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COLÉGIO ESTADUAL TARSILA DO AMARAL

ENSINO FUDAMENTAL E MÉDIO

TRABALHO REFERENTE À DISCIPLINA DE LINGUA PORTUGUESA

NOME DOS ALUNOS: JULIO CEZAR, MATEUS, MARCOS

ROMANTISMO

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 2022

Profª. EMERSON LUIZ DE SOUZA

RESUMO

O romantismo é uma escola literária que surgiu na Europa no século 18 e que


valoriza a subjetividade, o sentimentalismo e o nacionalismo. O marco inicial do
movimento ocorreu em 1774, com a publicação do romance Os sofrimentos do
jovem Werther, do alemão Johann Wolfgang von Goethe.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................7
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................9
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................40
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................43
1. INTRODUÇÃO AO ROMANTISMO

O Romantismo foi um movimento estético e cultural que revolucionou a


sociedade nos séculos XVIII e XIX, deixando para trás valores clássicos e
inaugurando a modernidade nas artes. As obras românticas baseavam-se,
então, em valores da burguesia, classe social que substituía a elite absolutista
em diversos países.

INTRODUÇÃO AO ROMANTISMO NO BRASIL


O marco inicial do Romantismo no Brasil se deu em 1836, com a publicação do
livro de poemas “Suspiros poéticos e saudades”, de Gonçalves de Magalhães
(1811-1882). No mesmo ano, foi publicada. a Revista Niterói, em Paris,
considerada precursora do movimento.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/ DESENVOLVIMENTO


Três fundamentos do estilo romântico: o egocentrismo, o nacionalismo e
liberdade de expressão. Segundo Fabio Luiz Sobieski diz que; Romantismo,
ainda chamado de Romanticismo, foi um abalo artístico, político e filosófico
aparecido nas derradeiras décadas do século XVIII na Europa que persistiu por
boa parte do século XIX, diferenciando-se como uma visão de mundo adversa
ao racionalismo e ao iluminismo, procurou um nacionalismo que viria a
materializar os estados pátrios na Europa.
O egocentrismo: também chamado de subjetivismo, ou individualismo.
Evidencia a tendência romântica à pessoalidade e ao desligamento da
sociedade. O artista volta-se para dentro de si mesmo, colocando-se como
centro do universo poético. A primeira pessoa ("eu") ganha relevância nos
poemas.
O nacionalismo: corresponde à valorização das particularidades locais.
Opondo-se ao registro de ambiente árcade, que se pautava pela mesmice,
vendo pastoralismo em todos os lugares, o Romantismo propõe um destaque
da chamada "cor local", isto é, o conjunto de aspectos particulares de cada
região. Esses aspectos envolvem componentes geográficos, históricos e
culturais. Assim, a cultura popular ganha considerável espaço nas discussões
intelectuais de elite.
A liberdade de expressão: é um dos pontos mais importantes da escola
romântica. "Nem regra , nem modelos "- afirma Victor Hugo, um dos mais
destacados românticos franceses. Pretendendo explorar as dimensões
variadas de seu próprio "eu", o artista se recusa a adaptar a expressão de suas
emoções a um conjunto de regras pré-estabelecido. Da mesma forma, afasta-
se de modelos artísticos consagrados, optando por uma busca incessante da
originalidade.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS/ CONCLUSÃO

O Romantismo é completamente o oposto da corrente anterior – o


Classicismo.

Representa, na literatura e na arte em geral, os anseios da classe


burguesa que, na época, estava em ascensão. A literatura, portanto,
abandona a aristocracia para caminhar ao lado do povo, da cultura leiga.
Por esse motivo, acaba por ser uma oposição ao Classicismo.

Ao Romantismo, cabe a tarefa de criar uma linguagem nova, uma nova


visão do mundo identificada com os padrões simples de vida da classe
média e da burguesia. Enquanto o Classicismo observava a realidade
objectiva, exterior, e a reproduzia do mesmo modo, através de um
processo mimético (de imitação), sem deformar a realidade, o
Romantismo deforma a realidade que, antes de ser exposta, passa pelo
crivo (coador) da acção.

A arte romântica inicia uma nova e importante etapa na literatura, voltada


aos assuntos do seu tempo – efervescência social e política, esperança e
paixão, luta e revolução — e ao quotidiano do homem burguês do século
XIX; retrata uma nova atitude do homem perante si mesmo. O interesse
dessa nova arte está voltado para a espontaneidade, os sentimentos e a
simplicidade – sendo, assim, subjectiva -, opondo-se, desse modo, à arte
clássica que cultivava a razão – realidade objectiva.

A arte, para o romântico, não se pode limitar à imitação, mas ser a


expressão directa da emoção, da intuição, da inspiração e da
espontaneidade vividas por ele na hora da criação, anulando, por assim
dizer, o perfeccionismo tão exaltado pelos clássicos. Não há retoques
após a concepção para não comprometer a autenticidade e a qualidade
do trabalho.

O presente trabalho teve como proposição promover uma discussão sobre a


função
das imagens e imagens culturais, e como elas agem na formação do sujeito e
das
sociedades.

