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Resumo
1. Introdução
Segundo Barros (2008), a coluna lombar é composta por cinco vértebras que articulam entre
si com a coluna torácica e com o sacro, permitindo os movimentos de flexão, extensão,
inclinação e rotação do tronco. A coluna lombar possui uma curvatura anterior fisiológica,
denominada de lordose; a linha da força de gravidade cruza não só esta curvatura como
também a cifose torácica e a lordose cervical, devendo manter-se equilibradas anterior e
posteriormente a esta linha. O desvio de uma curvatura pode desequilibrar as demais como
compensação.
Segundo Novaes, Shimo e Lopes (2006); Castro et al, (2009); Costa e Assis (2010), a
gestação acontece uma sequência de mudanças no corpo da mulher, seu útero está em
constante crescimento, há o deslocamento de seu centro de gravidade, além da liberação de
hormônios, como estrógeno e relaxina, que ocasionam um crescente afrouxamento dos
ligamentos. Todas essas modificações causam uma lordose exagerada, fazendo com que ela
sobrecarregue os músculos lombares e posteriores da coxa, gerando um processo doloroso,
denominado de lombalgia.
Este sintoma geralmente aumenta com o decorrer da gravidez, ocasionando diversas
interferências nas atividades de vida diária da gestante, tais como carregar objetos, limpar a
casa, sentar e caminhar, além de também poder acarretar absenteísmo e distúrbios de sono
(PITANGUI e FERREIRA, 2008; MARTINS e SILVA, 2005).
Segundo Cortez et al, (2012); Santos e Gallo (2010), durante o período gestacional, 50% das
gestantes relatam algum tipo de dor, em sua maioria das vezes na coluna lombar.
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1
Graduada em Fisioterapia.
2
Orientadora. Graduada em Fisioterapia. Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestre
em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde. Doutoranda em Saúde Pública.
2
2. Fundamentação Teórica
[...] Cada unidade funcional é composta por dois segmentos: o anterior, que
contém dois corpos vertebrais sobrepostos um ao outro, separados por um
"disco" e o segmento posterior, composto por duas articulações. O segmento
anterior é uma estrutura de sustentação, suporte de peso e amortecedora de
choques, enquanto o segmento posterior é apenas uma guia direcional que
não suporta peso (PEREIRA, 2005).
De acordo com Mioranza (2007), as vértebras se articulam-se umas com as outras de modo a
conferir a rigidez, mas também a flexibilidade à coluna, qualidades necessárias para o suporte
de peso, movimentação do tronco, e ajuste de posição indispensável para o equilíbrio e a
postura [...]
Fonte: http://laclinfisioterapia.blogspot.com.br/2012/08/anatomia-da-coluna.html
Figura 1: Coluna lombar
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/artrologia/coluna.htm
Figura 2: Ligamentos da Coluna lombar
4
De acordo com Gouveia e Gouveia (2008), os músculos do tronco são divididos em dois
grupos: os músculos profundos, que são os oblíquos internos, o transverso abdominal e os
multífidos; e os músculos superficiais, que são os oblíquos externos, os eretores espinhais e o
reto abdominal.
2.2 Lombalgia
De acordo com Freitas (2006); Santos et al (2010); Souza(2011), a lombalgia é usada para
definir a dor nas costas. Esta dor é localizada na parte inferior das costas, podendo ou não
irradiar-se para a parte superior, pescoço, coxas, ou até para o abdómen. A dor é uma resposta
resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos, activados por estímulos
locais [...]
Fonte: http://www.metodogerar.com.br
Figura 4: Lombalgia
O autor supracitado relata ainda que as alterações musculoesqueléticas são as que mais geram
dor na gestante, como, por exemplo, a cervicalgia, a dorsalgia, a lombalgia e a dor sacroilíaca.
Durante o período gestacional, a porcentagem de gestantes que experimenta algum tipo de
dor, na maioria das vezes na coluna lombar, chega a, aproximadamente, 50%, e a
porcentagem de gestantes que relatam sentir dor na coluna vertebral, como um todo, chega a
80%. A região lombar e a sacroilíaca são os locais de maior incidência de dor.
