Aula 5 SA101 2 Sem 2022

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
TÓPICOS ESPECIAIS EM
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
“Redes e relações interorganizacionais”
ProfªTópicos
Dr ª Especiais
IomaraemScandelari Lemos.
Administração Pública
Iomara Scandelari Lemos
Conteúdos
Redes e relações interorganizacionais
- Gestão Pública e Cooperação
- Redes
- Convênios
- Consórcios
- Conselhos
- Comissões
- Parcerias
- Outras formas de redes
- Aglomerados
- Cluster
- SPL
- APL
- Redes de Valor
- Ecossistemas de Negócios
- Distritos Industriais
- Parques Industriais
Tópicos Especiais em Administração Pública
Gestão Pública e Cooperação
• Iniciativas de ação integrada e tentativas de coordenação de
esforços, de forma horizontal (entre entes semelhantes) ou
vertical (entre entes diferentes).
• Nas Regiões Metropolitanas municípios passaram a achar

soluções conjuntas para questões comuns ou que
ultrapassavam os limites da circunscrição.
• Regiões Integradas de Desenvolvimento perpassam os
contornos interestaduais.

Exemplo: Transporte
Necessidades de planejar toda uma área, devido às distâncias,

tipicamente longas, que separam as residências das pessoas de
seu local de trabalho.
• rede de estradas capaz de permitir a movimentação livre dos
carros.
• sistemas de trânsito em massa, metrôs ou ônibus
• Cidade-núcleo (ou pólo), subúrbios ou cidades adjacentes

precisam planejar em conjunto
Tópicos Especiais em Administração Pública (VASCO, 2006)
Exemplo: Abastecimento de água
• suprimento de água de alta qualidade a um baixo custo é
necessário construir um grande reservatório
• Na ausência do planejamento as localidades improvisam seu
próprio abastecimento, com poços ou outras fontes. Podendo
baixar demais o nível dos aquíferos subterrâneos.
(VASCO, 2006)

Exemplo: Disposição de Detritos
• Na falta sistema de esgotos as fossas sépticas, descarregam o
material no chão, em rios vizinhos ou no lençol freático ao
invés de descarregar em estações de tratamento.
• Na falta de aterros sanitários se aglomeram os resíduos sólidos
urbanos que podem poluir o solo, os rios e o lençol freático

Problemas compartilhados:
Necessidade da consolidação da ação governamental em uma
maior amplitude e abrangência,
ação coletiva
busca de uma solução para problemas compartilhados ou de
eficiência na gestão de serviços públicos comuns.

Redes - conceito
• latim rete “entrelaçamento de fios, cordas, cordéis, arames,
com aberturas regulares fixadas por malhas, formando uma
espécie de tecido” (FISCHER, MELO, 2004).
• “são um tipo de textura, com conotação substantiva
(totalidade), supondo permanente movimento, entrelaçamento
(transformação) e tensões entre estabilidade e mudança (auto-
regulação)”.
• conexão e articulação de atores em busca de objetivos
comuns. (ZAPATA, AMORIM, ARNS, 2007)
• Redes não têm hierarquia. São estruturas democráticas de
participação e aprendizagem.

Redes – conceito redes de
empresas
• é um conjunto de pontos ou nós conectados entre si por
segmentos – arcos – que viabilizam o intercâmbio de fluxos –
de bens, pessoas ou informações – entre os diversos pontos
da estrutura. (RedeSist, 2000)
• grupos de organizações com interesses comuns que se unem
para a melhoria da competitividade de um determinado setor
ou segmento.
• interdependência de sistemas complementares (produção,
pesquisa, engenharia, coordenação e outros), o que é distinto
de agregá-los em uma única firma.

Redes
• As transformações no papel do Estado e em suas relações
com a sociedade
• Interação de estruturas descentralizadas e de modalidades
inovadoras de parcerias entre entes estatais e organizações
empresariais ou sociais.
(FLEURY, OUVERNEY, 2007).

Redes
Solução para administrar políticas e projetos onde:
• os recursos são escassos
• os problemas são complexos
• existem múltiplos atores envolvidos
• há interação de agentes públicos e privados, centrais e locais,
• há procura por benefícios e por participação cidadã.

