após três
meses saiu do negócio –, ela inaugurou,
em 2009, a Toca da Tapioca, em Serra
Grande, na Bahia, com apenas R$800,00.
Pouco a pouco o negócio se tornou um
sucesso na região e ela percebeu que pre-
cisaria expandi-lo, mas, ao mesmo tempo,
não tinha capital para investimento. “Nes-
se momento, realizei alguns empréstimos
e comecei a construir o restaurante em um
novo espaço. Complementava os uten-
sílios da obra com comida. A laje do res-
taurante custou R$6 mil, então fiz permuta
com várias feijoadas. Já o bambu do nosso
espaço ficava em torno de R$18 mil e con-
segui abater o valor por meio da realização
de eventos por quase dois anos”, conta.
Dessa maneira, a empresária deu forma
ao seu sonho de ter um local com ambien-
tação charmosa, varanda ampla, dois an-
dares e música ao vivo. O restaurante ser-
força, garra,
determinação
e parceiros. Até
porque sozinho
ninguém faz nada”
DEIA LOPES, FUNDADORA
DA TOCA DA TAPIOCA
via pratos variados, como peixes, car-
nes e frutos do mar, contudo a estrela
da casa era a tapioca, utilizada como
base para a criação de diversas recei-
tas doces e salgadas. Eram mais de
30 variações da iguaria, como um ca-
marão envolto na tapioca com aipim,
queijo coalho e molho de maracujá.
o de alimentação. Com as medidas res-
tritivas mais rígidas, os restaurantes tive-
ram que fechar as portas para o público,
sobrevivendo apenas de delivery, uma pe-
quena parcela do faturamento dos esta-
belecimentos até então. E com a Toca da
Tapioca não foi diferente.
Como não é de desistir, mesmo com as
portas do restaurante fechadas pelos riscos
que a covid-19 representava naquele mo-
mento, Deia Lopes precisou seguir com o
delivery de comida. “Mesmo assim, todo o
dinheiro que estava guardado acabou e ti-
ve que voltar a trabalhar sozinha na Toca
da Tapioca. A partir disso, sinto toda a mi-
nha história voltando, não era a dor de per-
der tudo, mas de ficar em dúvida se conse-
guiria batalhar tudo outra vez”, revela.
No entanto, foi uma ida ao mercado
que a fez perceber uma nova demanda
em que poderia atuar. Ao observar uma
cliente saindo com um pacote de Rap 10
de um supermercado (uma massa pronta
de farinha de trigo que pode ser recheada

17
DEU CERTO
e preparada de diferentes maneiras), ela
teve a ideia de criar seus próprios discos
de tapioca. “Passei mais de uma semana
testando os discos, comprei embalagens
no Mercado Livre, botei a vácuo, mandei
para dez clientes, que são empresários em
Serra Grande e até dois deles me oferece-
ram sociedade. Com isso, peguei um em-
préstimo pequeno e comecei a comercia-
lizar o produto dentro de 16 mercados lo-
cais”, conta a empresária, lembrando que,
por ser um disco artesanal, não precisaria
de liberação ou selo, mas contava com
uma validade curta de apenas 18 dias.
Esse foi um fator que a fez perceber, na
ocasião, que ela não conseguiria expandir
com a ideia para outros estados por conta
da perecibilidade do produto, limitando
seu crescimento apenas na região de Ser-
ra Grande em supermercados e empórios
locais. “Mas então eu conheci o processo
de ultracongelamento, algo que resolveria
esse problema da validade. Dessa forma,
fui atrás de quem fazia isso na cidade, an-
tes de investir. E ao realizar diversos testes
vi que daria certo”, conta Deia.
A empresária então se reinventou, reti-
rou os discos antigos do mercado e focou
nesse novo produto, com expectativa de
expandir cada vez mais e para outras re-
giões do País. “Estamos muito confiantes,
e a prova disso é que inaugurarmos uma
casa de produção exclusivamente para
esse produto, o disco de tapioca ultracon-
gelado, pioneiro no mercado. Já estamos
com ele rodando pela Bahia e a nossa me-
ta é atingir outros estados, como São Pau-
lo – onde já estamos conseguindo espa-
ço, e Goiás. Além disso, muito em breve
devemos realizar o lançamento da nossa
franquia”, detalha.
COLHENDO OS FRUTOS
A história é de superação e o final não
poderia ser mais feliz. As conquistas vie-
ram aos poucos, com muito suor. A aber-
tura do negócio com apenas R$800,00 no
bolso, o primeiro registro em carteira, a
compra do terreno para a Toca da Tapio-
ca, a reabertura após uma pandemia que
obrigou todo o mercado a se reinventar e
18
O restaurante
serve pratos
variados, como
peixes, carnes
e frutos do
mar, contudo
a estrela da
casa ainda
é a tapioca,
utilizada
como base
para a criação
de diversas
receitas doces
e salgadas.
o fechamento do ano de 2021 com fatura- novo público. Em termos gerais, nosso dife-
mento de R$500 mil e lucro de R$115 mil. rencial é que nós somos uma história. Nós
Hoje, além de dona do restaurante, queremos fazer história, somos autênticos.
Deia é coordenadora do Festival Arte e Aliar alta gastronomia com temperos regio-
Gastronomia, com programação gratuita, nais, com uma arquitetura que preze o aco-
shows e apoio aos pequenos produtores e lhimento, faz com que o restaurante consi-
à agricultura familiar. ga fidelizar seus clientes e atrair novos con-
Além de força de vontade e criativida- sumidores”, conclui.
s
de, ela sabe que qualificação ajuda a se re-
ta
novar no mercado e acompanhar as ten-
is
dências pode auxiliar no crescimento de FIQUE SABENDO!
uma empresa. Por isso, coleciona cursos,
ev
como Profissional Avançado de Cozinha, O PRODUTO
Cozinha Internacional, Curso de Monta-
R
Os discos de tapioca
gem e Decoração de Pratos, Comida Tai- ultracongelados da Toca da Tapioca
il
landesa de São Paulo e Comida Nordesti- são vendidos em embalagem
as
na com um toque francês de Minas Gerais. com seis unidades nas mais
O objetivo final é sempre fortalecer a co- variadas cores e sabores: a branca
Br
mida regional, prezando a economia local. tradicional, de beterraba, de
O que fez e faz com que ela siga con- cenoura com cúrcuma e de chia. A
quistando bons resultados? “Eu diria que expectativa é que o produto esteja
perseverança é a resposta, porque eu pre- em pelo menos 150 pontos de
cisei de muita força, garra, determinação venda até março de 2023.
e parceiros. Até porque sozinho ninguém
faz nada”, ressalta.
A história inspirou você a abrir seu pró- SERVIÇO
prio negócio? A dica da Deia é se cercar
de uma rede de apoio, seja de colabora- Local
dores confiáveis ou de familiares, para dar Toca da Tapioca
suporte nos momentos difíceis que cer- Endereço
tamente aparecerão. “Outra coisa é não Serra Grande, Av. ACM, 50 –
abrir mão de produtos de qualidade, além Centro – Uruçuca/BA
de ofertar sabores diferentes de seu con-
Horário
corrente”, aconselha.
Segunda a Sexta
O que pode atrapalhar, ainda segundo
das 11h30 às 21h30
ela, é não ter planejamento para o cresci-
Sábado e Domingo
mento do negócio. “No fim das contas, con- das 11h30 às 22h
seguimos levar nossa marca para bem mais
longe, onde o físico não consegue alcançar. Instagram
Com isso, notamos também novos desa-
fios, porque quanto mais longe você chega,
mais você precisa aprender a lidar com um
 © ARQUIVO PESSOAL
GESTÃO&SUSTENTABILIDADE POR DANILO MAEDA

Consumir é um
ato de cidadania

S
aiu há alguns dias a 10ª onda
do estudo Future Consumer
Index (FCI), realizada pela EY-
Parthenon. O estudo busca com-
preender as transformações do
comportamento dos consumidores,
considerando os impactos diretos da
crise da covid-19 e outras tendências,
como a baixa confiança da população
no curto prazo, a instabilidade econô-
mica e a incerteza a respeito da melho-
Os brasileiros estão inquietos com seu
bem-estar físico e mental: 87% dos
respondentes disseram que estão pre-
ocupados e serão mais conscientes e
cuidadosos nos próximos três anos,
com proporções ainda maiores entre
os mais jovens. Além disso, 81% dizem o
s
mesmo sobre seu bem-estar mental. Há
ta
um certo pessimismo com o tema no
is
curto prazo, pois apenas 62% esperam
melhorar sua saúde física nos próximos
ev
transparência ou de informações sobre
os produtos. Ou seja: as pessoas querem
produtos e serviços com melhor impac-
to, mas não conseguem pagar muito
mais caro e nem sempre acreditam nas
histórias que as marcas contam. 
Enfim, o consumo consciente cresce e
é um caminho sem volta. Cada vez mais,
as pessoas entendem que comprar é
um ato de cidadania. Elas demandam
engajamento genuíno das marcas e

ra do mercado de trabalho. seis meses e 56% seu bem-estar men- empresas que fornecem bens de con-
O material traz informações interes- tal. Em um horizonte mais distante, de sumo. Ao invés de um custo ou um em-
R

santes sobre diversos aspectos relacio- três anos, os índices sobem para 74% e pecilho, a gestão da sustentabilidade
il

nados ao consumo, como impacto do 73%, respectivamente. Fica a pergunta: é um diferencial competitivo que está
as

ambiente macroeconômico, oportuni- tais dados são reflexo do momento so- se tornando um aspecto essencial para
dades, canais de vendas, expectativas e cioeconômico conturbado ou a expres- qualquer marca. A decisão que se impõe
Br

comportamentos. Aqui, vamos destacar
a procura por estilos de vida mais sau-
dáveis e por redução dos impactos am-
bientais e sociais de produtos e serviços.
O aspecto da saudabilidade foi ranque-
ado como o segundo mais importante
nos últimos três anos por consumido-
res brasileiros, tendo se tornado ainda
mais relevante durante a pandemia. “O
preço, os aspectos ligados à saúde e
o fator sustentável dos produtos têm
aparecido desde as primeiras ondas
deste estudo como quesitos relevantes
na decisão de compra, mas seu peso
vem variando bastante nos últimos dois
anos. As questões ligadas à saúde, por
exemplo, estavam entre as principais
preocupações de 37% dos consumi-
dores em abril de 2020, índice que hoje
chega a 46% (com um pico de 54% em
outubro de 2021)”, explica o relatório.
são do viés cognitivo de otimismo? é: parar no tempo e ficar preso ao pas-
Enviesada ou não, a preocupação com o sado ou fazer parte do futuro?
futuro também aparece no engajamen-
to com temas socioambientais. Mais
de três em cada quatro entrevista-
dos (78%) dizem que vão prestar mais
atenção ao impacto ambiental da-
quilo que compram e 77% dizem que
vão prestar mais atenção ao impacto
social do que consomem. “São hábi-
tos que estão aos poucos passando
a fazer parte do rol de escolhas dos
clientes”, afirma o relatório.
Apesar da intenção de entender suas
compras como um ato consciente e
responsável, os consumidores apon-
taram restrições para uma mudança
de comportamento mais acelerada:
preço mais elevado, informações en-
ganosas sobre os produtos, marketing
enganoso (greenwashing) e falta de ©1

©1: IRINA STRELNIKOVA / ISTOCKPHOTO.COM

DANILO MAEDA É HEAD DA BEON, CONSULTORIA DE ESG DO GRUPO FSB.

19
MAPA DA MINA

ESSE TAL ta
s
NEGÓCIO
is
ev
R

DE DIETA
il
as
Br

EMPRESÁRIOS CONTAM
O SEGREDO DE COMO
INVESTIR COM SEGURANÇA
NO MERCADO DE COMIDA
RESTRITIVA NO BRASIL
TEXTO DE BARTIRA BETINI

20
ALIMENTAÇÃO RESTRITIVA

V
ocê já deve ter ouvido
falar que investir em
opções de negócios
sem glúten e vegetarianas é
uma tendência no mercado.
Um consumo que ganhou
força nos últimos anos e
s
ta foi ainda mais acelerado
is
pela covid-19. Para ter uma
ev

ideia, em 2020, segundo a

Euromonitor Internacional,
R

as vendas de produtos
il

sem glúten e orgânicos

as

alcançaram a cifra de R$100

Br

bilhões no Brasil.
Contudo, para quem quer
investir nesse mercado,
precisa entender a diferença
de público. O primeiro é
composto daqueles que
sofrem da doença celíaca
– cerca de dois milhões de
pessoas no Brasil, de acordo
com o Conselho Nacional de
Saúde (CNS). E o segundo
público refere-se a pessoas
que seguem dietas que
© DEMAERRE / ISTOCKPHOTO.COM

restringem o consumo de
glúten, por exemplo, por
apreciarem os benefícios
desse tipo de alimentação.

21
MAPA DA MINA

Quando falamos ainda sobre alimen-
tação restritiva, o cliente busca segurança
na hora do consumo. Por isso, você preci-
sa não somente entender o mercado em
si, mas aprender os cuidados que cada
uma dessas restrições exige. No que se re-
fere à alimentação sem glúten, por exem-
plo, é preciso saber a fundo sobre a conta-
minação cruzada e a doença celíaca já ci-
tada. Ou seja, para produzir uma comida
para um celíaco você precisa ter um espa-
ço livre de glúten e da contaminação cru-
zada, fazer o rastreamento das matérias-
-primas com pedido de laudo que isente
a presença de glúten.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae) recomenda,
que, onde houver produção de alimentos
gluten free, não haja manipulação de ne-
nhum tipo de alimento com glúten. Isso
porque o pó da farinha de trigo no ar, o uso
“Não saia
planejamento é a rota, o caminho que eu
correndo,
quero fazer para chegar aonde eu quero e abrindo um
ter longevidade no meu negócio.”
Em sua opinião, todo empreendedor
negócio de
corre risco, mas esse risco pode ser calcu- gastronomia
lado. Para isso, é preciso ter esse plano de
negócios, respondendo a estas principais
pela crença de
questões: o que, quando, quanto, onde e que comida dá
para quem. O que eu quero fazer, quando
eu farei, para quem, quanto custará, onde
dinheiro. Comida
eu vou fazer esse negócio? “São questões dá trabalho e
fundamentais que precisam ser respon-
didas antes de abrir um negócio. Isso é a
o dinheiro vem
grande dica para um empreendedor. Fazer depois de um
o plano de negócios. Não saia correndo,
abrindo um negócio de gastronomia pela
tempo médio.
crença de que comida dá dinheiro. Comi- Para ganhar
s dinheiro, eu
da dá trabalho e o dinheiro vem depois de
ta
um tempo médio. Para ganhar dinheiro eu
gasto dinheiro”
is
gasto dinheiro. Um empreendedor precisa
responder a essas perguntas antes de abrir
ev

VERA ARAÚJO,
comum de utensílios e equipamentos e até efetivamente um negócio”, reforça.
ESPECIALISTA DA
uma limpeza inadequada são as principais
R

CONSULTORIA VA
causas de contaminação cruzada, que pro- O SABOR É PRIMORDIAL
GESTÃO DE NEGÓCIOS
il

voca diversos danos à saúde de celíacos. Os sócios e proprietários da Cami –

as

Massas e Doces, Bruno Cordeiro e Cami-

POR ONDE COMEÇAR la Tibes, buscam fidelizar os clientes des-
Br

Para a especialista da consultoria VA se mercado oferecendo produtos seguros,

Gestão de Negócios, Vera Araújo, o ponto
de partida é saber qual é o perfil do clien-
te e quais suas necessidades, buscando
ajuda de profissionais técnicos especia-
listas nesse público. “Se você vai atender
crianças, procure um nutrólogo infantil
que possa montar junto com você um car-
dápio que supra as necessidades infantis.
Visto que o público já está definido, é im-
prescindível criar um planejamento, base-
ado nesse segmento”, afirma.
Além disso, ela recomenda criar o con-
ceito do negócio respondendo a algumas
perguntas, como: Que tipo de negócio se-
rá o meu? Será uma cozinha de produção,
venda por Instragram, loja aberta, delivery,
atendendo de forma clara e procurando
entender as restrições e as necessidades
de cada um. “Nosso foco é oferecer pro-
dutos sem glúten que tenham um sabor
bem similar aos produtos que contêm
glúten, para que seja sentido o mínimo
de diferença possível. Dessa forma, con-
seguimos atingir também outros pú-
blicos, aqueles que são apenas
adeptos a não consumir glú-
ten ou leite, mas que não
têm restrições alimenta-
res”, diz Bruno Cordeiro.
Segundo Cordeiro,
outro ponto-chave do
negócio, que os im-
©D
IVU

e-commerce? Hoje o ponto é virtual, está pulsiona a expandir

LGA
ÇÃO

na nuvem. Como será feita minha venda? e a crescer cada vez

/ VA

Como meu produto vai chegar a este clien- mais no mercado, é o

te. Que tipo de cardápio é este? O que eu de sempre aprimorar
preciso para garantir que o cardápio acon- as receitas, oferecendo
teça: principais ingredientes, principais produtos novos e sabo-
restrições, padrão de produto. “Ou seja, o rosos no cardápio.

22
SAIBA MAIS

© ARQUIVO PESSOAL
5 DICAS PARA
QUEM QUER
INVESTIR NO
MERCADO
ALIMENTAR
RESTRITIVO
1. ESTUDE. Entenda as
restrições alimentares e os
cuidados que cada uma delas
exige na hora da produção e
da venda desses alimentos.
A segurança alimentar é
crucial. Analise o público da
“Nosso foco é
sua região, se há mercado e
Bruno Cordeiro e Camila Tibes,
proprietários da Cami – Massas e Doces. oferecer produtos
demanda suficiente que fará
seu negócio girar. É preciso ter
sem glúten que
ciência de que é um mercado tenham um sabor
mais nichado e que pode não
bem similar aos
s
chegar a todos.
produtos que
2. INOVE. Sempre tenha em
ta
contêm glúten,
is
mente que você precisa trazer O sócio e fundador da Menu Poke,
novas opções de produtos e David Frankad, diz, inclusive, que es-
ev

sabores para o cliente. Isso sa é a primeira regra desse mercado. para que seja
despertará a vontade de ele ir “Não é porque a pessoa tem intolerân-
sentido o mínimo
R

em busca da sua marca e das cia à lactose que você vai apresentar
de diferença
il

alternativas que você oferece. uma comida sem gosto, não é porque
as

3. APOSTE. Redes sociais

devem ser trabalhadas.
não pode consumir glúten, que você
vai deixar uma comida sem tempero.
possível”
Br

Mostre seus diferenciais, Quando falamos de alimentos que a BRUNO CORDEIRO,

suas novidades, como é terra fornece, alimentos naturais, te- SÓCIO-PROPRIETÁRIO DA
seu trabalho e que oferece mos uma variedade absurda de possi- CAMI – MASSAS E DOCES
produtos seguros e saborosos. bilidades para justamente atrelar à ali-
Anúncios patrocinados para mentação saudável com muito sabor e
captação de clientes qualidade”, pondera.
podem ajudar muito.
4. CRIE. Procure oferecer DOCE OU SALGADO
produtos que não se A especialista Vera Araújo explica nos mão de obra qualificada, mais mão de
encontram facilmente no que não há diferença no mercado ali- obra capacitada e que sai mais em conta.
mercado. Produtos típicos da mentício restritivo de doce ou salgado Ou, indo além, aquele que você dependa
sua região podem ser uma para quem vai investir. As diferenças mais de máquina do que de mão de obra.
boa aposta. estarão baseadas no perfil do público Então é preciso definir o que é mais inte-
5. ALCANCE. Traga uma que você quer atender, mas as exigên- ressante em relação ao custo-benefício.
proposta de negócio que cias de treinamento, legislação, pro-
atinja clientes que vão além dução serão as mesmas. “A partir do LOCALIDADE
das pessoas com restrições momento em que eu defino meu pon- Para David Frankad, outro ponto a ser
alimentares. Por exemplo, to, meu cardápio, eu passo a mostrar o analisado é justamente a região na qual
aqueles que buscam uma produto mais interessante.” você pretende investir. “Sugiro verificar o
alimentação mais saudável. Mas o que é um produto mais inte- número de academias, o número de pes-
Dessa forma, você aumentará ressante? O empresário precisa avaliar soas adeptas a uma alimentação saudá-
sua clientela. se é aquele que necessita de menos vel, até porque, quando falamos de res-
investimento e que apresenta retorno trição alimentar, podemos também atre-
Fonte: Bruno Cordeiro e Camila Tibes,
proprietários da Cami – Massas e Doces. em menor tempo ou aquele com me- lar isso a uma alimentação saudável, vis-

23
MAPA DA MINA

E PARA OS
VEGETARIANOS?
Uma pesquisa realizada pelo
Ibope em 2018 mostrou que
15,2 milhões de brasileiros são
adeptos do vegetarianismo.
Imagine como está esse
mercado hoje. “O veganismo
também tem aumentado
muito, os veganos e
vegetarianos. Na Menu Poke,
por exemplo, nós atendemos
pessoas diabéticas, com
intolerância à lactose, ao glúten,
e estamos em franca expansão

s justamente pela diversidade de

ta públicos, não focamos apenas
is
uma determinada dificuldade
alimentar e hoje é um setor
ev

bilionário”, revela David Frankad,

atestando, inclusive, o enorme
R

© DIVULGAÇÃO / MENU POKE

potencial deste mercado para

il

investimento.
as
Br

“Quando falamos
de alimentos que to que hoje ela é o tipo de refeição mais CUIDADOS
a terra fornece, procurada. Observamos uma tendên- Ter um negócio nesse mercado mais
alimentos cia no mercado mundial, então mesmo
em se tratando de alimentos com ze-
nichado pode muitas vezes ser desafiador.
Por isso, você precisa se planejar, entender
naturais, temos ro lactose, zero glúten…. pessoas que o segmento, estudar a região em que atua-
uma variedade não possuem determinadas restrições
também podem ser o público-alvo, já
rá e os clientes que quer atingir, caso con-
trário, a chance do seu negócio não pros-
absurda de que muitas refeições são funcionais, perar é grande. Vemos muitas empresas
possibilidades para que melhoram a flora intestinal, evi-
tam inchaço, evitam reações alérgicas
deixarem de atuar por esses erros.
No entanto, quando falamos sobre ter
justamente atrelar e entram no escopo funcional.” sucesso, não basta fazer e esperar o clien-
à alimentação Então, é importante realizar uma
pesquisa de mercado na região dese-
te vir até você. É preciso ainda se mostrar,
valorizar seu produto, sua marca, além
saudável com muito jada pensando também nesse público- de demonstrar seu estudo e sua dedica-
sabor e qualidade” -alvo que não apresenta restrições, mas
acaba aderindo a elas. Observar se é
ção em relação ao negócio. “Hoje as redes
sociais são grandes aliadas nesse quesito.
DAVID FRANKAD, SÓCIO E uma cidade que tem o índice conside- Por lá você acaba se tornando mais íntimo
FUNDADOR DA MENU POKE rável de pessoas que realizam ativida- dos clientes, que passam a confiar na sua
des físicas, que realizam esportes, por- marca. Oferecer atendimento e produtos
que são geralmente as pessoas que pro- de qualidade também faz a diferença”, re-
curam uma alimentação saudável. comenda Camila Tibas.

