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AVALIAÇÃO DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO

AVALIAÇÃO DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO

1. A Unidade Curricular

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AVALIAÇÃO DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO


1.1 PROGRAMA
Objectivo Geral
Proporcionar aos alunos, numa perspectiva microeconómica, adequadas competências no âmbito da avaliação, financiamento, risco, rendibilidade e
selecção de investimentos.

Competências
Capacidade para avaliar e selecionar, económica e financeiramente, oportunidades e opções de negócio/investimento no setor público e privado.

Programa

1. Elementos básicos de suporte


2. Conceitos básicos recorrentes em avaliação de projectos de investimento
3. Tipos, fases e etapas de investimento
3.1. Noção e classificação de projectos de investimento
3.2. Principais fases de análise / elaboração de um projecto de investimento 3

3.3. Etapas gerais na análise de um projecto de investimento

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1.1 PROGRAMA
4. Parâmetros económicos fundamentais na análise de investimentos
4.1. Enumeração
4.2. Caracterização
4.3. Principais despesas de investimento
5. Métodos de previsão da procura
5.1. Método empírico
5.2. Métodos da correlação
5.3. Método da taxa média de crescimento anual
5.4. Reflexão / Conclusão
6. Cash-flows do investimento e resultados contabilísticos
7. Critérios de avaliação e de selecção de projectos de investimento
7.1. Taxa de actualização
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7.2. Critérios baseados no conceito de actualização
7.3. Critérios tradicionais

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1.1 PROGRAMA
8. Avaliação a preços correntes e preços constantes
8.1. Generalidades
8.2. Exemplificações práticas
8.3. Pontos de divergência entre as metodologias
9. Financiamento do projecto
9.1. Fontes de financiamento
9.2. Estrutura dos capitais
9.3. Interdependência entre decisões de investimento e decisões de financiamento
10. Análise do risco
10.1 Análise de sensibilidade
10.2 Análise de cenários
10.3 Break Even Point 5

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1.2 APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO
As aulas serão teórico-práticas, envolvendo o aprofundamento e discussão dos temas expostos, assim como a respectiva ilustração
mediante a resolução de casos práticos.
Propõe-se um procedimento de avaliação contínua cuja aprovação na unidade curricular pressupõe classificação ponderada igual ou
superior a dez valores nos seguintes moldes:
Teste escrito intercalar (Online) 30%
Teste escrito avaliação sumativa 35%
Trabalho de grupo 35%*
*(incluí: seminário, relatórios intercalares, momentos específicos de avaliação, participação nas aulas e assiduidade)
A Média dos testes não pode ser inferior a 8 Valores
Como alternativa de avaliação, para os alunos que não reunirem os requisitos acima exigíveis, haverá lugar a avaliação por exame final,
com a ponderação de 100%. Para obterem aprovação, os alunos devem, também, ter nota igual ou superior a dez valores.

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1.2 APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO
Datas dos Momentos de Avaliação

Teste escrito intercalar 13 de Novembro


Trabalho de grupo (entrega) 19 de Dezembro
Trabalho de grupo (discussão) 04 a 21 de Janeiro
Teste escrito avaliação sumativa* 31 de Janeiro

* Ocorre na data do Exame Normal. O aluno opta se realizará teste sumativo em Avaliação Continua (35%) ou Exame Final (100%)

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1.3 BIBLIOGRAFIA
Berk, J., and P. DeMarzo. 2013. Corporate Finance. 3rd Ed. Pearson.
Bodie, Z., A. Kane, and A. Marcus. 2014. Investments. 10th Ed. McGraw-Hill.

Brealey, R., S. Myers, F. Allen. 2018. Princípios de Finanças Corporativas. 12ª Ed. McGraw-Hill.

Damodaran, A. 2012. Investment Valuation: Tools and Techniques for Determining the value of any Asset. 3rd Ed. John Wiley & Sons.

Ehrhardt, M., and E. Brigham. 2014. Corporate Finance: A Focused Approach. 5th Ed. South-Western College Pub.
Mota, A., J. Nunes, P. Inácio, C. Barroso, M. Ferreira, e L. Oliveira. 2015. Finanças da Empresa. 5ª Ed. Edições Sílabo.

Ross, S., R. Westerfield, B. Jordan. 2017. Essentials of Corporate Finance. 9th Ed. McGraw-Hill.

Ross, S., R. Westerfield, J. Jaffe. 2009. Corporate Finance. 9th Ed. McGraw-Hill.