Rede
Vantagens :
• Especialização: concentram-se na missão principal e
exploram a expertise dos melhores prestadores disponíveis;
• Inovação: interação para que se desenvolvam boas ideias;
• Velocidade e flexibilidade: tendem a ser mais hábeis e
flexíveis.
• Alcance crescente: ampliação do alcance na busca é por
recursos financeiros (capital privado/ verbas governamentais/
parceiros potenciais e seus recursos) e de pessoas (talentos
de gestão especializados, não disponíveis sem o envolvimento
de parceiros).
(GOLDSMITH, EGGERS, 2006)
Rede
Desvantagens :
• Envolvimento de numerosos participantes governamentais e
privados,
• Dificuldades na prestação de contas (accountability) em
relação ao uso dos recursos públicos;
• Lentidão na negociação e geração de consensos, retardando
a solução de problemas que requerem ação imediata;
• Metas compartilhadas não garantem a eficácia no
cumprimento dos objetivos, e responsabilidades são
diluídas;

Rede
Desvantagens :
• Flexibilidade pode gerar afastamento de participantes e
comprometer a ação da rede;
• Critérios para participação na rede não são explícitos, nem
universais, e podem levar à marginalização de grupos,
instituições, pessoas e mesmo regiões, ficando assim a política
nas mãos somente de uma elite;
• Dificuldades de controle e coordenação das
interdependências.
(FLEURY, OUVERNEY, 2007)

Redes - desafios
• congruência de meta – conseguir alinhar metas
• supervisão distorcida – muitos governos erroneamente
percebem as parcerias públicas/privadas e a terceirização
como uma maneira de diminuir a “dor de cabeça” de
administrar um serviço e deixam de realizar um supervisão
adequada;
• colapso na comunicação – difusão e a descentralização podem
criar dificuldades de comunicação;
• coordenação fragmentada – um governo em rede normalmente
envolve coordenação entre múltiplos níveis de governo,
organizações sem fins lucrativos e empresas privadas.
(GOLDSMITH, EGGERS, 2006),
Redes - desafios
• déficit de dados e parâmetros mal estabelecidos
• falta de capacidade – demanda participação de indivíduos com
ampla experiência e com habilidade para perceber como
diferentes parceiros produzem diferentes resultados;
• Estabilidade/instabilidade no relacionamento - incerteza
alimenta a aversão a assumir riscos e certa desconfiança entre
parceiros;
(GOLDSMITH, EGGERS, 2006),

Iomara Scandelari Lemos (MALMEGRIN, 2014)
Gestão Pública e Cooperação:
Convênios
A União, os Estados e os Municípios se associam e cooperaram
de muitos outros modos, especialmente pela forma de convênios
(cooperação voluntária entre os entes federados).
a Constituição de 1967, em seu art. 16, § 4.0, posteriormente

suprimido pela Emenda Constitucional n.o 1/69, admitia
expressamente a celebração de convênios pelos municípios para
a realização de obras ou exploração de serviços públicos de
interesse comum, cuja execução ficava a depender das
respectivas câmaras municipais.
Neste caso o Convênio é celebrado entre entidades da mesma

espécie. Tópicos Especiais em Administração Pública
Convênio
Convênio com entidades do terceiro setor
Organizações Sociais – usam Contratos de Gestão

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs)
– usam Termo de Parceria (acordo de cooperação entre as
partes)
Consórcios Públicos - instrumentos definidos na Lei 11.107/2005
- Contrato de consórcio; Contrato de rateio e Contrato de
programa
.

Consórcio
Consórcio, do latim consortio = associação, ligação, união.
Consórcio é celebrado entres pessoas jurídicas de espécies
diferentes
Três tipos de contrato:

- Contrato de consórcio – celebrado entre os entes
consorciados contempla as regras da associação
- Contrato de rateio – define a transferência de recursos dos
consorciados
- Contrato de programa – regula a delegação da prestação dos
serviços públicos entre entes da federação ou entre entes e o
consórcio público
Conselhos e comissões
Conselhos possuem representantes do governo e da sociedade
civil e as decisões são tomadas de forma compartilhada
Comissões são constituídas de membros incumbidos de

acompanhar, emitir parecer e deliberar sobre questões de
interesses públicos

Parcerias
Relações entre Estado e Mercado
• Concessões - organizações do mercado
prestam serviços públicos ou realizam obras
públicas
– empresa particular (concessionário) executa o
serviço, em seu próprio nome e por sua conta e
risco, mas mediante fiscalização e controle da
Administração Pública, inclusive sob o aspecto da
remuneração cobrada ao usuário – a tarifa – que
era fixada pelo poder concedente.(DI PIETRO,
2019) Tópicos Especiais em Administração Pública
Parcerias
• Permissões - restritas aos serviços públicos.