24

LIDERANÇA&MOTIVAÇÃO
Quem nunca falou um
palavrão no trabalho?
A “APESAR DO TEMA
tire a primeira pedra quem
nunca soltou uma profanação
em um momento de satisfa-
ção. Apesar do tema controverso, não
tenho dúvida: palavrões, se usados
adequadamente, são essenciais para a
manutenção de uma boa saúde men-
tal, para a coesão de um time e até
para o bem-estar físico (afinal quem
nunca se sentiu melhor soltando pa-
lavrão depois de bater dedinho do pé,
por exemplo).
Eu falo palavrão, sei que não é hábi-
to legal (tenho me policiado), mas em
muitas situações é mais forte que eu.
É tão engraçado que, apesar das lu-
tas pela igualdade das mulheres no
trabalho, quando em uma reunião eu
solto um palavrão, a surpresa é maior
Br
porque saiu de uma mulher.
Falar palavrão cria laços. Xingar gera
até certa intimidade e aproxima algu-
mas pessoas no trabalho. No entanto,
qual é o momento certo de dizer um
palavrão na empresa?
É preciso alguma lucidez e uma boa
capacidade de discernimento para
saber identificar a ocasião certa, o
momento preciso e a obscenidade
adequada para cada uma delas. Xingar
com classe, leveza e estilo não é para
qualquer um. Agredir com palavras
é fácil, mas saber usar palavrão de
maneira que não arranhe sua imagem
profissional não é para qualquer um.
Sugestões de como ser uma pessoa
de bom senso:
• É preciso tomar cuidado. Afinal,
palavras de baixo calão podem
transformar qualquer coisa que
DANIELA DO LAGO É ESPECIALISTA EM COMPORTAMENTO NO TRABALHO, MESTRA EM ADMINISTRAÇÃO, COACH DE
CARREIRA, PALESTRANTE E PROFESSORA NA ÁREA DE LIDERANÇA E GESTÃO DE PESSOAS. WWW.DANIELADOLAGO.COM.BR
© ARQUIVO PESSOAL
POR DANIELA DO LAGO
você estiver fazendo em uma
merda. Lembre-se disso na sua
próxima reunião, porque, se você CONTROVERSO,
fizer alguma cagada, a culpa não
terá sido minha. NÃO TENHO
• Falar palavrão não é para qualquer
um. Além de depender da persona-
DÚVIDA:
lidade de quem fala e do contexto, PALAVRÕES,
pessoas que não estão em cargos
SE USADOS
s
mais elevados na hierarquia devem
ta
tomar cuidado. Só corre menos ris-
ADEQUADAMENTE,
is
co quem está em cargo alto. Quem
não está lá ainda pode comprome- SÃO ESSENCIAIS
ev
ter a carreira.
• Palavrão não é adequado, mas em PARA A
R
um momento de descontração é MANUTENÇÃO DE
il
compreensível e pode até ser en-
UMA BOA SAÚDE
as
graçado. Porém, não force uma
personalidade que não seja sua.
MENTAL, PARA A
• Perceba a cultura da empresa.
Algumas empresas são mais for- COESÃO DE UM
mais e admitem menos palavrões,
outras profissões mais liberais ou TIME E ATÉ PARA O
que lidam com criatividade ten-
dem a ser mais informais. Cada
BEM-ESTAR FÍSICO”
caso é um caso.
• Jamais use palavrões ao dar feed-
back ou uma bronca em alguém no
trabalho. Isso é agressivo e pode até motivados pelo seu discurso
resultar em processos legais. recheado de palavrões.
• É comum também que palavrões Gostou do artigo? Útil para al-
sejam utilizados em discursos guém? Então compartilhe!
motivacionais nas empresas. Mas Quer saber mais sobre assuntos
cuidado! Penso que não vale a pe- relacionados a comportamento
na recorrer a esse recurso. Você no trabalho?
não pode correr o risco de ofen- Siga-me nas redes sociais nas
der alguns para motivar outros. quais sempre compartilho e posto
Sem contar que não há garantia conteúdo e materiais sobre temá-
que aqueles que não se ofende- ticas de gestão de pessoas.
ram efetivamente se sentiram mais instagram @danieladolago
25
FRANQUIA

CASA: ta
s
FONTE
is
ev
R

DE BONS
il
as
Br

NEGÓCIOS © ELENA ISTOMINA / ISTOCKPHOTO.COM

REDES DE FRANQUIAS FOCADAS EM PRODUTOS
E/OU SERVIÇOS RESIDENCIAIS SEMPRE SÃO
ÓTIMAS OPÇÕES PARA QUEM QUER EMPREENDER
TEXTO DE MARCELO CASAGRANDE

26
 MERCADO RESIDENCIAL

© DIVULGAÇÃO / ANJOS COLCHÕES & SOFÁS

O
número de redes de franquias
no Brasil é gigantesco: são cerca
de 2.880 franqueadores atrela-
dos à Associação Brasileira de Franchising
(ABF). Diante de tantas possibilidades,
fica difícil escolher para qual segmento

s
olhar. Já pensou em apostar em uma ban- ta
deira que tem como foco prestação de ser-
is
viços ou produtos residenciais? Pode ser
uma boa sacada.
ev

A ABF realiza trimestralmente um le- “Nossos principais diferenciais são: experiência

vantamento no qual verifica o desempe-
R

nho de segmentos como Alimentação, Ca- de mais de três décadas no mercado,

lucratividade média de 20% para os nossos
il

sa e Construção, Saúde, Beleza e Bem-es-

as

tar. Apesar de não ter dados específicos so-

bre os serviços residenciais propriamente franqueados e operação de fácil gestão”
Br

ditos, a entidade mensura, ainda, Limpeza LEONARDO DOS ANJOS, DIRETOR DE

e Conservação, Serviços e Outros Negó- EXPANSÃO DA ANJOS COLCHÕES & SOFÁS
cios que, de certa forma, podem abranger
aqueles destinados a residências. Especial-
mente no que se refere à primeira catego-
ria, observamos uma variação de 10% entre As quatro fábricas próprias espa- SERVIÇO EM CRESCIMENTO
o segundo trimestre de 2021 para o mesmo lhadas pelo Brasil atendem as mais de Agora, se a sua intenção é apostar na
período deste ano. Já em relação a Serviços 270 unidades em operação. O plano prestação de um serviço in-loco, uma alter-
e Outros Negócios, a variação foi de 11,8%. de expansão é chegar a 400 unidades nativa pode ser a Doutor Sofá. A marca é a
“Os dois segmentos acompanham a curva até dezembro de 2023. “Nossos prin- maior rede de higienização e proteção de
de crescimento geral do franchising, que cipais diferenciais são: experiência estofados do mundo. São 260 unidades que
cresceu 16,8% no segundo trimestre deste de mais de três décadas no mercado, atendem mais de 1.500 cidades de 6 países.
ano, o que obrigou a ABF a revisar para ci- lucratividade média de 20% para os No Brasil, a Doutor Sofá está em 25 estados
ma as previsões de faturamento, projetan- nossos franqueados e operação de fá- e fatura mais de R$40 milhões por ano.
do crescimento de 12% até o fim de 2022”, cil gestão. Trabalhamos com matéria- Segundo o diretor de expansão da Dou-
explica o diretor de Marketing e Comuni- -prima que respeita o meio ambien- tor Sofá, Raphael Quadros, é perfeitamen-
cação da ABF, Rodrigo Abreu. te e entregamos ao consumidor final te possível que a operação seja inicialmen-
uma experiência única em nossas lo- te gerida e operacionalizada pelos pró-
PARA RELAXAR E LUCRAR jas”, garante o diretor de expansão da prios franqueados. “Contudo, devido ao
Se você está cogitando abrir uma fran- marca, Leonardo dos Anjos. grande aumento de demanda que nossas
quia, que tal pensar em algo que é item es- Para integrar a rede, o interessado unidades vivenciam nos primeiros meses
sencial em qualquer residência? A Anjos deve fazer um investimento inicial de de operação, em muitos casos, ainda no
Colchões & Sofás leva no nome os carros- R$400 mil reais. A franqueadora diz que decorrer do primeiro ano de operação, é
-chefes da operação. o prazo de retorno é inferior a 18 meses. necessária a ampliação da equipe com a

27
FRANQUIA

© DIVULGAÇÃO / DOUTOR SOFÁ

RAPHAEL
QUADROS,
diretor de
expansão
da Doutor
Sofá: “Já no
exterior, a
marca planeja
inaugurar
novas

© DIVULGAÇÃO / MULTIFILMES
unidades na
Espanha e
nos Estados
Unidos,
países onde
a operação já
é um grande
sucesso”.
JUNIOR RUCIRETTA, defende o presidente e fundador da
Multifilmes: “Nós priorizamos a qualidade dos produtos que
temos e nos concentramos na experiência do cliente no momento
contratação de operadores para atender da compra, no ambiente, no atendimento. Acho que esse é o

s
diferencial que temos em relação a 99% dos nossos concorrentes”
com qualidade à demanda local”, explica. ta
Em 2023, a Doutor Sofá pretende inau-
is
gurar cerca de 50 unidades em território
nacional e 12 unidades internacionais. No
ev

Brasil, o foco está direcionado a cidades de apoio à comunidade”, descreve o sócio-fun- tação a cada uma das situações, desem-
interior com população entre 100 mil e 200 dador da Maria Brasileira, Felipe Buranello. penhando o trabalho da melhor forma
R

mil habitantes, que tenham grande poten- A rede pretende ultrapassar a marca das possível”, orienta Abreu.
il

cial de consumo e baixíssima oferta de 500 unidades em 2023 e adentrar cada vez
as

serviços neste segmento. “Já no exterior, a mais em cidades pequenas, pois existe um NOS MÍNIMOS DETALHES
marca planeja inaugurar novas unidades modelo de negócio específico para essas ci- O executivo da Associação bate na te-
Br

na Espanha e nos Estados Unidos, países
onde a operação já é um grande sucesso”,
revela Quadros.
LIMPEZA EM ALTA
Ainda no segmento de limpeza, a rede
Maria Brasileira é uma das mais conhe-
cidas do Brasil quando se fala em limpe-
za residencial. São mais de 70 mil atendi-
mentos por mês. A marca está presente em
todas as regiões do Brasil com mais de 450
unidades e oferece, entre outros serviços,
passadeira, limpeza pós-obra, sanitização,
copeira e zeladoria.
O investimento inicial é de cerca de R$42
mil. O faturamento médio é de R$40 mil
por mês e a lucratividade fica na casa dos
20%. “A rede é a mais premiada do segmen-
to, sendo eleita a melhor microfranquia do
Brasil em 2021 e 2022. Além de ser pionei-
ra em multisserviços, possui e-commerce
próprio wm âmbito nacional, 40% de mul-
tifranqueados, sistemas próprios, supor-
te e treinamentos, inovações constantes e
dades que são muito receptivas ao serviço e
requerem investimentos menores.
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES
A Gestão&Negócios tem mostrado vá-
rias empresas que prestam serviços residen-
ciais nesta reportagem. Para Rodrigo Abreu,
da ABF, essas redes devam ter três caracte-
rísticas principais e que estão diretamente
atreladas. A primeira delas é um treinamen-
to exaustivo das equipes que prestam os
serviços. “Saber se comportar e ter em men-
te que é preciso primar pelo profissionalis-
mo dentro da residência de um cliente evita
grandes dores de cabeça”, comenta.
Junto com esse fator vem a excelência
no serviço que deverá ser executado. Um
serviço malfeito demandará um retorno
que, na maioria das vezes, desagradará
ao dono da casa. “Por último, falamos da
personalização. Nenhum cliente é igual
ao outro, assim como uma residência
também não o é. Com isso, é preciso in-
cutir nas equipes a necessidade de adap-
cla da qualidade na prestação de serviço.
É o que também preza a Multifilmes, em-
presa especializada na aplicação de pelí-
culas em vidros, seja para controle solar,
vandalismo, decoração ou privacidade.
A rede que tem raiz em Ribeirão Pre-
to, no interior de São Paulo, entrou para o
segmento de franquias em 2017. De lá pa-
ra cá soma 72 unidades em operação em
18 estados do Brasil. “Nós priorizamos a
qualidade dos produtos que temos e nos
concentramos na experiência do cliente,
no momento da compra, no ambiente, no
atendimento. Acho que esse é o diferen-
cial que temos em relação a 99% dos nos-
sos concorrentes”, defende o presidente e
fundador da Multifilmes, Junior Ruciretta.
QUE VENHA O SOL
Ainda mostrando redes com sede no
interior do Brasil, a Solário Piscinas tem
sua loja matriz em São José do Rio Preto,
também no interior de São Paulo. A mar-
ca é resultado da iniciativa de empreen-

28
 © DIVULGAÇÃO / SOLÁRIO

BF
IV U L G A Ç Ã O / A
© D
FELIPE
PIRASSOLO
MARTINEZ,
diretor-executivo
da Solário Piscinas:
“(…) oferecemos “Nenhum cliente
suporte pré-
operacional e
operacional
é igual ao outro,
para os nossos
franqueados,
assim como
repassando todo
o know-how uma residência
construído pela
empresa dentro do
segmento do varejo
também não o
durante 30 anos” é. Com isso, é
preciso incutir
© DIVULGAÇÃO / MARIA BRASILEIRA
nas equipes a
necessidade
s de adaptação
ta
a cada uma
is
FELIPE
BURANELLO,
das situações,
ev

sócio-fundador
da Maria
Brasileira: “A
desempenhando
R

rede é a mais
premiada do
o trabalho da
il

segmento, sendo
eleita a melhor
as

microfranquia do
Brasil em 2021
melhor forma
e 2022. Além de
possível”
Br

ser pioneira em
multisserviços,
possui e- RODRIGO ABREU,
commerce
próprio em DIRETOR DE MARKETING E
âmbito nacional” COMUNICAÇÃO DA ABF

dedores que, desde 1990, conquistaram
um extenso know-how e experiência na
área de piscinas.
Ao analisar as tendências do mercado,
trouxeram soluções para atender à forte
demanda no segmento de lazer, oferecen-
do uma gama de opções em piscinas de fi-
bra instaladas, spas, conjuntos filtrantes,
aquecedores solares, produtos químicos
e acessórios em geral. O público-alvo da
franquia são os clientes da classe B e C.
O sistema de franquia da Solário se tor-
na diferente dos modelos já existentes no
mercado, pelo fato de não cobrarem taxas
que normalmente são cobradas dentro do
sistema de franchising, por exemplo: taxa
de franquia, taxa de marketing e royalties.
É o que afirma o diretor-executivo da Solá- mediação de funcionários. “O plano é con-
rio Piscinas, Felipe Pirassolo Martinez, que quistar a marca de 10 mil lojas até 2023,
complementa: “apesar disso, oferecemos com mil franqueados e faturamento de R$1
suporte pré-operacional e operacional pa- bilhão”, projeta o sócio-fundador e CEO da
ra os nossos franqueados, repassando todo market4u, Eduardo Córdova.
o know-how construído pela empresa den- O modelo de negócio permite que, a
tro do segmento do varejo durante 30 anos”. partir de três metros de parede, o merca-
do já pode ser instalado e receber uma va-
MUDANÇAS DE riedade de produtos, de laticínios a pães,
COMPORTAMENTO bolos, itens de limpeza e higiene pessoal,
A rede market4u é novata no mercado além de refrigerantes e cervejas.
de franquias: foi fundada em 2020 e entrou Uma curiosidade é que as bebidas alco-
para o franchising no mesmo ano. Apesar ólicas ficam em geladeiras que são destra-
da “pouca idade”, a marca de mercados au- vadas pelo app, apenas para maiores de 18
tônomos é líder no segmento no Brasil. anos. “O market4u atua com base no con-
Hoje a rede tem mais de 2.000 lojas que ceito de honest market, ou seja, com ba-
funcionam 24 horas por dia e sem inter- se na honestidade do consumidor. Dessa

29
 FRANQUIA

RAIO-X
DAS FRANQUIAS

INVESTIMENTO INICIAL: INVESTIMENTO INICIAL:

a partir de R$400 mil a partir de R$70 mil
UNIDADES EM OPERAÇÃO: 277 UNIDADES EM OPERAÇÃO: 2.051
TAXA DE FRANQUIA: R$65 mil
© DIVULGAÇÃO / MARKET4U

TAXA DE FRANQUIA: R$50 mil

EDUARDO CÓRDOVA, CEO da market4u:
“O market4u atua com base no conceito
de honest market, ou seja, com base na
honestidade do consumidor. Dessa maneira,
CAPITAL DE GIRO: R$30 mil
ROYALTIES: isento
FUNDO DE PUBLICIDADE:
2% sobre as compras
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$150 mil
LUCRO MÉDIO MENSAL: de 15% a 25%
sobre o faturamento bruto
PRAZO DE RETORNO: de 8 a 18 meses
(inclusa no investimento inicial)
CAPITAL DE GIRO: R$5 mil
ROYALTIES: 6%
FUNDO DE PUBLICIDADE: isento
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL:
R$10 mil
LUCRO MÉDIO MENSAL: de 10% a 15%
sobre o faturamento bruto

s
não há intermediários para as compras, é o ta PRAZO DE RETORNO: de 16 a 24 meses
próprio morador que faz todo o processo”
is
ev

maneira, não há intermediários para

as compras, é o próprio morador que INVESTIMENTO INICIAL:
R

INVESTIMENTO INICIAL: a partir de R$92,9 mil

faz todo o processo”, explica Córdova. a partir de R$35 mil UNIDADES EM OPERAÇÃO: 47
il

Assim, a franquia pode ser operada so- UNIDADES EM OPERAÇÃO: mais de 260 TAXA DE FRANQUIA: R$39,9 mil
as

mente pelo franqueado. TAXA DE FRANQUIA: a partir de R$32 mil CAPITAL DE GIRO:
CAPITAL DE GIRO: de R$3 mil a 5 mil 20% do valor do investimento
Br

FILTRAR PARA NÃO ERRAR ROYALTIES: R$700 ROYALTIES: 8%

Diante de tantas opções, vale a pena
ficar atento ao dar sequência à negocia-
ção de uma franquia. O primeiro filtro é
verificar se a rede é associada à ABF, já
que para isso ela passa por um rigoro-
so processo de avalição que preza por
um crescimento ético da rede, alinha-
do com o manifesto de um franchising
íntegro. “O Selo de Excelência da ABF
é outro bom parâmetro para verificar
a qualidade da relação entre franquea-
dos e franqueadores. Se a franqueado-
ra mantém uma boa relação com seus
franqueados, dificilmente os servi-
ços prestados não serão de qualidade”,
acrescenta Rodrigo Abreu, da ABF.
Além disso, é preciso verificar os co-
mentários nas redes sociais das empre-
sas, bem como checar em outros me-
canismos, como o Reclame Aqui. Se as
avaliações forem boas, não haverá er-
ros. Boa escolha e boa sorte!
FUNDO DE PUBLICIDADE: isento
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL:
de R$15 mil a R$25 mil
LUCRO MÉDIO MENSAL:
de R$6 mil a R$12 mil
PRAZO DE RETORNO: 6 meses
INVESTIMENTO INICIAL:
a partir de R$42,9 mil
UNIDADES EM OPERAÇÃO: 450 franquias
TAXA DE FRANQUIA: R$24,9 mil
CAPITAL DE GIRO: R$6 mil
ROYALTIES: R$606
FUNDO DE PUBLICIDADE: R$200
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$40 mil
LUCRO MÉDIO MENSAL:
20% do faturamento bruto
PRAZO DE RETORNO:14 meses
FUNDO DE PUBLICIDADE: 3%
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL:
de R$30 mil a R$180 mil
LUCRO MÉDIO MENSAL: não informado
PRAZO DE RETORNO: de 9 a 12 meses
INVESTIMENTO INICIAL: R$157,5 mil
(incluso: taxa franquia + capital de
giro + taxa de instalação)
UNIDADES EM OPERAÇÃO: 62
TAXA DE FRANQUIA: inclusa
CAPITAL DE GIRO: R$50 mil
ROYALTIES: não cobra
FUNDO DE PUBLICIDADE: R$500
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL:
R$140 mil
LUCRO MÉDIO MENSAL: R$40 mil
PRAZO DE RETORNO: 18 meses

30

EMPREENDER&LIDERAR
Cada um no
seu quadrado…
C
aro leitor, como você bem
sabe, sou escritor e bió-
grafo, e me especializei em
biografias dos principais empre-
endedores brasileiros. Confesso
que entre os meus 36 livros e as
centenas de Programas Biografias
que apresentei, muitos deles no
meu Canal do YouTube, entrevistei
milhares de empresários e pesso-
as que ajudaram a escrever as suas
trajetórias pessoais e empresariais.
Mas vou me ater exclusivamente aos
grandes empreendedores que tive a
honra de biografar. São empresários
da indústria, do comércio, da constru-
ção civil, do agronegócio, do tercei-
ro setor, do ensino, da mineração, da
prestação de serviços… Confesso que
Br
ainda me falta biografar um empre-
endedor do setor financeiro, para que
eu possa mergulhar e conhecer mais
a fundo o segmento.
Bem, mas cada qual tem seu estilo
de ser, pensar e agir. Todos eles são
encantadores, justamente porque se
comportam dentro das suas essências.
Nós também somos assim! Nossos
atos e movimentos respeitam as nos-
sas essências e aquilo que acredita-
mos. Como pai ou filho, já dissemos
ou ouvimos a seguinte frase: “São
irmãos/ãs, mas completamente dife-
rentes um/a do/a outro/a!” E o co-
mentário que podemos fazer é: “Que
maravilhoso isso!”
Não somos nem representamos uma
linha de montagem, onde a excelên-
cia está justamente no padrão, na
repetição, na idêntica semelhança
ELIAS AWAD É ESCRITOR, JORNALISTA E PALESTRANTE. APRESENTADOR E FUNDADOR DO PROGRAMA BIOGRAFIAS - TRAJETÓRIAS DOS
PRINCIPAIS EMPREENDEDORES DO BRASIL NO CANAL YOUTUBE.COM/ELIASAWAD. E-MAIL: PALESTRAS@ELIASAWAD.COM.BR.
do modelo. Somos e precisamos nos
diferenciar entre nós mesmos. Um
exemplo metafórico: como biógrafo,
que lida com análises de situações
e emoções, com sentimentos, com
decisões e os erros e acertos que
as sucedem, uma soma de 2 mais 2
pode ser: 3,8… 3,9… 4,0… 4,2… porque
atuo com informações e variáreis que
s
envolvem a razão e a emoção e que,
ta
muitas vezes, podem ser os compo-
is
nentes mais fortes para levar ao re-
sultado final dessa soma.
ev
Agora, vejamos o caso da minha es-
posa, cientista da área da saúde: para
R
ela, 2 mais 2 é igual a 4! E fim de papo!
il
A ciência é exata, porque se pauta em
as
elementos da razão. Claro, o exemplo
acima que dei, repito, é metafórico.
Em casos em que a ética e os valores
morais estão envolvidos, não há outro
resultado para 2 mais 2, a não ser 4.
Retornando então aos meus biogra-
fados, trago alguns comparativos: um
empresário do varejo, como Mário
Gazin, fundador da Grupo Gazin, em
que o ritmo e as mudanças são ve-
lozes, não pode ser como o advoga-
do, educador e juiz de direito João
Uchôa Cavalcanti Netto, que fundou
a Universidade Estácio de Sá; ou co-
mo Affonso Brandão Hennel, enge-
nheiro industrial, fundador da SEMP
Toshiba e SEMP TCL; ou como Emilio
Rached Esper Kallas, do Grupo Kallas,
engenheiro da construção civil; ou
como Julio Simões, da JSL Logística,
da área de prestação de serviços; ou
como o engenheiro agrônomo José
Aroldo Gallassini, da Coamo, princi-
© ARQUIVO PESSOAL
POR ELIAS AWAD
“NÃO SOMOS NEM
REPRESENTAMOS
UMA LINHA DE
MONTAGEM, ONDE
A EXCELÊNCIA
ESTÁ JUSTAMENTE
NO PADRÃO,
NA REPETIÇÃO,
NA IDÊNTICA
SEMELHANÇA DO
MODELO. SOMOS E
PRECISAMOS NOS
DIFERENCIAR ENTRE
NÓS MESMOS”
pal cooperativa agrícola da América
Latina; ou como Vicencio Paludo,
homem criativo e que fundou a Vipal,
empresa do setor de borrachas; ou
como Mr. Fisk, das Escolas Fisk; ou
como Armindo Dias, de hotelaria, do
Grupo Royal Palm Plaza.
Bem, o que quero dizer é que se al-
guém é mais ou menos cético, so-
nhador, criativo, regrado, organizado,
falante, insinuante… tudo tem o seu
motivo de existir e ajuda a formar a
nossa personalidade. Cada uma das
características que nos molda deter-
mina aquilo que já foi citado antes: os
nossos estilos de ser, pensar e agir.
Entenda que, dentro desses estilos,
não há certo ou errado, mas sim pon-
tos a serem corrigidos, transformados
ou evoluídos. Então, parabéns por ser
único e diferente dos demais.
31
DIGITAL

10
PLATAFORMAS
PRONTAS PARA
VOCÊ COMEÇAR
A VENDER
s
ta
is
ev
R

Intuitivas e fáceis de navegar,

il
as

ferramentas que ajudam a criar o

Br

próprio e-commerce convidam

o pequeno empreendedor a

© JULIATIM / ISTOCKPHOTO.COM
entrar de vez no universo digital

TEXTO DE FLÁVIA SANTUCCI

32
 PLATAFORMAS

E
ntrar no universo digital é uma
questão de querer. Claro, tam-
bém é necessária uma boa dose
de planejamento e estratégia, mas o mer-
cado tem contribuído – e muito – com
soluções capazes de tornar a experiên-
cia on-line cada vez mais intuitiva e pra-
zerosa. Principalmente para pequenos e
microempreendedores.
“Um dos erros
Quem sonha em ingressar no e-com- mais comuns é
© ARQUIVO PESSOAL

merce e não tem ideia de onde e como

começar, tem à disposição centenas de
entrar no digital
sem planejamento
s
plataformas dos mais variados tipos que ta
podem ajudar nos primeiros passos.
nenhum, achando
is
A maioria tem painéis de fácil com-
preensão, tutoriais e suporte para que os que um negócio na
ev

empreendedores possam gerir sua loja

de maneira rápida e efetiva.
tende um pouco qual ecossistema eles
estão utilizando. Às vezes, está público
internet não é um
R

