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das
Doenças Periodontais
Gengivite
Periodontite Leve
Periodontite Moderada
Periodontite Grave
Sistemas de Classificação das Doenças Periodontais
● Periodontite do adulto
● Periodontite refratária
Sistemas de Classificação das Doenças Periodontais AAP World Workshop in Clinical Periodontics
1989
Tipos de Periodontite Características
Periodontite do adulto • Aparece depois dos 35 anos
• Progressão lenta
• Não existem alterações das defesas do hospedeiro
Periodontite de início precoce • Aparece antes dos 35 anos
(Pré-pubertária, Juvenil ou Rapidamente • Progressão rápida
progressiva) • Alterações das defesas do hospedeiro
• Associada a uma microflora específica
Periodontite associada com doenças • Doenças sistémicas que predispõem a doença
sistémicas periodontal
Periodontite ulcerativa necrosante • Semelhante à gengivite aguda necrosante mas com
perda de aderência
Periodontite refractária • Periodontite recorrente que não responde ao
tratamento
Periodontites de início precoce
Definição:
Grupo de doenças
Rapidamente progressivas
Manifestam numa idade precoce
Geralmente graves
Tendência para se agruparem em famílias
Raras
Diagnóstico:
Ausência de qualquer condição que reduza fortemente a resposta
do hospedeiro
Periodontites de início precoce
• Periodontite juvenil:
- Localizada (PJL)
- Generalizada (PJG)
Características clínicas
Destribuição familiar (Vandesteen e col. 1984; Williams e col. 1985)
Perda de suporte periodontal ao nível dos primeiros molares permanentes e/ou incisivos
(Saxen 1980)
Menos inflamação gengival do que o esperado (Liljenberg e Lindhe 1980)
A sua evolução é autocontrolada (Schluger e col. 1990)
Periodontites de início precoce
Características clínicas
Perda de suporte periodontal na quase totalidade dos dentes e inflamação gengival
eritematosa grave. (Page e Schroeder 1982; Schluger e col. 1990)
Microbiologia
Actinomyces actinomycetemcomitans
Bacteroides melaninogenicus spp (Tanner e col. 1979; Slots, Reynolds e Genco 1980; Zambon
Cristersson e Slots 1983)
Periodontites de início precoce
Manifesta-se muito cedo logo após a erupção da dentição decídua (Page a col.
1983; Bordais 1985)
A perda óssea está associada à dentição decídua (Rosenthal 1951; Hawes 1960)
Pode ser localizada ou generalizada (Page, Beatty e Waldrop 1987; Watanabe 1990)
Periodontites de início precoce
Prevotella intermedia
Actinobacillus actinomycetemcomitans
Fusobacterium nucleatum
Eikenella corrodens
Capnocytophaga sputigena
Eikenella corrodens
Fusobacterium nucleatum
Wollionella recta
Bacteroides spp de
Eubacterium spp
(Slots 1976; Tanner e col. 1979)
Periodontite do adulto
Características clínicas
Destruição dos tecidos periodontais progressiva de evolução lenta
acompanhada de inflamação periodontal moderada, havendo períodos ativos
seguidos de períodos de remissão
Microbiologia
Porphiromonas gingivalis
Bacteroides forsithus
Periodontite Refratária
2 a 4% dos doentes
Características clínicas
Periodontite que não responde aos tratamentos periodontais mesmo quando
bem executados e com a melhor colaboração possível do doente
Microbiologia
Prevotella intermedia
Prevotella nigrescens
Doença Periodontal Necrosante
Características clínicas
Necrose das papilas
Ulcerações em forma de crateras cobertas por pseudomembranas.