Soares, I., J. Moreira, C. Pinho, e J. Couto. 2015. Decisões de Investimento - Análise Financeira de Projectos. 4ª Ed. Sílabo

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1.4 EQUIPA
Regente:
Maria Carlos Annes: mcannes@iscal.ipl.pt

Professores:
Cândido Peres: cjperes@iscal.ipl.pt
Iryna Alves: lbalves@iscal.ipl.pt

Monitores:
Joana Silva: jfsilva@iscal.ipl.pt

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2. Elementos base de suporte

Fonte: Adaptado de materiais didácticos, Avaliação de Projectos de Investimento, 10


Prof. Hélio Marques e Prof. Domingos Cristóvão

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2. ELEMENTOS BASE DE SUPORTE

Activo Não Capital Próprio


Corrente (Fixo)

CAPITAIS PERMANENTES
ACTIVO

Passivo Não
Corrente (Médio

CAPITAIS ALHEIOS
Activo Corrente Longo Prazo)

(Circulante)

Passivo Corrente

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2. ELEMENTOS BASE DE SUPORTE
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 20__ 20__
Vendas de mercadorias e produtos
Prestação de serviços
Outros proveitos operacionais
VOLUME DE NEGÓCIOS
Variação da produção
Trabalhos para a própria empresa
PRODUÇÃO
Proveitos suplementares (+)
Subsídios à exploração (+)
PROVEITOS OPERACIONAIS
Custo das existências vendidas e consumidas
MARGEM BRUTA
Fornecimento e serviços externos
Outros custos e perdas operacionais
Custos com pessoal
Impostos
EXCEDENTE BRUTO DE EXPLORAÇÃO
Amortizações do exercício
Provisões do exercício
RESULTADO OPERACIONAL
Proveitos financeiros
Amortizações e provisões de inv. Financeiros
Despesas financeiras
RESULTADOS CORRENTES
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Resultados extraordinários
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS
Impostos sobre os lucros
RESULTADOS LÍQUIDOS

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2. ELEMENTOS BASE DE SUPORTE

+ VN Vendas (Mercadorias, Produtos e Serviços) Volume de Negócios

- GV Gastos Variáveis

= MB Margem Bruta (contribuição)

- GE Gastos Estrutura (designados genericamente por fixos" por não variarem


proporcionalmente às vendas
= RO Resultado Operacional

+/- Ext. Expl. Resultados (positivos ou negativos) não referentes à exploração ou à área financeira

= RAJI Resultados antes de gastos financeiros e impostos sobre resultados

- G. Fin.(Liq.) Gastos Financeiros (líquidos de rendimentos de aplicações excedentárias)


= RAI Resultados Antes de Impostos

- IRC Imposto sobre Resultados

= RL Resultados Líquidos

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Nota: Como é óbvio, esta Demonstração de Resultados não coincide com a do SNC, sendo necessário efectuar algum
trabalho preliminar de preparação dos elementos financeiros.

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2. ELEMENTOS BASE DE SUPORTE
Estrutura financeira
Aspectos fundamentais da análise:

Rentabilidade

Crescimento

Risco (Operacional / Económico e


Financeiro)

Fluxos de caixa

Valor Criado pela Gestão

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2. ELEMENTOS BASE DE SUPORTE
Demonstração de Demonstração dos
Balanço
Fluxos de Caixa Resultados Líquidos

+ Recebimentos Capitais + Rendimentos


- Pagamentos Próprios - Gastos
Activo Não
Resultados
Corrente Líquidos

Operacionais Operacionais

Activo Passivo
Investimento Não Financeiros
Corrente
Corrente
Financiamento Não Correntes
Passivo
Caixa e
= Fluxo Líquido de Corrente
Depósitos B. = Resultados Líquidos
Caixa 15

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3. Conceitos básicos recorrentes em avaliação de projectos


de investimento

Fonte: Adaptado de materiais didácticos, Avaliação de Projectos de Investimento, 16


Prof. Hélio Marques e Prof. Domingos Cristóvão

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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO

Suponham que lhes prometem 10.000 euros. Oferecidos!

O que preferem: recebê-los hoje ou daqui a um ano?

Suponham que lhes prometem 10.000 euros. Oferecidos!


Pode optar por receber hoje 10.000€, ou 15.000€ daqui a um ano.
Qual é que escolhe ?

¡ Quanto vale, hoje, um euro a receber amanhã?


