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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO - CAMPUS CASTANHAL
DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, INOVAÇÃO E EXTENSÃO
SETOR DE ESTÁGIO

SANDRA DE SOUSA SAMPAIO


MATRICULA: 2021035786

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EXTERNO

Relatório de estágio curricular obrigatório externo, apresentado


ao Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará
– IFPA – Campus Castanhal, como requisito obrigatório para
obtenção do título de Técnico em Agropecuária
Orientador(a): Prof. Dr. Eziquiel de Morais

CASTANHAL – PA
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
1.1 Objetivo Geral. ........................................................................................................... 4
1.2 Objetivos Específicos. ................................................................................................. 4
2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO ...................................................................... 5
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................................. 6
4 ROTACIONACIONAMENTO INTENSIVO NA RECRIA E ENGORDA DE
NOVILHAS .......................................................................................................................... 6
5 FISIOLOGIA DAS PASTAGENS E SUAS NECESSIDADES ....................................... 7
6 CONTROLE DE ERVAS DANINHAS E MANUTENÇÃO EM PASTAGENS. ........... 7
7 ESCORE DE FEZES ........................................................................................................ 8
8 CONTROLE VERMINOSE É DEMAIS PARASITAS EM BOVINOS E EQUINOS .. 9
9 COMO TRATAR ANIMAIS PICADOS POR COBRAS ............................................. 10
10 MARCAÇÃO DO GADO ............................................................................................. 10
11 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 13
LISTA DE FIGURAS

Figura 1:Tipos de escore de fezes. ...................................................................................................... 8


Figura 2: Marcação de gado com ferro. .............................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO

O agronegócio é um dos principais seguimentos brasileiros para a geração do Produto


Inteiro Bruto (PIB). Segundo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (2014), o
Agronegócio gerou 23% do PIB anual do país, sendo ele 70% produzido pela agricultura e 30%
pela pecuária. Em 2014 o Brasil contava com o segundo maior rebanho de bovinos do mundo
com o total de 208 milhões de cabeças, o equivalente a 20,1% do rebanho mundial (SCOT
CONSULTORIA, 2014; USDA, 2014).
De acordo com a Embrapa, o Pará é responsável por um rebanho de, aproximadamente,
20 milhões de cabeças, ou seja, o quarto maior do país (quase 10% do efetivo nacional), essa
atividade gera, segundo fontes oficiais (GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ, 2005; FAEPA,
2005 (2014).
Para acomodar essa produção, o Brasil possui 851 milhões de hectares, em que 25% são
pastagens e 45% são de áreas agricultáveis (MAPA, 2013). Considerando as projeções do
MAPA (2013), o consumo interno brasileiro de carne bovina deve aumentar aproximadamente
3,6% ao ano, entre os anos de 2013 e 2023. Com isso, aumenta ainda mais a procura por novas
técnicas de produção para suprir essa demanda. Essa intensificação se dá normalmente por
novos modelos de produção, como o uso de confinamentos, onde a utilização do espaço é
otimizada e o tempo para se terminar os animais para o abate é reduzido drasticamente.
Melhorando assim os índices zootécnicos, a qualidade da carcaça e o custo de produção,
tornando o ciclo mais curto e o sistema mais eficiente.
Ainda considerando o aumento da demanda, o produtor também deve buscar um
melhoramento genético do seu rebanho, para se obter animais mais eficientes quanto à produção
de carne. Sempre buscando formas alternativas de baratear seus custos como o uso de
subprodutos e aditivos na formulação de dietas, para que ocorra um melhor desempenho dos
animais.
1.1 Objetivo Geral.

Proporcionar ao acadêmico a vivência prática e profissional, dos conhecimentos


adquiridos durante o período de graduação, ao passo que consiga aplicá-los e relacioná-los no
dia-a-dia, trocando experiências com profissionais atuantes na área, afim de estar apto para o
mercado de trabalho ao fim do estágio.
1.2 Objetivos Específicos.

