Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SOBRAL-CE
2023
FAVENI
SOBRAL-CE
2023
TÍTULO DO TCC: O PAPEL DO ENSINO DE HISTÓRIA NA CONSTRUÇÃO DE UMA
CULTURA DE PAZ
RESUMO- A inserção da História ainda é um desafio muito grande para o Brasil, com barreiras
científicas, políticas, estruturais, sociais e econômicas. Torna-se então difícil a visão de um ambiente no
qual se pode, desde criança, aprender a se alfabetizar em um contexto em que a tecnologia toma conta.
Lembrando que a História é muito mais do que apenas o domínio da do pensar crítico e mecanização de
do racionar sistemático. A metodologia aplicada no presente estudo é caracterizada pir um estudo
bibliográfico em livros e artigos dos últimos dez anos. Ser um ser crítico é uma prática dinâmica, que
aproxima a linguagem e a realidade. Como resultado, essa definição não é diferente quando se trata do
ambiente midiático. Há iniciativas públicas e particulares para o desenvolvimento do História no Brasil,
porém elas acontecem em pequena escala. Pode-se concluir que é necessário a ampliação de tais
iniciativas, da ideia de propagar a História. Mais importante, oficializar como parte do currículo
educacional.
2 DESENVOLVIMENTO
1
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Ministério da Educação. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base Acesso em dez 2022.
É possível refletir, a partir desta competência, inúmeras maneiras de se educar
para a paz, pois a própria competência usa termos como empatia, que é a capacidade
de se colocar no lugar do outro, diálogo, valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais. Sendo possível perceber até a valorização dos Direitos Humanos, que
embora sejam muito lembrados e debatidos em congressos mundiais, são esquecidos e
ficam em segundo plano na prática, na realidade de muitos.
A interdisciplinaridade tem como objetivo que as disciplinas ou as áreas de
conhecimento dialoguem entre si e se complementem. Sendo assim, não há limites ou
fronteiras entre as disciplinas escolares, pois os assuntos são discutidos de uma forma
mais ampla, cujo objetivo é a unidade do conhecimento.
Quanto à transdisciplinaridade, Cícero Silva, Gilbraz Aragão e Luiz Libório
afirmam:
Morin (2003), se opõe ao estudo monodisciplinar, pois para ele há uma grande
perda de conhecimento nesse modelo de ensino, pois é preciso saber tudo para
entender as partes e é preciso conhecer as partes para entender o todo. O que se
deseja, portanto, é um tipo de conhecimento da realidade que seja móvel, circular, não
confinado a nenhuma verdade absoluta ou visão totalitária.
Morin (2003)2 define e distingue os conceitos de interdisciplinaridade,
multidisciplinaridade e transdisciplinaridade da seguinte forma: [...] interdisciplinaridade,
multidisciplinaridade e transdisciplinaridade, o que é difícil de definir, por ser
polissêmico e vago. [...] o divisionismo pode significar, pura e simplesmente, que
diferentes setores se coloquem ao lado da mesma mesa, como diferentes nações se
colocam na ONU, sem fazer mais do que afirmar, cada um, seus direitos nacionais e
sua soberania em relação à entrada de vizinhos.
Mas a diversidade étnica ou interdiciplinaridade também pode significar
intercâmbio e cooperação, tornando a diversidade uma coisa viva. [...] a
2
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 8ª ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
multidisciplinaridade cria uma organização acadêmica, por causa de um projeto ou algo
comum a eles; As disciplinas são agora chamadas como especialistas especializados
para resolver este ou aquele problema; agora, pelo contrário, estão em plena
cooperação para conceber esta coisa e este projeto, como exemplo de fazer gente. [...]
transdisciplinaridade, muitas vezes trata dos esquemas de compreensão que podem
transcender a disciplina, às vezes com tanta violência que os deixa atordoados. Na
verdade, são as combinações de inter-multi-trans-disciplinaridade que fizeram e
desempenharam um papel frutífero na História da ciência; é preciso preservar as
principais ideias envolvidas nisso, ou seja, a cooperação; melhor, algo comum; e,
melhor ainda, um design comum. [...] (MORIN, 2003, p. 115).
4
ONU, Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz. 1999. Disponível em http://www.
comitepaz.org.br/download/Declara%C3%A7%C3%A3o%20e%20Programa%20de%20 A
%C3%A7%C3%A3o%20sobre%20uma%20Cultura%20de%20Paz%20-%20ONU.pdf. Acesso em 04
abril. 2023
5
NUNES, Antônio Osório. Como restaurar a paz nas escolas: um guia para educadores. São
Paulo: Contexto, 2011
cooperação. Isso significa que as escolas devem incutir nos alunos o respeito pela
diversidade humana.
