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DIREITO E MUDANÇA SOCIAL: O DIREITO

COMO INSTRUMENTO PARA A PROMOÇÃO


DA IGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL
Patrícia Tuma Martins Bertolin*

Sumário

Introdução. 1. Como o Deus Jano: duas faces olhando em direções opostas. 2. A Constituição de 1988: “Consti-
*Mestre e Doutora em Direito do Trabalho tuinte pra valer tem que ter palavra de mulher”. 3. A mudança social para a igualdade de gênero. 4. Conclusões.
pela Universidade de São Paulo; Profes-
sora do Curso de Graduação em Direito e
do Programa de Pós-Graduação em Direi-
to Político e Econômico da Universidade
Presbiteriana Mackenzie (UPM); Líder dos
Grupos de Pesquisa (CNPq) O Direito do
Trabalho como instrumento de cidadania
e de limite do poder econômico e Mulher, 33
Sociedade e Direitos Humanos. Vice-Dire-
tora da Faculdade de Direito da UPM.

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da ordem social composta de relações de dominação, já que


a legislação é expressão dos interesses dos grupos domi-
nantes, sendo elaborada por alguns de seus mandatários.

Já tratamos, em outra oportunidade, da discriminação pro-


movida pelo Direito...
INTRODUÇÃO
...uma das mais cruéis, por ser institucionalizada, social-
mente aceita e considerada justa. Como poderiam não ser
aceitas, se o pressuposto é o de que as leis são constitu-
cionais e objetivam concretizar o ideal de justiça? Contu-
do, na sociedade, é muitas vezes por meio do Direito que
se institucionalizam práticas que segregam, discriminam e

A
Constituição de 1988 estabeleceu o compromisso excluem grupos, minorias – e às vezes maiorias – étnicas e
com a construção de uma sociedade democrática sociais. (BERTOLIN; CARVALHO, 2010, p. 182)
e pluralista, que promova o bem de todos – e de
todas – e em que a pobreza seja erradicada e as desigual- Um dos valores que a ordem jurídica se incumbiu de perpetuar
dades sociais, reduzidas.1 é o patriarcalismo ou androcentrismo, sistema estruturado há
pelo menos dois mil anos, em que se concebe como “natural”
A proposta deste artigo é examinar como o Direito tem de- a condição subalterna da mulher em relação ao homem.
sempenhado o seu papel, na promoção de uma sociedade
mais igualitária, especificamente no que se refere à igualda- Segundo Pierre Bourdieu:
de de gênero, e qual a sua função hoje.
...qualquer que seja a sua posição no espaço social, as mu-
1. Como o Deus Jano: duas faces olhando em direções lheres têm em comum o fato de estarem separadas dos ho-
opostas mens por um coeficiente simbólico negativo que, tal como
a cor da pele para os negros, ou qualquer outro sinal de
A imagem do Deus Jano, da mitologia romana, com duas pertencer a um grupo social estigmatizado, afeta negativa- 34
faces olhando em direções opostas, pode ser comparada mente tudo o que elas são e fazem, e está na própria base
ao Direito, no que diz respeito ao tratamento por ele histori- de um conjunto sistemático de diferenças homólogas...
camente dispensado às mulheres. (BOURDIEU, 2011, p. 111)

