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DIRETORIA DE ENSINO,

PESQUISA E
EXTENSÃO
COORDENAÇÃ
O GERAL DE
ENSINO
COORDENAÇÃ
O
PEDAGÓGICA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE
LETRAS/ESPANHOL DISCIPLINA:
CULTURA E SOCIEDADE
PROFESSORA: MICHELI GONÇALVES
1ª SEMESTRE/2019

ESTUDO DIRIGIDO

TEXTO: VEIGA-NETO, Alfredo. Cultura, culturas e educação.


Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a01.pdf>. Acesso em:
20/02/2018.

1. Durante o artigo, o autor realiza três ponderações sobre as contribuições do


texto, entre as quais apresenta o objetivo de seu texto. Qual o objetivo do artigo?
Para Neto (2018), o artigo teria como intenção trazer informações e
uestionamentos referindo-se a proveniência e emergência do conceito
moderno de cultura. Ele não possui como objetivo propor soluções, nem
padrões sobre o assunto, muito menos julgar a diversidade de cultura. Desja
colocar em sua obra algumas considerações de cunho histórico-genealógica,
de modo a mostrar a relação que existe da Pedagogia e da escola moderna à
criação do conceito de Cultura, e o quanto isso pode funcionar como um
empacílho para as transformações sociais e da educação que atualmente as
pessoas julgam necessária.

2. O que o autor entende por “desnaturalização dos fenômenos sociais? qual a


importância deste conceito para a compreensão das questões culturais?
De acordo com Neto (2018, p 7) “A desnaturalização dos fenômenos
sociais – ou seja, tomá-los não como algo desde sempre dado, mas como
algo historicamente construído – é um primeiro e necessário passo para
intervir nesses fenômenos. Saber como chegamos a ser o que somos é
condição absolutamente necessária, ainda que insuficiente, para resistir,
para desarmar, reverter, subverter o que somos e o que fazemos.”

3. A partir da leitura do artigo, como pode-se compreender a epistemologia


monocultural?
De acordo com Neto (2018, p 7) “a Cultura foi durante muito tempo
pensada como única e universal. Única porque se referia àquilo que de
melhor havia sido produzido; universal porque se referia à humanidade, um
conceito totalizante, sem exterioridade. Assim, a Modernidade esteve por
longo tempo mergulhada numa epistemologia monocultural.”

4. Durante o artigo o autor utiliza a frase “a escola foi colocada a serviço da


limpeza do mundo”, o que essa frase significa, diante do processo histórico do conceito
de cultura e da relação entre cultura e educação?
É possível perceber o significado dessa frase nesse trecho:
Tomando um pensamento generalista, essencialista e abstrato sobre o
indivíduo e a sociedade, a educação escolarizada foi logo colocada a
serviço de uma modernidade exarcebada que deveria se tornar a mais
única. Ou, em outras palavras: uma sociedade a mais previsível e segura
possível. Ou, usando o pensamento de Bauman (2000): a escola foi
colocada a serviço da limpeza do mundo. Um mundo mais limpo seria
aquele em que, junto com a civilidade, se desenvolvesse também uma
cultura universalista, em relação à qual as demais manifestações e
produções culturais dos outros povos não passariam de casos particulares.
(Neto,2018, pg 10)

5. O que representou o movimento da virada linguística? E quais os


desdobramentos deste movimento para a compreensão da língua e da linguagem?
É possível estar verificando a representação da virada linguistica e seus
desdobramentos para compreensão da língua e linguagem nos seguintes
trechos:
A virada lingüística empreendida por tais filósofos modifica o
entendimento tradicional da linguagem, assumindo a impossibilidade de
fundamentá-la lógica e ontologicamente. Dessa maneira, eles abrem mão
da busca de qualquer critério metalingüístico ou metacultural, de
qualquer essência translingüística ou transcultural. Eles despedem se de
uma metafísica da linguagem e trazem a linguagem para o mundo
cotidiano; ela não está fundada num outro lugar. Igualmente, não há um
outro mundo a sustentar aquilo que chamamos de cultura. Ao invés de
ser entendida como um cálculo, a linguagem passa a ser entendida como
um jogo, “abrangendo, com isso, o aspecto pragmático presente na
linguagem” (Condé, 1998, p. 91). Em outras palavras, ela é sempre
contingente, e é por isso que existe uma margem de indeterminação nas
coisas ditas (e pensadas) que “não compromete a possibilidade do
discurso significativo” (Dias, 2000, p. 51) mas que, ao contrário, abre a
possibilidade para que sempre se continue a conversação. (Neto, 2018, p
12-13).

6. O que podemos compreender sobre epistemologia multicultural? Quais as suas


implicações para a educação (Pedagogia)?
O conceito sobre epistomologia multicultural e suas implicações para a
educação podem ser entendidas nos seguintes trechos:
Para Neto (2018, p 13) “Pedagogia multicultural não pode pretender dizer, aos que
estão entrando no mundo, o que é o mundo; o que no máximo ela pode fazer é
mostrar como o mundo é constituído nos jogos de poder/saber por aqueles que falam
nele e dele, e como se pode criar outras formas de estar nele.”

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