A dica número um para escolher a que no rodapé do site do seu concorrente negócio. O mínimo
il

melhor atenda às necessidades de uma qual ferramenta que ele utiliza”, ensina.
de planejamento
as

empresa, no entanto, é ter paciência. Isso

porque o consultor, especialista em mar- DEU MATCH é extremamente
Br

keting e em negócios digitais Fernando

Souza diz que criar uma loja virtual não
acontece de uma hora para outra. Ou,
pelo menos, não deveria acontecer. “Um
dos erros mais comuns é entrar no digi-
tal sem planejamento nenhum, achando
que um negócio na internet não é um ne-
gócio. O mínimo de planejamento é ex-
tremamente importante. O pequeno e
médio empreendedor deve ser curioso.
O on-line muda muito, é um caminho de
constante aprendizado.”
Olhar quais plataformas de e-commer-
ce hospedam seu concorrente, diz Souza,
pode ser uma ajuda valiosa para quem
tem muita dúvida de onde seguir. Ou-
tra alternativa é buscar diretamente no
Google, utilizando palavras-chave que
filtrarão os resultados. “O Google é sem-
pre um bom caminho, porque, eventual-
mente, você pode encontrar uma plata-
forma que tenha uma atuação um pouco
mais geolocalizada na sua região. Olhar
os concorrentes é legal, porque você en-
Uma ótima maneira de começar
as buscas pela melhor plataforma, se-
gundo o presidente de operações da
CMLO&CO, Saulo Camelo, é listar as
necessidades da loja e comparar com as
funcionalidades disponíveis pelas em-
presas que oferecem esse tipo de servi-
ço. “O ideal é que o empreendedor lis-
te suas necessidades e faça um ‘match’
com as funcionalidades da plataforma.
Muitos vão procurar ter um sistema de
estoque mais parrudo, alguns vão pro-
curar integrações com marketplace,
outros vão procurar ter um layout mais
atrativo e aberto a customizações. Por
isso, é importante entender a sua ne-
cessidade e contratar a plataforma ide-
al após esse levantamento”.
Outra dica é apostar em testes gratui-
tos oferecidos pela maioria das empre-
sas que oferecem esse tipo de serviço.
“Basicamente todas as plataformas de
e-commerce têm testes de 15 ou 30 dias
de período gratuito e eles são ótimos
importante”
FERNANDO SOUZA,
CONSULTOR, ESPECIALISTA
EM MARKETING E EM
NEGÓCIOS DIGITAIS
para entendê-la, ver como funciona, mexer,
apertar o botão. Para quem está começan-
do, é crucial”, revela Souza.
É PRECISO INVESTIR
Nem que seja um pouco, é preciso, sim,
colocar dinheiro nas plataformas de e-
-commerce para conseguir sobreviver no
mundo digital. Souza afirma que a gran-
de questão é fazer com que o investimen-
to caiba no bolso do pequeno empreen-
dedor. “A gente sabe que orçamento para
pequeno e médio é sempre um ponto im-
portante. É legal pensar em uma platafor-
ma que esteja dentro do bolso para dar es-

33
 DIGITAL

SAULO CAMELO,
presidente de operações
da CMLO&CO: “O ideal
é que o empreendedor
liste suas necessidades
e faça um ‘match’ com
as funcionalidades da Também é preciso investir em marke-
plataforma. Muitos vão ting, porque a loja não vai se vender sozi-
procurar ter um sistema de
estoque mais parrudo, alguns nha. Para Camelo, deixar esses pontos de
vão procurar integrações lado é mais um dos maiores erros do peque-
com marketplace, outros
vão procurar ter um layout no empreendedor. “É necessário traçar um
mais atrativo e aberto a paralelo com lojas físicas. Quando se tem
customizações”.
um aluguel em um ponto comercial, você
está investindo ali para ser visto e, a partir
daí, para que as pessoas entrem na loja e
ses primeiros passos. Tem plataformas tenham possibilidade de compra. No mun-
na faixa de R$30, R$50, menos de R$100, do on-line, você também precisa ser visto e
e daí ver esse custo-benefício, se a plata- bem posicionado para que as pessoas ‘en-
© DIVULGAÇÃO / CMLO

forma atende ao que você está disposto trem’ na sua loja. Portanto, uma estratégia
a investir. Na maioria das vezes, não faz de marketing no Google, nas mídias sociais,
muito sentido fazer grandes investimen- no YouTube é essencial para que sua loja
tos em um primeiro momento.” seja vista e gere vendas para seu negócio.”

s
ta
is

AS 10
ev
R

MAIS
il
as

COM A AJUDA DOS

Br

ESPECIALISTAS, A
GESTÃO&NEGÓCIOS NUVEMSHOP
LEVANTOU DEZ
Acesso: Simples e fácil. O formulário
PLATAFORMAS QUE inicial exige apenas nome, e-mail e
PODEM AJUDAR senha para criar a loja virtual.
PEQUENAS EMPRESAS Recursos básicos: Personalização
A ENTRAR NO E- de seções, destaque de produtos,
COMMERCE COM O páginas de conteúdo, Instagram
PÉ DIREITO. CONFIRA! integrado.
Diferenciais: Possibilidade de incluir
logo, aplicação de cores e tipografia.
Ainda conta com o apoio de mais
de 1.000 parceiros de diversas
especialidades, que vão desde
marketing até pagamentos e logística.
Planos: Tem opção de teste de três
tipos de plano (Essencial, Impulso
e Escala) e ainda oferece um plano
Gratuito, para quem não quer gastar
muito. O valor que o empreendedor
vai desembolsar pode chegar a
R$249/mês.
IDOLINK
Acesso: Fácil e intuitivo. Não é
necessário entender sobre programação
ou utilizar códigos complexos para criar
um minissite. Não há necessidade de
contratar programadores ou comprar
um domínio na web.
Recursos básicos: Oferece link na Bio,
minissite ou landing page, vendas on-
line e e-commerce.
Diferencial: Personalização de site por
meio de escolha de cores e formatos de
botões e planos de fundo. Ótimo para
quem é criativo.
Planos: Tem opção de plano Gratuito
(com recursos limitados); Básico
e Premium (que oferece domínio
personalizado na internet, criação
de eventos e agendamento prévio
de serviços). O empreendedor pode
desembolsar até R$19/mês.

34
SHOWKASE
Acesso: A criação da loja virtual não leva
mais do que três minutos. O cadastro é
simples e a plataforma é fácil de entender.
Recursos básicos: Loja on-line, catálogo
digital, mala virtual, chat commerce,
controle de estoque e vendas nas redes
sociais.
Diferencial: Oferece relatórios de
comportamento e hábitos de consumo
de clientes.
Planos: Oferece gratuidade por sete dias,
sem necessidade de cartão de crédito.
ta marketplace, dropshipping, Compre Junto,
Há possibilidade de planos Pro, Plus e
is
Customizado. O empreendedor pode
ev
desembolsar de R$99/mês a R$450/mês,
dependendo da escolha.
R
il
as
Br
LOJA INTEGRADA
Acesso: Rápido e fácil de entender. Permite
a criação da loja em cinco simples passos.
Recursos básicos: Possibilidade de listar,
criar e importar produto, divisão em
categorias, interação com redes sociais.
Diferenciais: Splitcheckout, ranking de
faturamento, personalização de pedidos
com mensagens detalhadas, diário de
bordo, cupons de desconto, frete grátis,
avise-me quando disponível.
Planos: Tem opção de plano gratuito (com
recursos limitados), mas também oferece
planos Pro 1, Pro 2, Pro 3 e Pro 4, com
valores mensais que vão de R$39 a R$319.
TRAYCORP
Acesso: Não permite a criação imediata de
loja virtual, mas oferece a possibilidade de
contato para solicitação de proposta e uma
conversa com especialista para tirar dúvidas.
Recursos básicos: Ferramenta de desconto
progressivo, programa de fidelidade,
recuperação de carrinho, personalização de
fluxo de pedido.
Diferenciais: Suporte técnico desde a
implementação e em todos os planos. O
plano básico já dá direito à taxa zero no
s
WhatsApp business, Facebook Ads, Google
Ads TikTok Ads, frete mais barato e sacolinha
do Instagram.
Planos: Preços apenas sob consulta.
SHOPIFY
Acesso: Simples e intuitivo.
Possibilidade de montar e-commerce
em três passos.
Recursos básicos: Loja virtual, ponto
de venda, botão comprar, canais de
venda.
Diferencial: Possibilidade de adicionar
recursos e funcionalidades à loja com
mais de 6 mil apps integrados.
Planos: Possibilidade de avaliação
gratuita por três dias. Básico, Shopify
e Advanced. Os valores são cobrados
em dólar e variam de US$ 14/mês a
US$ 299/mês.
35
 DIGITAL
BAGY
Acesso: Fácil e rápido. Permite ao empreendedor
criar uma loja virtual em 15 minutos e integra site
com redes sociais e marketplaces.
Recursos básicos: Sem limite de produtos,
visitas ou vendas, site otimizado para vendas,
design personalizável de forma intuitiva.
Diferencial: Tem a BagyPay, plataforma de
pagamento do Bagy, que promete mais lucro
por venda.
Planos: Mensal e anual, com funcionalidades
diferentes em cada um. O valor desembolsado
is
chega a R$2,88/dia, dependendo da oferta.
ev
R
il
as
Br
WOO COMMERCE
Acesso: É o plugin de e-commerce gratuito e de código
aberto – feito para sites desenvolvidos em WordPress
– mais popular do mundo. Contudo, ele não é "plug and
play", isto é, demanda que a instalação e a manutenção
sejam feitas por um programador experiente.
Recursos básicos: Personalização de conteúdo, vitrine
do cliente, customer success, entre outros.
Diferencial: Suporte de equipes em todo o mundo,
além da alta gama de funcionalidades disponíveis via
Interface de Programação de Aplicações (API).
Planos: Apesar de a instalação ser gratuita,
praticamente todos os recursos necessários para
ele funcionar bem, como gateway de pagamento,
são pagos e os preços variam de acordo com cada
aplicação e cada desenvolvedor.
36
OPENCART
Acesso: Fácil e bastante intuitiva. Basta fazer
download do OpenCart para instalar e configurar a
loja on-line.
Recursos básicos: Sem limites de cadastro de
produtos, departamentos, clientes e pedidos,
customizável, responsiva, funciona em pequenas
hospedagens.
Diferencial: Tem recursos de demonstração e
s
ta tutoriais de como funciona a plataforma para que o
empreendedor possa testar antes de fechar negócio.
Planos: É uma plataforma gratuita e mantém o
código aberto e disponível no GitHub.
WIX
Acesso: Bem fácil de navegar, permite
criação de uma loja virtual em até sete
passos.
Recursos básicos: Templates semiprontos
feitos por designers, ferramentas de SEO
avançadas, otimizado para mobile, fontes
ilimitadas, efeito de rolagem, galerias de
mídia e app market.
Diferencial: Oferece Inteligência Artificial
para criar um site único e personalizado
para cada cliente.
Planos: Do mais básico ao mais completo,
estão disponíveis os planos Conectar
Domínio, Básico, Ilimitado e VIP. Os valores
variam de R$6/mês a R$39/mês.
 FALANDO NISSO
Transformação digital
nas PMEs: principais
pontos de atenção
E
m um mercado competitivo,
aliado a uma sociedade digital e
mais protagonista de seu con-
sumo, as estratégias de inovação são
fundamentais para garantir a evolução
dos negócios. Hoje grandes marcas já
investem massivamente em automação
para se alinharem à transformação digi-
tal que o mundo atravessa, mas existem
estratégias que podem alavancar os
processos também dentro das peque-
nas e médias empresas.
Nesse cenário, o empreendedor precisa
primeiro estar ciente das mudanças dos
últimos anos em seu segmento e prepa-
rar a equipe com esse olhar estratégico.
Em uma sociedade 5.0, o consumidor
preza remover as fricções em sua jorna-
da e, ao entender isso, a empresa pode
passar a fazer automatizações e treina-
mentos que deixem os processos mais
alinhados com as expectativas.
A revolução digital veio tal qual uma
oportunidade de usar a tecnologia co-
mo mecanismo para melhorar a vida das
pessoas. Não tem a ver com a tecnologia
em si, mas com o modo como usamos
isso para diminuir gargalos e oferecer um
produto ou serviço de uma forma me-
lhor para os clientes. Trata-se da integra-
ção de ferramentas digitais em todos os
processos e áreas, à medida que ocorrem
adaptações na cultura, nas operações e
na entrega de valor do negócio.
A experiência do cliente é de onde devem
partir as principais mudanças e modifica-
ções nos processos internos das empre-
sas. Quanto mais conectada a empresa
estiver com seus clientes, mais inovadora
ela pode ser, pelo simples fato de a inova-
ção partir de pessoas. Assim, os gestores
de empresas devem estar atentos ao que
os clientes precisam, como os processos
s
estão sendo percebidos por eles, como
ta
está a entrega de valor e como isso está
is
© DIVULGAÇÃO
sendo comunicado.
ev
A inovação pode vir de coisas simples, por
exemplo, uma mudança de processo, atu-
R
ação em um novo canal de vendas, uma
comunicação mais aproximativa. Não
il
necessariamente adotar novos sistemas e
as
tecnologias extremamente robustos, mas
resolver problemas do cotidiano que po-
Br
dem ser percebidos em uma entrega de
valor diferenciada.
Podemos citar os chatbots que resolvem
problemas mais simples ou tiram dúvidas
mais rápido, sem necessariamente ter
um contato humano que demorará mais
para atender (devido à demanda alta).
Realidade virtual ou aumentada também
é uma opção relativamente simples, que
pode contribuir bastante para o proces-
so de decisão, garantindo, ainda, que o
cliente experimente uma nova forma de
comprar sem sair da própria casa.
Um exemplo desse olhar para a inova-
ção do dia a dia é a Nestlé. Gigante dos
laticínios, a empresa tem seus produtos
presentes em 99% dos lares brasileiros,
segundo pesquisa realizada pela Kantar
Worldpanel. Após 100 anos de maturação
no mercado, a marca passou a investir
em ferramentas para desburocratizar as
operações mais simples e espera ampliar
resultados com isso. Outra estratégia foi
o investimento em inovação aberta: a
plataforma Panela colocou a marca em
JOÃO SILVA
João Silva é CEO da Creative Pack.
contato direto com os consumidores e
com uma rede de startups para ouvir
as sugestões de forma horizontal.
No mesmo sentido, a Ambev se con-
centra na digitalização e colaboração
e já tem um ecossistema com mais de
13 mil startups. Um dos resultados do
uso da tecnologia vem do Zé Delivery,
aplicativo que já está em mais de 200
cidades no Brasil e em 2020 realizou
27 milhões de entregas. Com isso, a
empresa volta o olhar ao crescimento
dos próximos 20 anos por meio do ca-
minho da inovação.
O exemplo das gigantes inspira e
aponta o caminho para as PMEs tri-
lharem. De fato, alterar a rotina ge-
rencial e operacional das empresas
requer bastante planejamento e, mui-
tas vezes, o suporte de profissionais
especializados em inovação e trans-
formação digital. O importante é saber
que é possível e que a inovação não é
mais um conceito distante. O que an-
tes era visto como uma oportunidade
tem se apresentado como uma reali-
dade cada vez mais palpável.
37
NOSSA CAPA

O QUE
TEM DO
OUTRO
LADO DA ta
s
BOLHA?
is
ev
R
il

TER UMA VISÃO AMPLA

as

DE DIFERENTES
Br

SETORES DO
MERCADO, IDEIAS
E AÇÕES DISTINTAS
DAQUILO QUE
ESTÁ HABITUADO
A FAZER, PODE SER
O QUE FALTA PARA
VOCÊ ALCANÇAR
O SUCESSO NO
EMPREENDEDORISMO

TEXTO DE CAROLINA TAVARES

38

“As ideias boas estão sempre no ar. Então, tento me
preparar para estar atenta a elas. Leio, escuto podcasts
sobre temas diversos, navego nas redes interagindo
com pessoas e procurando propostas interessantes. Foi
em uma conversa com uma grande amiga que tive meu
mais recente brainstorming sobre games e e-sports”
ADRIANA SAMUEL, MEDALHISTA OLÍMPICA DE VÔLEI DE PRAIA E EMPREENDEDORA
s
ta
is
ev
F
alar sobre sair da bolha é um te-
ma e tanto. Isso porque a bolha
R
aqui mencionada não é formada
il
por uma coisa só. Se você atua com deli-
as
very de comida, por exemplo, pode signi-
ficar que está inserido em bolhas de gas-
Br
tronomia, de tecnologia e até de políticas
relacionadas a direitos dos entregadores.
Em algum momento, todos esses vieses
culturais se convergiram para você tomar
determinada decisão. Ainda assim, de al-
guma maneira, as pessoas com o mesmo
perfil que você se encontram e criam seu
próprio ambiente de trocas, de debates e
de informações, que corre o risco de estar
enviesado, caso não haja intersecção com
outros grupos, ouvidos atentos a histórias
de fora e olhos inteligentes para entender
o que é de fato aquele contexto.
Digitalmente falando, até o algoritmo
criou bolhas on-line que acabam pare-
cendo o mundo para quem está ali den-
tro, otimizando ações de publicidade e
conversão em vendas a partir de grupos
segmentados. Até onde isso pode ser posi-
tivo? Permanecer na mesma bolha ajuda
a ter maior profundidade sobre determi-
© MARKOS FORTES
nado tema, mas inibe a entrada de outras
possibilidades e até de outros lados de
uma mesma verdade. É nesse momento
PENSE FORA DA BOLHA
em que sair da bolha traz um mar de op-
ções que, talvez, você nem sequer tenha
pensado antes.
Um exemplo prático disso é a migra-
ção. O autor espanhol Joseba Achotegui
conta em seu livro A Inteligência Migra-
tória - manual para imigrantes em di-
ficuldades que, ao mesmo tempo que a
migração promove novos horizontes vi-
tais, existe um luto relacionado a quem se
costumava ser antes, à vida anterior. Isso
quer dizer que pode ser difícil essa mu-
dança de paradigma, mas que ela pode
de fato trazer uma vida melhor.
A locutora publicitária Malu Pontes
conta que o maior exercício interno que
faz para evitar essa tal de bolha é não se
acomodar. “Nosso corpo quer ficar no
‘confortável’, nossa mente se distrai com
facilidade. Fomos feitos para caçar, nos
alimentar e hibernar. Sendo assim, tu-
do que me tira disso é estresse para meu
corpo e minha mente. Tenho metas diá-
rias para mim, como profissional: eu leio
muito, busco sites estrangeiros, busco in-
formação onde a maioria das pessoas não
busca. Como empresa, realinho as metas
semanalmente, penso nos problemas que
meus clientes têm para que eu possa en-
contrar as soluções de que eles precisam.”
39
 NOSSA CAPA

“Para conseguir sair da bolha, foco

minha atenção nas críticas dos clientes,
naquilo que dizem verbalmente, mas
principalmente no que não dizem.
Muitas vezes, construímos dentro da
nossa cabeça um mundo imaginário
porque não nos damos ao trabalho de
ouvir o que o outro tem a dizer”
NAÍLE MAMEDE, ADVOGADA, EMPRESÁRIA,
PALESTRANTE E ESCRITORA

Escutar também é a estratégia do CEO da

Vitae Brasil, Luis Namura, que tenta aprovei-
tar o tempo para ler, pesquisar, conversar e,
principalmente, imaginar o futuro que deseja
construir, o que precisa ser melhorado e ques-

s
tões ainda sem solução. Obviamente, não
ta
adianta praticar a escuta se ela não for ativa.
is
Esse conceito é definido por um ouvinte que
© DIVULGAÇÃO / RETORNO COM.

coloca toda sua atenção no diálogo, manten-

ev

do a eficiência da conversa e a capacidade de

pensar sobre o que ouve antes de responder.
R
il
© DIVULGAÇÃO / RETORNO COM.
as

ESCUTE ALÉM DO
Br

QUE QUER OUVIR

Por outro lado, a capacidade de emi-
grar é um recurso de adaptação da huma-
nidade e se caracteriza como um dos pi-
lares mais relevantes para nossa evolução
enquanto espécie. Trazendo essa retórica
para o mundo dos negócios, pensar fora
da caixa, abrir as portas da sua bolha e en-
tender coisas que estavam fora do seu raio
de alcance é primordial para os insights
que podem mudar sua trajetória rumo ao
sucesso. “Para conseguir sair da bolha, fo-
co minha atenção nas críticas dos clien-
tes, naquilo que dizem verbalmente, mas MALU PONTES,
locutora
principalmente no que não dizem. Muitas publicitária:
vezes, construímos dentro da nossa cabe- “Nosso corpo
quer ficar no
ça um mundo imaginário porque não nos ‘confortável’,
damos ao trabalho de ouvir o que o outro nossa mente
se distrai com
tem a dizer. Isso é fundamental para que facilidade. Fomos
feitos para caçar,
saiamos da nossa bolha. Somente enca- nos alimentar e
rando o que não nos é confortável é que hibernar. Sendo
assim, tudo que
conseguimos sair da caixa”, acrescenta a me tira disso é
advogada, empresária, palestrante e escri- estresse para
meu corpo e
tora Naíle Mamede. mimha mente”

40
 © BRUNO LORENZO
Em uma sociedade que tem cada vez
mais pressa, muitas vezes esse tipo de tro-
ca não acontece, mas ferramentas dispo-
níveis pela rede podem ser úteis no pro-
cesso. “Eu me interesso muito pelo novo
e amo conversar com os jovens! As ideias
boas estão sempre no ar. Então, tento me
preparar para estar atenta a elas. Leio, es-
cuto podcasts sobre temas diversos, nave-
go nas redes interagindo com pessoas e
procurando propostas interessantes. Foi
em uma conversa com uma grande amiga
que tive meu mais recente brainstorming
sobre games e e-sports. De lá, nasceu a
primeira ideia do projeto Gaming Parque,
que, além de estar funcionando e aten-
dendo 80 crianças na Favela da Rocinha,

s
no Rio de Janeiro, caminha para a inaugu- SAIBA MAISta
ração do segundo polo, no Espírito Santo, atleta, quem pratica esporte –
GAMING PARQUE
is
que será meu primeiro projeto fora do es- virtual ou não – aprende a lidar
tado do Rio de Janeiro”, conta a medalhis- melhor com o coletivo, com
ev

Adriana Samuel tem mais

ta olímpica de vôlei de praia e empreen- de 17 anos de experiência frustrações e a correr atrás dos
dedora Adriana Samuel. O projeto citado sonhos,” diz Adriana.
R

em projetos sociais, atuando

é um hub de atividades que usa o mobile em modalidades esportivas O espaço recebe 80 jovens
il

para capacitar jovens atletas em e-sports. como vôlei, judô e atletismo. O players de 8 a 17 anos, que
as

A iniciativa, além de ser uma alternati- Gaming Parque é uma parceria moram na comunidade da
va de apoio social em comunidades, sou- com a empresa Light e apoiada Rocinha e possuem frequência
Br

be usar a experiência de vida da atleta, pela Lei de Incentivo ao Esporte escolar. Além de sala para
adaptando-a ao contexto digital de ma- do Governo do Estado do Rio livestreaming e espaços de
neira atrativa e acertada. Nesse mesmo de Janeiro. A curadoria técnica treinos, o Gaming Parque conta
contexto, o Mooveteam, plataforma de é de Thiago Milhazes, diretor com monitores e instrutores
desenvolvimento de atividades lúdicas comercial da plataforma de e vai proporcionar cursos de
com sede em Barcelona (Espanha), é a entretenimento gamer Final inglês, programação de jogos e
base para a criação de jogos e tarefas que Level Co. “O game é uma design gráfico. “O projeto, que
visam a uma integração de equipes. Co- realidade em que a maioria dos trará aulas de Free Fire, Clash
mo o software fica disponível à criativida- jovens está inserida. O objetivo Royale e Brawl Stars, é bastante
de dos produtores desses jogos, as ativida- é apresentar mais recursos e inovador e democrático. Por
des podem ir além: enquanto uma equipe monitoria para eles atuarem utilizarmos o celular como
holandesa criou, com o governo do país, nesse mercado que desponta ferramenta de capacitação,
atividades educacionais para crianças e cada vez mais. O projeto os jovens poderão treinar em
é muito especial também qualquer hora e lugar. Além de
jovens sobre cibercrimes, por exemplo,
porque oferecemos cursos toda a estrutura pensada para a
outros criadores desenvolveram caças ao
complementares, que abrem formação de atletas, o Gaming
tesouro que aconteciam com o tablet na
oportunidades para capacitar Parque disponibiliza todo aporte
mão e as pessoas espalhadas por países
os jovens em um cenário com necessário para que os jovens
diferentes, resolvendo tarefas ao mesmo
muita demanda de pessoas realizem transmissões e possam
tempo e em ambientes reais. qualificadas. O esporte salva. futuramente se tornar grandes
Segundo o CEO da Mooveteam, Albert Mesmo que não se torne um streamers”, conta Milhazes.
Roca, tudo começou com quatro amigos
tomando café, falando sobre as possibili-
dades de combinar tecnologia, criativida-
de e integração de equipe. Entre eles esta-