Do ponto de vista biomecânico, ocorre um deslocamento do centro de gravidade para frente,
devido ao aumento do abdome e das mamas, o que leva a alterações de postura, como
diminuição do arco plantar, hiperextensão dos joelhos e anteversão pélvica [...]
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Fonte: http://www.herniadedisco.com.br/espaco-dr-coluna/artigos/dor-nas-costas-em-gestantes/
Figura 5: Deslocamento do centro de gravidade
2.3 Hidroterapia
A hidroterapia vem sendo indicada e utilizada por médicos e fisioterapeutas em programas
multidisciplinares de reabilitação para pacientes nas mais diversas áreas. Com o seu
ressurgimento na década passada, houve um grande desenvolvimento científico das técnicas e
tratamentos aquáticos, permitindo uma ampla abordagem e atuação com os pacientes neste
meio (BIASOLI e MACHADO, 2006).
Fonte: http://www.elase.com.br/novo/index.php?sessao=public&id=1493
Figura 6: Hidroterapia
Segundo Biasoli e Machado (2006), muitos efeitos terapêuticos benéficos obtidos com a
imersão na água aquecida (como o relaxamento, a analgesia, a redução do impacto e da
agressão sobre as articulações) são associados aos efeitos possíveis de se obter com os
exercícios realizados quando se exploram as diferentes propriedades físicas da água, como:
Atualmente existe uma busca por recursos fisioterapêuticos, que aliviam o sintoma de dor
lombar sem colocar em risco o bem estar materno e fetal. A hidroterapia aparece como uma
alternativa de tratamento para as gestantes (FARIA et ai, 2012).
Fonte: http://www.elase.com.br/novo/index.php?sessao=public&id=1493
Figura 7: Hidroterapia/Relaxamento
O autor citado acima relata ainda que além de ser prazerosa e eficaz, utiliza os efeitos físicos,
fisiológicos e cinesiológicos advindos da imersão do corpo em piscina aquecida como recurso
auxiliar da reabilitação ou prevenção de alterações. A água possui propriedades físicas
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Fonte: http://www.elase.com.br/novo/index.php?sessao=public&id=1493
Figura 8: Hidroterapia/Exercícios
3. Metodologia
Trata-se de uma revisão bibliográfica, tendo como bases de dados: Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LiLacs) e Scientific Eletronic Library Online
(ScieLo). A pesquisa aconteceu no período de agosto de 2012 a fevereiro de 2013.
Foi realizado um levantamento bibliográfico onde foram incluídos artigos científicos e
monografias, no idioma Português, utilizando como descritores “Hidroterapia” e “Lombalgia
Gestacional”.
Como critérios de inclusão as referências deveriam abordar os benefícios da hidroterapia na
lombalgia gestacional ou que contribuíssem para o objetivo do estudo, publicadas entre 2004
a 2015. Foram excluídos referências publicadas antes de 2004, ou que não abordavam o tema
estudado.
4. Resultados e Discussão
Depois da análise dos dados, pode-se observar os benefícios da hidroterapia na lombalgia
gestacional.
Tfardowski (2004), em seu estudo demonstrou os benefícios da Hidroterapia, com 7
gestantes, onde o protocolo de tratamento aplicado por 10 sessões, com duração de 50
minutos cada, compreenderam em cinco fases: aquecimento, fortalecimento, atividade
aeróbica, alongamento e relaxamento com exercícios respiratórios em piscina aquecida com a
temperatura entre 29ºC e 33ºC. Para a comparação destas variáveis aplicou-se questionamento
direto (por meio de uma ficha de avaliação) em dois momentos, no início e ao final do
tratamento. No início do programa de reabilitação aquática, 100% das gestantes apresentavam
algum tipo de queixa dolorosa. Os sintomas localizavam- se, predominantemente na região
lombar e em membros inferiores, caracterizados por dor.
O autor supracitado relata que o programa de hidroterapia favoreceu a diminuição da
ocorrência e características da dor e a melhor evolução dos desconfortos músculo-
esqueléticos na gestação, pois a água aquecida reduz a sensibilidade das terminações nervosas
sensitivas, proporcionando a diminuição da dor, e que a partir do aquecimento muscular,
ocorre à diminuição da tensão muscular, favorecendo o relaxamento.