O Direito se voltou, durante séculos, a garantir a reprodução

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Como importante instrumento de controle social, o Direito acarretar ameaça aos vínculos da família, perigo mani-
tratou de traduzir essa desigualdade sistêmica em suas nor- festo às condições peculiares da mulher ou prejuízo de
mas. A seguir, veremos alguns dos dispositivos legais mais ordem física ou moral para o menor.”
relevantes para a reprodução dessa sociedade patriarcal:
• O Código Civil de 1916 autorizava a anulação do ca-
• O Código Civil de 1916 estabelecia que o pátrio po- samento por “erro essencial sobre a pessoa do outro
der cabia ao marido e, em sua falta, à mulher. Poste- cônjuge”, em que se incluía a hipótese do “defloramen-
riormente, a Lei nº 4.121, de 1962, conhecida como to da mulher”, ignorado pelo marido (art. 219, IV).
o Estatuto da Mulher Casada, avançou um pouco, ao
dispor que o pátrio poder competia ao pai, que deveria • No que se refere à aplicação da lei criminal, era muito
exercê-lo com a colaboração da sua mulher. Hoje, o comum a absolvição do marido que matasse a mulher
Código Civil de 2002 estabelece que a família é chefia- em “legítima defesa da honra”.
da por ambos, não se falando mais em “pátrio poder”,
mas em “poder familiar”, que é (ou deveria ser) exer- Como se pôde ver, não são poucos os exemplos de situa-
cido por ambos os pais, em regime de colaboração, ções em que o Direito sedimentou uma condição subalterna
conforme o art. 226, §5º, da Constituição. às mulheres, sob o manto da garantia da igualdade formal2,
situação que, no Brasil, começou a mudar a partir da Cons-
• O Código Civil de 1916 dispunha que a mulher tor- tituição de 1988.
nava-se absolutamente capaz aos 21 anos, passando
a estar apta a praticar os atos da vida civil, mas o ca- 2. A Constituição de 1988: “Constituinte pra valer tem
samento a colocava novamente na condição de relati- que ter palavra de mulher”
vamente incapaz, pois, para que a mulher casada pra-
ticasse vários atos na esfera pública, como trabalhar, o A Constituição de 1988 sofreu forte influência do movimento
marido deveria consentir. Esta situação perdurou até a feminista, que ganhara força em todo o mundo nas décadas
edição do Estatuto da Mulher Casada (Lei nº 4.121/62). que antecederam a sua edição. O feminismo reconstruiu
“as bases de uma ativa participação das mulheres, dessa
• A lei presumia que a mulher estivesse autorizada pelo vez especialmente organizadas em movimentos sociais
marido a exercer funções “fora do lar”, mas este po- para fazer o legítimo enfrentamento às ditaduras e, depois, 35
dia, a qualquer momento, rescindir o contrato: o artigo com sua queda, participar efetivamente da sua superação e
446, parágrafo único da CLT (revogado apenas pela Lei da reconstrução da nação”. (MATOS, 2011, p. 112)
nº 7.855, de 1989), dispunha: “Ao marido ou pai é fa-
cultado pleitear a rescisão do contrato de trabalho [da No Brasil, assim como em outros países latino-americanos,
mulher], quando a sua continuação for suscetível de as mulheres tiveram importante papel na superação da di-

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tadura militar, nos Comitês Femininos pela Anistia, e não foi A partir de então, diversas leis foram editadas tendo em
diferente no Congresso Constituinte de 1987-1988, em que vista a promoção da igualdade de gênero: a Lei nº 7.855/89
foi muito importante o chamado lobby do batom, cujo lema revogou os dispositivos da Consolidação das Leis do Tra-
era “Constituinte pra valer tem que ter palavra de mulher”, balho (CLT) que autorizavam a interferência marital ou pa-
e que se fez ouvir em diversas discussões levadas a efeito terna no contrato de emprego da mulher adulta e parte dela
nas comissões e subcomissões. que tratava da “proteção ao trabalho da mulher”. A CLT, a
pretexto de proteger a mulher, previa proibições que dificul-
Segundo Maria Izilda Matos e Andrea Borelli: tavam a sua inserção no mercado de trabalho, vedações
que foram, paulatinamente, abolidas, como a proibição de
Mudanças comportamentais (trazidas pelos movimentos seu trabalho em jornada noturna. Com o advento da Lei nº
feministas e de contracultura) alimentaram novas expec- 7.189/1984, a permissão do trabalho noturno para as mu-
tativas femininas, despertando o desejo de autonomia fi- lheres acima de 18 anos passou a ser a regra, comportando
nanceira e de realização profissional nas mulheres das exceções e, mais tarde, a Lei nº 7.855/1989 o revogou ex-
camadas médias. A divulgação de novas possibilidades pressamente.
no controle da natalidade, como a difusão do consumo da
pílula contraceptiva, possibilitou às mulheres escolher o Leis posteriores, como a de nº 9.029/1995 e a de nº
número de filhos, diminuir e/ou postergar a maternidade, 9.799/1999, vieram a fortalecer a orientação antidiscrimina-
influenciando a entrada e permanência feminina no mer- tória da legislação brasileira editada a partir da Constituição
cado de trabalho. Contribuiu ainda para incrementar a ca- de 1988. A Lei nº 9.029/95 proibiu “a adoção de qualquer
pacidade de investir nas carreiras profissionais. (MATOS; prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a re-
BORELLI, 2012, p. 143) lação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo,
origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade...”.
Assim, a Constituição de 1988 garantiu o direito à igualda- Com esse objetivo, criminalizou condutas como “a exigên-
de formal entre homens e mulheres e ampliou os direitos cia de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou
da maternidade (licença da gestante, estabilidade provi- qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a
sória da gestante, assistência aos filhos pequenos em cre- estado de gravidez”, para citar alguns exemplos.
ches e pré-escolas). Garantiu, ainda, entre os direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, a “proibição de diferença Assim, a Constituição e a legislação infraconstitucional vi- 36
de salários, de exercício de funções e de critério de admis- gentes reconheceram a igualdade formal, permitindo que
são por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil” (art. 7º, afirmemos que o Direito brasileiro tem-se comprometido
XXX) e estabeleceu a “proteção do mercado de trabalho com a igualdade de gênero. Importa, pois, avaliar a reper-
da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da cussão social do ordenamento jurídico.
lei” (art. 7º, XX).