 Conhecer os principais processos gerenciais de uma fazenda;


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 Vivenciar a prática dos manejos produtivos e reprodutivos de bovinos;


 Conhecer o manejo e o sistema de produção em uma região diferente do país;
 Entender na prática como faz o melhoramento genético dentro de uma
propriedade;

2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

O estágio curricular supervisionado foi realizado na fazenda Elizabeth, no município de


Paragominas estado do Pará. A fazenda ocupa uma área de aproximadamente 4,5 mil hectares,
dividido em 65 Piquete, ela conta com 15 colaboradores entre homens e mulheres, que
trabalham desde o escritório até o serviço de campo, transporte, limpeza, jardinagem, gerência
e serviços gerais. Dispõe também de mão de obra terceirizada, especializada nas áreas de
nutrição de ruminantes, reprodução animal e serviços veterinários.
A Fazenda Elizabeth tem o uso da terra registrada, que envolvem a rotação anual de soja
e milho em plantio direto, hoje em cerca de 2,5 mil hectares, com produtividades aproximadas
de 55 sacas por hectare e 140 sacas por hectare, respectivamente.
As culturas de grãos recebem semeadura aérea de capim visando à integração com a
pecuária bovina de corte, que se vale de animais mantidos em área de Análise de desempenho
socioambiental da integração lavoura-pecuária: estudo de caso da... 13 invernada e trazidos de
outras fazendas, para engorda a pasto na entressafra entre julho e dezembro, alcançando 1,5 mil
cabeças, em 42 talhões. A fazenda produz expressiva quantidade de feno, vendido para
exportadores de bovinos em pé para alimentação e cama nos navios. Há ainda na fazenda uma
área de reflorestamento com eucaliptos, utilizados como fonte de energia.
Paulatinamente, foram introduzidos ovinos que hoje somam aproximadamente 3 mil
cabeças. Esses animais são provenientes de cruzamentos promovidos na própria fazenda,
visando obter uma progênie própria, com finalidade para corte e rusticidade para engorda a
campo. Dada a grande produção de grãos no período da safra, instalaram-se silos de
armazenamento, que foram, por sua vez, associados a uma fábrica de rações (na cidade de
Paragominas).
A partir dessa infraestrutura, o grupo implantou um projeto de suinocultura em larga
escala, que hoje conta com aproximadamente 23 mil cabeças e galpões equipados com
alimentadores automáticos dedicados a todas as fases, de cria a engorda/terminação. Os
responsáveis informaram que existem planos para envolver outros produtores locais em
parceria para produção animal, na qual a Fazenda Elizabeth fornecerá leitões e ração em sistema
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de integração produtiva. Em 2016, a fazenda contava com 600 matrizes para atender tal
demanda.
Para dar escoamento a essa variada produção animal, o grupo instalou um frigorífico
em Paragominas, que finaliza a cadeia com cortes embalados a vácuo. A planta processa carnes
bovina e suína e, em futuro próximo, também ovina, de acordo com informações dos
responsáveis. Há ainda uma área de 56 ha irrigada por pivô central, na qual se obtêm três safras
anuais, além de criação de tambaqui em tanques escavados, com ração adquirida fora do
estabelecimento, e de criação de equinos de competição e muares para lida na fazenda. Com
essa diversificação e verticalização da produção, a fazenda emprega 63 funcionários
permanentes.
Hoje a principal atividade desenvolvida pela empresa é a criação de gado para corte das
raças nelores, e o chamado o F1 uma raça que vem da cruza do Abendi e o Nelore, mas conta
também com a criação de equinos de raça mangalarga paulista.

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O estágio curricular obrigatório foi realizado durante o período de 08 de agosto de 2022


a 30 de agosto de 2022, totalizando 120 horas. Durante este período foram realizadas atividades
que fomentou o aprendizado e a relação do estagiário com as práticas de criação de bovinos,
pertinentes para o desempenho do técnico em agropecuária.
Durante o período de estágio, foram acompanhadas todas as atividades desenvolvidas
na fazenda, como a recria, fisiologia das pastagens, manutenção das pastagens, controle de
verminoses, marcação do gado, e etc. No relatório a seguir estão descritas detalhadamente, as
atividades desenvolvidas na fazenda durante o período de estágio.

4 ROTACIONACIONAMENTO INTENSIVO NA RECRIA E ENGORDA DE


NOVILHAS

A recria com duração de 12 meses, tem início no desmame e vai até quase a fase de
acabamento e terminação desses animais. Por fim, a engorda acontece ao atingirem os 350
quilos, é a fase de final e tem o objetivo alcançar 450 quilos de peso vivo por animal para o
abate.
Em resumo, gado pesado hoje, elas estão ganhando 886,4 gramas / dia., 26,6kg/mês,
estando com uma média de 422,8kg cada, sendo que a mais leve com 400kg e a mais pesada
com 450kg.
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16 cabeças, que no dia 08 de julho tinha uma média de peso de 390 k, e no dia 15 de
agosto o gado apresentou uma média de peso de 422,80 k. Para tanto, pose observar um ganho
de peso de 32,80 / 37 dias = 886,4 por dia, equivalente a 26,6kg por mês.