¡ O que vale mais, um euro hoje, ou dois euros a receber daqui a três anos?
¡ Quanto vale um euro hoje, mais um euro a receber daqui a um ano? 17

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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO

¡ Um dos pilares fundamentais das Finanças assenta no conceito de valor temporal do dinheiro, isto é, na relação
de valor existente entre um euro hoje e um euro no futuro.

¡ É intuitiva a ideia de que um euro hoje valerá mais do que, por exemplo, um euro dentro de um ano. E podemos
explicitar esta intuição de três formas.

¡ Se alguém puder ter um euro hoje, em vez de o ter dentro de um ano, pode gastá-lo na satisfação de uma qualquer
necessidade que tenha no momento.
¡ A eventual existência de inflação – O valor da moeda diminui no tempo. Quanto maior a inflação, maior a diferença entre
o valor actual e o valor futuro.
¡ A existência de incerteza (risco), associado ao recebimento no futuro. Quanto maior o risco, maior o valor futuro.
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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO
¡ Ao analisarmos o valor temporal do dinheiro verificamos que o valor actual de 100 euros a receber daqui a um ano
deve ser menor do que 100 euros a receber hoje.

¡ Na verdade, o que se verifica é que se eu dispuser desses 100 euros hoje, posso investi-los e começar de imediato a obter
um determinado rendimento (juro).

¡ Então, o valor actual dos 100 euros futuros será dado pela multiplicação deste valor por um factor de actualização.

Valor Actual (VA) = C x Factor de Actualização

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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO
FACTOR DE ACTUALIZAÇÃO

O conceito de factor de actualização contém implícita uma taxa de rendibilidade do capital, traduzindo-se no valor de
que alguém está disposto a abdicar para receber antecipadamente um determinado cash-flow.

Ou, na perspectiva contrária, traduz-se no prémio que o investidor exige para adiar o recebimento de um
determinado cash-flow.
𝟏
Factor de Actualização =
(𝟏#𝒊)𝒏

𝐂𝐧
Valor Actual (VA) =
(𝟏#𝐢)𝐧

A esta taxa que designamos de rendibilidade do capital, pela sua utilidade no cálculo de valores actuais, é também
usual chamar-se taxa de actualização ou taxa de desconto. 20

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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
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VALOR ACTUAL E ACTUALIZAÇÃO

EXEMPLO - ACTUALIZAÇÃO

Considere que necessita de 11,550 euros daqui a um ano para efectuar determinado pagamento. Sabendo que a taxa
de juro que o banco lhe oferece é de 5% ao ano, qual é o valor que tem de depositar hoje para obter 11,550 euros daqui a
um ano?

Na verdade terá de depositar o valor actual de 1 1,550 euros, ou seja, 11,000 euros: 𝐂𝐧
Valor Actual (VA) =
(𝟏#𝐫)𝐧
VA = 11.550 / (1+0,05) = 11.000€

Ou seja, um cash-flow que ocorra daqui a t anos deve ser descontado t vezes, se utilizarmos uma taxa anual.
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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO

VALOR ACTUAL VS VALOR FUTURO

Capitalização

Actualização

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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO
TAXA NOMINAL, EFECTIVA E REAL

Independentemente do regime de capitalização, as taxas de juro podem ser classificadas de acordo com a seguinte
tipologia:

¡ Taxa Nominal;

¡ Taxa Efectiva;

¡ Taxa Real.

TAXA NOMINAL

¡ A taxa de juro nominal, ou contratual, é a taxa que consta explicitamente nos contratos de crédito ou aplicações,

enquanto referência para cálculo dos pagamentos e recebimento. Nem sempre corresponde à taxa efectiva da operação
e é reportada a um período anual.
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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO
TAXA NOMINAL, EFECTIVA E REAL

INFLAÇÃO E TAXAS REAIS

Definimos taxa efectiva, como sendo aquela que proporciona o rendimento efectivamente gerado por um activo financeiro
durante um determinado período de tempo. No entanto, para a análise deste rendimento não é alheio o efeito da inflação,
sendo útil, nomeadamente em períodos de inflação elevada, o cálculo de taxas de juro reais. Assim, para transformar
uma taxa nominal numa taxa real temos a seguinte relação:

com:
(1 + i n )
ir = -1 in - taxa de juro nominal;
(1 + p) ir – Taxa real
π - taxa de inflação
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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO
TAXA NOMINAL, EFECTIVA E REAL

Exemplo - Taxa de juro real

Aplicação financeira em certificados de aforro, durante um ano, gerou uma rendibilidade anual de 2.5%. Durante esse ano a
taxa média de inflação foi de 1.8%.