Formação de sequestros ósseos
Envolvimento da mucosa alveolar
Enfartamento dos linfonodos submandibulares
Febre e mal estar
Microbiologia
Treponema sp
Selomonas sp
Fusobacterium sp
Prevotella intermedia
AAP International Workshop for Classification of Periodontal Diseases 1999
Substituições de:
“Doenças da gengiva”
“Abcesso periodontal”
“Lesões endo-periodontais”
Moderada > 2 dentes e Perda óssea de 1/3 e 2/3 da raiz ou Perda de aderência de 4 a 5 mm
Grave > 2 dentes e Perda óssea > 2/3 do comprimento da raiz ou Perda de aderência > 6 mm
Periodontal Disease Index (PDI) – Ramfjord (1959)
Objetivos epidemiológicos
Critérios subjetivos
Apenas se avaliam 6 dentes: 16, 21, 24, 36, 41, 44
A gengiva é avaliada pela combinação do índice PMA (sem a gengiva aderida (A)) e o PI
Avalia-se cada dente e calcula-se a média de todos os dentes
Periodontal Disease Index (PDI) – Ramfjord (1959)
Score Componente gengiva (reversível) – Expressão clínica
0 Tecido gengival clinicamente normal
1 Alterações inflamatórias moderadas não circunscrevendo o dente
2 Gengivite leve até moderadamente grave circunscrevendo o dente
3 Gengivite grave – rubor intenso, edema, tendência para sagrar e ulceração
Procedimento
1 – Seca-se suavemente a gengiva
2 – Avalia-se as alterações de cor das faces vestibular, lingual e proximais por comparação
com o dente vizinho. Valoriza-se as alterações de cor e não as tonalidades
3 – Alterações de contorno da papila e o arredondamento da margem da gengiva
4 – Avalia-se o nível de aderência com uma sonda
Periodontal Disease Rate (PDR) – Sandler & Stahl (1959)
Procedimento
1 – Conta-se número de dentes afetados e divide-se pelo número total de dentes presentes
Apresenta-se em percentagem
Procedimento
1 – Mede-se a profundidade sondagem tal como procedemos na cínica
Navy Periodontal Disease Index (NPDI)
Consiste de um score gengival e num score de bolsas avaliados em 6 dentes: 16, 21, 36, 41,
44
Procedimento
Registam-se o estado da gengiva e atribui-se o score conforme a tabela
Medem-se as profundidades em 6 pontos por dente e regista-se o maior valor obtido no
dente (score do dente, conforme a tabela)
Navy Periodontal Disease Index (NPDI)
Score Gengival
0 Gengiva normal e firmemente adaptada ao dente e sem exsudato
1 Alterações inflamatórias sem circunscrever o dente
Uma das alterações ou combinações
Qualquer alteração de cor
Alteração de densidade ou consistência
Edema ou arredondamento da papila ou da margem da gengiva
Sangramento à sondagem ou ao toque
2 Alterações descritas em 1 mas circunscrevendo o dente
Score Bolsas
0 PS menor ou igual a 3 mm
5 PS maior do 3 e menor do que 5 mm
8 PS maior do que 5 mm
Para que servem os índices em periodontologia?
Score
0 Sem placa
Película de placa aderente à margem da gengiva e superfície dentária adjacente, que não pode ser
1
observada a olho nu, apenas com o auxílio do revelador de placa.
Acumulação de placa moderada dentro da bolsa/sulco, na margem gengival e/ou superfície dentária
2
adjacente. Pode ser observada a olho nu.
Placa abundante dentro da bolsa/sulco, na margem gengival e/ou superfície dentária adjacente.
3
Pode ser observada a olho nu.