5 FISIOLOGIA DAS PASTAGENS E SUAS NECESSIDADES

A fisiologia das pastagens, suas necessidades e qual manejo ideal para manter
fortalecida as pastagens através de cronograma de análise de solo, correção e adubações de
acordo com a necessidade do pasto e indicação na análise de solo, a grande disponibilidade de
forragem pode favorecer maiores ganhos de produtividade dentro da porteira. Contudo, para
atingir melhor performance, é preciso entender como podemos potencializar os ganhos.
Esta estratégia é possível por meio do correto manejo das pastagens, que de forma
objetiva, é permitir que os animais colham um alimento mais digestível e com maior valor
nutritivo. A solução para maior aproveitamento do potencial da forrageira de acordo com o seu
ciclo produtivo, sem prejudicar o seu reestabelecimento e sua perenidade.
Na fazenda é plantado o capim BRS manbasa e BRS Suri e o braquiarão.
O braquiarão possui vantagens por não precisar se preocupar com o manejo, rústico e
também não é obrigatório a adubação e a desvantagem e baixa produção de massa verde por
ha, 12 a 14 de proteína baixo limite de proteína. Já o Maubassa, suas vantagens são; a alta e
médio produção, de matéria vende e um boa proteína. E como desvantagem e necessário ter um
solo corrigido, com adubação e regulação.
O capim siri, tem alta produção de matéria vende por há. Além de, alto índice de
proteína.

6 CONTROLE DE ERVAS DANINHAS E MANUTENÇÃO EM PASTAGENS.

Para o controle de ervas daninhas nas pastagens forma realizados a aplicação de


herbicidas sistêmico na pastagem, tais como o, TORDON XT, que trabalha com vários
princípios ativos servindo para vários tipos de ervas daninhas, mas ele não mata a vassourinha.
Aí utilizo um herbicida específico chamado ZARTAN.
Para um eficaz desempenho, foi feito a utilização de um óleo mineral para potencializar
os herbicidas, preferencialmente os que já vem com um pouco de nitrogênio.
As dosagens foram:
Dosagem:
150 ml de Tordon XT / bomba
5 gramas de Zartan / bomba
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150 ml de óleo mineral / bomba


Mistura bem e aplica sobre as ervas daninhas preferencialmente cedo até no máximo
10:00 da manhã e no final da tarde para ter melhor resultado.

7 ESCORE DE FEZES

Foram realizadas atividades de escore de fezes dos bovinos com o objetivo de saber
como estava a saúde ruminal dos mesmos, escore de fezes dos bovinos tem como rotina de
avaliação da saúde ruminal e a oscilação no padrão de fezes, que podem ocorrer devido a um
manejo no curral, mudanças de rotinas, alterações na dieta, ou por alguma enfermidade que
esteja acometendo no rebanho. Dietas mal formuladas, balanças descalibradas no vagão e até
mesmo água suja podem causar mudanças na consistência e denunciar que algo não vai bem na
terminação do gado.
Mesmo trabalhando com um nutricionista e fazendo formulações de dietas bem precisas,
a disponibilidade de nutrientes provenientes da dieta e o metabolismo do animal às vezes não
tem um resultado esperado. Neste contexto, uma forma muito simples e bastante utilizada como
um primeiro indicador para averiguar se está sendo fornecido o mínimo de fibra e o tamanho
adequado e mantendo o nível máximo de inclusão de amido baseado naquela fonte que está
sendo utilizada na fazenda é o escore de fezes.
O escore de fezes é dividido em notas de 1 à 5 (Figura 1), onde a nota ideal é 3,
caracterizado com fezes pastosas, de coloração marrom esverdeada, sem odor e com pouco ou
nenhum grão aparente. O odor das fezes é causado pela presença de compostos aromáticos
como o indol e escatol produzidos pela degradação do triptofano.
Figura 1:Tipos de escore de fezes.