9
Lamezon e Patriota (2005), complementam o que Tfardowski (2004) relatou, afirmando que a
Hidroterapia é tida como a atividade ideal para a gestante, pois os benefícios da atividade
física em imersão a água aquecida possibilitam a prevenção e melhora dos desconfortos
músculo-esqueléticos.
Em adição às modificações fisiológicas que ocorrem durante a imersão em água aquecida, o
autor mencionado acima relata ainda que as propriedades físicas da água oferecem muitos
benefícios dentre eles: promoção do relaxamento muscular geral, redução da dor e dos
espasmos musculares.
As causas mais discutidas decorrentes da lombalgia são de alterações hormonais e posturais
da gestante, afirmam Gimenez, Toledo e Cancin (2008), em sua revisão de literatura e como
consequência destas alterações ocorre a lombalgia que resulta em limitação de atividades de
vida diária, insônia e diminuição de qualidade de vida. Quanto ao tratamento fisioterapêutico
o autor cita várias técnicas para o alívio da dor lombar, dentre elas a hidroterapia.
Tais benefícios como o alívio da dor lombar também mencionado pelo autor acima, assim
como outros são devidos às propriedades físicas da água e a imersão na água aquecida, relata
Costa e Assis (2010), por meio de uma pesquisa de revisão de literatura com 37 referências.
O autor supracitado relata ainda os benefícios da Hidroterapia na gestante, como: calor da
água induz a alívio das dores lombares, devido ao relaxamento que a mesma proporciona; o
empuxo e a força da gravidade diminui o estresse articular, promovendo assim exercícios
amplos e sem dor, com isso fortalecendo grupos musculares debilitados, alongando a
musculatura encurtada e consequentemente melhorando o equilíbrio e postura da gestante.
A Hidroterapia promove diversos benefícios, onde Granath, Hellgren e Gunnarsson (2006
apud Fabrin, Croda e Oliveira, 2010), realizou um estudo com 390 gestantes que teve como
intervenção o programa de aeróbica em solo x hidroterapia, uma vez por semana durante a
gravidez e obteve como resultado a diminuição da dor lombar. Segundo o autor a temperatura
elevada favorece o relaxamento muscular, melhor desempenho e sensação de conforto global.
Com o objetivo de verificar influência do tratamento hidroterapêutico na lombalgia em
gestantes que se encontravam entre a 12 e 36 semanas gestacional, Sebben et al, ( 2011),
realizou um estudo de caso, onde a amostra foi composta por duas gestantes (G1 e G2). O
tratamento de exercícios foi realizado em um período de dois meses, totalizando dez sessões
com duração de 50 minutos cada. O protocolo de tratamento foi dividido em três fases: inicial
(exercícios de aquecimento: marcha, circundação e flexão de quadril), intermediaria
(exercícios de alongamento da cervical, isquiotibiais, adutores de coxa) e final (exercícios de
relaxamento massagem na barriga, nos ombros e umas na outras).
Ao analisar o estudo, o autor observou que as manifestações individuais de dor das gestantes,
apresentaram diminuição, sendo que ambas apresentavam um grau de dor considerado acima
da média, G1 grau 6 e G2 grau 8 segundo a Escala Analógica Visual da Dor (EVA) e, ao
término da intervenção hidroterapêutica, ambas apresentaram grau zero de dor.
Faria, Alves e Leite (2012), corrobora com o estudo de Sebben et al, (2011), ao realizar um
estudo com 15 gestantes com idade gestacional entre 10 e 30 semanas e com idade entre 18 e
40 anos. Todas com lombalgia. As gestantes foram submetidas a 20 sessões de hidroterapia
em grupo, com duração de 45 minutos. As sessões envolviam exercícios de aquecimento,
alongamento, exercícios aeróbicos, e relaxamento. Os resultados do presente estudo
demonstraram que a Hidroterapia melhorou os sintomas da dor lombar em todas as quinze
gestantes atendidas. Por meio da EVA, foi constatado que a média de dor encontrada antes do
tratamento foi de 6,5 e após o tratamento 1,0.
5. Conclusão
De acordo com os autores da pesquisa durante a gestação acontece uma sequência de
mudanças no corpo da mulher, e devido a essas mudanças podem ocorrer algumas
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6. Referências
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