41
 NOSSA CAPA
vam o engenheiro de software Xavi Guardia,
da SFY, e o especialista em gincanas de equi-
pe Jorge Salvador. “Nós estávamos tentando
realizar tudo isso substituindo papel e cane-
ta pelo iPad, já que o dispositivo é mais aces-
sível agora do que na década passada. A SFY
foi a companhia-mãe do Mooveteam – um
software desenvolvido em 1992, misturando
experiência de profissionais espanhóis e de
outros países, que serviu de base para o que
temos hoje como produto.”
Atentar a essas inovações, aos novos te-
mas e aos avanços tecnológicos também aju-
da a levar tudo isso para a empresa da CEO da
Espiral Soluções Socioculturais, Ingrid Reis.
“O que também nos faz sair da bolha são pro-
jetos consistentes e novas experiências com
parceiros e clientes. E, mais do que tudo, é
ver o que está ocorrendo fora das minhas re-
lações de negócios e internacionalmente”,
completa Ingrid.
O estrategista digital André Coimbra con-
corda e ressalta que é normal começar a res-
tringir a visão quando você está inserido em
uma rotina. Por isso, sugere que viajar ajuda
as
a aumentar o repertório cultural e colabora
com a inspiração.
Br
COMO REALMENTE
SAIR DA BOLHA?
A economia também pode ser uma boa
metáfora para entender o momento certo
de mudar ou adaptar sua caminhada. “Toda
‘bolha’ sempre representa excessos cometi-
dos. E, quando há alguma falta ou excesso, o
mercado tem a tendência de se ajustar. Com
isso em mente, cabe a todo empresário en-
xergar os limites dessa rachadura e buscar as
oportunidades”, indica o advogado da Tole-
do e Advogados Associados e especializado
em Direito Internacional, Daniel Toledo.
Mas a pergunta certa é: “o quanto estou
disposto a sair da minha bolha e encarar coi-
sas que podem não me agradar?”. “Eu fui trei-
nada desde a infância para superar desafios
simplesmente porque o mundo não era nada
confortável. Nasci na miséria, abaixo da linha
da pobreza. Comi barro para calar a fome,
trabalhei como escrava infantil para poder
estudar. Fiz meu caminho, nunca esperei na-
da acontecer. Depois que me tornei advogada
42
INSPIRE -SE!
EXEMPLOS DE
QUEM SAIU BOLHA
“As mais recentes campanhas do
Guaraná Antarctica e da Colgate
são exemplos de cases fora da
caixa. Para fomentar a torcida
pela Seleção Brasileira, o Guaraná
Antarctica transformou os muros
de comunidades em outdoors.
A marca levou a combinação
das cores verde e amarelo para
as ruas, com pinturas de artistas
locais de bairros das cidades
de São Paulo e Rio de Janeiro.
s
Criada pela Soko, a campanha
ta
‘Muros Patrocinados’ utilizou
is
todo o investimento que seria
direcionado à mídia exterior
ev
para remunerar os torcedores
que cederam os muros de
R
suas casas. Em parceria com
il
o Outdoor Social, inicialmente
40 muros receberam as
intervenções artísticas. A Colgate
promoveu uma ação para levar
iniciativas de saúde bucal e
otimismo a nove comunidades
de quatro cidades do Brasil.
Com o apoio do Outdoor Social,
moradias e empreendimentos
de Cidade-Satélite I e II, Jardim
Santa Rita (Guarulhos), Zona
Periférica (Franca), Valéria e Nova
Sussuarana (Salvador), Complexo
da Maré, Vila Vintém e Rocinha
(Rio de Janeiro) receberam
símbolos em suas fachadas:
estampadas abaixo de janelas,
as pinturas lembram rostos
sorridentes, efeito conhecido
como pareidolia.”
EMILIA RABELLO,
CEO do Outdoor Social
“Eu multipliquei em dez vezes
o meu faturamento desde que
iniciei minha empresa, há 12 anos,
trazendo soluções para meus
clientes, que são agências de
publicidade e produtoras
de áudio. Pensava: ‘se eu
estivesse no lugar dele, o que
eu mais desejaria que meu
fornecedor me trouxesse?’.
Nunca pensei no que eu
queria do meu cliente, e sim
o que ele queria de mim. E
entregava a mais, nunca a
menos.”
MALU PONTES,
locutora publicitária
“Vorax, nosso equipamento
W2E (Waste to Energy),
enfrentou uma centena de
desafios durante 12 anos
até que a solução final fosse
alcançada. Nesse tempo, utilizei
diversas abordagens advindas
das informações colhidas
e então as soluções foram
gradativamente surgindo. A
mente só cria se estiver repleta
de informações, esse é o árduo
trabalho que deve ser executado
antes de se obter qualquer
resultado.”
LUIS NAMURA,
CEO da Vitae Brasil
“Atuo com empreendedorismo
social desde 2004 e de lá para
cá já desenvolvi sete projetos,
além de gerenciar carreiras de
atletas. Nas escolinhas, tivemos
meninos que iniciaram no vôlei
sem pretensão e conseguiram
vagas em times profissionais.
Lembrando que nosso objetivo
não é formar atletas de ponta,
mas oferecer ferramentas
comportamentais e técnicas:
disciplina, senso de equipe,
relacionamento social, aulas de
inglês e de informática. Muitos
adolescentes conseguiram
 e abri uma rede de escritórios é que
fui conhecer o conforto, mas meu
espírito já estava acostumado a sa-
ber lutar. Hoje me mantenho fora da
bolha fazendo cursos regularmente
e convivendo com grupos diferen-
tes – pessoas de vários níveis de
educação, interesses e posição so-
cial. Isso me faz permanecer aberta
e sem temer o novo”, dispara Naíle.
O contexto em que uma pessoa
cresceu também deve ser levado
em consideração no momento de
responder a essa pergunta. No ca-
so de Naíle, ficar na zona de con-
forto não era uma opção simples-
“Em um evento recente, me
© DIVULGAÇÃO
nativa de escolha é um privilégio que de-
ve ser bem aproveitado. “Sair da zona de
conforto parece clichê, mas não é fácil. A
tendência que temos é de fazer as mes-
mas coisas todos os dias. Repetimos cerca
de 90% dos pensamentos do dia anterior.
Pensar fora da caixa é cansativo, exige es-
forço e consistência. No primeiro dia, pa-
rece que nenhuma ideia vem à mente. No
segundo, idem. No terceiro, vem alguma
coisa. Mudar o caminho de casa também
me ajuda muito, ver ruas novas, coisas di-
ferentes”, aconselha Malu Pontes.
Às vezes, basta olhar para o outro lado
da moeda. Uma pesquisa sobre consumo
na Black Friday, por exemplo, pode reme-

mente por não existir uma. Supe- ter a cabeça de um vendedor diretamente
conectei com um empresário

s
rar desafios era sua missão diária,
ta às classes média e alta. No entanto, você já
de um produto físico que
concluída com sucesso. Ter a alter- parou para pensar que existe uma grande
estava longe do meu radar,
is
mas descobrimos que nossos
ev

públicos tinham muita

similaridade e fazia muito
R

sentido a parceria para agregar

o produto com personalizações
il

ao meu ecossistema.”
as

ANDRÉ COIMBRA, INGRID REIS, CEO

da Espiral Soluções
estrategista digital
Br

Socioculturais:
“O que também
nos faz sair da
bolha são projetos
consistentes e
novas experiências
emprego em outra área porque com parceiros e
clientes. E, mais
aprenderam a ter foco nos projetos. do que tudo, é
Toda criança que começa conosco ver o que está
ocorrendo fora das
e sai com mais confiança no seu minhas relações
potencial, seja no esporte ou na vida, de negócios e
internacionalmente”
é um case de sucesso para nós.”
ADRIANA SAMUEL, medalhista
olímpica de vôlei de praia e
empreendedora

“Uma vez realizei para uma certa

empresa um workshop sobre
como desenvolver seus sonhos.
Era um trabalho a ser feito para
lideranças comunitárias do entorno
da empresa. Sabe o que é ver as
© DIVULGAÇÃO / ESPIRAL

pessoas sorrindo e colocando no

papel suas ideias? E, posteriormente,
viraram seus projetos institucionais.”
INGRID REIS, CEO da
Espiral Soluções Socioculturais

43
 NOSSA CAPA

“Eu me interesso
pelo mundo e busco
entendimento por
diversas óticas: social,
cultural, econômica
e artística. Não existe
verdade absoluta. É
por essas conexões e
trocas de experiências
que me descubro,
adquiro e compartilho
s conhecimento e
ta
© DIVULGAÇÃO / OUTDOOR SOCIAL

assumo diferentes
is
versões de mim
ev

mesma”
R

EMILIA RABELLO, CEO

il

DO OUTDOOR SOCIAL
as
Br

taxa de consumo em datas promocionais de
pessoas que vivem em favelas? Um insight
que parece simples, mas resume o conceito
que levou à criação da holding Outdoor So-
cial, em 2012, abrangendo mídia, ativações,
estudos e projetos especiais para conectar
os moradores dessas regiões a marcas, pro-
dutos e serviços. “O Outdoor Social nasceu
fora da caixa, do desafio de criar uma solu-
ção em marketing para a marca de telefonia
Claro. Foi quando subi o morro da Rocinha
para ver como a população se comunicava.
Inúmeras faixas de pizzarias foram identifi-
cadas. Em época de eleição, esses mesmos
muros e fachadas eram disputados pelos
pôsteres dos candidatos. Vislumbrei nesses
espaços uma oportunidade. Imediatamen-
te, liguei para a gráfica e resolvi criar um
modelo de negócio”, conta a CEO Emilia Ra-
bello, ressaltando que as ações de impacto
social são um legado de família.
Sua mãe era socióloga e seu pai jorna-
lista. O engajamento com a comunidade
sempre fez parte da sua vida. Acabou se-
guindo carreira em publicidade e propa-
ganda, desenvolvendo o seu dom criativo
e sua vocação empreendedora. Antes de
fundar o Outdoor Social, ela levava infor-
mações até as fazendas e cidades do in-
terior do País usando um carro de som.
Na Amazônia, as notícias navegavam até
chegar às populações ribeirinhas por
meio do “barco de som”, uma das suas in-
venções criativas. Em 2009, após ler o li-
vro O Banqueiro dos Pobres, do professor
Muhammad Yunus, prêmio Nobel da Paz
em 2006 e criador do conceito de negó-
cios sociais, encontrou mais inspiração
para empreender.
Um livro, uma conversa, a história de
vida, uma escuta ativa. O que mais ajuda
a sair da bolha? Luis Namura acrescenta
uma observação a essa lista. Um dos exer-
cícios que indica é a inversão do que é feito
normalmente, mais ou menos como acon-
teceu com o Outdoor Social. “Foguetes são
utilizados uma vez e descartados, já aviões
são utilizados centenas de vezes antes de
serem ‘aposentados’. Por que não utilizar o
mesmo conceito dos aviões para os fogue-
tes? Minha área abraça diversas tecnolo-
gias; então olho para artes e humanas pa-
ra entender o que as pessoas buscam pa-
ra resolver seus problemas; com foco em
algo tão distinto, consigo perceber ‘gaps’
nas propostas tecnológicas que não estão
realizando os sonhos das pessoas”, explica.
Adriana Samuel acrescenta a importân-
cia de colocar-se na posição de aprendiz,
buscando opiniões diferentes, de pessoas
com diversas idades e origens sociais. Além
dos jovens, ela costuma abrir escuta para
pais, professores, gestores de outros seg-
mentos e especialistas em temas comunitá-
rios e técnicos. Mas vai literalmente a cam-
po! Visitando escolas, famílias e outros pro-
jetos, consegue entender realidades distan-
tes da sua e isso tem se tornado fundamen-
tal. “Os cuidados são: manter o respeito e

44
se colocar em uma posição de aprendiza-
do. Pedir explicação quando não entender,
mostrar que você está entrando em um ter-
ritório novo cujos códigos e funcionamen-
to você ainda não domina. Mas que está ali
com interesse e admiração”, diz.
MÃOS À OBRA
O primeiro passo para ter um insight é
diagnosticar um problema. Pensando na
importância de um futuro que tenha ca-
sas sustentáveis, por exemplo, uma equi-
pe da Escola Superior de Design de Va-
lência desenvolveu moradias a partir de
um container que seria descartado. Por
dentro, objetos que iriam para o lixo se
transformam em móveis refinados e de
uso crucial. Mas onde encon-
trar informações que trans-
formem insights em projetos?
“Viajo muito, devoro livros,
“Um livro, uma conversa, a
acompanho os noticiários na-
cionais e internacionais dia- história de vida, uma escuta
riamente, maratono séries de
ativa. O que mais ajuda a sair
diferentes nacionalidades e
o mais importante: ouço as da bolha? Um dos exercícios
histórias de pessoas comuns
que indico é a inversão do
– aqui está a riqueza dos sa-
beres. Eu me interesso pelo que é feito normalmente”
mundo e busco entendimen-
to por diversas óticas: social,
cultural, econômica e artísti-
ca. Não existe verdade abso-
luta. É por essas conexões e
trocas de experiências que me descubro,
adquiro e compartilho conhecimento e
assumo diferentes versões de mim mes-
ma”, conta Emilia.
Também não adianta apenas ficar dan-
do voltas nas questões que você já conhe-
ce. Se sua leitura é sempre sobre arquite-
tura, por exemplo, tente ler Anne Frank. Se
você gosta de Monet, pesquise sobre Miró.
“Pensar apenas em si faz com que o mun-
do se limite ao seu umbigo, aos seus pro-
blemas. Isso torna seu universo pobre e
desinteressante”, comenta Naíle.
Depois desse fluxo de informações ale-
atórias e fora da caixa, construir uma tela
mental pode ajudar a chegar aonde pre-
cisa, escapando do emaranhado confuso
que uma cabeça que não para de pensar
pode projetar nas ações. Além disso, An-
dré Coimbra ressalta a importância de
questionar sempre, por mais fácil e cômo-
do que pareça o caminho.
O famoso empolgado cansado, como
define Malu, não possui constância na
execução de ideias. Não importa que um
projeto dê errado e seja modificado de-
pois. Mas é preciso seguir em frente. “Fui
reprovada três vezes em um teste para fa-
zer um curso de locução. Diziam que eu
não tinha os mínimos requisitos necessá-
rios. Hoje tenho uma das mais completas
produtoras de áudio no Brasil, com sede
também na Flórida, nos Estados Unidos.
Eu sou a voz de aeroportos brasileiros,
s
ta
is
ev
R
il
as
Br
LUIS NAMURA, CEO DA VITAE BRASIL
trens da CPTM, linhas de metrô em São
Paulo, marcas como Google, Amazon, Fa-
cebook e bancos, já dublei até séries ame-
ricanas. Tenho ainda uma escola de locu-
ção e empreendedorismo, a Academia do
Locutor. Uma equipe no Brasil e outra nos
Estados Unidos”, conta.
Sair da bolha não serve apenas para
criar um negócio. É um conceito que per-
meia a rotina da empresa, para que solu-
ções inovadoras impactem o crescimento
de uma marca. Os candidatos à presidên-
cia das últimas eleições, por exemplo, per-
ceberam que faltava atingir um público
mais jovem e correram atrás de entrevis-
tas a podcasts para ir além – o que de fato
funcionou. “É possível ter uma visão dife-
rente a partir da customização das deman-
das dos clientes, assim você está sempre
se atualizando profissionalmente e a em-
presa também. A participação em even-
tos que ocorrem presencialmente e virtu-
almente também ajuda. Considero que,
ao empreender no novo mundo com tec-
nologia e inovação, é importante que os
empreendedores tenham inquietações e
busquem sempre inovar – mesmo que seja
socialmente falando. A inovação vai além
da tecnologia, ela serve para criar novas
formas de conduzir suas ações, gestão e
entregas com resultados para o mercado.
Eu costumo dizer: ‘qual o legado que dei-
xarei com o trabalho da Espiral Soluções?’.
Se estivermos praticando o capitalismo
consciente, teremos em 2030 res-
postas mais qualitativas para co-
laborarmos com a sustentabilida-
de e um mundo global mais forte”,
aconselha Ingrid.
AONDE VOU?
COM QUEM EU FALO?
Ouça pelo menos três pessoas
de áreas diferentes sobre o mes-
mo assunto. Some pontos de vista
e alinhe com o seu. Observe tam-
bém os resultados de distintas
empresas, aprenda com os erros
dos outros. Faça parte de grupos
diversificados, que podem ir de
um Rotary a uma assembleia de
plano diretor, passando por encontros de
escritores, palestrantes, mulheres e mais.
Networking é essencial para aprender,
criar e desenvolver. Aproveite as oportu-
nidades de um mundo plural. “Hoje eu
busco referências em players de sucesso
com resultados comprovados e trago es-
sas tendências para dentro do meu negó-
cio. Reformulo, aplico e valido esses dados
e essas informações que transformamos
em resultado. Devido à tentativa de em-
preender e ter quebrado quatro empre-
sas, eu tive experiências negativas e posi-
tivas, o que me fez expandir minha visão
sobre negócios. Eu focava apenas um seg-
mento, porém tinha vários ao meu dispor
que eu não explorava e hoje exploro. Isso
45
 NOSSA CAPA
abriu minha visão”, comenta o fundador
da Master Cooler Racing e especialista em
arrefecimento veicular para carros de alta
performance, Juliano Bertani
Tente não julgar. De que adianta aden-
trar outra bolha se você já chegar carrega-
do de argumentação pronta e imutável?
A ideia aqui é absorver conhecimento, e
não refutá-lo. Ao mesmo tempo, tenha fil-
tro. Ouça, mas cheque a informação. Ab-
sorva, mas veja se realmente cabe naquilo
que tem em mãos. Acolha, mas verifique
se a ideia já deu resultados antes. E, claro,
escute seu cliente! Tudo isso é sobre ele e
não fará sentido para seu negócio se não
fizer sentido para ele.
Tenha plano e planejamento, enten-
dendo a diferença entre esses dois con-
ceitos. O primeiro diz respeito à sua meta,
enquanto que o segundo é o caminho que
leva até esse objetivo e que pode ser al-
terado conforme as necessidades. Pense
em sua empresa como uma campanha de
Ads no Google: você inicia com um objeti-
vo, um investimento e uma projeção, mas
deve estar aberto a alterar esses caminhos
conforme a resposta do consumidor.
Br
Entre as ferramentas práticas que auxi-
liam na construção dessa estratégia, Malu
46
“Precisamos ter
cuidado, porque indica o Ted Talks e a série Mindvalley,
geralmente há que apresentam ideias valiosas, de acor-
do com a especialista. Sobre eventos,
pessoas tentando Emilia adiciona: “tenho participado de
nos convencer muitos cursos a distância e ao vivo – são
nesses momentos que tenho conhecido
de ‘negócios pessoas e negócios. Presencial e recen-
milagrosos’ temente, participei do Cannes Lions e
vivenciei a jornada do Web Summit Lis-
dentro dos nichos boa 2022. Experenciar o Cannes foi mais
de atividades que uma imersão de aprendizagem e ne-
tworking, estávamos ali unidos por um
delas. A falta mesmo propósito: construir um mundo
de experiência mais justo e igualitário, dando voz às mu-
lheres, aos negros, ao público LGBTQIA+
de nossa parte e a todas as nações – da América à Ásia”.
ou o excesso Luis Namura indica também fóruns
s
da área de interesse e fora dela. “Em re-
de empolgação
ta lação à gestão de empresas, cito ao me-
podem trazer
is
nos 50 ferramentas úteis no livro Yes, you
can! Como fazer sua empresa deslanchar,
ev
prejuízos enormes. acessível pelo meu Instagram, @luisna-
Não gosto de mura”, lembra. Os dados empíricos são
R
ainda ótimos aliados, segundo Ingrid. Vá
‘reunião de
il
às universidades, acesse artigos e desfru-
as
empresários’ nem te de boas pesquisas de mercado e espa-
ços de networking. “Dois eventos que fre-
de ‘grupos de
quento e que me ajudaram muito nesse
WhatsApp’, porque sentido são o ‘Segredos da Audiência’ e o
‘Antiescola Experience’, reunindo empre-
eles estão cheios sários e empreendedores dos mais diver-
de pessoas prontas sos setores do mercado. Além de muito
conteúdo enriquecedor sobre negócios,
para te vender ou marketing, vendas e digital, ambos são
convencer de algo. muito propícios a fazer networking”, indi-
ca e completa André Coimbra.
Acredito muito O advogado Daniel Toledo aconselha
em workshops, estar atento ao entorno: “precisamos ter
cuidado, porque geralmente há pesso-
congressos e as tentando nos convencer de ‘negócios
consultorias milagrosos’ dentro dos nichos de ativida-
des delas. A falta de experiência de nos-
individuais sa parte ou o excesso de empolgação po-
que sempre dem trazer prejuízos enormes. Não gos-
to de ‘reunião de empresários’ nem de
agregam mais ‘grupos de WhatsApp’, porque eles estão
cheios de pessoas prontas para te vender
conhecimento” ou convencer de algo. Acredito muito em
DANIEL TOLEDO, workshops, congressos e consultorias in-
ADVOGADO DA TOLEDO E dividuais que sempre agregam mais co-
ADVOGADOS ASSOCIADOS nhecimento”, conclui.
PONTO DA VIRADA
QUAL O PONTO DA VIRADA NA SUA VIDA DE EMPREENDEDOR?
“Quando já tinha um escritório,
percebi que poderia ter outros se
eu deixasse de fazer o que fazia
como advogada. Contratei bons
advogados e passei a cuidar da
prospecção de novos clientes.
Deleguei a execução e me
concentrei na gestão e nas vendas.
Foi aí que passei a ganhar dinheiro
de verdade.”
NAÍLE MAMEDE, ADVOGADA,
EMPRESÁRIA, PALESTRANTE E
ESCRITORA
“Quando eu consegui organizar o
meu tempo. Já percebeu que as
pessoas mais ocupadas sempre
têm tempo para mais alguma coisa?
Eu coloco tudo o que preciso fazer
dentro do meu dia, não postergo
para o dia seguinte o que posso
fazer hoje. Digo que não tenho hora
de trabalho e hora de lazer, eu gosto
tanto da minha vida, que as coisas
andam juntas. Trabalho quando
estou viajando e descanso no meio
Br
de um dia de estúdio lotado. Mas não
se engane: não é porque gosto da
minha rotina que ela não me cansa.
Cansa, e muito. Quando se cansar de
algo, descanse; não desista.”
MALU PONTES, LOCUTORA
PUBLICITÁRIA
“O ponto de virada para nós
enquanto companhia foi quando
exibimos nossa solução no
primeiro IBTM, em 2012, um evento
internacional de gestores que
validaram nossa ideia, mostrando
interesse não apenas em usar
nossos serviços em suas empresas,
mas também em representar
nossa marca em seus respectivos
países. Hoje em dia, esse modelo de
parcerias é a base do nosso negócio.”
ALBERT ROCA, CEO DA
MOOVETEAM
“A decisão de deixar um emprego
confortável e ‘cair pra dentro’
do mundo empresarial. Decidi
transformar a vida de milhares de
pessoas por meio de educação de
alta qualidade.”
LUIS NAMURA,
CEO DA VITAE BRASIL
“Quando me aposentei do vôlei,
em 2000, eu tinha duas medalhas e
uma certeza: queria ter um projeto
social. A temporada no vôlei de praia
me trouxe a expertise para gerir
e administrar a minha carreira –
captar e manter patrocínio, montar
s
a própria equipe multidisciplinar e
ta
treinar até vencer. Ao me aposentar,
foi até natural a transição para a
is
gestão de projetos e captação
ev
de patrocínio para outros atletas.
Trago o entendimento de saber a
R
importância de carregar uma marca
e cuidar dela. Eu vivenciei e passei
il
por todas as etapas do processo de
as
profissionalização do voleibol e a
valorização dele. Levei para o vôlei de
praia o profissionalismo da quadra
e carreguei toda experiência como
atleta para o meu trabalho atual.
Sempre achei que tinha vida além do
vôlei e sempre ‘soube’ (pura intuição)
que iria realizar muitas coisas quando
parasse de jogar.”
ADRIANA SAMUEL, MEDALHISTA
OLÍMPICA DE VÔLEI DE PRAIA E
EMPREENDEDORA
“Quando eu entendi o foco do meu
negócio, meu plano de negócios e
meus propósitos de vida pessoal
e profissional, além também do
meu posicionamento de marca. Ou
seja, a pergunta é sempre como
e onde queremos estar e com
quem? Todos os nossos projetos
e de clientes são alinhados aos
Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável 2030. E fazemos parte
da Comunidade do Sistema B. Este
é o nosso posicionamento e desafio
diário: desenvolver projetos que
traduzam suas ações em impactos
importantes para a Sociedade e ter
mais e mais parceiros nessa jornada.”
INGRID REIS, CEO DA ESPIRAL
SOLUÇÕES SOCIOCULTURAIS
“O primeiro ponto de virada foi
justamente começar a empreender.
Além da insatisfação, não estava
com os valores alinhados na
empresa em que trabalhava,
resolvi correr o risco e começar a
empreender do zero, prestando
serviços. Sem investimentos,
o crescimento foi lento ao
longo dos anos. Outro ponto
de virada foi quando comecei a
participar de grupos com outros
empreendedores, muitos com
resultados muito mais expressivos
que o meu. Só pelo fato de conviver
e observar a mentalidade do grupo,
comecei a investir e reinvestir no
meu negócio com outro olhar,
o resultado foi um crescimento
acelerado apenas por mudança de
mindset na gestão do negócio.”
ANDRÉ COIMBRA,
ESTRATEGISTA DIGITAL
“Acho que a virada acontece quando
a gente entende que precisa aceitar
opiniões diversas. Críticas, pontos
contrários ensinam muito! O ano
de 2022 foi de ajustes de ponteiros
pós-pandemia. Acredito que 2023
será um ano de recomeço na
engrenagem mundial. Muitos ajustes
precisarão ser feitos e somente
os que estiverem preparados vão
passar por este teste.”
DANIEL TOLEDO, ADVOGADO
DA TOLEDO E ADVOGADOS
ASSOCIADOS E ESPECIALIZADO EM
DIREITO INTERNACIONAL
47
teste.