Fonte: EducaPonit
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A nota 1, indica sinais de diarreia, e mostra os animais que estão com alguma desordem
digestiva, principalmente por causa da baixa concentração de fibra ou aumento de concentrado
na dieta.
Na nota 2, as fezes são mais líquidas que o indicado e podem escorre e se espalhar
quando cair no chão. Portanto, as fezes quando caem no chão, dificilmente formarão uma pulha
com mais de 2,5 cm de altura. Isso acontece com animais em pastagem nova, dietas com baixo
teor de fibra com pouca fibra efetiva.
A nota 4, as fezes apresentam uma consistência sólida e espessa, formando pilhas com
mais de 5 cm de altura. Em geral, esses aspectos acontecem em novilhas e vacas secas, e
indicam que a dieta apresenta uma forragem com menor qualidade e também há falta de
proteína.
Por isso, vale a pena investir em forragem de melhor qualidade e aumenta a quantidade
de grãos e proteínas para reduzir o escore. Para a nota 5, as fezes já estão muto seca, e forma
bolos fecais secos. Além disso, os animais que apresentam essas características têm uma dieta
com baixa qualidade de fibra e falta de ingestão de água. Comuns em animais com algum tipo
de bloqueio digestivo.

O escore de fezes varia em classificações de 1 a 5, onde 5 são fezes líquidas (diarreia),


com os demais escores sendo as formas intermediárias.
Diante disso, o escore de fezes é importante para o produtor, pois através de uma boa
análise é possível identificar como está a dieta e o desempenho do animal, o consumo de água
e também se há algum distúrbio ou desordem digestiva.

8 CONTROLE VERMINOSE É DEMAIS PARASITAS EM BOVINOS E


EQUINOS

 BRUCELOSE:
Vacinação de bezerras de 3 à 8 meses de idade.
 FEBRE AFTOSA/ RAIVA:
Vacinação do rebanho a partir de 3 meses de idade, com duas campanhas por ano, maio
e novembro.
 CLOSTRIDIOSES, LEPTOSPIROSE, IBR, BVD:
Vacinação do rebanho a partir de 3 meses de idade, os Bezerros (Machos e Fêmeas)
vacinados pela primeira vez, recebem a 2ª dose da vacina 30 dias após a 1ª dose.
Depois de receberem a 2ª dose, sendo vacinados uma vez por ano em fevereiro.
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 VERMIFUGAÇÃO:
Vermifugação a partir de 1 dia de vida, aplica-se 1mL de ivermectina, 4 vezes por ano
(fevereiro, maio, agosto e novembro).
 VACINAÇÃO B19
A Brucelina B19 Vallée é uma vacina liofilizada para profilaxia da Brucelose bovina.
Onde, A dose recomendada é de 2 mL.
Modo de usar: Imediatamente antes do uso (observando-se os cuidados de antissepsia),
diluir o conteúdo da vacina seca com o diluente (água para injetáveis) que acompanha o
produto. Deve-se agitar bem o frasco, para se obter uma perfeita homogeneização, estando
assim o produto pronto para uso.
Aplicar a vacina por via subcutânea, na dose de 2 mL, em bezerras de 3 a 8 meses de
idade. Após reconstituição deverá ser usada imediatamente, os animais vacinados apresentam
reação positiva à soro-aglutinação, a qual permanece por 90 a 120 dias e às vezes mais.
O vacinador ou qualquer pessoa que manusear a vacina deve lavar e desinfetar as mãos
após o trabalho de vacinação. Deve-se utilizar equipamento de proteção individual durante a
manipulação do produto.

9 COMO TRATAR ANIMAIS PICADOS POR COBRAS


Para o tratamento dos animais picados por cobras é necessário dar 1ª dose do soro
antiofídico imediatamente após perceber o animal picado e na mesma hora aplicar 10 ml de
anti-inflamatório Dexametazona (ou algum genérico deste) no músculo. (Serve para tirar a dor
também) e repetir de 12 em 12 horas por 3 a 5 dias.
O tratamento deve ser continuado dando a 2ª dose do soro antiofídico 4 horas depois da
1ª dose de soro, também na veia e nesse mesmo momento aplica outro anti-inflamatório, no
músculo, com outro princípio ativo, desta vez o Banamine, ou qualquer outro genérico com
esse mesmo princípio ativo, e repetir também de 12 em 12 horas por 3 a 5 dias.
O efeito do tratamento torna-se eficaz ao se aplicar a 3ª dose do soro antiofídico 24 horas
depois da 1ª dose na veia de novo. Se o animal estiver bem, basta estas 3 doses, se não, tem que
dar a 4ª dose do soro 24 horas depois da 3ª dose do soro anterior.