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3. A mudança social para a igualdade de gênero A insuficiência de creches e pré-escolas deve ser conside-
rada como um agravante da exclusão da mulher do merca-
Os indicadores sociais e econômicos demonstram que a do de trabalho, já que as demandas familiares costumam
desigualdade de gênero permanece no Brasil, apesar da recair sobre as mulheres, em face da “velha” divisão sexual
evolução legislativa, manifestando-se em diversos aspec- do trabalho.
tos, como os seguintes:
Divisão sexual do trabalho, segundo Danièle Kergoat,
• Embora as mulheres tenham um ano a mais de es-
colaridade, em média, que os homens, são menos em- ...é a forma de divisão do trabalho social decorrente das
pregadas no mercado formal (56,8% dos homens, con- relações sociais de sexo (...). Tem por característica a des-
tra 43,2% das mulheres). Na economia informal esse tinação prioritária dos homens à esfera produtiva e das mu-
panorama se inverte. (IBGE, 2012) lheres à esfera reprodutiva e, simultaneamente, a ocupação
pelos homens das funções de forte valor social agregado
• A diferença salarial persiste: o salário das brasileiras (políticas, religiosas, militares etc.). (KERGOAT, 2009, p. 67)
equivale, em média, a 73,3% do salário pago aos ho-
mens. (IBGE, 2012) Em face disso, as mulheres ainda se dividem entre responsa-
bilidades familiares e profissionais, tendem a estar sujeitas à
• O tempo gasto com o trabalho doméstico pelas mu- jornada dupla (ou tripla, quando envolve estudo), dependem
lheres era 2,5 vezes maior do que o gasto pelos ho- do consentimento da família para ter sucesso profissional,
mens, o que representa 27,7 horas delas, contra 11,2 sempre que possível delegam a outras mulheres o “seu” tra-
horas deles. (IBGE, 2012) balho doméstico e têm menos tempo para lazer.