Parcerias
• Concessões e permissões:
• Instrumentos legais - artigo 175, da
Constituição Federal, e a Lei n. 8.987, de 13 de
fevereiro de 1995.

Parcerias
• Concessões e permissões:
• contratação é feita por prazos determinados, envolvendo o
poder concedente (União, Estado, Distrito Federal ou
municípios) e o concessionário ou permissionário.
• É importante notar que devem ser realizadas licitações, sendo
permitida a participação de empresas do mercado em regime
de consórcio.
• Há agência reguladora
• A fonte da remuneração diz respeito às tarifas cobradas

Parcerias
Relações entre Estado e Mercado - Concessões :
• concessão de serviço público (em sua forma comum,
disciplinada pela Lei nº 8.987/1995);
• concessão de obra pública, disciplinada pela mesma Lei nº
8.987/1995 e agora também pela Lei nº 11.079/2004, sob a
forma de concessão patrocinada;
• concessão patrocinada (uma das modalidades de parceria
público-privada prevista na Lei nº 11.079/2004);
• concessão administrativa (outra modalidade de parceria públi-
co-privada também instituída pela Lei nº 11.079/2004);
• concessão de uso de bem público, com ou sem exploração do
bem (disciplinada por legislação esparsa).
Parcerias
• concessão de serviço público ordinária, comum ou
tradicional, remuneração decorre de tarifa paga pelo usuário
ou outra forma de remuneração decorrente da própria
exploração do serviço;
– são as fontes de receitas alternativas, acessórias, complementares ou
decorrentes de projetos associados;
– nessa categoria entram as concessões disciplinadas pela Lei nº
8.987/1995 e legislação esparsa sobre serviços públicos sujeitos a
legislação própria, como os de telecomunicações, energia elétrica etc.;
note-se que a própria Lei nº 11.079 refere-se a esse tipo de concessão
como concessão comum (art. 2º,§ 3º);

Parcerias
• concessão patrocinada, conjugam a tarifa paga pelos
usuários e a contraprestação pecuniária do concedente
(parceiro público) ao concessionário (parceiro privado);
conforme art. 3º, § 1º, da Lei nº 11.079, ela é disciplinada por
essa lei, porém a Lei nº 8.987 a ela se aplica subsidiariamente;
• concessão administrativa, remuneração é constituída por
contraprestação feita pelo parceiro público ao parceiro privado,
na forma do art. 6º da Lei nº 11.079; ela é disciplinada por essa
lei e, adicionalmente, por alguns dispositivos da Lei nº 8.987;

Parcerias
• Parceria Público-Privada (PPP): diferencia-se pela
remuneração do parceiro privado.
• remuneração pode ser exclusivamente do contratante ou mista.
Uma espécie de concessão patrocinada pelo Estado.
• Instrumentos legais Lei n. 11.079, de 30 de dezembro de 2004,
e artigos da Lei n. 8.987/95

Parcerias x Privatização
Privatização (ou desestatização)
• é a venda de ações de empresa estatal para o setor privado;
ela equivale privatização da empresa estatal que, por esse
modo, perde a natureza de empresa sob controle acionário do
Estado, para transformar-se em empresa privada. (sentido
restrito)

Parcerias x Privatização
Privatização (sentido amplo): abrange todas as formas pelas
quais se busca uma diminuição do tamanho do Estado:
• desregulação (diminuição da intervenção do Estado no domínio
econômico),
• desmonopolização de atividades econômicas,
• privatização de serviços públicos (quando a atividade deixa de ser
serviço público e vai para a iniciativa privada),
• concessão de serviços públicos (dada a empresa privada)
• contratações de terceiros (contracting out), em que a Administração
Pública celebra ajustes de variados tipos para buscar a colaboração do
setor privado, como os contratos de obras e prestação de serviços (a título
de terceirização), os convênios, os contratos de gestão, os termos de
parceria.
Parcerias
Terceirização
• contratação, de serviços de terceiro para o desempenho de
atividades-meio.
• Vantagens: especialização da empresa contratada, a
possibilidade de a empresa tomadora do serviço concentrar-se
na execução de suas atividades-fim, a diminuição dos
encargos trabalhistas e previdenciários, redução do preço do
produto ou serviço, a simplificação da estrutura empresarial.
• Formas: empreitada de obra e de serviço, a locação de
serviços por meio de interposta pessoa (fornecimento de mão
de obra), a franquia.
Parcerias
Franquias
• Apresenta grande semelhança entre concessão de serviço
público.
• Comumente chamada de concessão, o franqueador, de
concedente, e o franqueado, de concessionário.
• é uma forma de concessão que não traz prejuízo para a
Administração Pública, as exigências para o franqueado (ou
concessionário) são maiores do que na própria concessão em
sua forma tradicional, uma vez que este último é obrigado a
atuar segundo técnicas de organização e trabalho próprias do
concedente, o que não ocorre na concessão.
Parcerias
Franquias
• execução de serviços públicos, por parte do setor privado.
– Adoção de franquia em determinados setores, como o dos correios e
telégrafos.
– Subconcessão ou a subcontratação de determinados serviços
acessórios ou complementares, como a medição de consumo de água,
de energia elétrica, de gás, a distribuição de contas, a assistência
técnica a consumidor, como forma de terceirização.