© SURFUPVECTOR / ISTOCKPHOTO.COM
s
ta
is
ev
R

QUAL O SEU PERFIL

il
as

FINANCEIRO?
Br

1. Em uma loja, você…

Você saberia dizer qual o seu perfil
financeiro? O teste ao lado vai ajudá-lo a
observar comportamentos relacionados
às finanças e descobrir se você é uma
pessoa econômica, controlada ou que
gasta bastante, mostrando as vantagens
e as desvantagens de cada perfil. Para
um micro e pequeno empresário, o teste
vai ajudar também a descobrir não só o
seu perfil pessoal, mas como esse perfil
pode influenciar, inclusive, os controles
das finanças da sua empresa. Para testar
e conferir seu resultado, basta escolher
uma das alternativas em cada um dos
cenários apresentados:
A. Compara preços, negocia e só
compra aquilo de que precisa.
B. Não perde uma promoção, mas
fica de olho na fatura do cartão
para não passar do limite.
C. Compra tudo o que está em
promoção, sem se preocupar se
pode pagar ou não.
2. Sobre seus gastos com
alimentação, você…
A. Prefere comer em casa e sair
para comer fora apenas em
ocasiões especiais.
B. Come fora com frequência, mas
presta atenção aos preços.
C. Come fora todo dia, sem
observar quanto gasta com isso.

48

3. Suas contas mensais…
A. Estão no débito automático
e anotadas em uma planilha/
aplicativo.
B. São pagas sempre na data
certa e algumas já estão no
débito automático para não
esquecer.
C. São pagas quando pode. Se
faltar dinheiro, deixa atrasar
uns dias ou fica no cheque
especial.
4. No banco, você…
A. Conversa com o gerente
sobre investimentos, mas
pesquisa antes de tomar
decisões. Sabe exatamente
quanto gasta e qual será a
estimativa de ganho.
B. Tem noções de finanças, mas
as
muitas vezes confia apenas na
opinião do gerente do banco.
Br
C. Contrata tudo o que o gerente
oferece e não sabe quanto
está pagando e quanto/
quando vai ganhar.
5. No supermercado, você…
A. Leva uma lista de compras e
sabe o preço das coisas.
B. Leva uma lista, mas sempre
acaba comprando algo a mais.
C. Nunca sabe o que está
faltando, então compra o que
lembra e tem vontade.
6. No final do mês, você…
A. Tem dinheiro sobrando para
novos investimentos.
B. Sobram dias no meu salário.
C. Não tem dinheiro sobrando
nem faltando para o essencial.
As finanças estão sob controle.
Provu é uma fintech especializada em meios de pagamentos e crédito pessoal.
COMO CALCULAR
MEU RESULTADO?
Confira o seu perfil e suas van-
tagens e desvantagens:
50 A 60 PONTOS
ECONÔMICO
Você é uma pessoa muito
controlada e que se preocupa
em manter sua saúde financeira.
Sempre economizando e pensando
até duas vezes antes de gastar.
s
Pode até ser que não sobre
ta
dinheiro no final do mês, mas é
is
muito difícil que falte.
ev
Vantagens
Quem pertence a este grupo
R
não costuma passar por apertos
financeiros, está sempre
il
economizando e conquistando
aquilo que quer, dificilmente
costuma ficar sem dinheiro e, caso
fique, tem alguma quantia poupada.
Desvantagens
Muitas vezes pode ser conhecido
por ser o “mão de vaca” no grupo
de amigos. Às vezes é preciso ser
menos racional e aproveitar mais as
experiências que você pode viver.
Tente equilibrar as coisas.
25 A 45
CONTROLADO
Sempre buscando o equilíbrio no
orçamento, mantendo as contas
organizadas e comparando
preços. Às vezes você até gasta
com algo que não foi planejado
e precisa se controlar quando vê
ofertas, mas raramente fica no
vermelho por isso.
Vantagens
A maior vantagem deste grupo
é conseguir manter o equilíbrio e
raramente ficar sem dinheiro. Estar
neste grupo significa saber usar seu
POR PROVU
A. Vale 10 pontos
B. Vale 5 pontos
C. Vale 0 ponto
orçamento de maneira consciente,
mas sem ser rígido demais com
você mesmo.
Desvantagens
Nem sempre os controlados
conseguem guardar dinheiro para
tudo o que querem fazer. Além
disso, podem cometer alguns
deslizes, causando um incômodo
momentâneo. Lembre-se: além de
pagar as contas em dia, é preciso
que você se prepare para o futuro.
0 A 20
TORRADOR DE DINHEIRO
Gosta de “aproveitar” todas as
promoções e não abre mão de
certos confortos, mesmo sabendo
que poderia economizar mais.
Também gosta de colocar as
despesas no cartão de crédito
mesmo sem ter certeza se vai
poder arcar com a longa fatura.
Vantagens
Bancar aquilo que temos vontade
é ótimo, mas é fundamental ter
controle sobre para onde o dinheiro
está indo. Infelizmente, se você
está neste perfil, temos apenas
desvantagens para apontar. É
hora de você rever seu estilo de
vida para que não se torne um
superendividado.
Desvantagens
O descontrole financeiro leva
a uma bola de neve de dívidas,
da qual é bem difícil sair depois,
podendo até causar problemas
para a sua saúde mental. Se
você está neste grupo, é hora de
rever a forma como lida com o
dinheiro antes que caia na falência
pessoal. Educação financeira e
planejamento são essenciais!
49
UP TO DATE

DOCES
VENDAS
CURSO COM DURAÇÃO DE TRÊS
MESES FOCA O EMPREENDEDORISMO
E ENSINA A GANHAR DINHEIRO NA
ÁREA DE CONFEITARIA

s
TEXTO DE BARTIRA BETINI ta
is
ev
R
il
as
Br

50

A s
confeitaria faz parte da vida das
ta
pessoas e não há como negar que
is
cresce de forma vertiginosa no
País. Além disso, muito impulsionado pe-
ev
la pandemia, o ato de cozinhar e comer
R
bem ganhou um espaço considerável na
vida das pessoas, trazendo ainda mais
il
sentido para quem deseja ganhar dinhei-
as
ro com o ramo gastronômico.
Pensando nesse público, o Instituto
Br
Gourmet – rede de franquias de ensino
profissionalizante em gastronomia – am-
pliou a sua grade de cursos pensando em
facilitar ainda mais a vida dessas pessoas
que querem abrir um negócio neste ra-
mo, lançando o Faça e Venda, um curso
rápido que aborda receitas vendáveis pa-
ra a geração de renda imediata.
Segundo o gerente de produtos do Ins-
tituto Gourmet, especialista em Gestão
Empresarial, Fhellipe Rodrigues, o pedi-
do de cursos mais rápidos acontecia com
frequência pela rede de franqueados. As-
sim, associado a análises de cenários re-
alizados pelo Instituto, entenderam que
era preciso um curso para atender a uma
fatia de mercado com baixo custo. “Já es-
tamos em um movimento do meio edu-
cacional para esses cursos mais rápidos e
© CAPUSKI / ISTOCKPHOTO.COM
que trazem retorno imediato. Aqui, é uma
tendência do ramo como um todo, bem
como os cursos que são híbridos”, explica.
Rodrigues analisa o Faça e Venda, no
entanto, como um curso de entrada para
CONFEITARIA
a marca, pois o aluno entende como pode
empreender de forma rápida e prática, ge-
rar receita para conseguir se especializar e
estender sua formação em um dos outros
cursos ofertados pela empresa, como o
Confeitaria Profissional.
CONTEÚDO
O curso Faça e Venda lançado em julho
de 2022, com viés voltado à confeitaria, tem
duração de três meses e terá cerca de 12 au-
las independentes com receitas atuais e de
alta rentabilidade. “O aluno aprende desde
as receitas mais tradicionais, como copo da
felicidade e pão de mel, até o famoso Bentô
Cake, muito em alta no momento. Pensa-
mos nas demandas de mercado como um
todo para cursos de menor duração, então
incluímos, também, receitas para públicos
que possuem alguma restrição alimentar”,
pontua o coordenador pedagógico do Ins-
tituto Gourmet, Leonardo Esteves.
Além de aprender na prática diversas
receitas, o aluno terá conteúdos adicionais
de empreendedorismo. São dicas que vão
ensinar o aluno a começar o seu negócio,
desde fazer uma boa foto dos produtos até
como divulgá-los nas redes sociais, além
de precificar os produtos para vender.
De acordo com o Instituto, é um curso
rápido e com excelente custo-benefício
para quem busca retorno financeiro em
pouco tempo. Indicado para quem dese-
ja empreender de forma simples e rápida,
51
UP TO DATE

“Quando
oferecemos esta
possibilidade,
como microempreendedor individual, abrimos a porta QUEM SÃO ELES
utilizando sua própria cozinha para o
início das suas produções. O Instituto e preparamos O Instituto Gourmet foi
fundado em 2014 por Lucilaine
Gourmet considera que as habilidades o terreno para Lima e Robson Fejoli. Em
e as técnicas aprendidas neste curso
servem de base para iniciar na carrei- o aluno realizar 2015, com a entrada do sócio
Glaucio Athayde, formataram
ra da confeitaria, além de abrir portas seu sonho de e testaram o modelo de
para oportunidades em empresas do
ramo que necessitem de profissionais empreender. negócio para o franchising. A
expansão da rede começou
com habilidades específicas. Mostramos a ele em 2017 e desde então segue
em constante crescimento.
BOM PARA TODOS que é possível, No início de 2020, a marca
As primeiras turmas começaram em sim, chegar anunciou a sociedade com
julho e com turmas ativas em mais de a holding SMZTO. Hoje são
80% da rede, o que traduz, na opinião aonde deseja e, mais de 138 unidades em
de Rodrigues, a alta procura e o poten-
cial de venda que o curso tem.
assim, cumprimos funcionamento e mais de 30
mil alunos já passaram pela
nosso propósito:
s
Ele considera, ainda, que o treina- ta rede. A marca possui em sua
mento permite aos franqueados cap- transformar grade sete cursos, entre eles
is
tarem novos alunos e trabalharem com estão: Confeiteiro Profissional,
interessados que, porventura, não pu- vidas por meio Cozinheiro Profissional,
ev

deram se matricular nos cursos maio-

da educação Chef Mix, Cake Designer,
Doceiro Profissional, Padeiro
R

res, como o carro-chefe Confeitaria Pro-

fissional. “Agora temos a possibilidade gastronômica” Profissional e Cozinheiro
Funcional&Fit. Para o futuro,
il

de ofertar um curso com baixo custo de

FHELLIPE RODRIGUES,
as

implantação, manutenção e insumos. os planos são de lançar novos

GERENTE DE PRODUTOS curso e módulos para atender
Nesse sentido, atraímos novos alunos
NO INSTITUTO GOURMET
Br

que mais tarde poderão ter uma forma- às tendências do mercado.

ção completa”, explica o gerente. 
Uma das franqueadas, Fabiula Zan-
donade, inclusive, ressalta essa prerro-
gativa: “pude perceber, nitidamente, a para arcar com cursos maiores. “Quan-
diferença de público e como, de fato, o do oferecemos esta possibilidade, abri-
Faça e Venda cumpre seu papel de cur- mos a porta e preparamos o terreno
so de entrada. Conseguimos trabalhar para o aluno realizar seu sonho de em-
com os leads que não fechamos, ante- preender. Mostramos a ele que é possí-
riormente, nos cursos maiores. Além vel, sim, chegar aonde deseja e, assim,
disso, abraçamos o público que não se cumprimos nosso propósito: transfor-
sente confiante em ingressar em um mar vidas por meio da educação gas-
curso de longa duração e temos a opor- tronômica”, conclui.
tunidade de desenvolvê-lo para isso.
Nós já estamos trabalhando no up-sell
e, em uma de nossas turmas, já temos a
previsão de 50% dos nossos alunos para
o curso de Confeitaria Profissional”.  SERVIÇO
Fhellipe Rodrigues pontua que ain- As matrículas podem ser
efetuadas em diversas
da há muito para explorar com esse no-
unidades do Instituto
vo curso, mas que com toda certeza ele
Gourmet. A mensalidade custa
permite a entrada de muitos alunos que na faixa de R$250. Para mais
sonham em empreender na confeitaria, informações, acesse o site
mas que hoje não têm renda suficiente cursos.institutogourmet.com

52

INSPIRAÇÃO&EMPODERAMENTO
A gente se acostuma,
mas não devia
S
er arrojado, inovador requer cora-
gem, não é simples. Sair da mes-
mice, ser capaz de colocar ideias
em prática, transformar condições e sair
da zona de conforto demanda engaja-
mento. Hoje, temos visto menos pes-
soas ousadas e motivadas. Talvez por
desilusão, por cansaço ou por estarem
dispostas a fazer apenas o estritamente
necessário para viver um dia de cada vez.
Tenho pensado muito nisso ao obser-
var movimentos antagônicos como os
hustle culture (cultura da agitação) e o
quiet quitting (“desistência silenciosa”),
por exemplo, que passaram a ocupar os
noticiários, os estudos comportamen-
tais e as reuniões do RH, bem como
Br
conversas despretensiosas nos bares
durante o happy hour.
Acredito que todos os movimentos são
nobres. Legítimos. E se conectam com
a essência de cada pessoa, com seus
objetivos de vida. Mas eu ainda tendo
a acreditar, percebendo o entorno em
que vivo, que a nossa natureza, nosso
DNA, nos impulsionam a ousar para rea-
lizar. Seja qual for a cadência que possa-
mos escolher. Realizar é uma questão de
sobrevivência para os seres humanos.
Ah! E como precisamos ser realizado-
res para sacudirmos nossa inércia e
voltarmos a agarrar a vida com paixão!
Lembro aqui o arrojado ator e diretor de
teatro Antônio Abujamra. Ele nos provo-
ca ao interpretar a crônica “Eu sei, mas
não devia”, de 1972, de autoria de Marina
Colasanti. Mergulhe no universo da im-
pavidez. Ouse!
ERIKA PESSÔA É COMUNICÓLOGA, GESTORA DE CRISES, MENTORA DE EMPREENDEDORES, CONSULTORA
DE GESTÃO. ESPECIALIZADA EM COMUNICAÇÃO INTERNACIONAL PELA SYRACUSE UNIVERSITY E ABERJE.
POR ERIKA PESSÔA
De maneira surpreendentemente
óbvia, mas sutil (olha o antagonis-
mo aqui também!), o texto escancara
toda nossa mania de nos acomodar.
Estaríamos nós acostumados com o
empreender que estamos habituados
a ver e a realizar? Apenas seguindo o
s
fluxo e delimitados dentro das nossas
ta
fronteiras? Ou buscamos formas de
is
nos reinventar e de mudar o caminho
que sempre pegamos para chegar ao
ev
nosso destino? Desafio você a fugir do
óbvio hoje. A sair do tradicional ama-
R
nhã. E a se recriar sempre.
il
O empreendedor realizador sai dos
as
feitos comuns, das cópias, e não olha
o mundo das empresas sempre sob a
mesma perspectiva do outro. Um bom
profissional, seja de qual área for, é ca-
paz de criar soluções ao compreender
paralelos entre história, economia, cul-
tura e o seu mercado. Instiga. Intriga.
Descobre novas respostas para velhos
conceitos. O ousado é um verdadei-
ro descobridor de novos ângulos que
interpreta e transforma os velhos fe-
nômenos do mundo das empresas em
estratégias efetivas para o agora.
Outro dia, conversando com
Guilherme Pimentel da F360, ele me
falava da importância da transfor-
mação do olhar dos gestores para os
dados gerados nas empresas. Se, an-
tes, cada departamento guardava seu
mailing, seus números, suas técnicas,
hoje, os dados passaram a ser parte
da estratégia integrada da empresa,
batizada de cultura Data Driven. Nela,
© CLEIDIANE DUARTE
é necessário implantar ferramentas
que integrem as diversas informa-
ções produzidas na companhia pa-
ra uma análise inteligente capaz de
levar os decisores a conclusões mais
assertivas. Ou seja: os dados sempre
existiram, a maneira de integrá-los,
analisá-los de forma estratégica é a vi-
são necessária do agora. Nova solução
para algo que parecia já estar pronto.
Considerado o oráculo da administra-
ção moderna, Peter Drucker concei-
tuou o empreendedor como aquele
que aproveita as oportunidades para
criar mudanças. Ele nos deixou lições
valiosas sobre expandir visões pa-
ra entender os fatos pela perspecti-
va histórica. “O planejamento não diz
respeito às decisões futuras, mas às
implicações futuras de decisões pre-
sentes.” Tal frase de Drucker deve nos
levar ao questionamento: “estamos
fazendo o que sempre fizemos porque
sempre foi assim; ou estamos ousan-
do com o foco de resolver os desafios
do amanhã?”. Já o economista Jean
Baptiste Say (1767-1832), considerado
o pai do empreendedorismo, definia o
empreendedor como o realizador de
mudanças.
No frigir dos ovos, é como Marina
Colasanti define: “a gente se acostuma
a não olhar para fora… e à medida que se
acostuma, esquece o sol, esquece o ar,
esquece a amplidão”. A você, realizado-
ra e realizador: que você possa ousar e
sair a provocar, criar o novo, a mudança.
Realizar. Na cadência necessária.
53
STARTUP-SE

BNDES GARAGEM
s
ta APOSTA EM PROGRAMA
is
DE EMPREENDEDORISMO
ev

SOCIOAMBIENTAL
DESENVOLVIDO
R

ESPECIALMENTE PARA
il
as

HORA DE
STARTUPS QUE ESTÃO
Br

COMEÇANDO OU QUE
PRECISAM DE IMPULSO
PARA CRESCER

ACELERAR
TEXTO DE FLÁVIA SANTUCCI

54
 ACELERADORAS

E
stimular o
empreendedorismo
no Brasil. Foi
com esse objetivo
que o Banco Nacional

s de Desenvolvimento
ta
Econômico e Social
is
(BNDES), um dos
ev

maiores bancos de
R

desenvolvimento do
il

mundo, criou, em 2019,

as

o BNDES Garagem,
Br

programa gratuito de
aceleração de startups
socioambientais de
impacto. De lá para cá,
135 empresas nascentes
receberam apoio do
banco – que trabalha
no projeto em parceria
com o Consórcio AWL
(Artemisia, Wayra e Liga
© RIDOFRANZ / ISTOCKPHOTO.COM

Ventures), referência
no ecossistema de
empreendedorismo – para
acelerar seus negócios.
© PESHKOVA / ISTOCKPHOTO.COM

55
 STARTUP-SE
© GUILHERME LEPORACE
A iniciativa tem dado tão certo, que a
expectativa, três anos depois que o proje-
to saiu efetivamente do papel, é expandi-
-lo para além do eixo Rio-São Paulo já nas
próximas edições. “Uma das ideias é fazer
expansões regionais, então a gente teria o
BNDES Garagem em regiões como a Nor-
te, por exemplo. É uma oportunidade de,
realmente, atuar nessa base de empresas
nascentes em diferentes lugares”, diz o di-
retor do programa BNDES Garagem - Ne-
gócios de Impacto, Bruno Laskowski.
Enquanto isso não acontece, startups
localizadas nas regiões Centro-Oeste, Nor-
te e Nordeste ganham pontos extras no
processo seletivo.
O programa é voltado especialmente pa-
ra negócios inovadores, estejam eles já no
mercado ou ainda em desenvolvimento,
nas áreas de educação e empregabilidade,
saúde e bem-estar, soluções financeiras in-
clusivas e educação financeira, cidades sus-
56
s nascentes em
ta
is
ev
R
il
as
Br
tentáveis e cidadania, meio ambiente e eco-
nomia circular, principalmente.
Em 2022, 45 empresas foram seleciona-
das e serão aceleradas pelo BNDES Gara-
gem dentro do programa, que tem dura-
ção de até quatro meses dependendo do
estágio em que a startup se encontra (se
está no início do negócio ou se já tem um
negócio lançado no mercado).
COMO FUNCIONA O PROGRAMA
No BNDES Garagem, as startups são
divididas em dois estágios: Criação (para
empreendedores que estão em fase de de-
senvolvimento da ideia de negócio e pre-
cisam de apoio para dar os primeiros pas-
sos) e Tração (para empreendedores que
já têm um negócio de impacto e precisam
de apoio para crescer). “Você pega um
empreendedor que teve uma boa ideia e
transforma aquela ideia em uma empresa.
Para fazer isso precisa de quê? De rede de
“Uma das ideias é
fazer expansões
regionais, então
a gente teria o
BNDES Garagem
em regiões como
a Norte, por
exemplo. É uma
oportunidade
de, realmente,
atuar nessa base
de empresas
diferentes lugares”
BRUNO LASKOWSKY,
DIRETOR DO PROGRAMA
BNDES GARAGEM -
NEGÓCIOS DE IMPACTO
contatos e de conhecimento. E a todo esse
processo de articulação o BNDES se adap-
ta muito bem, porque a gente tem um ca-
pital de conhecimento da economia brasi-
leira, de todos os setores que compõem a
economia brasileira, muito grande. Além
de grande capacidade de articulação”, ex-
plica Laskowski.
Segundo ele, outra vantagem do pro-
grama é o capital que o BNDES oferece,
no sentido mais amplo da palavra. “Obvia-
mente tem o capital financeiro, mas tem
um capital aqui no BNDES que eu acho
que seja, senão o mais importante, pelo
menos tão importante quanto, que é o ca-
pital de conhecimento e o capital de arti-
culação da sociedade. O BNDES fala com
todas as cadeias produtivas da economia
brasileira, então, quando a gente junta, co-
meça a acelerar essa turma, dá mentoria
para essa turma, faz as conexões certas e
aproxima esse empreendedor das cone-
xões. A gente tem uma chance de aumen-
tar o poder de geração de riqueza, geração
de empregos, geração de economia e, ao
mesmo tempo, formar cultura”, revela.
Para a gerente do programa, Bianca
Proença, este talvez seja o principal dife-
rencial do BNDES Garagem. “São as co-
nexões que somos capazes de estabelecer
entre nossos empreendedores. Consegui-
mos articular e conectar com pessoas que
não teriam condições de se conectar se
não fosse o programa”.
COMO PARTICIPAR
A edição de 2022 divulgou recentemen-
te as startups selecionadas, e o programa
de aceleração começa nos próximos meses.
Este é o momento de empreendedores in-
teressados se prepararem para uma nova
edição, que deve ocorrer no próximo ano.
E é bom ressaltar: toda empresa que tenha
um negócio de impacto pode participar.
O processo de seleção envolve inscri-
ção, análise de startups (etapa onde são re-
alizadas triagens e entrevistas das can-
didatas) e divulgação das vencedoras.
Uma vez conhecidas, as startups pas-
sam a receber apoio de uma equipe de
mentores extremamente capacitados
pelo BNDES por, pelo menos, quatro
meses até o demoday, quando aconte-
cem as apresentações do negócio.
Qualquer empreendedor pode par-
ticipar e o edital é sempre disponibili-
zado no site oficial do programa (gara-
gem.bndes.gov.br).
O mais interessante é que o BNDES
Garagem abre espaço para quem apos-
ta na diversidade do próprio negócio e
isso pode ser um diferencial importan-
te na hora da escolha das startups que
s
serão aceleradas, como conta Bianca.
ta
“Utilizamos alguns critérios de diver-
is
sidade – ganham pontos extras no pro-
cesso seletivo questões raciais e de gê-
ev
nero. Startups lideradas por negros, in-
dígenas e mulheres recebem um pon-
R
tinho extra, justamente para fomentar-
il
as
© GUILHERME LEPORACE
Br
“São as conexões que somos
capazes de estabelecer entre
nossos empreendedores.
Conseguimos articular e
conectar com pessoas que não
teriam condições de se conectar
se não fosse o programa”
BIANCA PROENÇA, GERENTE DO PROGRAMA
mos o empreendedorismo e atrairmos uma
diversidade maior para o nosso programa.
Queremos tornar esse processo mais com-
petitivo e mais diverso também”, ressalta.
Este segundo ciclo conta com a partici-
pação de 20 startups selecionadas na fase
de criação, que teve 604 inscritas, e 25 star-
tups na fase de tração, entre 306 inscritas.
CRIAÇÃO E TRAÇÃO
Empresas que se destacarem ao lon-
go do programa receberão prêmios no
valor de R$20 mil e R$30 mil para inves-
timentos no negócio (criação e tração,
respectivamente).
Segundo o BNDES Garagem, a fase de
criação tem duração de três meses e ofe-
rece trilha de conteúdos, mentorias e
workshops, criados para empreendedores
que estejam no início de suas jornadas e
desejam desenvolver negócios de impac-
to social ou ambiental a partir de ideias
inovadoras.
Os critérios de seleção consideram es-
tágio de maturidade (negócios em fase de
ideia, prototipação e desenvolvimento de
mínimo produto viável com ou sem CNPJ)
57
STARTUP-SE

e impacto social e ambiental (soluções O perfil de líder ideal

que apresentem potencial de impacto po-
sitivo por meio de produto, serviço ou ca-
deia produtiva).
Já a fase de tração tem duração de qua-
tro meses. Ela também aposta em trilhas
de conteúdos, mas se destaca por oferecer
mentoria de acordo com o momento e a ne-
cessidade de cada negócio, em um proces-
so de aceleração flexível e personalizada.
Apesar de os mesmos critérios de se-
leção de estágio de maturidade e impac-
to social e ambiental serem considerados
nesta fase, a tração se diferencia por in-
centivar negócios que estejam em opera-
ção no mercado até scale-up e exige for-
para fazer parte do progra-
ma inclui características
que prezam a resiliência e
a capacidade de comuni-
cação nos negócios. “Que-
remos que esse empreen-
dedor se dedique, tenha
habilidades de comunica-
ção, resiliência, vontade
de fazer, de entender”, des-
taca Bruno Laskowski.
O BNDES, segundo ele,
tem buscado ser o mais
inclusivo possível. “Se o
empreendedor tem uma

s
malização da empresa por meio de CPNJ. boa ideia, precisa ter mui-
ta
As soluções buscadas nesta fase tam- ta resiliência, capacidade
SAIBA MAIS
is
bém prezam o potencial de impacto posi- de comunicação e envol-
tivo por meio de produto, serviço e cadeia vimento importante. A gente gosta de
ev

produtiva. empresa que tenha dedicação àquela Confira a lista completa

Segundo o BNDES Garagem, no entan- ideia, senão a ideia não fica de pé. E a das startups de impacto
R

selecionadas no site
to, a tração se destaca por contar com co- gente quer que essa ideia seja de impac-
do BNDES Garagem:
il

nexões com mentores, empresas parceiras to, que melhore a sociedade, melhore o
garagem.bndes.gov.br
as

e investidores. Toda metodologia é pen- ecossistema, ideias que gerem valor na

sada para empreendedores que desejam linha de produtividade, melhorem a vi-
Br

acelerar o desenvolvimento de seus ne- da das pessoas”, explica o diretor.