O primeiro passo nessa direção é a gestão de conflitos. Neste caso, trata-se de
prevenir conflitos e restabelecer a paz e a confiança entre as pessoas envolvidas na
situação. Outro aborda o tema da saúde mental, dadas as necessidades atuais diante
de uma pandemia global. Esta missão estende-se a escolas, instituições e outros
locais de trabalho em todo o mundo, bem como a instalações governamentais, centros
de comunicação, lares e associações. As escolas desempenham um papel nesta
situação de conflito porque ninguém é igual a todos e todos pensam e agem de
maneira diferente. A mediação cuidadosa do conflito é uma forma de resolver os
problemas sem violência.
Sem essa mediação, os conflitos podem atingir proporções incontroláveis,
desencadeando agressões verbais, físicas e psicológicas. Há uma série de ações que
as escolas realizam para se engajar efetivamente no diálogo. Uma delas é o uso de
métodos restaurativos, que incluem por meio da comunicação não violenta, os
jogadores mostram e discutem o que causou o conflito e quais são as consequências
em suas vidas." O diálogo é projetado para resolver o problema e seguir em frente.
ato educativo, pois todas as partes Responsabilizam-se e criam soluções para os
casos sem pré-julgar ou explicar. O foco não é culpar e punir, mas restaurar as
relações entre as pessoas envolvidas no conflito, criando uma cultura de diálogo,
respeito mútuo e paz (NUNES, Ano 2011).
Por mais limitadas que sejam, as escolas parecem ser importantes. Na escola,
você aprende a conviver com pessoas com pensamentos e hábitos diferentes, você
aprende a conviver com seus pares. Dessa forma, apresenta uma oportunidade de
melhorar seu relacionamento, que é um momento de aprendizado.
A abordagem aqui é levar os jovens a uma jornada de autodescoberta por meio
de relacionamentos. O objetivo é ajudá-los a identificar e encontrar alternativas
saudáveis para atender às suas necessidades. Acreditamos que os jovens fazem
escolhas saudáveis, começando com uma base saudável. É nossa esperança que, se
essas habilidades relacionais e empoderadoras forem desenvolvidas, a sabedoria
interior emergirá nos jovens e nos adultos ao seu redor. (PRANIS, 2010)6.
6
PRANIS, Kay. Processos circulares. 1ª edição, São Paulo, Editora palas Athenas, 2010
Para moldar uma pessoa, você deve primeiro saber que tipo de pessoa deseja
moldar. Também sabe a que tipo de sociedade você está servindo: cooperativa ou
coercitiva, permissiva ou tolerante, democrática ou autoritária. Segundo Bicalho
(2013), quando se fala em cultura de paz, deve-se lembrar que esse trabalho enfatiza
o respeito à vida e à diversidade, rejeitando a violência, ouvindo o outro para entendê-
lo, protegendo o planeta, redescobrindo a solidariedade, buscando o equilíbrio de
gênero e Relações, Fortalecendo a Democracia e direitos humanos. Tudo isso faz
parte de uma cultura de paz e convivência. Quando se trata de cultura de paz, não
significa ausência de conflitos, mas busca resolvê-los por meio do diálogo,
compreensão e respeito às diferenças.
Nesse sentido, o processo circular é uma prática restaurativa desenvolvida pelo
Prof. Pranis (2010). Baseia-se na resolução de conflitos e nos processos de tomada
de decisão inspirados pelas comunidades aborígines da América do Norte e do
Canadá. Os círculos de construção da paz permitem que as pessoas se envolvam
diretamente no diálogo de maneira qualificada. O objetivo é construir coletivamente
soluções para problemas, compartilhando pensamentos e sentimentos em um
ambiente seguro. Os métodos utilizados visam não só a resolução de conflitos, mas
também a sua prevenção e o fortalecimento dos laços entre as pessoas (PRANIS,
2010).
3 CONCLUSÃO
4 REFERÊNCIAS
7
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular–Educação é
base. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 03 abril. 2023.
CARVALHO, Lúcia Helena de. Educação para a paz –uma alternativa para os desafios
da educação. Revista UNAR.1(5):17-28, 2011.
LIMA, Cezar Bueno de; AMÉRICO JÚNIOR, Elston. Educar para a paz: práticas
restaurativas na resolução de conflitos escolares. Revista de Educação e
Movimento.3(1):195-224, 2015.
NUNES, Antônio Osório. Como restaurar a paz nas escolas: um guia para
educadores. São Paulo: Contexto, 2011