Qual foi o seu rendimento real:

rreal= 0.688%

Na verdade, obteve um rendimento real de apenas 0.688%, uma vez que apesar da aplicação financeira lhe proporcionar
um rendimento de 2.5%, ocorreu uma desvalorização monetária de 1.8%.
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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO
TAXA NOMINAL, EFECTIVA E REAL
Exemplo:

Calcule a taxa de juro real (anual) decorrente de uma taxa efectiva (trimestral) equivalente de 1% e de uma taxa de inflação
de 5%.

1º - Transformação da taxa nominal equivalente em taxa anual nominal


i(n) = (1+i)1/n –1

0,01 = (1+i)(1/4) – 1 => 0,01 + 1 = (1+i)(1/4) => 1,014 = 1 + i =>


i = 1,0406 – 1 = 4,06%
(1+ i )
2º - Apuramento da taxa real i = -1 n

(1+ p )
r

Ir = [(1 + 0,0406)/(1+0,05)]-1=0,895%

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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
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CALCULO DE RENDAS: ANUIDADE E PERPETUIDADE
VALOR ACTUAL DE C.F. EM DIFERENTES PERÍODOS
CF1 CF2 CF3 CFn

0 1

2 3 n

O valor actual do conjunto dos cash-flows, consiste na soma do valor actual de todos, no momento zero.

n
VA = å
Cn
CF1 CF2 CFn , ou seja
VA= + + ... + (1+ i ) n
(1 + i) (1 + i) 2 (1 + i) n i =1
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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO
CALCULO DE RENDAS: ANUIDADE E PERPETUIDADE
Sempre que tivermos um cash-flow constante, que ocorra com intervalos regulares, durante um determinado período de
tempo, estamos perante uma anuidade.

Poderíamos determinar o valor actual de uma anuidade mediante a utilização da expressão já conhecida para o cálculo
de valores actuais:

CF CF CF
VA= + 1
+ ... + 2 n

(1+ i ) (1+ i ) (1+ i )


2 n

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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO
CALCULO DE RENDAS: ANUIDADE E PERPETUIDADE
No entanto, dado que estamos perante um cash-flow constante, que se repete periodicamente, podemos derivar a
seguinte expressão:

[ ]
é 1 - (1 + i) - n ù
VA=CFX ê ú
ë i û

que também é apresentada, geralmente, na seguinte forma:

[ ]
é (1 + i) n - 1ù é 1 - (1 + i) - n ù
ahi = ê
VA = CF x an┐i ú =ê ú
ë (1 + i) ´ i û ë
n
i û

Sendo que an┐i corresponde ao factor de actualização da anuidade para um período de n anos e para uma taxa de
actualização i. 29

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3. CONCEITOS BÁSICOS RECORRENTES EM AVALIAÇÃO DE
PROJECTOS DE INVESTIMENTO
CALCULO DE RENDAS: ANUIDADE E PERPETUIDADE

As perpetuidades podem considerar-se um caso particular das anuidades.

Por perpetuidade entende-se, então, um cash-flow constante que ocorre com intervalos regulares de tempo mas, neste
caso, para sempre.

O valor actual dos cash flows perpétuos pode ser determinado da seguinte forma:

CF
VA =
Sendo:
i
VA = Valor actual
CF = Cash-flow
i = Taxa de desconto 30

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4. Ópticas

Fonte: Adaptado de materiais didácticos, Avaliação de Projectos de Investimento, 31


Prof. Hélio Marques e Prof. Domingos Cristóvão

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4. OPTICAS

Há dois grandes tipos de ópticas na análise de investimentos:

1. Óptica patrimonial - expressa segundo um período de recuperação (medido em meses ou anos). Trata-se de um critério empírico que não
tem em atenção a actualização financeira mas apenas o quociente entre valores não actualizados e reportados a momentos diferentes.

Período de recuperação (anos) = Valor do investimento / Recebimentos líq. médios anuais = Nº de anos de recuperação

2. Óptica de fluxos de fundos (ou financeira) - considera a diferença entre o fluxo de receitas geradas (cash in-flows) e o fluxo de despesas
incorridas (cash out-flows), prevendo a respectiva actualização para que se tornem equivalentes os montantes recebidos e despendidos em
diferentes momentos.

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