gócios de impacto e chegar rapidamente
a outro patamar. O programa é gratuito e
tem formato híbrido, com atividades pre-
senciais e on-line.
“Uma semana por mês, as startups vêm
para o nosso espaço no BNDES. Nós cons-
truímos um espaço de coworking para au-
mentar ainda mais essa troca entre os fun-
cionários do banco e os empreendedores.
Remodelamos o programa [desde a primei-
ra edição, em 2019] e passamos a ter apenas
startups de impacto, ou seja, aquelas star-
tups que tenham como missão resolver um
problema social ou ambiental”, diz Bianca.
RESILIÊNCIA E CAPACIDADE
DE COMUNICAÇÃO
Se as startups que participam do BNDES
Garagem - Negócios de Impacto precisam,
necessariamente, estar envolvidas em pro-
jetos que façam a diferença na sociedade,
seus empreendedores devem também es-
tar alinhados ao mesmo discurso.
APERFEIÇOAMENTO
E NOVA CHANCE
Um ponto importante dentro do
programa BNDES Garagem é que a par-
ticipação de startups não está limitada
a apenas uma tentativa. Se a primeira
vez não deu certo, as portas não se fe-
cham e ela pode tentar novamente na
edição seguinte.
De acordo com o BNDES Garagem,
isso é possível porque, além de os pro-
gramas contarem com critérios de sele-
ção diferentes, avançar e se reinventar
nesse meio-tempo é algo natural para
qualquer negócio.
O projeto ainda está na segunda edi-
ção, mas startups que ficaram de fora
em 2019, por exemplo, tiveram tempo
para se aperfeiçoar e tentar novamente
nesta nova edição. Até quem participou
uma vez pode participar novamente. O
BNDES Garagem aceita inscrições de
empreendedores que já tenham partici-
pado desse programa ou de programas
de aceleradoras parceiras, mas limita a
capacidade de vagas nesses casos.
Isso porque o objetivo é ampliar a
oportunidade para empresas que ainda
não tenham sido apoiadas.
E se as startups têm tempo de se aper-
feiçoar, o programa também não deixa
de se atualizar. Em três anos, o BNDES
Garagem evoluiu. “A gente percebe que
a principal diferença [entre uma edição e
outra] é que o tema negócio de impacto
não era muito bem difundido. O que é o
negócio de impacto estava menos claro
na cabeça das pessoas e agora o tema es-
tá mais difundido”, diz Bianca.
A ideia, segundo Laskowski, é ampliar
o número de setores que participam do
programa, mas manter a base que conec-
ta todas as ideias, que é o tema de impac-
to. “Nisso a gente não vai mexer.”

58

GESTÃO&SERVIÇOS
Trabalho em equipe
em destaque!
T
endo em vista as constantes mu-
danças que impactam o dia a dia
empresarial e as novas práticas
em relação ao mercado de consumo, é
necessário desenvolver novas maneiras
para a implementação de tecnologias
e métodos ágeis, planejamentos fle-
xíveis, novas formas de trabalho, bem
como novas habilidades profissionais
e estratégicas. Cada vez mais as em-
presas precisam ter equipes de traba-
lho eficientes e eficazes, objetivando a
entrega de valor para os clientes e para
outros stakeholders.
Necessário ressaltar que o trabalho em
equipe teve destaque no Japão, princi-
palmente no pós-guerra, com a imple-
mentação de metodologias (programas
as
de gestão da qualidade), assim como
nos Estados Unidos, a partir da década
Br
de 1990, com a estrutura metodológica
denominada de Scrum, por exemplo.
Hoje em dia, a prestação de serviços
está presente em todos os segmentos
da economia brasileira e também em
outros países, como: educação, saúde,
comunicação, transporte, turismo, ho-
telaria, indústria, agronegócios, tecno-
logia, bancário, comércio, alimentação,
entretenimento, entre outros. Faço as
seguintes perguntas para reflexão:
1. Quais as consequências para os
clientes e para as empresas desses
segmentos de serviços citados se elas
não disponibilizarem equipes de traba-
lho com pessoas que tenham habilida-
des técnicas, humanas e emocionais,
como também líderes/gestores ins-
piradores, facilitadores e orientadores
ANTONIO PAULO DE OLIVEIRA É ADMINISTRADOR DE EMPRESAS (CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI-SP), ESPECIALISTA EM GESTÃO DE NEGÓCIOS EM SERVIÇOS (UNIVERSIDADE
P. MACKENZIE), ENTRE OUTROS CURSOS CONCLUÍDOS. TEM SUA CARREIRA PROFISSIONAL CONSOLIDADA NÃO SÓ SE DEDICANDO AOS ESTUDOS CONSTANTES SOBRE OS
ASPECTOS PERTINENTES AO TEMA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, MAS TAMBÉM REALIZANDO ATIVIDADES DIRECIONADAS PARA O SETOR DE SERVIÇOS, COMO PALESTRANTE,
INSTRUTOR, ESCRITOR, GESTOR E AINDA COMO EXAMINADOR EM 16 PRÊMIOS DE GESTÃO. • E-MAIL: APOGESTAO@TERRA.COM.BR • LINKEDIN: BIT.LY/3YN0UR1
POR ANTONIO PAULO DE OLIVEIRA
em relação à elaboração, execução e
gestão de planos de trabalho flexíveis
às mudanças necessárias?
2. Quais as consequências se as em-
presas não viabilizarem condições e
recursos adequados para as equipes
prestarem os serviços?
Quando se trata de empresas pres-
tadoras de serviços, dependendo do
s
segmento de atuação, cada uma ofere-
ta
ce vários tipos, bem como desenvolve
outros conforme as necessidades dos
is
clientes. Dessa forma, o trabalho em
ev
equipe, para obter êxito, precisa de si-
nergia, empatia, integração e colabora-
R
ção entre as pessoas que compõem a
equipe, visando atingir um objetivo em
il
comum. Outro aspecto fundamental
diz respeito à melhoria da comunica-
ção, seja como emissor da mensagem
(conjunto de informações, orientações,
determinações, entre outros), seja co-
mo receptor em relação ao efetivo en-
tendimento das mensagens recebidas.
Também é importante se preocupar
com a escolha do canal de comunica-
ção mais adequado para determinado
tipo de serviço, isto é, e-mail, aplicati-
vos de mensagens instantâneas, redes
sociais, celular, intranet, teleconferên-
cia e gestão à vista.
Outros exemplos se referem à neces-
sidade de diversos deslocamentos das
equipes de trabalho para locais dis-
tantes das sedes das empresas, ou até
mesmo quando os componentes da
equipe realizam os serviços na modali-
dade de trabalho remoto. Nessas condi-
ções, os componentes das respectivas
© ARQUIVO PESSOAL
equipes precisam ter habilidades e
autonomia para a tomada de deci-
sões imediatas, agilidade na mudan-
ça de plano de trabalho, alinhados ao
objetivo em comum.
Porém, as empresas de prestação de
serviços terão dificuldade de se tornar
competitivas no respectivo segmento
de atuação se os líderes/gestores não
considerarem os seguintes aspectos
na criação das respectivas equipes de
trabalho: ter equipes multidisciplina-
res, ter componentes de equipe com
habilidades de superar adversidades
e também agilidade na implementa-
ção de melhoria, meios para reconhe-
cer as conquistas das equipes, manter
um clima organizacional harmonioso,
inovador e colaborativo.
Antes de concluir este artigo, faço
questão de desejar para as leitoras, os
leitores, como também para os colu-
nistas e componentes da equipe des-
ta revista, um Feliz Natal e um 2023
com muita Paz, Saúde e Prosperidade.
Ao finalizar, destaco que estão sendo
evidenciados em textos publicados
em revistas, jornais, sites, livros, redes
sociais, entre outros canais de co-
municação, quais serão as profissões
do futuro e quais profissões que vão
desaparecer no mercado de traba-
lho. Contudo, não podemos esque-
cer que hoje em dia as equipes de
trabalho são essenciais para a so-
brevivência das empresas. Imagine a
importância e a necessidade do tra-
balho em equipe para as empresas
do futuro. Pense nisso!
59
NO NEGÓCIO

PAIXÃO À
PRIMEIRA
VISTA
CAPRICHAR NA
s
ta
DECORAÇÃO, NA FACHADA
is
E NA DISPOSIÇÃO DOS
ev

ARTIGOS PARA VENDA NA

R

LOJA FÍSICA, MUITO ALÉM

il
as

DE UM ESPAÇO BONITO,
É UMA ESTRATÉGIA
Br

PODEROSA EM TEMPOS DE
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

60
 VITRINE

TEXTO DE BARTIRA BETINI

Q uem é profissional do varejo sabe

a importância da apresentação
de produtos e serviços e o quan-
to isso pode impactar o negócio, propi-
ciando, inclusive, o aumento das vendas.
A vitrine é praticamente o cartão de
visita da marca, assim como toda a am-

s
ta bientação, que deve ser estudada e rela-
cionada ao consumidor. É imprescindível
is
posicionar adequadamente os produtos,
explorar muito bem os espaços, distribuir
ev

as mercadorias em um local visível, man-

tendo os ambientes atrativos e confortá-
R

veis aos olhos e aos ouvidos do cliente.

il

Tudo isso ornando corretamente trata-se

as

do visual merchandising (VM).

A especialista em futuro do varejo e
Br

fundadora da Vimer Retail Experience,

Camila Salek, alerta que muitas marcas
estão perdendo ao tratar a loja física ape-
nas como um estoque de produtos. “Os
varejistas precisam, definitivamente, con-
siderar fatores além das vendas por metro
quadrado para medir o real valor de ter
uma loja física. Diante da transformação
digital, o varejo físico deve ser considera-
do um espaço de experiência”, pontua.
Nesse sentido, encarar o papel estraté-
gico do visual merchandising é, segundo
ela, uma tacada certeira para obter resul-
tados. “Visual merchandising não é vitrine
ou loja bonita. Ele é um aliado comercial,
uma ferramenta de marketing que traba-
lha a estratégia de jornada em loja e a re-
lação de engajamento e conversão que a
© MARTIN-DM / ISTOCKPHOTO.COM

marca estabelece com o consumidor por

meio de todos os pontos de contato, expo-
sição de produto e diálogo”, explica Camila.
Segundo a fundadora e sócia da fran-
quia Santo Santo Santo, especializada em
artigos religiosos para presentes e decora-

61
NO NEGÓCIO
ções, Ana Paula Ribeiro Cury, ao destacar
as características de uma loja, você atin-
ge o objetivo principal de envolver e mo-
tivar o cliente a fazer uma compra.
De acordo com ela, o objetivo do visu-
al merchandising, inclusive, é o de criar
uma atmosfera na qual o cliente consiga
visualizar o que ele vem procurar, facili-
tando a escolha e a compra.
A empresária pontua que esse traba-
lho é determinante para fortalecer a ima-
gem da marca no mercado. “O consumi-
dor muitas vezes escolhe aquele espaço
por ser único e atraente aos olhos, conse-
quentemente já ganha um status diferen-
ciado em comparação a outros lojistas
do mesmo segmento. O visual merchan-
dising é importante não somente por im-
pactar a decisão de compra, mas tam-
bém a fidelização desse cliente, o que, é
claro, cria uma conexão direta com o fa-
turamento das lojas”, diz Ana Paula.
62
© ÍCARO TORRES
SAIBA MAIS
FOCO NA
ILUMINAÇÃO
Usar painéis de LED para
comunicação visual em lojas
não é mais uma tendência,
e sim uma realidade. Quem
afirma é o publicitário e
fundador e CEO da The LED,
Richard Albanesi. Dentre
as principais vantagens da
ferramenta, ele destaca:
• Aumento de conexão com
o consumidor de forma
tecnológica e interativa.
• Alto brilho e imagens que
chamam muito a atenção
do público.
s
Para a arquiteta
ta
e especialista
em decoração, • Possibilidade de
cenografia e visual veiculação de
is
merchandising,
Isabela Scaff, diversos conteúdos
ev
depois de analisar concomitantemente.
a pesquisa de
mercado e as • Gestão remota, com
R
tendências, deve-
-se fazer com inclusão e trocas de
il
que os espaços conteúdo em tempo real
criem conexões
as
entre a marca e os ou de forma programada.
clientes/público.
Br
Os painéis de LED chamam
muito mais a atenção
do público do que a
A PRIMEIRA IMPRESSÃO
É A QUE FICA? comunicação estática e ainda
criam maior identificação e
Sim! As lojas físicas atuam como es-
conexão com o consumidor.
paços de conexão entre a marca e o seu
Além disso, a tecnologia
público, existe a humanização dos pro- permite a criação de
dutos, em que o público passa a intera- experiências imersivas para o
gir com a marca por meio de todos os consumidor, transformando
sentidos físicos.  e proporcionando novas
Camila Salek ressalta a importância experiências durante a
de entregar uma boa narrativa para o jornada de compra.
consumidor, utilizando uma comuni-
Hoje os painéis são bastante
cação composta de linguagens diver-
competitivos em relação aos
sas, imersivas e provocantes “Questio-
monitores e até mesmo à
no muitas marcas se estão mensuran-
mídia estática, pois, além de
do o impacto de 15 segundos quando
aumentar a visibilidade dos
o consumidor passa na frente de uma produtos e das promoções,
vitrine da mesma forma que levantam permitem a exploração de
o retorno de anúncios de 15 segundos publicidade dentro do PDV,
no YouTube. Não basta a marca inves- criando fontes de receita
tir em anúncios em veículos de mídia para o empresário.
como TV ou jornal, além de fazer um
trabalho relevante nas redes sociais, se
 a loja física, que é o ponto de contato di-
reto de grande proximidade do consumi-
dor, não verifica o que é reverberado nes-
ses canais de comunicação. A integração
é fundamental!”, reflete.
A arquiteta e especialista em decora-
ção, cenografia e visual merchandising
Isabela Scaff ensina que para criar essa
primeira impressão é preciso relacionar o
posicionamento da marca e o objetivo co-
mercial. “Outro ponto é o processo criati-
vo, depois de analisar a pesquisa de mer-
cado e as tendências, deve-se fazer com
que os espaços criem conexões entre a
marca e os clientes/público por meio de
experiências em que todos os elementos
de comunicação ou cenográficos dialo-
guem e despertem sentidos que engajem
o consumidor”, complementa.
Segundo ela, as lojas físicas são fun-
damentais para a construção da conexão
entre marca e consumidor. “Mas é impor-
tante frisar que devemos colocar isso em
prática quando fazemos o estudo da mar-
ca: analisar briefing, posicionamento de
marca, objetivos comerciais, público-al-
“O visual
vo, tendências, conceito estratégico, con- merchandising
ceito criativo. Tudo isso varia de acordo
com o perfil de cada marca e seus desa- é importante
fios”, explica Isabella. não somente
EXPERIÊNCIA DE COMPRA por impactar
Por meio do apelo sensorial e emocio- a decisão de
nal, espaços físicos se tornam fonte de ex-
ploração, inspiração e autodescoberta. Na compra, mas
visão da fundadora da Vimer, o varejo tem também a
s
grande potencial ao trabalhar projetos de
fidelização
ta
loja que buscam um visual merchandising
desse cliente”
is
ev

ANA PAULA RIBEIRO

CURY, FUNDADORA E
R

SÓCIA DA FRANQUIA
SANTO SANTO SANTO
il
as
Br
© DIVULGAÇÃO / SANTO SANTO SANTO

63
NO NEGÓCIO
mais experiencial, imersivo e divertido. “O
apelo visual, somado aos demais sentidos,
cresce em um mundo que aprendeu a vi-
ver na base do ‘low touch’”.
Por esse motivo, um dos principais di-
ferenciais do VM é a experiência do clien-
te, uma vez que, quando a loja faz algo
intencional, as chances de proporcionar
inspiração para o consumidor é maior,
pois você está ajudando-o a utilizar aque-
la peça da melhor forma possível e pro-
porcionando-lhe experiências memorá-
veis ao mesmo tempo que dispõe de mais
possibilidades de conversão de venda pa-
ra a sua loja. “Resumindo, o cliente pode
se sentir inspirado e instigado a comprar,
porque para ele trata-se de uma grande
possibilidade. O consumidor tende a ver
isso de forma positiva, quando há certo
cuidado e preocupação com ele, princi-
palmente quando o VM é feito de manei-
ra estratégica e assertiva”, explica o CEO
da Showkase – plataforma de Social Com-
merce que vem auxiliando PMEs, grandes
players do mercado nacional e franquias a
transformar seus vendedores em consul-
tores –, Jefferson Araújo.
Br
O CEO diz que, ao pensar em VM, sem-
pre se deve colocar peças próximas que
combinem para, primeiro, fornecer
expertise àquele cliente, para que ele
não fique em dúvida se leva aquele
item ou não, pois você demonstra
que aquela peça é fácil de combi-
nar. Além disso, muitas vezes, fo-
menta-se a possibilidade de uma
venda complementar, ou seja, de
fornecer o look completo. “Isso
vale para qualquer área, afinal,
às vezes, estamos montando um
VM da loja completa, o que re-
quer uma estratégia de sepa-
ração por cor, tipo de tecido,
coleção etc. Tudo isso influen-
ciará a experiência de compra
do cliente”, conclui.
NA PRÁTICA
O visual merchandising da
Lebriju virou uma identidade
forte e característica da marca,
64
“Sempre por ser totalmente diferente do mercado.
pensar nas A estratégia de VM da marca primou por
oferecer o seu portfólio de produtos, ex-
possibilidades a postos por cores. Cada área da loja explo-
serem oferecidas ra uma cor específica, agrupando cores e
categorias de produtos, como colar, brin-
para o cliente cos, pulseiras etc. “Esta estratégia garantiu
que tenham às nossas clientes a facilidade de escolha
do produto, dentro do universo da cor que
conexão com a mais lhes agrada, além de facilitar a busca
sua respectiva de modelos que se complementem e for-
mem um look completo dentro da família
proposta de de cores e fazendo um cross com as outras
venda” cores”, explica o diretor de marketing da Le
Briju, Evandro Madeira.
EVANDRO MADEIRA, A estratégia foi definida de uma ma-
DIRETOR DE MARKETING neira simples, ordenada e orientada pa-
s
DA LE BRIJU
ta ra a escolha de produtos, de forma próxi-
ma, amigável, aconchegante, deixando a
is
cliente totalmente confortável e à vontade
para escolher suas peças. “Esta estratégia
ev
buscou, ainda, ter um modo organizado e
planejado de demonstração de peças. Sem
R
isso, provavelmente tal estratégia conota-
il
ria negativamente, podendo ser interpre-
as
tada como desorganizada e confusa. Mas,
dessa forma, o efeito é totalmente inverso,
ele passa a sensação de variedade, com or-
ganização e sistema de exposição bem
definidos e organizados”, explica
Madeira.
Ainda de acordo com ele,
quando a marca organizou o
VM, precisaram pensar em es-
tratégias que, de fato, fizessem
sentido para o consumidor.
“Por exemplo, em uma vitrine
atrativa, a estratégia que deve
ser utilizada é sempre colo-
car uma coleção nova, unir
a peça que você quer ven-
der com acessórios, ou seja,
sempre pensar nas possibi-
lidades a serem oferecidas
para o cliente que tenham
conexão com a sua res-
pectiva proposta de venda”,
JU
RI
EB
afirma.
/L
O
ÇÃ
Isso significa que se você
GA
L
VU
vende vestido de festa, por exem-
DI
©
plo, e também possui acessórios dis-

NA PRÁTICA!
4 DICAS PARA
INOVAR E ACERTAR
EM CHEIO NA
HORA DO VISUAL
MERCHANDISING
1  O varejo é um centro de conexão
e experiência entre marcas e
consumidores. Uma verdadeira
conexão conecta comunidades e
precisa utilizar sua presença em
canais físicos e digitais para dialogar
com os consumidores. Entender que
o varejo é reflexo de determinada
comunidade é o primeiro passo para
traçar uma boa estratégia de varejo.
2  Em relação à boa experiência
do consumidor, apesar da
tecnologia estar cada vez mais
presente na vida das pessoas, nem
sempre é preciso aliar uma à outra.
O mindset digital aplicado na loja
tem início muito antes de abordar
a aplicação de novas tecnologias
nas jornadas de consumo.
Antes de pensar na tecnologia
envolvida, o foco é a experiência
que está sendo ofertada. Depois
exploramos a tecnologia como um
meio para essa entrega.
3  As ativações também devem
conquistar o público e, para
poníveis na loja, muitas vezes o clien-
te tem uma certa dificuldade em vi-
CAMILA SALEK, sualizar qual objeto mais combina
especialista em
futuro do varejo com aquela peça. Porém, quando vo-
e fundadora da cê monta um conjunto completo, isto
Vimer Retail
Experience, é, próximo a um sapato, uma bolsa e
lembra que visual acessórios, a chance de ele olhar, ins-
merchandising não
é só vitrine ou loja pirar-se e comprar o look completo é
bonita: “Ele é um
aliado comercial,
muito maior.
uma ferramenta
de marketing
que trabalha a VM SOCIAL E AMBIENTAL
estratégia de A especialista em futuro do varejo
jornada em loja
e a relação de Camila Salek considera que o visual
engajamento e merchandising é a força das ativações
conversão que a
marca estabelece em lojas físicas com o foco voltado
com o consumidor”
para a sustentabilidade. Temas co-
mo inclusão, diversidade, reúso, reci-
s
ta clagem, matéria-prima, entre outros,
isso, é essencial trabalhar de
entram na pauta desse contexto.
is
forma inteligente a construção do Um dos clientes da Vimer, que en-
relacionamento com seus clientes. tende o potencial disso é a Natura. Se-
ev
Um pilar importante dessa jornada
é o preparo da equipe de vendas.
gundo Camila, ao criar uma campa-
nha que trabalha o conceito “Trans-
R
Não adianta o varejo trabalhar borde Amazônia”, junto aos produtos
canais digitais e off-line, mas não dar
il
da marca Ekos, que envolvem mais
as
oportunidade para sua equipe atuar.
de 8 mil famílias no processo produ-
A loja precisa dar ferramentas para tivo e contribuem para a conservação
Br
profissionais de vendas exercerem de mais de 2 milhões de hectares de
a escuta ativa, empatia, oferecendo
floresta, é destacada a vida pulsante
um atendimento personalizado para
da Amazônia e a potência regenerati-
construir o relacionamento com o
va do ciclo da matéria-prima.
consumidor. A equipe de vendas é
Para inserir essa campanha na lo-
fundamental.
ja física da Natura da rua Oscar Frei-
4  Outro pilar é entregar uma boa
narrativa para o consumidor,
por meio de uma comunicação
re, em São Paulo, a Vimer literalmen-
te levou um pedaço da floresta para
dentro do espaço, construindo uma
composta de linguagens diversas, cenografia de impacto, com mate-
imersivas e provocantes. Será que
riais naturais e sustentáveis. “Cria-
as marcas estão mensurando o mos uma cenografia que carrega sig-
impacto de 15 segundos que o
nificado por meio do visual, capaz de
consumidor passa na frente de
entregar rapidamente a mensagem
uma vitrine da mesma forma que
central da marca”, ressalta Camila.
levantam o retorno de anúncios de
Na visão profissional, iniciativas
15 segundos no Youtube? Não basta
como essa permitem que o consumi-
a marca investir em anúncios em
veículos de mídia como TV ou jornal,
dor da empresa não somente conhe-
além de fazer um trabalho relevante ça, como também aprenda com o dis-
nas redes sociais, se a loja física, que curso da marca. “A cada lançamento
é um ponto de contato direto de de produto ou novo ciclo da Natura,
grande proximidade do consumidor, criamos narrativas completas para as
não tangibiliza o que é reverberado lojas, para envolver o consumidor nas
nesses canais de comunicação. missões da marca”, finaliza.
Fonte: Camila Salek 65
TENDÊNCIA