Parcerias
• Parcerias para Produção e Inovação: restritas às Redes de
APL.
• O Estado participa por meio de políticas públicas, de
financiamentos através de bancos públicos, por exemplo, o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), e
apoio de recursos financeiros, logísticos e de capacitação.
• Esse suporte é reduzido e restrito a casos específicos.

Outras formas de redes

Aglomerado
(LEMOS, 2004).
Aglomerado
• São concentrações de organizações ou

empresas que não têm nenhuma ou poucas
estratégias e acordos de cooperação, porém se
beneficiam de uma área onde vários de seus
próprios concorrentes estão localizados.
• Formação de um espaço geográfico com
proximidade de organizações criando uma área
propícia para competições, bem como,
oportunidades de negócio.
Aglomerado
• Proximidade entre as organizações, contudo

estas não dependem uma das outras, tendo
apenas interações fracas entre elas, e não
compartilhando nada em comum a não ser o
espaço onde elas estão situadas. (LEMOS,
2004).

Cluster
(LEMOS, 2004).
Cluster
• É um agrupamento de empresas de mesma

natureza com propósitos e características
iguais entre si (LEMOS, 2004)

Cluster
Características físicas:
• concentrações geográficas,
• variedade de tipos de empresas e instituições,
• nível de especialização operacional das empresas,
• número de empresas de cada tipo,
• existência de reciclagem e subprodutos.
Características sociais:
• cooperação entre as empresas,
• disputa intensa,
• uniformidade de tecnologia
• cultura adaptada ao produto.
(ZACCARELLI, KWASNICKA, 2002)
Cluster em Aliança Estratégica
(LEMOS, 2004).
Cluster em Aliança Estratégica
Para Lemos (2004)

• visa obter um forte apoio e cooperação entre os
agentes,
• as organizações precisam aliar suas estratégias
para uma maior efetividade e alcance de suas ações
junto aos outros agentes da cadeia produtiva local.
• Quando este sistema cresce e aceita outros agentes

alinhando as estratégias de sustentabilidade regionais,
começa um outro processo que passa a se tornar um arranjo
produtivo local.
Sistema Produtivo Local (SPL)
• organização econômica geradora de produtos ou serviços
específicos
• enraizadas num território
• atores são capazes de manter intensas relações entre si e
trocar conhecimentos.
(COURLET, 2001)

Características
• “ancoragem territorial”, interações comerciais e interações
sociais, construídas num vínculo com o território.
• favorece a capacidade de aprendizagem coletiva dos atores e
o sentimento de pertencimento ao território vivido.
• Relações de reciprocidade – presentes na família, nas relações
de amizade ou em outras formas de relacionamento
comunitário – que impliquem fidelidade, gratidão, identidade.
(PECQUEUR, 2009)

• Conjunto de saberes e competências nele praticadas e não
reproduzíveis em outros territórios é fator de diferenciação.
• experiências anteriores bem-sucedidas contribuem para um
conhecimento recíproco e um ambiente de confiança entre
os atores.
• dispositivo de regras construído coletivamente rege, ao
mesmo tempo, os modos de produção e de viver desses
sistemas específicos e autorregulados (GUILLAUME, 2008).