Calculus Surface Index (CSI) – Ennever et al (1961)
Score
0 Ausente
1 Presente
Community Periodontal Index of Treatment Needs (CPITN)
A boca é dividida em sextantes WHO / FDI (1982)
Usa-se a sonda WHO
Observam-se todas as faces ou apenas em M, V, D, L
Examinam-se todos os dentes ou os dentes índice (16, 11, 26, 36, 31, 46)
Score CPI
0 Sem doença periodontal
1 Sangramento à sondagem
2 Cáculo ou placa observáveis ou percetíveis com a sonda
3 Bolsas de 4 a 5 mm
4 Bolsas maiores do que 6 mm
x Quando apenas existe um dente
Score TN
0 Sem necessidade de tratamento
1 Controlo de placa pessoal
2 Controlo de placa profissional
3 Ultra-sons, alisamento radicular tratamento cirúrgico
Percentagem de pessoas de 35 a 44 anos com bolsas periodontais de 3,5 a 5,5 mm
País Nº de estudos Período Média (%) IC
Finlândia 1 1982/83 29 24 – 35
França 5 1985/89 23 13 – 38
Alemanha 10 1985/92 45 35 – 54
Grécia 2 1985/88 25 22 – 29
Irelanda 1 1989/90 13 10 – 17
Itália 2 1983/85 41 31 – 52
Malta 1 1986 17 13 – 22
Países Baixos 3 1981/86 53 44 – 62
Noruega 1 1983 57 53 – 60
Portugal 1 1984 38 34 – 42
São Marinho 1 1987 26 18 – 37
Espanha 1 1985 21 8 – 43
Turquia 1 1987 29 25 – 33
Reino Unido 2 1985/88 54 38 – 70
Bielorrússia 1 1986 45 40 – 50
Estónia 1 1987 53 48 – 58
Hungria 2 1985/91 21 13 – 32
Quirguistão 1 1987 46 41 – 51
Polónia 3 1986/90 32 18 – 51
Federação Russa 1 1991 54 43 – 64
Eslovénia 2 1987 16 2 – 63
Tajaquistão 1 1987 50 45 – 55
Turkmenistão 1 1987 39 34 – 44
Juguslávia 2 1986/87 47 44 – 49
Europa de Leste 45 41 – 49
Europa Ocidental 36 32 – 40
Europa 37 31 – 42
Percentagem de pessoas de 35 a 44 anos com bolsas periodontais de >5,5 mm
País Estudos Período Média (%) IC
Finlândia 1 1982/83 7 4–9
França 4 1985/89 16 10 – 24
Alemanha 9 1985/92 13 8 – 19
Grécia 2 1985/88 12 6 – 20
Irelanda 1 1989/90 2 1–4
Itália 2 1983/85 14 10 – 18
Malta 1 1986 3 1–5
Países Baixos 3 1981/86 11 7 – 2??
Noruega 1 1983 8 6 – 10
Portugal 1 1984 8 6 – 10
São Marinho 1 1987 9 3 – 15
Espanha 1 1985 18 16 – 21
Turquia 1 1987 6 4–8
Reino Unido 2 1985/88 13 11 – 16
Bielorrússia 1 1986 31 26 – 36
Estónia 1 1987 13 10 – 17
Hungria 2 1985/91 4 1 – 15
Quirguistão 1 1987 31 27 – 35
Polónia 3 1986/90 16 7 – 34
Federação Russa 1 1991 30 20 – 39
Eslovénia 2 1987 21 18 – 24
Tajaquistão 1 1987 30 25 – 35
Turkmenistão 1 1987 40 35 – 45
Juguslávia 2 1986/87 15 13 – 17
Europa de Leste 23 17 – 30
Europa Ocidental 9 7 – 12
Europa 14 11 – 17
Percentagem de pessoas por parâmetros periodontais, idade e género.
Estados-Unidos 1988-1994 (Albandar et al 1999)
Homens Mulheres
Idade
Definição de Risco
É um indicador da tendência, que um indivíduo ou uma comunidade têm para desenvolver uma
doença particular, quando expostos a determinados condições (fatores de risco).
Fatores de Risco
Condição (comportamento, uma exposição ambiental, uma característica inata ou hereditária)
que, com base numa evidência epidemiológica se verificou estar associada com alterações
relacionadas com a saúde.
• F a t o r e s d e R i s c o P r i m á r i o : São as condições indispensáveis para que ocorra
determinada doença.
ex: b a c t é r i a s p a t o g é n i c a s .
• F a c t o r e s d e R i s c o E t i o l ó g i c o : São fatores que contribuem para a causa de uma
doença específica – estudos longitudinais.
ex: d i a b e t e s m e l l i t u s , t a b a c o , i n f e c ç ã o p o r H I V .
• F a c t o r e s d e R i s c o P o t e n c i a i s : Estão associados com o aparecimento da doença
mas não sabemos ainda se são fatores de risco etiológico – estudos transversais.
ex: s t r e s s , a l e r g i a , o s t e o p o r o s e .