TODOS
OS OLHOS is
ta
s
NELES
ev
R
il
as
Br

66
 SHOPPER

RESPONSÁVEIS PELA
N
ão muito tempo atrás, os concei-
tos de shopper e consumidor se
LOGÍSTICA DE COMPRA, misturavam e a jornada de com-
pras era simplificada e pouco estratégica.
SHOPPERS SÃO A PEÇA A ideia que se tinha era de que a pessoa

s
ta que comprava era quem consumia, mas,
PRINCIPAL PARA SEU NEGÓCIO. cada vez mais, entender o papel de ca-
is
da um é o que tem garantido o sucesso
SAIBA IDENTIFICÁ-LOS na hora da venda, tanto no mundo físico
ev

quanto no mundo digital, principalmente

nos pequenos negócios.
R

A melhor e mais simples definição é de

il

TEXTO DE FLÁVIA SANTUCCI que shopper é a pessoa responsável pela

as

logística de compra e consumidor é quem

vai consumir o produto. Essa diferença fi-
Br

ca ainda mais evidente quando desenha-

mos a jornada de compras. Independen-
temente do segmento em questão, todo
negócio precisa ter uma. “A característica
principal de um shopper é ser o tomador
© HRY

de decisão da compra. Quando vou ao

SHCHYS

petshop, por exemplo, eu sou o decisor da

HEN SE

compra de ração, mas o consumidor será

RHII / SH

meu cãozinho. Quando um pai vai à loja

U

de brinquedos e compra um [brinquedo]

TTERST

para seu filho, o pai é o decisor da com-

OCK.C

pra, mas o consumidor final é o influen-

OM

ciador da compra”, explica o consultor, es-

pecialista em treinamento de performan-
ce em vendas Claudio Zanutim.
Entre shopper e consumidor, ainda há
um terceiro comportamento que deve ser
levado em consideração, que é o clien-
te propriamente dito. Segundo a CEO da

67
TENDÊNCIA

Standout, Andréa Miranda, é ele o res-
ponsável pela recorrência de compra.
“O cliente é o consumidor habitual. Por
exemplo, a pessoa que utiliza sempre a
mesma marca de creme dental é cliente
daquela marca. Quem faz suas compras
de eletrônicos sempre na mesma loja, é
um cliente daquele varejo”, explica.
Por que os três são igualmente im-
portantes? Porque entender o compor-
tamento de todos eles vai beneficiar o
empreendedor tanto em uma compra no
PDV quanto em uma compra no e-com-
merce ou em aplicativo.
DIFERENTES TIPOS DE SHOPPER
Ainda segundo Andréa, assim como
existem diferentes tipos de pessoas, exis-
tem diferentes tipos de shopper e cada
um deles merece atenção especial do pe-
queno empreendedor.
“No varejo de
mais embasada e chegar à loja física ou di-
gital mais bem informada que uma pessoa
brinquedo, você
de perfil menos precavido e que queira co- tem um shopper
nhecer cada detalhe em particular direta-
mente na loja. Em outro aspecto, ela diz, o
conhecidíssimo,
mesmo shopper pode ter comportamentos que são os avós.
diferentes em momentos diferentes da jor-
nada de compra. “Comumente o marke-
Eles são os
ting descreve esses momentos do funil co- compradores,
mo descoberta, reconhecimento, conside-
ração e decisão de compra. Hoje se inclui mas, no final das
algumas vezes também o relacionamento contas, quem
de pós-compra nessa lista”, afirma Andréa.
vai consumir o
E OS PEQUENOS
EMPREENDEDORES COM ISSO?
produto final é
Uma das grandes mudanças que o e- o neto, e o que
s eles estão indo
-commerce trouxe para as pequenas em-
ta
presas, ainda segundo Andréa Miranda,
comprar é o
is
foi que, com acesso aos Correios, todo
mundo pode vender para todo mundo. brilho nos olhos
ev

Uma pessoa de perfil mais metódico, A experiência de compra atualmente

por exemplo, pode ter feito uma pesquisa não se restringe a gôndolas de supermer- dos netos”
R

ANA PAULA TOZZI, CEO

il

DA AGR CONSULTORES
as
© ARQUIVO PESSOAL

Br

© DIVULGAÇÃO / AGR

O consultor
e facilitador
corporativo
RENATO
MARTINELLI
diz que é
possível separar
shoppers em
vários tipos, de
desagradáveis
a indecisos.

68
 SAIBA MAIS

QUE SHOPPER
cados, assim o pequeno empreendedor se mento da compra, inclusive no pós, é ne- COMPRA COM
beneficia se tiver um produto de qualida- cessário recorrer a estratégias nas cam- VOCÊ?
de. “É importante que cada empresa, além panhas e no atendimento”, relata.
DESAGRADÁVEIS: Têm um
de ter uma ótima reputação e preços com-
comportamento mais pergun-
petitivos, trabalhe para apresentar uma ENTENDENDO O SHOPPER
tador, conservador, insultante
boa exposição do seu produto, garantin- Como o poder de compra, na maio-
e descrente. Como agir: Lide
do boas imagens, disponibilidade e uma ria das vezes, está nas mãos do shopper,
com ele mostrando conhe-
excelente comunicação no ponto de ven- entender o que passa pela cabeça dele é
cimento do produto, muita
das, capaz de sanar as dúvidas do shopper estar um passo à frente na tentativa de cortesia, não entrando no jogo
e contribuir para a maturação do relacio- conquistá-lo. A CEO da AGR Consulto- dele e agindo com sinceridade
namento com o consumidor, transfor- res, Ana Paula Tozzi, diz que o compor- e controle emocional.
mando-o, quem sabe, em cliente fiel”, diz tamento de compra deve ser levado em
a CEO da Standout. consideração. “A gente, no varejo, enten- SILENCIOSOS: Comportam-
-se demonstrando não ter co-
O sócio-diretor do GSPP, empresa espe- de o perfil do shopper e tem de abastecer
nhecimento, parecem infelizes
cializada em franquias, Umberto Papera Fi- a indústria, porque a indústria, muitas
e pensativos, sem conversar
lho, diz que ganha o pequeno negócio que vezes, está longe desse perfil compara-
muito. Como agir: Fazendo per-
souber levar em consideração o público-al- do entre shopper e consumidor. O pri-
guntas abertas e com conside-

s
vo e a persona definida pela marca. “Ambos meiro passo é entender as jornadas de
ta ração e cortesia.
são clientes das marcas (independente- consumo que existem dentro do seu va-
EXPERIMENTADORES: Barga-
is
mente de pequenas ou grandes empresas), rejo. No varejo de brinquedo, você tem
já que o shopper pode ser o consumidor e, um shopper conhecidíssimo, que são os nhadores, muito críticos, agem
ev

por vezes, o consumidor também ser o sho- avós. Eles são os compradores, mas, no com indiferença e são silencio-
pper. Para que fiquem satisfeitos no mo- final das contas, quem vai consumir o sos. Como agir: Trabalhar com
R

muito conhecimento, sabendo

rebater e receber as críticas,
il

com muito tato, perseverança e

as
© LUCIANO ALVES

convicção.
Br

INDECISOS: Apresentam
“O cliente é o comportamentos apreensivos,
querem falar sobre os assun-
consumidor tos e são receosos e inseguros.
habitual. Por Como agir: Com moderação,
calma e cortesia. Além disso, ser
exemplo, a pessoa capaz de mencionar o que ou-
que utiliza sempre tros usam e confirmar a opinião
dele para vender mais e melhor.
a mesma marca OS QUE TÊM BOM SENSO: São
de creme dental agradáveis e inteligentes. Como
agir: Fazendo o que eles espe-
é cliente daquela ram, servindo-os na solução de
marca. Quem faz problemas com muita cortesia,
atenção e consideração.
suas compras DEPENDENTES: São indecisos,
de eletrônicos infantos nas atitudes, de outras
culturas e, muitas vezes, de
sempre na mesma idade avançada. Como agir:
loja, é um cliente Com gentileza e simpatia, além
de firmeza e um posicionamen-
daquele varejo” to assertivo. É preciso ajudá-los
ANDRÉA MIRANDA, CEO a encontrar o caminho.
DA STANDOUT Fonte: Claudio Zanutim, consultor.

69
TENDÊNCIA
© ARQUIVO PESSOAL
Br
produto final é o neto, e o que eles estão
indo comprar é o brilho nos olhos dos ne-
tos”, ela esclarece.
Segundo o consultor e facilitador cor-
porativo Renato Martinelli, é possível se-
parar shoppers em vários tipos, de desa-
gradáveis a indecisos: “alguns shoppers
são nervosos, agem com impaciência, in-
justiça, raiva e inquietude. Nesses casos é
preciso se manter calmo e paciente, con-
siderar várias possibilidades e não entrar
no jogo psicológico dele”.
ME CHAMA QUE EU VOU
Chamar a atenção do consumidor pa-
ra a compra não é tarefa difícil, mas é cla-
ro que é preciso perspicácia. A ferramen-
ta mais efetiva é a comunicação.
Chamar realmente a atenção para o
seu produto só é possível quando se faz
uma análise rigorosa dessa comunicação
70
“A característica
© MIAKIEVY / ISTOCKPHOTO.COM
principal de
um shopper é
ser o tomador
de decisão da
compra. Quando
vou ao petshop,
por exemplo, eu
sou o decisor
da compra de
ração, mas o
s
ta
consumidor será FIQUE POR DENTRO
is
meu cãozinho” E O CONSUMIDOR?
ev
CLAUDIO ZANUTIM,
Também há diferentes tipos de
R
CONSULTOR, consumidor e é possível entender
ESPECIALISTA EM cada um deles, ajudando, assim, a
il
TREINAMENTO DE
as
impulsionar o seu negócio.
PERFORMANCE EM
VENDAS Consumidor 1.0: Prático e direto.
Consumidor 2.0: De um processo
simples, de um para um, o mercado
se expandiu para mais opções para
diante das respostas e dos comporta- o consumidor e concorrência para
mentos desse shopper ou consumidor. o vendedor.
Andréa da Standout explica que deve
existir uma busca incansável para en- Consumidor 3.0: Com a internet
e outras tecnologias se tornando
tender seus perfis, testar qual a me-
mais acessíveis, passou a estar
lhor abordagem, em que momento, e,
presente na internet e acaba
a partir disso, ir afinando o discurso de
procurando produtos e serviços
cada momento.
por ali.
Para Papera, é importante propor-
cionar uma experiência de compra Consumidor 4.0: Demanda
inesquecível – da loja física à virtual. personalização e serviço
“O shopper, como está presente no humanizado.
ato da compra, valoriza a experiência Consumidor 5.0: Nasceu em um
de compra como um todo, por exem- mundo conectado. A geração dos
plo, as opções disponíveis e o valor do nativos digitais já domina as novas
item. Já o consumidor está focado em tecnologias, do smartphone às
aspectos como funcionalidade, dura- plataformas de venda on-line. A
bilidade, aparência, cheiro, gosto a de- internet não é só fonte de pesquisa,
pender do produto. Mas lembre-se de mas o meio de compra de produtos
que o shopper pode exercer também o e serviços.
papel de consumidor”, declara. Fonte: Renato Martinelli, consultor e facilitador corporativo.
 © DIVULGAÇÃO / SEBRAE/SP
CONVERSA AFINADA POR RAFAEL SOUZA

Qual é o amendoim
do seu negócio?
“QUANDO VOCÊ

S FAZ MARKETING
abe quando você vai ao bar e
pede cerveja e de “brinde” vem
o amendoim? Você pode achar
que é apenas um agrado e ficar feliz,
afinal quem não gosta de ganhar al-
go? Mas o amendoim é estratégico:
além de lhe agradar, é muito provável
que, quanto mais você comê-lo, mais
sentirá sede e, consequentemente,
pedirá mais cervejas.
Quando você faz marketing do seu
Você deve estar pensando agora: “já en-
tendi sobre a analogia do amendoim e a
importância de gerar desejo nos clien- DO SEU NEGÓCIO,
tes, mas como faço isso na prática?”.
Boa pergunta! Existe uma infinidade de SEJA DE FORMA
formas para gerar desejo nos clientes,
mas, para que você não fique restri-
ON-LINE OU OFF-
s
to somente às cinco dicas que darei a -LINE, O PRINCIPAL
ta
seguir, tenha em mente aquilo que é es-
OBJETIVO É GERAR
is
sencial para fazer um marketing eficaz:
• Conhecer muito bem o perfil, as
DESEJO EM SEUS
ev

negócio, seja de forma on-line ou off- necessidades, as dores e os desejos

CLIENTES PARA
R

-line, o principal objetivo é gerar desejo de seus clientes, além de ter muita
em seus clientes para que eles quei- empatia por eles.
QUE ELES QUEIRAM
il

ram comprar o seu produto e tenham a • Saber quem são seus concorrentes
as

sensação de que não podem viver sem

aquilo que você vende.
e seus principais diferenciais.
• Utilizar muito a criatividade para
COMPRAR O
SEU PRODUTO
Br

Mas, falando em desejo, você sabe qual
a diferença dele para necessidade?
Esta última é essencial em nossa vida,
por exemplo, a necessidade de ir e vir.
Já o desejo é a forma que escolhemos
para ir e vir, pode ser a pé, de bicicleta,
moto, carro, entre outros.
Ainda utilizando o exemplo acima: se
você vende bicicleta, o papel do marke-
ting da sua empresa será gerar dese-
jo nas pessoas de modo a posicionar o
seu produto como melhor opção, seja
pelo preço baixo, porque faz bem à saú-
de, por não ficar preso no trânsito etc.
Existem várias formas de gerar dese-
jo em relação a um produto ou serviço,
tais como: pelo fato de reduzir/sanar
uma dor do cliente (ex.: reduzir gastos
de tempo), por gerar ganhos (ex.: pro-
dutividade), reforçar posição social (ex.:
produtos premium).
inovar, não somente no marketing
da sua empresa, mas, também, em
produtos, processos, modelo de
gestão e tecnologia.
Agora vamos às cinco dicas práticas
que você pode utilizar para gerar desejo
em seus clientes:
1. Ofereça um e-book, uma ferra-
menta ou um vídeo que desperte
o interesse e o desejo do poten-
cial cliente de querer comprar
seu produto/serviço.
2. Permita que seu potencial cliente
possa degustar um pouco do seu
produto/serviço; isso deixa aquele
gostinho de quero mais.
3. Apresente um case de sucesso
que você atendeu e que inspire
seu potencial cliente a querer o
mesmo resultado.
E TENHAM A
SENSAÇÃO DE QUE
NÃO PODEM VIVER
SEM AQUILO QUE
VOCÊ VENDE”
4. Ofereça algum tipo de autodiagnós-
tico gratuito ao seu potencial clien-
te que destaque o quanto ele pode
evoluir com o seu produto/serviço.
5. Permita que as pessoas acompa-
nhem os bastidores da sua empresa,
isso favorece para que seus clien-
tes aprendam sobre o seu negócio e
sintam-se mais envolvidos.

RAFAEL SOUZA É CONSULTOR DE NEGÓCIOS DO SEBRAE-SP.

71
FRANQUIA

s
ta
is
ev
R
il
as
Br

UNIDOS SOMOS
MAIS FORTE
CONSIDERADO O PRINCIPAL ENCONTRO BRASILEIRO DE
LIDERANÇAS DO SETOR DE FRANQUIAS, A 20ª CONVENÇÃO
DA ABF DE 2022 COMEMORA AS REALIZAÇÕES DOS ÚLTIMOS
ANOS, APRESENTA OS NÚMEROS E AS PERSPECTIVAS, ALÉM
DE DISCUTIR AS PRINCIPAIS MUDANÇAS PARA O MERCADO

72
 CONVENÇÃO ABF

TEXTO DE JULIANA KLEIN

N
os últimos 20 anos, o franchising
tornou-se uma enorme rede de dis-
tribuição de produtos e serviços pa-
ra o mercado. Nesse tempo todo, ele ganhou
forma e, especialmente, essência. Mas, afinal
de contas, do que se trata essa essência?
Essência do franchising é aquele olho

s
ta no olho. É empatia, é se colocar no lugar do
outro, é generosidade, espírito colaborativo
is
dentro das redes. É ter valores, visões e mis-
sões muito alinhados entre o franqueador
ev

e os franqueados. A essência do franchsing

passa por um ecossistema equilibrado em
R

que as pessoas se sentem felizes de parti-

il

cipar de uma rede. E é isso que as inspira a

as

crescer e a se tornar gigantes.

Foi com essas palavras que o presiden-
Br

te da Associação Brasileira de Franchising

(ABF), André Friedheim, deu início à 20ª
Convenção no último outubro. Ela havia si-
do realizada pela última vez em 2019, devido
à pandemia da covid-19.
O evento aconteceu, como nas últimas
edições, no Hotel Transamérica da Ilha de
Comandatuba, na Bahia, e contou com a
presença de 830 pessoas entre franqueado-
res, franqueados, parceiros e fornecedores
do setor. Havia 586 congressistas, 266 partici-
pantes pela primeira vez, 246 empresas ins-
critas e 157 marcas franqueadoras, sendo 28
delas da lista das 100 maiores redes do Brasil.
Em seu discurso de abertura, Friedheim
comemorou ainda a posição da ABF como
a segunda maior Associação de Franquias
do mundo, sendo a voz oficial e a maior re-
presentante do franchising brasileiro em
todas as esferas, tanto nacional quanto in-
ternacional. “Eu tenho muito orgulho dessa
© MARCELU YETA

posição. E acho que conseguimos isso pelo

trabalho que fizemos aqui na ABF. Não é um

73
FRANQUIA

Durante o
evento, a
ABF realizou
também as
famosas mesas-
-redondas, para
promover a
integração dos
congressistas
na discussão de
temas como:
boas práticas
do uso das
plataformas de
ensino remoto X
territorialidade;
como ajudar o
seu franqueado
na captação
de leads; como
driblar as altas
de custos
operacionai;
entre outros.

© KEINY ANDRADE
s
ta
is
ev
R
il
as

trabalho meu, mas de toda a nossa comu- res muito mais qualificados, infiéis e com
nidade, pelo reconhecimento que a ABF muito mais oportunidades de produtos
Br

tem na sua governança, na sua forma de e serviços. “Esses consumidores estão se

trabalhar e incluir a todos.”
Em 2022, André Friedheim completou
o seu segundo mandato à frente da ABF, e
a partir do próximo ano ele passará a ser
membro do Conselho. O atual vice-presi-
dente da ABF, Tom Moreira Leite, assumi-
rá o cargo da presidência.
CONTEÚDO DE PESO
O slogan criado para essa edição foi:
“Há 20 anos transformando os rumos do
franchising brasileiro”. E com essa prer-
rogativa, a ABF levou para o evento uma
programação recheada de conteúdos en-
riquecedores e que nortearam os partici-
pantes para os próximos meses do merca-
do. “Nós vamos discutir aqui o franchising
no futuro, com debates e convidados incrí-
veis. Serão quatro dias para refletirmos o
que vai ser do franchising lá na frente”, afir-
mou na ocasião o presidente da ABF.
Segundo ele, algumas coisas vão mu-
dar no mercado, vamos ter consumido-
tornando multicanais, são consumido-
res que procuram novas experiências nos
pontos de venda, mas que querem deixar
um legado, pois estão preocupados com
questões sociais. Então, teremos consumi-
dores diferentes do que tivemos nesses úl-
timos 20 anos”, alertou.
Durante os painéis “Grande Debate do
Franchising”, que ocorreram nos dias do
evento, representantes de marcas famosas
subiram ao palco para debaterem temas
como o futuro do mercado food service Tom Moreira
Leite, que
nos próximos anos, governança corporati- assumirá
va, sucessão familiar, inovação, home offi- o cargo da
presidência da
ce, sustentabilidade e muito mais. ABF em 2023.
Entre eles estavam a CEO do Grupo
CRM, detentor das marcas Kopenhagen,
Chocolates Brasil Cacau e Kop Koffee, Re-
nata Vichi; o presidente do Conselho da
ABF e CEO do Grupo BFFC, que integra o
Bob’s, Yoggi, Pizza Hut e KFC, Ricardo Bo-
meny; o CEO da Usaflex, Sérgio Bocayuva;
o CEO e fundador do Grupo SMZTO, Jo-

74
 Cristina Franco,
conselheira da ABF.
FATURAMENTO
DO FRANCHISING
EM 2022 R$ em milhões
EXPO ABF
Em paralelo SEGMENTO 2022
aos debates
Alimentação - Comércio e Distribuição 5.328
e às palestras
que estavam Alimentação - Food service 15.950
acontecendo na 20ª
Casa e Construção 6.979
Convenção, cerca
de 31 expositores Comunicação, Informática e Eletrônicos 3.002
estavam presentes
na ocasião em uma HOMENAGENS Entretenimento e Lazer 1.048
microfeira, expondo Na 20ª Convenção, foram Hotelaria e Turismo 4.306
suas soluções e homenageados os novos Limpeza e Conservação 795
ferramentas para integrantes do Hall da Fama
o mercado de do Franchising. São eles: Moda 9.770
franchising. Desde Cristina Franco (conselheira Saúde, Beleza e Bem-Estar 21.260
fornecedores da ABF), o Franqueador
de soluções em do Ano de 2020 (CNA, Serviços automotivos 3.561
localização de representado por Décio Serviços e outros negócios 13.699
franquias, como Pecin) e o Franqueador
a Geofusion, até do Ano de 2022 (Jin Jin, Serviços educacionais 5.733
treinamento representado por Jae Ho Lee).

s
TOTAL 91.432
corporativo da ta
Scaffold e soluções
is
de impressão e
customização da sé Carlos Semenzato; o CEO da RE/MAX NÚMEROS E PERSPECTIVAS
ev

Alphagraphics. no Brasil, Peixoto Accyoli; o presidente Na coletiva de imprensa, alguns repre-

da Divisão Brasil da Arcos Dourados, do sentantes da ABF apresentaram os últi-
R

McDonald’s, Rogério Barreira; a diretora mos dados de desempenho do mercado

il

do Grupo Hope, Sandra Chayo; o funda- em 2022 e fizeram projeções para o próxi-
as

dor da Chilli Beans, Caito Maia; e o CEO mo ano. Segundo o estudo divulgado, o fa-
da Cia. Hering, Thiago Hering. turamento do primeiro semestre do setor
Br

Acompanhe os conteúdos debatidos de franchising chegou a R$91,43 milhões,

por esses profissionais nas próximas edi-
ções da revista Gestão & Negócios.
Nas palestras, estiveram presentes
profissionais como o economista e cien-
tista social Eduardo Gianetti; a SDG Pio-
neer pelo Pacto Global da ONU e espe-
cialista em Sustentabilidade, Sônia Con-
siglio; o sócio-diretor da Unimark e es-
© KEINY ANDRADE
12,9% superior ao de 2021, que atingiu
R$81,02 milhões no mesmo período.
Em relação à geração de empregos
dentro do setor, em 2022 foram registra-
dos mais de 1,45 milhão de empregos,
ou seja, 12,5% superior ao ano anterior,
quando chegou a 1,29 milhão de pessoas
empregadas. De acordo com a ABF, esse

pecialista em inovação e transformação número supera os índices nacionais.

digital, Walter Longo; e o médico, escritor
e apresentador de quadros do Fantástico
da TV Globo, Dráuzio Varela. Eles abor-
daram temas como o cenário econômico
e político para o próximo ano, a estratégia
inadiável da sustentabilidade, o metaver-
so e as pequenas empresas e as mudan-
ças no comportamento humano.
As mesas-redondas, realizadas no pri-
meiro dia com a participação de fran-
queadoras, franqueados e outros parcei-
© KEINY ANDRADE
Já em relação às cidades com maior
abertura de unidades, das 30 maiores ci-
dades, 12 não são capitais, apresentando
ainda um crescimento 4% superior às ca-
pitais, o que demonstra uma tendência
de interiorização. Além disso, a expan-
são agora parece ocorrer também fora do
eixo Rio-São Paulo. Isso porque, entre as
cidades que mais abriram franquias, Ma-
naus se destaca em primeiro lugar com
35,1% (1.629 unidades), Cuiabá em se-

ros, além de discutir temas relevantes do gundo com 31,7% (1.106 unidades) e
franchising, promoveram integração e ne- Belo Horizonte em terceiro com 30,9%
tworking entre os que estavam presentes. (4.497 unidades).