Arranjo Produtivo Local
(LEMOS, 2004).
Arranjo Produtivo Local
• aglomerações de empresas localizadas num mesmo

território,
• apresentam especialização produtiva
• vínculo de articulação, interação, cooperação e
aprendizagem entre si e com outros atores, locais (governo,
associações empresariais, instituições de crédito, ensino e
pesquisa).
• recorte do espaço geográfico (parte de um município,
conjunto de municípios, bacias hidrográficas, vales,
serras, etc.) que possua sinais de identidade coletiva
(sociais, culturais, econômicos, políticos, ambientais ou
históricos). (SEBRAE-MG, 2004),
Redes de Valor e
Ecossistema de Negócios
• Difere dos demais, não estão ligados à localização.
• Cooperação e estratégias de negócios.
• Tais empresas têm um centro de comando descentralizado
adaptando-se às mudanças do mercado e das novas tecnologias
que impactam diretamente os negócios da empresa.
• As novas tecnologias permitem que as organizações pertençam a
um ecossistema (ecossistema de negócio) mais robusto e rentável
ao longo do tempo, auxiliando a sobrevivência a mudanças bruscas
de novas tecnologias que venham impactar nos negócios.

Redes de Valor
• Criam valor em cada um dos nós onde ela se encontra,
formando regiões que propiciam às organizações um
crescimento, quando instaladas nessas regiões.

Ecossistema de Negócios
• aborda organizações “[...] que codesenvolvem capacidades de
inovação e trabalham cooperativa e competitivamente para
respaldar novos produtos, satisfazer às necessidades dos
clientes e incorporar a próxima sucessão de inovações”.
(MOORE, 1996, p. 28).
• Para Moore (1996, p.60) uma organização “[...] pode tentar
moldar a evolução dos negócios [...] a ênfase está em formar
ecossistemas inteiros com uma força inovadora - ecossistemas
cujo propósito é atrair mais clientes e maior quantidade de
boas ideias para sua órbita”.

Distritos Industriais
• são regiões onde existem muitas empresas de um mesmo
ramo de negócio, formando um distrito, muito semelhante ao
conceito de aglomerado.

Distritos Industriais
• Características dos processos produtivos de fracionamento em
fases e a possibilidade de encaminhar no espaço e no tempo
os frutos dessa produção fracionada.
• Construção social de sinergia entre a atividade produtiva e a
vida cotidiana da população.
• Fato coletivo num dado lugar cuja contiguidade espacial
permite economias de escala ao conjunto dos processos
produtivo, de forma segmentada, flexível e adaptada ao
mercado.
(BECATTINI, 2002)

Parques Industriais
• são uma forma de cluster vinculado ao distrito industrial por
serem subsidiados por eles, para desenvolvimento de
estratégias competitivas e cooperativas, bem como novos
processos de produção e negócios.

