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Medição do Nível da Interface por

“Displacer” – (Princípio de empuxo)


2 de junho de 2020 
 
Maurício Cordeiro 
 
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Medição do Nível da Interface


por Displacer (Deslocador) – Princípio
empuxo
Medição do nível de interface por deslocador – tem seu
princípio de medição baseada no princípio físico de
flutuabilidade de Arquimedes, que sustenta que qualquer
objeto, total ou parcialmente imerso em um fluido, é
impulsionado por uma força igual ao peso do fluido
deslocado pelo objeto. Conforme o nível do líquido se move
para cima no deslocador, a força de empuxo aumenta e há
um movimento vertical que pode ser convertido para o nível
do líquido usando sistemas microprocessado com
tecnologia avançada

As existindo basicamente duas tecnologias mais utilizadas


para esse tipo de medição por displacer que são os de tubos
de torque e as tecnologias de mola de alcance / LVDT
(transformador diferencial variável linear). Um tubo de
torque usa uma barra de torção que gira em relação ao
peso do deslocador no fluido para corresponder a uma
leitura de nível. A combinação de mola de alcance e LVDT
usa um núcleo LVDT que se move quando a mola é
descarregada por ter fluido no deslocador, fazendo com que
as tensões sejam induzidas através dos enrolamentos
secundários e convertidas em uma leitura de nível.

Para realizar a medição utiliza um dispositivo que fica


imerso no fluido chamado deslocador (“displacer” em inglês)
essa medição é recomendada para medição de nível de
fluido que formam interface líquido-liquido como o caso de
misturas de água e óleo muito comum nos vasos de
separação das unidades petrolíferas. O seu princípio de
funcionamento é muito semelhante a medição de nível por
pressão hidrostática.
 

uma condição fundamental para esse método de medição é


que o elemento de deslocamento se mantenha totalmente
submerso (Inundado) pelos fluidos do processo a ser
mensurado. Caso essa condição seja modificado para de
medição de interface líquido-líquido, sua medição será
fortemente comprometida, porque o instrumento perderá a
sua referência de medição não conseguirá discriminar entre
um nível baixo (total) de líquido e o nível baixo da interface.

Nas medições de interface se espera é medir a altura da


interface é não do nível total do fluido nesse caso fica nítido
que o nível a ser medidor é o valor do nível entre as flages
de forma a se manterem sempre submersos garantindo
assim que o deslocador também assim se mantenha. 
FORMAÇÃO DE EMULSÃO
Quando o instrumento deslocador(displacer)  possui o seu
próprio tubo de medição (stand-pipe), é importante garantir
que sua tomada vaso de processo sejam localizados em
alturas acima do ponto da interface, como já comentado
acima, para realização da medição da interface o flutuador
deve estar inundado pelos fluidos que se espera realizar a
medição. 

Isso garante que a interface líquida dentro do tubo de


medição corresponda à interface dentro do vaso . Se a
tomada de processo  superior ficar vazia (sem fluido), pode
correr existência de bolsão de gases, consequentemente
apresentar um erro de medição, essa é mais uma razão a se
garantir que esse ponto sempre esteja preenchido de
líquido.

Esse efeito pode ser verificado em caso desse tipo de


medição quando de utiliza o visor de nível.   

Calcular a força de flutuação em um elemento deslocador


devido a uma combinação de dois líquidos não é tão difícil
quanto parece. O Princípio de Arquimedes ainda se
mantém: essa força flutuante é igual ao peso do (s) fluido (s)
deslocado (s).

Tudo o que precisamos fazer é calcular os pesos e volumes


combinados dos líquidos deslocados para calcular a força de
flutuação.