75
FRANQUIA
RANKING DAS 30 CIDADES QUE
MAIS CRESCERAM EM 2022
1º Semestre
2022 Cidades Variação %
de 2022
O presidente da ABF, André Friedheim,
1º Manaus 1.629 35,1%
diz que é a primeira vez que Manaus apa-
rece como a capital com maior crescimen- 2º Cuiabá 1.106 31,7%
to em número de unidades. “Isso nunca ti- 3º Belo Horizonte 4.497 30,9%
nha acontecido e nós creditamos esse fato 4º São José do Rio Preto 1.363 30,6%
à retomada de setores como hotelaria e tu-
5º Santo André 1.303 27,7%
rismo, que é um dos segmentos que estão
crescendo muito no Norte do País. 6º Curitiba 3.913 27,2%
Entre os fatores mais relevantes para o 7º Florianópolis 1.289 25,6%
crescimento no número de unidades em 8º Salvador 2.672 25,3%
tais cidades, a ABF aponta a questão geral
9º Campo Grande 1.204 25,3%
da recuperação do franchising após dois
anos de pandemia, o fato de o agronegó- 10º Jundiaí 1.002 25,3%
cio estar em alta, além do surgimento de 11º São José dos Campos 1.242 23,3%
novos formatos de franquia, como home 12º Brasília 4.224 22,4%
based, digitais, dark kitchens e microfran-
13º Belém 1.339 22,2%
quias, que dobraram a participação no

s
mercado desde 2020. 14º taSão Paulo 19.898 21,8%
Em relação a esses formatos, Friedheim 15º Recife 2.253 21,8%
is
considera que a própria tecnologia es- 16º Goiânia 2.461 21,1%
tá ajudando a criar novos modelos, dimi-
ev

17º Niterói 1.156 20,9%

nuindo o espaço em loja e trazendo o uso
18º Guarulhos 1.447 20,9%
de novas máquinas e equipamentos. “Es-
R

ses novos formatos vêm para ocupar mer- 19º São Bernardo do Campo 1.264 20,6%
il

cados que até então a gente não ocupava 20º Ribeirão Preto 1.307 20,5%
as

porque pensava que não caberia em uma 21º Porto Alegre 2.562 18,3%
cidade com menos de 2.000 habitantes.
22º Rio de Janeiro 9.677 17,9%
Br

Acabamos com essa história e criamos

modelos e formatos que caibam. É isso 23º Uberlândia 1.107 17,5%
que impulsiona o franchising a continuar 24º Campinas 2.407 17,1%
crescendo e expandindo para essas outras 25º São Luís 1.249 16,9%
regiões do País”, revela.
26º Londrina 971 16,1%
De acordo com as projeções da ABF na
ocasião, a perspectiva para o final de 2022 27º Sorocaba 990 15,3%
ainda é ultrapassar a barreira de R$200 bi- 28º Fortaleza 2.127 14,8%
lhões de faturamento, além da abertura de 29º Maceió 994 13,2%
mais de 3.000 redes, atingindo mais de 180 30º João Pessoa 978 4,0%
mil operações.
Entre os destaques do biênio 2021-2022,
a entidade mostra que várias realizações
foram feitas envolvendo a transformação Força-Tarefa do do World Franchise trutor e um dos membros da ABF, Altino
digital, como parcerias com hubs de ino- Council (WFC), entidade global do se- Cristofoletti Junior, destacou a grande im-
vação, banco de dados imobiliário, digita- tor de franquias, composta de mais de portância da participação da sua marca no
lização de processos da ABF, 50 startups, 40 países membros, e a conquista da evento. “É uma grande oportunidade de vo-
espaço na ABF Expo, comissão temática, sede da Federação Ibero-Americana de cê construir um relacionamento com todas
podcast etc., além das conquistas de defe- Franquias (FIAF), que em 2021 passou as indústrias e segmentos do franchising do
sa e promoção do setor com a redução do a ser no mesmo endereço da ABF. mercado brasileiro. E a Casa do Construtor
ISS em São Paulo, Goiânia, Rio de Janeiro sempre aprendeu muito assistindo aos ou-
e Curitiba, o convênio CAIXA Mais Fran- QUEM ESTEVE POR LÁ tros segmentos, por meio de conversas com
quias, articulação com outras entidades Entre os que estiveram presentes na redes de alimentação, vestuário, moda, be-
(ANR, Abrasel, Abrasce), a presidência da 20ª Convenção, o CEO da Casa do Cons- leza etc. Sem contar o conteúdo, que vai fa-

76
zer a diferença no nosso negócio e até na vi-
da pessoal e profissional”, afirmou.
A Casa do Construtor é uma franquia
que aluga máquinas e equipamentos pa-
ra a construção civil. A marca está pre-
sente no País todo com mais de 520 uni-
dades. Também se encontra no Paraguai
e em dezembro vai abrir sua primeira
unidade no Uruguai.
O vice-presidente comercial da E-
-Dploy – empresa brasileira de tecnologia
especializada no desenvolvimento de solu-
ções para gestão empresarial com foco em
varejo –, Emerson A. Giannini, que partici-
pou pela terceira vez do evento, conside-
rou os conteúdos aprendidos este ano en-
riquecedores. “E com todas essas palestras
a que assistimos, notei que muita coisa
mudou no mercado. Isso tudo que apren-
di aqui serviu para entender o que o nosso
cliente procura, especialmente em relação
à fidelização da marca com ele”, conta.
Há quase 12 anos a iGUi Piscinas tam-
bém participa da Convenção da ABF para
estar por dentro das novidades e dos apren-
Foto Oficial do Evento com todos os participantes.
Br
dizados do setor. Mas, neste ano, a dire-
tora-executiva da empresa, Lilian Mar-
ques, levou mais dois membros da sua
equipe de expansão para que eles pu-
dessem absorver quais são as tendências
e novidades no franchising. “Isso porque
não é só nas palestras que nós aprende-
mos, mas também no networking que fa-
zemos e nas conversas com outras fran-
queadoras, para saber o que está acon-
tecendo. E ainda participar das mesas-
-redondas, que nos ajuda muito a enten-
der o mercado para saber qual o próximo
passo que daremos”, justifica.
Segundo Lilian, a empresa está em
um momento muito importante no
mercado. Hoje ela já atinge o número
s
de 1.200 lojas no mundo, sendo quase
ta
900 só no Brasil.
is
Quem esteve pela primeira vez no
evento e superou as expectativas sobre a
ev
realização foi o CEO da rede Frango no
Pote, Carlos Augusto Junior. “A organiza-
R
ção e a ABF estão de parabéns por esse
il
evento que contou com a presença dos
as
© KEINY ANDRADE
empresários que movimentam nosso País!
Me senti honrado de estar entre todas essas
feras e passar dias de extremo aprendiza-
do. Acreditamos muito em um ecossistema
empreendedor de sucesso; sucesso atrai
sucesso e, por isso, queremos estar em to-
das as próximas edições”, declarou.
ENCERRAMENTO
A noite de encerramento da Conven-
ção foi um momento de grandes emoções,
especialmente para toda a equipe da ABF,
afinal foi a despedida de André Friedheim
como presidente e Ricardo Bomeny como
presidente do conselho.
Após um vídeo de homenagem, Frie-
dheim fez o seu discurso de despedida
mostrando o quanto aprendeu e realizou ao
lado da ABF nesses quatro anos de manda-
to. “Ultrapassamos os R$200 bilhões em fa-
turamento, desenvolvemos novos formatos
e novas práticas de gestão e temos orgulho
de inaugurar 40 novas franquias todos os
dias, 365 dias por ano. Que orgulho de tudo
isso que construímos. E ainda temos muito
a construir, foram só quatro anos dentro de
35 anos de história da ABF”, declarou.
O presidente também deixou claro que
encerra o seu ciclo, mas com grandes apren-
dizados nessa jornada. “Foi uma grande
honra servir a ABF. E agora, uma nova lide-
rança vai levar a ABF ainda mais adiante. Eu
estou muito feliz em passar o meu bastão
para o meu amigo Tom Moreira Leite. Ele
é a pessoa certa para a próxima geração do
franchising brasileiro”, emociona-se.
Tom Leite, que também estava no pal-
co, agradeceu Friedheim pelos anos de
parceria e reforçou o quanto a sua figu-
ra foi importante para a ABF todos esses
anos. “O nosso presidente nunca deixou
de reforçar a nossa potência de agirmos no
ciclo com as crises, como catalisadores da
nossa economia e aumentadores da gera-
ção de emprego e renda. E, através da sua
generosidade, promoveu ao ecossistema
do franchising soluções robustas que nos
permitiu chegar até os dias de hoje. E é por
ele que estamos aqui recuperando os nos-
sos empregos e fortalecendo o nosso seg-
mento”, finaliza.
77
Sinapse.
Franqueado de
alta performance
O
livro traz não só a
visão do autor, como
também de todos
que se relacionaram com ele
nesses quase 30 anos atuando
como franquia e varejo. É um
verdadeiro guia de como
melhorar a performance de cada
operação de franquia e de cada
empreendedor.
Como publicitário,
multifranqueado e
empreendedor, Denis Santini
dedicou-se a uma tarefa
essencial: analisar resultados
de outros franqueados
constantemente como forma
de se aproximar da performance
dos melhores das redes das
Br
quais faz parte. Ele resgata
sua experiência pessoal em
anotações feitas ao longo da
vida, palestras que ministrou,
encontros, lições e ensinamentos
que teve no caminho. De todo
esse conteúdo listou os sete
hábitos que transformam
franqueados em empresários
bem-sucedidos, chamados
de franqueados de alta
performance.
OS 7 FRANQUEHÁBITOS
AUTOR:
Denis Santini
EDITORA:
Grupo MD
PÁGINAS:
© FOTOS: DIVULGAÇÃO
231
78
POR JULIANA KLEIN
LIVRO EM DESTAQUE LEITURA
OBRIGATÓRIA!
Cada uma dessas atitudes é
mostrada nos capítulos, que são
eles: hábito 1: engajar-se com a
marca; hábito 2: trabalhar com
e para o franqueador; hábito
3: motivar e valorizar a equipe;
hábito 4: procurar soluções, não
culpados; hábito 5: desenvolver
e investir em ações locais;
s
hábitos 6: investir e reinvestir
ta
em capacitação; e por último
o hábito 7: pensar grande. Ou
is
seja, a publicação foi planejada
ev
e desenvolvida para ser lida
quase como um manual, estando
EMPREEN-
R
sempre ao alcance das mãos de
quem deseja ser um franqueado DEDORISMO
il
de alta performance, para
as
consultar e se inspirar. E DESIGN
Os leitores contam ainda com No livro O Luxo Lapidado,
QR Codes espalhados pelo lançado pela Editora
livro, permitindo que o leitor DisrupTalks, o estilista Israel
Valentim explica como o
ouça trechos das entrevistas
empreendedorismo se en-
feitas com franqueados e
trelaça ao design de moda
franqueadores.
e descreve as maravilhas e
as dificuldades pelas quais
já passou. Também desta-
ca como a perseverança e a
resiliência são chaves fun-
damentais para um profis-
sional ser bem-sucedido. A
obra nasce com a finalida-
de de provocar inspiração,
passando a mensagem de
que é possível ser feliz, tra-
balhar com moda, ter um
casamento saudável e uma
empresa de muito sucesso.
Mais informações:
www.disruptalks.com.br

Resultados
duradouros
Nesta publicação o autor com-
partilha tudo o que aprendeu
como medalhista olímpico e
empreendedor, apresentando
meios para que os empresários
mudem o rumo de seus negó-
cios de uma vez por todas.
Segundo ele, gerir um negócio é
algo desafiador, especialmente
quando demanda mais tempo
e esforço do que a vida atribu-
lada nos permite. Além disso, é
muito comum não estar sempre
claro para o empreendedor qual
caminho trilhar. Então, diante da
frustração, do medo e da inse-
gurança, como retomar o fôlego
e conseguir avançar? A respos-
ta está em entender que, sem
gestão, não há negócio e que é
necessário equilibrar estudo e
aplicação, intenção e ação, culti-
var a paciência e, especialmente,
compreender que na construção
da vida futura, é preciso entrar
em ação hoje.
Para auxiliar os empreendedores
em suas jornadas, ele discute a
importância de empreendedores
e gestores trabalharem em rede
e em grupo para o sucesso de
seus negócios, além de apresen-
tar um plano claro de execução e
ambição genuína de crescimen-
to, essenciais para todos aqueles
que desejam prosperar.
PREPARA… VAI!
AUTOR: Gustavo Borges
EDITORA: Gente
PÁGINAS: 192
SUA BIBLIOTECA EMPRESARIAL
Aprenda a
negociar e a
persuadir
A negociação é algo que ocorre
a todo momento, embora muitas
pessoas não tenham essa per-
cepção. Pode ser para pedir um
is
aumento, lidar com problemas
familiares, resolver questões de
ev
negócios ou até mesmo para evitar
uma guerra, uma parte significativa
R
do seu possível sucesso dependerá
da sua capacidade de persuadir ou-
il
tras pessoas, expressar suas ideias
as
e saber se vender. Mas quais são os
fatores que fazem uma pessoa dizer
sim para outra? Existem técnicas ou
Br
princípios que se baseiam no com-
portamento humano e que podem
ser utilizados para levar ao con-
vencimento? Quais são as maiores
dificuldades que as pessoas encon-
tram ao lidar com os outros?
Nessa publicação o leitor vai enten-
der a dinâmica das negociações e
ter em mente que a postura ado-
tada pode ser determinante para o
sucesso ou para o fracasso de suas
interações. O autor traz uma meto-
dologia baseada em cinco pilares
para explicar essa prática: postura,
preparação, comunicação, táticas e
emoções. De forma acessível, cada
um deles é associado a reflexões,
exemplos e histórias reais, ofere-
cendo um entendimento amplo do
que é negociação e como realizá-la
de forma bem-sucedida.
NEGOCIE SEM MEDO
AUTOR: Breno Paquelet
EDITORA: Cia das Letras
- Portfólio Penguin
PÁGINAS: 216
©1
O QUE
ESTOU
LENDO
ANDRÉ MEDINA, gerente de
Inovação da Andrade Gutierrez
e responsável pelo Vetor AG,
programa de inovação aberta
da construtora
Tecnologia e
inovação
O livro é indicado para quem
busca mergulhar e aprender
mais sobre esse novo campo
s
da economia digital. O autor
ta
compartilha toda a sua experti-
se em tecnologia e metaverso,
ensinando os leitores a descobrir
inúmeras oportunidades dispo-
níveis nessa plataforma.
Apresenta caminhos para que os
leitores se conectem ao meta-
© REPRODUÇÃO
verso de forma segura e vanta-
josa. E, ao acessar o metaverso,
por meio de um computador,
óculos de realidade virtual ou até
mesmo um celular, ele diz que é “Com conteúdo leve e
possível descobrir novas expe- didático, o livro é ponto
riências imersivas e entender a
de partida para quem
nova economia digital. Por esse
motivo, na obra o leitor apren- quer empreender e
derá a criar uma estratégia para entender o mundo das
levar o seu negócio para esse startups, trazendo desde
universo, identificando oportuni-
respostas básicas, como
dades nele, bem como saberá o
‘o que são startups’, até
que é NFT e outros termos bas-
tante usados no metaverso. a compreensão dos
A publicação é para todos os novos conceitos de
públicos: para alguns, os termos empreendedorismo,
e as aplicações dos principais ambientes dos
conceitos do livro podem ser
novidade; para outros, que já en-
empreendedores, suas
tendem o metaverso, será uma ideias inspiradoras
oportunidade de ampliar seus e como funcionam
conhecimentos e refletir sobre seus investimentos e
suas projeções a partir de visões
competições.”
complementares.
METAVERSO: COMO GERAR A REVOLUÇÃO
OPORTUNIDADES E FAZER DAS STARTUPS
NEGÓCIOS NA WEB3
AUTOR: Bruno Perin
©1: DIVULGAÇÃO
AUTOR: Fernando Godoy
EDITORA: Alta Books
EDITORA: Buzz
PÁGINAS: 160
79
 Sinapse
Filmes. PARA UMA REFLEXÃO CORPORATIVA

© ARQUIVO PESSOAL
POR MYRNA SILVEIRA BRANDÃO

Do que se trata?
Eve (Catherine Fort), uma fa-
mosa criadora de rosas, está
à beira da falência. Enfrenta
sérias dificuldades e sua loja
está prestes a ser comprada
por um concorrente. Mas sua
secretária, Véra (Olivia Cotê),
Qual a relação?
com a melhor das intenções, Na verdade, Eve é uma pe-
contrata três pessoas para
trabalhar no jardim com elas,
quena florista lutando contra
grandes corporações que que-
Fique atento!
mas o trio se mostra desprovi- rem acabar com seu negócio. Na coletiva após a projeção no
do de qualquer habilidade para O filme possibilita o debate lançamento do filme, o dire-
jardinagem. Ainda assim, surge
ENTRE ROSAS de vários temas, tendo como tor disse que “o filme é sobre
um plano que poderá mudar o gancho o mote central muito uma mulher lutando sozinha
DIREÇÃO: Pierre Pinaud
destino da empresa. presente no mundo de hoje: o contra grandes corporações
ANO: 2022
declínio e, na maior parte das e leis do mercado por rejeitar

s
GÊNERO: Comédia dramática
vezes, o término de pequenas técnicas modernas que dimi-
DURAÇÃO: 95 minutos
ta
e micro-organizações. Permite nuem a qualidade das rosas
is
assim debater dimensão so- produzidas”. Além do tema, o
ev

cial, luta, decisão, controle de filme tem muitos pontos altos,

qualidade, humanidade, desa- entres eles, a direção de arte, a
R

fios e criatividade. trilha sonora e a fotografia.

il
as

Do que se trata? Qual a relação?

Br

O filme segue um dia na vi- O filme traz um tema muito

da de Jane, secretária de um
poderoso executivo. À medi-
da que Jane segue sua rotina
diária, os espectadores acom-
panham não somente sua de-
dicação, mas toda a pressão e
o conflito que ela vive na rela-
ção estabelecida com o traba-
lho e seu chefe. Num crescente
vemos que ela está cada vez
mais consciente do abuso in-
A ASSISTENTE sidioso que ameaça todos os
DIREÇÃO: Kitty Green aspectos de sua posição.
ANO: 2019
GÊNERO: Drama
DURAÇÃO: 97 minutos
© FOTOS: REPRODUÇÃO / DIVULGAÇÃO
presente no mundo corpo-
rativo sem que haja qualquer
reação da personagem nem
de qualquer outra pessoa ao
redor. Pelo contrário, o am-
biente constrangedor não é
repudiado e até visto de forma
zombeteira. É um tema que
possibilita um profícuo debate
não só da análise da situação,
mas também de alternativas
que possam contribuir para
mudar esse quadro adverso.
Fique atento!
Para transmitir o conflito e a
degradação do local, a talen-
tosa diretora optou pela frieza
dos espaços, falta de cor, pou-
cos diálogos e um silêncio per-
turbador cheio de significados
no qual os não ditos falam mais
do que palavras, enfatizando,
de forma inequívoca, o drama
que ali se desenrola. O ótimo
desempenho de Julia Garner
transmite toda a expressão da
personagem: o olhar assusta-

do, a postura insegura e tudo

que compõe a aura de medo e
poder que reina no ambiente.

MYRNA SILVEIRA BRANDÃO É ADMINISTRADORA, JORNALISTA E CRÍTICA DE CINEMA – DIRETORA CULTURAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RECURSOS
HUMANOS DO RIO DE JANEIRO (ABRH-RJ) E AUTORA DO LIVRO LUZ, CÂMERA, GESTÃO – A ARTE DO CINEMA NA ARTE DE GERIR PESSOAS – EDITORA QUALITYMARK.

80
 VALE A PENA GESTÃO & NEGÓCIOS é uma publicação mensal da EBR _

APPS E SITES
Empresa Brasil de Revistas Ltda. ISSN 1808-4060. A publicação
não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos
assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial,
sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes.

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81

FECHA ASPAS
Intraempreendedorismo:
papel da empresa ou do
colaborador?
V
ocê tem percebido as boas
ideias vindas do seu time? Já
parou para pensar que talvez
não esteja aproveitando todo o poten-
cial dos colaboradores da sua empresa?
Se essas perguntas já fizeram parte do
seu negócio, é hora de mudar a rota e
aproveitar os novos rumos do mercado.
Afinal, não dá mais para olhar os cola-
boradores de maneira mecânica, dando
ordens sem escutar o que eles, talvez,
tenham para oferecer e contribuir de
maneira escalável dentro dos negócios.
Acontece que as empresas estão re-
pletas de profissionais criativos, in-
Br
quietos e persistentes que não devem
passar despercebidos pelos olhares de
seus gestores. Reter esses talentos, no
entanto, ainda é o tendão de Aquiles
para muitos. Embora existam diversos
desafios, algumas organizações perce-
beram como é importante desenvolver
as habilidades dessas pessoas e passar
a escutá-las como empreendedores
dentro do lugar onde atuam.
Parece estranho, certo? Mas não é! A
esse universo damos o nome de intra-
empreendedorismo. É o ato de empre-
ender dentro da própria empresa, ou
seja, quando um colaborador identifica
problemas e oportunidades de melho-
ria e propõe soluções para atuar nessas
dores. Dessa maneira, surgem novos
produtos, processos ou até mesmo uma
nova área de atuação para o negócio.
A essência desse fenômeno é estimu-
lar nas pessoas que já estão dentro da
ALISSON GOULART É HEAD DE INOVAÇÃO DA PASCHOALOTTO.
82
POR ALISSON GOULART
companhia as necessidades dos clien-
tes – internos e externos – para que
atuem como agentes de inovação.
A pandemia nos mostrou que as empre-
sas são frágeis e precisam se reinventar
s
constantemente se quiserem se manter
ta
firmes no mercado. Por isso, nada mais
is
eficaz do que investir em produtos e
serviços alinhados com as demandas do
ev
novo consumidor e em inovação. Mas,
para tal, nada melhor do que aproveitar
R
todo o potencial dos seus recursos in-
il
ternos. E um dos caminhos mais efica-
as
zes para conseguir isso é aproveitar ao
máximo o talento dos profissionais.
No entanto, de acordo com o Global
Entrepreneurship Monitor (GEM), me-
nos de 1% dos colaboradores atua como
intraempreendedor no País. Um número
muito baixo comparado aos 8% de paí-
ses como Reino Unido e Austrália.
Vale destacar que esse tipo de iniciativa
é importante para criar uma cultura de
inovação. Além disso, ao dar voz e opor-
tunidade para que os funcionários par-
ticipem de forma proativa em projetos
internos, a empresa estimula o engaja-
mento deles, proporcionando o senti-
mento de pertencimento e valorização.
Dessa forma, é possível colocá-los
no centro do negócio, dando espa-
ço para que se desenvolvam e bus-
quem soluções para crescer junto com
a companhia. Gigantes do mercado
fazem isso há anos. Em nosso dia a
dia usamos produtos que saíram de
intraempreendedores.  de sair uma coisa: inovação!
© DIVULGAÇÃO / PASCHOALOTTO
No Google, desde 2004, os colabora-
dores contam com 20% do seu tempo,
praticamente um dia por semana, para
trabalhar em projetos relacionados às
aspirações da empresa e que podem
ser escolhidos pelo próprio colabo-
rador. Produtos como Google Maps e
Gmail saíram dessas iniciativas.
Muitas outras ideias devem surgir de
profissionais focados e de empresas
que enxergaram todo o potencial de
seus colaboradores e deram espaço
para que eles se desenvolvessem co-
mo intraempreendedores. Apesar do
amadurecimento do ecossistema de
inovação no Brasil, esse tipo de inicia-
tiva ainda aparece de maneira tímida
nas empresas. Muitas vezes falta diálo-
go, acolhimento e espaço para que os
colaboradores possam expressar suas
ideias. As empresas precisam ficar mais
atentas à quantidade de intraempreen-
dedores que entram e saem, os quais,
na maioria dos casos, nem são notados.
Também é essencial que a empresa
crie processos e políticas que facilitem
aos talentos a exposição de suas ideias.
Incentivar a geração de soluções é cru-
cial, utilizando estímulos comportamen-
tais e enfatizando um ambiente positivo
para isso. Porém, é necessário evidenciar
“como” as pessoas podem gerar e co-
municar essas ideias. No mundo corpo-
rativo, nada melhor do que diferentes
histórias e vivências olhando para um
mesmo problema. Desse cenário só po-
 O IMPERADOR
FILOSoFICO

MARCO
AURELIO
MEDITAÇOES

“O que não é bom

s
ta para o enxame,
não é bom
is
ev

tampouco para
R

a abelha.”
il
as
Br

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