ANALIZE DA POESIA:
Nome do poema: “A canção do africano” explicação: refere-se a uma canção
que mucama cantava 1ª estrofe: Lá na úmida senzala, Sentado na estreita sala
Junto ao braseiro, no chão, Entoa o escravo o seu canto, E ao cantar correm-
lhe em prantos Saudades de seu torrão...
Explicação: nessa primeira estrofe o autor conta que ficava una negra Africana
de um lado da senzala, todos sentado no chão, ela cantava uma musica que
lembra sua terra e ao cantar ela chora. 2ª estrofe: De um lado, uma negra
escrava Os olhos no filho crava, Que tem no colo a embalar... E á meia voz lá
responde Ao canto, e o filinho esconde, Talvez para não o escutar!
Explicação: Como já disse, na senzala eles ficavam no chão, e a negra, a que
o autor se refere, esta ao lado com o filho dela no colo, eles ouvem a música e
os filho esconde, justamente para não escutar, pois a música os lembra a terra
onde eles moravam e eram livre, só que essa não era a realidade deles no
momento, então, os mais novos que não chegaram a conhecer esse lugar,
preferiam não saber como é, talvez porque sabiam que nunca iria até lá, e era
melhor achar que esse lugar não existia. 3ª estrofe: “minha terra é lá bem
longe, Das bandas onde o sol vem; Está terra é mais bonita, Mas a outra é que
eu quero bem!
Explicação: nessa estrofe e nas próximas, o autor copia a musica citada na 1ª
e na 2ª estrofe. A letra dessa música nos deixa perceber a saudade que eles
tem de sua terra natal. Nesse primeiro verso da música, dizem que a terra de
onde eles vem (África) é longe, e a compara com o local onde o sol nasce,
falam também que esse terra, no coso o Brasil, é bonita só que a deles onde
eram livres é que eles querem bem, no caso a África. 4ª e 5ª estrofe: “ o sol faz
lá tudo em fogo, Faz em brasa toda areia; Ninguém sabe como é belo Ver a
tarde o papa-ceia! “Aquelas terras tão grandes, Tão cumpridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras Dão vontade de pensar...
Explicação: esses versos da música, ressalta as belezas naturais da África,
que apesar de ser uma terra que possue certos lugares com clima muito
quente, também tem belezas naturais, como de exemplo o papa-ceia, que é
uma ave típica e muito bonita de lá, sua beleza é comparada a de um sabia
aqui no Brasil. Citam também que lá as terras são grandes e as comparam com
o mar, mas acho que não é essa a mensagens a se passar, creio eu que eles
querem dizer que o local onde eles estão é que é pequeno e apertado, esse
lugar seria a senzala. Falam também “Com suas poucas palmeiras, Dão
vontade de pensar...” e nos passa a idéia de que lá seria um lugar tranqüilo,
onde podiam pessar ao contrário da que onde só podiam trabalhar. 6º estrofe:
“lá todos visem felizes, Todos dançam no terreiro; A gente lá não se vende
como aqui só por dinheiro.”
Explicação: Essa estrofe, é a última da letra da música, e até o fim podemos
perceber a saudade que as escravos sentiam de sua terra natal, segundo
Castro Alves. Nela percebemos a liberdade deles antes de se tornarem
escravos e ao mesmo tempo o único motivo que os trazem aqui, a ganância
por dinheiro que seus donos tem. 7ª estrofe: O escravo calou a fala, Porque na
úmida sala O fogo estava a apagar; E a escrava acabou seu canto, Para não
acordar com o pranto O seu filinho a sonhar!
Explicação: nessa estrofe, acontece a retomada do poema, onde o autor nos
diz que após acabar a musica todos na senzala calam a boca porque já é
tarde, e essa referência de tempo podemos perceber quando diz “O fogo
estava a se apagar”. Como já disse na explicação da 2ª estrofe, as crianças
mais jovens não gostavam de escutar essa música, por isso também é que
eles param de cantar, pois não queriam acordar seus filhos que estão dormindo
com pranto. 8ª estrofe: A escrava então foi deitar-se, Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer, E se tardasse, coitado, Tinha sido surrado, Pois
bastava escravo ser.
Explicação: nessa estrofe o autor da ênfase aos castigos sofridos pelos
escravos, como por exemplo: que eles deviam levantar cedo “Bem antes do sol
nascer” porque se não, eram espancados, cá pra nós, atoa “Tinha de ser
surrado pois bastava escravo ser”. 9ª estrofe: E a cativa desgraçada Deita seu
filho, calada, E põe-se triste a beija-lo, Talvez temendo que o dono Não viesse,
em meio do sono, De seus braços arranca-lo!
Explicação: com essa ultima estrofe o autor quer passar a idéia de que os
escravos nunca perderam as esperanças, em prova disso ele apresenta esse
trecho: “ E põe-se triste a beija-lo, Talvez temendo que o dono, Não viesse, em
meio do sono, De seus braços arranca-lo!” onde a mãe beija o filho, esperando
que o dono talvez aquela noite não tirasse ela dele, ou seja, que deixasse seus
filhos dormindo aquela noite junto aos braços da mãe, para quem não sabe os
filhos escravos não ficavam junto a família durante toda a noite.
REFERÊNCIAS
Castro Alves Espumas Flutuantes (1870)

Os Escravos (1883)

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