Estratégias Aglomerado Cluster Redes de Valor Distritos Industriais Parques Industriais Cluster em Aliança Arranjo Produtivo Business Ecosystem
Estratégica Local
Características
Concentração de Concentradas Concentradas Não Concentradas e com Concentradas e com Concentradas Concentradas Podem ser mistas
organizações em há concentração. fracionamento das fracionamento das concentradas ou não.
uma determinada partes do processo partes do processo
área geográfica
(região)
Tipos de Diversos setores Um setor ou Diversos setores Um setor ou atividade Um setor ou atividade Um setor ou atividade Um setor ou atividade Diversos setores
organizações atividade específica específica específica específica dependendo do
específica objetivo e das alianças
Porte das empresas Pequeno, médio Pequeno, médio Pequeno, médio e Pequeno Pequeno Pequeno, médio e Pequeno e médio. Pequeno, médio e
e grande e grande grande grande grande
Nível das Estratégias Organizacionais Mista Organizacionais e Organizacionais, entre Organizacionais, entre Entre as organizações Entre todos os Entre agentes e
organizacionais e entre organizações as organizações e a as organizações e a parceiras agentes locais organizacional.
entre as parceiras comunidade comunidade
organizações
Ações Competitivas Competitivo- Mistas, tanto Competitivo- Competitivo- Competitivo- Competitivo- Mistas, tanto
cooperativas competitivas como cooperativas, cooperativas, cooperativas cooperativas, competitivas quanto
Competitivo- coordenadas e coordenadas e coordenadas, competitivo-
cooperativas integradas à integradas à planejadas e cooperativas,
comunidade comunidade integradas. coordenadas,
planejadas e
integradas.
Parcerias formais ou Não existe Fracas Não existentes ou Fortes Fortes (este depende Fortes Fortes Fracas
informais fracas do distrito industrial
onde se encontra)
Estabelecimento de Não existe Pode existir ou Não existe Forte e estabelece Forte Estabelece objetivos Estabelece objetivos Estabelece objetivos
objetivos comuns não. objetivos comuns entre comuns entre comuns com todos os comuns entre as
organizações e parceiros agentes locais organizações
comunidade parceiras, mas
estimula a competição
entre elas.
Responsáveis pelas Administradores Administradores Administradores e Administradores, Administradorese Administradores e Agentes articuladores Administradores e
ações e gerentes da e gerentes da gerentes da gerentes da empresa e gerentes das gerentes das e agentes locais gerentes da empresa
empresa empresa empresa comunidade. empresas parceiras empresas parceiras
Agentes locais Empresas Empresas Empresas privadas Empresas privadas, Empresas privadas, Empresas privadas, Empresas privadas, Empresas privadas.
envolvidos no privadas privadas, instituições e instituições e instituições e poder poder público,
processo instituições e comunidade comunidade público instituições,
poder público instituições de ensino,
organizações não-
governamentais,
associações,
sindicatos e
Tópicos Especiais em Administração Pública comunidade.
Cadeia Produtiva Desvinculada Integrada Desvinculada Iomara
ou Integrada Scandelari Lemos Integrada
Integrada Integrada Desvinculada ou
integrada integrada
Tipos de Diversos setores Um setor ou Um setor ou atividade Um setor ou atividade Um setor ou atividade Um setor ou atividade Diversos setores
organizações atividade específica específica específica específica dependendo do
específica objetivo e das alianças
Porte das empresas Pequeno, médio e Pequeno, médio Pequeno, médio e Pequeno Pequeno Pequeno, médio e Pequeno e médio. Pequeno, médio e
grande e grande grande grande grande
Nível das Estratégias Organizacionais Mista Organizacionais e Organizacionais, entre Organizacionais, entre Entre as organizações Entre todos os Entre agentes e
organizacionais entre organizações as organizações e a as organizações e a parceiras agentes locais organizacional.
e entre as parceiras comunidade comunidade
organizações
Ações Competitivas Competitivo- Mistas, tanto Competitivo- Competitivo- Competitivo- Competitivo- Mistas, tanto
cooperativas competitivas como cooperativas, cooperativas, cooperativas cooperativas, competitivas quanto
Competitivo- coordenadas e coordenadas e coordenadas, competitivo-
cooperativas integradas à integradas à planejadas e cooperativas,
comunidade comunidade integradas. coordenadas,
planejadas e
integradas.
Parcerias formais ou Não existe Fracas Não existentes ou Fortes Fortes (este depende Fortes Fortes Fracas
informais fracas do distrito industrial
onde se encontra)
Estabelecimento de Não existe Pode existir ou Não existe Forte e estabelece Forte Estabelece objetivos Estabelece objetivos Estabelece objetivos
objetivos comuns não. objetivos comuns entre comuns entre comuns com todos os comuns entre as
organizações e parceiros agentes locais organizações
comunidade parceiras, mas
estimula a competição
entre elas.
Responsáveis pelas Administradores e Administradores Administradores e Administradores, Administradorese Administradores e Agentes articuladores Administradores e
ações gerentes da e gerentes da gerentes da gerentes da empresa e gerentes das gerentes das e agentes locais gerentes da empresa
empresa empresa empresa comunidade. empresas parceiras empresas parceiras
Agentes locais Empresas Empresas Empresas privadas Empresas privadas, Empresas privadas, Empresas privadas, Empresas privadas, Empresas privadas.
envolvidos no privadas privadas, instituições e instituições e instituições e poder poder público,
processo instituições e comunidade comunidade público instituições,
poder público instituições de ensino,
organizações não-
governamentais,
associações,
sindicatos e
comunidade.
Cadeia Produtiva Desvinculada Integrada Desvinculada ou Integrada Integrada Integrada Integrada Desvinculada ou
integrada integrada
Foco em benefícios Econômicos Econômicos Econômicos Econômicos e sociais Econômicos Econômicos Econômicos, sociais, Econômicos e
culturais e ambientais ambientais
Tipo de emprego Formal Formal Não analisado Formal Formal Formal Formal e informal Formal e informal
estimulado
Desenvolvimento Desenvolvimento Desenvolviment Desenvolvimento
Desenvolvimento Desenvolvimento Desenvolvimento Desenvolvimento Desenvolvimento
local
Tópicos Especiais
o Local e/ou Regional
em Administração
Local e/ou Regional Local e/ou Regional
Pública
Local e/ou Regional Regional Local e/ou Regional
Regional Iomara Scandelari Lemos
REFERÊNCIAS
BECATTINI, G. Os distritos industriais na Itália. In: URANI, A., COCCO, G., GALVÃO, A. P. (orgs.)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11107.htm
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REFERÊNCIAS
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