Para um único líquido, a força de empuxo é igual à


densidade de peso desse líquido (γ)  multiplicada pelo
volume deslocado (V):

F flutuante = γxV

Para uma interface de dois líquidos, a força de empuxo é


igual à soma dos dois pesos líquidos deslocados, sendo que
cada termo de peso líquido é igual à densidade de peso
desse líquido multiplicada pelo volume deslocado desse
líquido:

F  flutuante  = (γ  1xV  1  ) + (γ  2  x  V  2  )

Assumindo um deslocador de área de seção transversal


constante ao longo de seu comprimento, o volume para o
deslocamento de cada líquido é simplesmente igual à
mesma área (πr 2) multiplicada pelo comprimento do
deslocador submerso nesse líquido:

F  flutuante  = (γ  1  x  (πr  2)xl  1)  + (γ  2  x  (πr  2) x  l  2 )

Como a área (πr 2) é comum aos dois termos de


flutuabilidade nessa equação, podemos fatorá -la por uma
questão de simplicidade:

F  flutuante  = (πr  2  ) X (γ  1  l  1  + γ  2  l  2  )


Nível de empuxo – Como funciona
Estando de posse dos dados de processo e dos
dimensionais do deslocador podemos agora determinar os
pontos de calibração do instrumento, considerando sempre
que seu princípio de medição está diretamente relacionado
com elemento deslocador. Embora seja necessário
aplicarmos alguns cálculos para determinar os valores da
interface, podemos considerar que esse processo é
relativamente simples e fácil quando consideremos que os
valores de LRV e URV são valores pares, bastante
semelhantes dos valores encontrados para os cálculos de
nível por pressão hidrostático.
Iniciamos pensando na condição da interface em sua
condição inferior isso é, o deslocador com a interface no
valor inferior, na sequência criamos a condição de cenário
com a interface no valor de nível alto, nesta condição o
deslocar deve assumir uma condição superior de sua faixa
de medição. 

Nas ilustrações apresentadas abaixo apresentam o esboço


de cada cenário permitindo maior clareza para o
entendimento desse processo de medição. 

Vamos agora apresentar uma condição supondo a seguinte


condição:

A condição em que o instrumento esteja medindo o nível da


interface entre dois líquidos como densidades específicas: 
0,850 e 1,10. Considerando o deslocador possuindo as
seguintes dimensões: 

Comprimento deslocador de 30″ polegadas/(762 mm) e um


diâmetro deslocador de 2,75 polegadas/(69,85mm) (raio =
1,375 polegadas / (34,93mm) ).
Vamos supor ainda que o LRV, neste caso, é onde a interface
está na parte inferior do deslocador e o URV é onde a
interface está no topo do deslocador.

Considerando os níveis de interface LRV e URV nas


extremidades do comprimento do deslocador simplifica
nossos cálculos de LRV e URV, começaremos avaliando a
condição do LRV será simplesmente o deslocador
completamente submerso em líquido leve e o do URV
simplesmente seja o corpo imerso completamente
submerso em líquido pesado.

Calculando o LRV força flutuante: Fflutuante  (LRV) = (y1  x Vvolume)


=  [y1  x (π x r2  x l)];

Calculando o URV força flutuante: Fflutuante (URV) = (y2   x Vvolume)


= [y2  x (π x r2  x l)];

Vejamos um exemplo para condição hipotética com os


cálculos abaixo:
Como exercício vamos fazer a conversão da densidade para

que possamos verificar;

          Alguns fabricantes em seus manuais os valores de


medidas são apresentando com base no sistema
internacional de medida, no caso desse instrumento cuja a
sua referência para calibração os padrões utilizados de
pesos, neste caso a unidade utilizado é libra(lb) nos Estados
Unidos EUA em particular utiliza o símbolo “#” onde cada
libra representa o valor de 0,453 592 37 quilograma.
Magnetrol® Model ESII Modulevel® to E3 Modulevel Conversion

Como aprendizado estaremos realizando o mesmo cálculo

acima caso encontremos a condição para apresentação dos


valores com base do Sistema Internacional de medida:
Como instalar e calibrar um controlador de nível digital Fisher DLC3000
A flutuabilidade de qualquer porcentagem de medição entre
o LRV (0%) e o URV (100%) pode ser calculada por

interpolação:

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