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Comunicação Unilateral, Bilateral e Multilateral

Pensemos agora num formador que tem uma admirável facilidade de exposição. Ele pensa que
a sua sessão é dada de uma forma muito bem estruturada e clara, pois os formandos não
colocam nenhuma questão. Será um bom formador? Na situação de formação há que
determinar as posições respectivas do formador e dos formandos através do estudo da
estrutura de comunicação, esclarecer o modelo pedagógico e considerar a influência exercida
pelo formador: que norma introduz, que margem de liberdade concede na comunicação, que
reacção suscita nos formandos, etc. Podemos obter a configuração geral do tipo de
comunicação se atendermos à análise de alguns aspectos. Vejamos alguns dos modelos de
comunicação no contexto formativo e as suas características:

a)Comunicação unilateral

· a informação é emitida do formador para o formando;

· há dependência do programa previamente estabelecido;

· apropriado para dar informação, imprópria para discussão;

Os formandos poderão reter cerca de 20% da informação.

b) Comunicação bilateral

· o formador expõe a matéria utilizando audiovisuais e faz perguntas;

· o programa estabelecido é respeitado no essencial;

· a participação é mais alargada, mas o formador mantém uma posição fortemente central;

· formador como organizador e facilitador da discussão entre os formandos;


Os formandos poderão reter 50% da informação.

c)Comunicação multilateral

· o formador propõe actividades ao grupo e funciona como animador;

· os conteúdos estão mais sujeitos ao improviso, de acordo com o interesse e a disponibilidade


do formador e dos formandos;

· assegura a participação total permitindo a discussão a dois níveis: entre os participantes e


entre os participantes e o formador;

Os formandos poderão reter 70% da informação.

Conforme os objectivos que pretende atingir, o formador deve optar por um ou outro tipo de
comunicação se possível integrando-as e adequando-as ao grupo de formação.

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