Factores de Confusão
São fenómenos coexistem com os fatores de risco etiológico podendo ser confundidos com eles.
F a t o r e s d e R i s c o L o c a i s : Todos os fatores que promovam a inflamação dos tecidos
e/ou a acumulação de placa bacteriana ou dificultem a sua remoção.
● The bacteria must be isolated from the host with the disease and grown in pure culture.
● The specific disease must be reproduced when a pure culture of the bacteria is inoculated into a
healthy susceptible host.
Factores Sociais
Stress Negativo
-Família
Factores Psicológicos -Educação
-Modelação imune -Emprego/Profissão
-Factores sócio-económicos
-Cultura
The current understanding of periodontopathic etiology of dental plaque
(Nishihara Y., Koseki T.; Microbial etiology of Periodontitis Periodontology 2000, Vol. 36, 2004, 14–26)
Subgingival plaque
Socransky S.S. & Haffajee A.D. : Dental biofilms: difficult therapeutic targets Periodontology 2000, Vol. 28, 2002, 12–55
Addition of species
Socransky S.S. & Haffajee A.D. : Periodontal microbial ecology Periodontology 2000, Vol. 28, 2005, 135–187
Pat h o ge n i c q u a l i t i e s :
• Invasive capacity;
Boneresorption
Lipopolysaccharide
Immunoglobulin proteases
Fimbriae
Exopolysaccharide Adhesion or attachment to host outer membrane
Outer membrane proteins
Collagenase
Degradation of plasma protease inhibitors
Trypsin-likeprotease
Destruction of periodontal tissue
Gelatinase
(Daly et al.)
Model of the pathogenesis of periodontal inflammation (Offenbacher, 1996)
1
2 4, 5
7 3
6 4
5
Diabetes Mellitus Microflora periodontal (2)
• Não existem diferenças significativas
Periodontite
Alterações
vasculares
Hiperglicemia
Diabetes
Insulino-resistência
Destruição das células β ↑ IL1-β, TNF-α
Alterações dos RI ↓ FC
AGEs – Advanced glycation end products PMN – Polimorfonucleares neutrófilos IL1-β – Interleucina 1-β
RAGEs – Recetores para AGEs Mφ – Macrófagos TNF-α – Tumour Necrosis Factor alpha
RI – Recetores insulínicos FC – Fatores de crescimento
Adaptado de Grover HS, Luthra S, Molecular mechanisms involved in the bidirectional relationship between diabetes mellitus and periodontal disease. Journal of Indian Society of Periodontology, Vol. 17, No. 3,
May-June, 2013, pp. 292-301
Ta b a c o Microflora periodontal (2)
• Estudos sugerem a existência de maiores níveis de B. forsythus
Pocket depth
Definition: Distance between base of pocket and gingival margin
May change from time to time even in untreated periodontal disease
Level of attachment
Definition: Distance between base of pocket and a fixed point on the crown e.g. CEJ
Changes in the level of attachment can be due to gain or loss of attachment
Biologic or histologic depth: Distance between gingival margin
and coronal end of junctional epithelium
Clinical or probing depth: Distance to which probe penetrates
A B
“Walking” the probe technique A – Vertical Insertion – Interdental crater not detected
1 2 3 4
GM GM
CEJ ● A1 CEJ ● GM CEJ ● CEJ ● A1
A1 GM
A2 A1
A2 A2
1 2 3 4
GM
GM
CEJ● A1 CEJ ● GM CEJ ● CEJ ● A1
A1 GM
A2 A1
A2
A2 A2
1 2 3 4
PD = GM – A1 ≈ N PD = GM – A1 = 0 (N) PD = GM – A1 ≈ N PD = GM – A1 > N
CAL = 0 CAL = 0 CAL = CEJ – A1 > 0 CAL = CEJ – A1 = 0
PD = GM – A2 > N PD = GM – A2 ≥ N PD = GM – A2 ≥ N PD = GM – A2 > N
CAL = CEJ – A2 > 0 CAL = CEJ – A2 > 0 CAL = CEJ – A2 > 0 CAL = CEJ – A2 > 0