10 MARCAÇÃO DO GADO

A marcação do gado tem vários objetivos. Pode ser feita de diversas formas, de acordo
com a estrutura da propriedade. A marcação de gado tem como o principal propósito de
identificar o gado, ou seja, a marca ajuda saber qual é a propriedade, facilitando o
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monitoramento dos animais. Nesse monitoramento, conseguimos avaliar o peso, controle de


vacinas, aplicação de vermífugos.
A marcação realizada com material de ferro quente, para garantir a rastreabilidade e
oferecer, informações sobre a vida do animal desde o nascimento até a comercialização do
produto final com transparência, qualquer sistema adotado deve passar necessariamente pelo
controle individual dos animais (Figura 2).
Figura 2: Marcação de gado com ferro.

Fonte: Canal Rural


A identificação individual é a chave para o registro de todas as ocorrências e práticas de
manejo utilizadas durante a vida do animal. É um procedimento essencial para possibilitar a
avaliação do desempenho do rebanho, bem como a tomada de decisões administrativas. Outro
aspecto de extrema relevância é a associação da identificação individual à adoção de normas e
procedimentos em Boas Práticas Agropecuárias, de forma a garantir ao mercado consumidor a
oferta de alimentos livres de resíduos e contaminantes de qualquer natureza.
Outra vantagem da identificação individual dos animais é seu papel fundamental no
sucesso das ações de defesa sanitária animal que, dependendo do sistema utilizado, pode
fornecer informações relevantes em tempo real, por exemplo, em casos de surtos de doenças.
Vale destacar ainda a importância de um sistema de rastreio eficiente em relação às exigências
de comércio internacional, e condições sanitárias regulamentadas pela Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE).
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11 CONCLUSÃO

O estágio curricular supervisionado é extremamente importante para a formação do


técnico em agropecuária, pois é neste momento que o aluno vai confrontar os conhecimentos
adquiridos durante a graduação com a realidade vivenciada diariamente.
A realização do estágio junto a fazenda Elizabeth, foi de extrema importância para o
aprendizado pessoal, podendo estabelecer uma conexão entre os conhecimentos adquiridos em
sala de aula e a prática diária no campo. A troca de experiências e o conhecimento prático
repassado pelos profissionais durante o estágio foram de grande importância na formação
acadêmica, para que assim esteja mais preparado para o mercado de trabalho.
Neste contexto, o estágio evidenciou uma caracterização real do campo de trabalho em
que os técnicos em agropecuária atuam, fazendo enxergar que ao trabalhar no campo, o
profissional deve levar em consideração muito além do conhecimento técnico. Analisando as
dificuldades das atividades para empregar raciocínio rápido, lógico e adequando a cada
atividade, para obter resultados satisfatórios na pecuária de corte.
Diante disso, vale ressaltar que é durante o estágio que o aluno irá pôr em prática seus
conhecimentos e também adquirir novos. Além disso, é durante este período que o profissional
irá tentar se encaixar no mercado de trabalho uma vez que permite aumentar o número de
contatos com profissionais da área.
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REFERÊNCIAS

OIE. World Organization for Animal Health. Foot and mouth disease portal. Disponível em:
http://www.oie.int/animal-health-in-the-world/fmd-portal/:. Acesso em: 27 dez. 2022

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO (MAPA). Projeções


do Agronegócio: Brasil 2012/2013 a 2022/2023. Disponível em:
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/projecoes%20-20versao%20atualizada.pdf, 2013.
Acesso em: 27 dez. 2022.

Pecuária no Estado do Pará: índices, limitações e potencialidades/ Hugo Didonet Láu. – Belém,
PA: Embrapa Amazônia Oriental, 2006. 36p.; il.; 21cm. – (Embrapa Amazônia Oriental.
Documentos, 269).

SCOT CONSULTORIA, maiores rebanhos bovinos em 2014. Disponível em:


https://www.scotconsultoria.com.br/noticias/todas-noticias/36510/maiores rebanhosbovinos-
em-2014.htm. Acesso em: 27 dez. 2022

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