• As mulheres ainda encontram muitas dificuldades A pretensa habilidade feminina para as atividades domés-
para ascender nas empresas: no quadro executivo, ticas (o cuidado com a casa e com a família), não obstante
apenas 13,7% são mulheres; na gerência e supervisão seja construída socialmente (as mulheres são condiciona-
elas preenchem, respectivamente, 22,1% e 26,8% das das a isso, há séculos), é naturalizada – e o que é “natural”
vagas. (Instituto Ethos, 2010) se reproduz naturalmente ad eternum.
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O trabalho das mulheres ainda tem o estigma da desigualda- É relevante ouvir a advertência de Pascale Molinier:
de que sedimentou o seu caminho: elas estão mais sujeitas
a trabalhar na informalidade, em domicílio, nas atividades a Em outras palavras, a ética do care não emana somente
tempo parcial, estão mais expostas à segregação ocupacio- das mulheres. Trata-se aqui de um ponto importante, pois
nal e ao desemprego. (BERTOLIN; CARVALHO, 2010) ele desnaturaliza duplamente aquela voz diferente, pri-

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meiramente situando seu surgimento não numa pretensa nos espaços públicos, e reafirmando insistentemente sua
natureza biológica (das mulheres), mas numa atividade, o inferioridade e sua submissão. (BERTOLIN; CARVALHO,
trabalho doméstico e de care, e também operando divisões 2010, p. 186)
sociais no grupo das mulheres... (grifos no original) (MOLI-
NIER, 2012, p. 29) As Faculdades de Direito, importantes peças desse siste-
ma, tendem a atuar na sociedade como meros centros de
Assim, o principal mecanismo que sobrecarrega as mulhe- transmissão do conhecimento jurídico oficial – e não como
res – e muitas vezes justifica que não assumam melhores centros de produção de um novo conhecimento, limitando-
oportunidades profissionais é o mesmo mecanismo por -se, o mais das vezes, a reproduzir informações de caráter
meio das quais as mulheres delegam a outras mulheres, em técnico e a conviver “respeitosamente” com as instituições
condições socioeconômicas menos vantajosas, as “suas” que aplicam o direito positivo, muitas vezes descontextuali-
tarefas domésticas. zadas e conservadoras.

4. Conclusões É impossível servir a dois senhores...

Diante do questionamento sobre o papel do Direito ante Os objetivos constitucionais de construção de uma socie-
a igualdade de gênero, conforme pudemos verificar, ele dade mais justa são inarredáveis e devem nortear a cons-
pode atuar – e de fato o fez durante séculos – como instru- trução, a aplicação e o ensino do Direito.
mento de poder e opressão de grupos minoritários (e aqui
minoria não é considerada no aspecto numérico). Vimos Para que a igualdade prevista constitucionalmente se via-
que o Direito se incumbiu, por meio de suas normas, de bilize, no que diz respeito ao gênero, o trabalho reprodu-
assegurar a reprodução de uma sociedade androcêntrica tivo precisa sair da invisibilidade e ser visto – e valorizado
e que, só recentemente, a partir da Constituição de 1988, – como a estrutura fundamental de que o trabalho produtivo
se comprometeu com a construção de uma sociedade depende para sua realização, fundamentando a construção
mais igualitária. de relações sociais mais igualitárias.

Assim, segundo BERTOLIN e CARVALHO: REFERÊNCIAS


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Sendo o Direito uma construção cultural, em que pesem AGUIAR, Roberto. A. R. de. Direito, Poder e Opressão.
os avanços das últimas décadas, o legado machista com S.P.: Ed. Alfa-Omega, 1980.
que as mulheres foram “brindadas” pela civilização greco-
-romana, faz com que juristas ainda hoje tendam a enxer- BERTOLIN, Patrícia Tuma Martins; CARVALHO, Suzete. A
gar a mulher no espaço privado, relutando em aceitá-la segregação ocupacional da mulher: será a igualdade jurí-

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dica suficiente para supera-la? In BERTOLIN, Patrícia Tuma IGBE. Síntese dos Indicadores Sociais, 2012.
Martins; ANDREUCCI, Ana Claudia Pompeu Torezan. Mu-
lher, Sociedade e Direitos Humanos. S.P.: Ed. Rideel, 2010, MATOS, Maria Izilda: BORELLI, Andrea. Espaço feminino no
pp. 179-210. mercado produtivo. In PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO,
Joana Maria (org.). Nova História das Mulheres. S.P.: Ed.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 10ª ed. R.J.: Contexto, 2012.
Bertrand Brasil, 2011.
MATOS, Marlise. Recentes dilemas as Democracia e do de-
COSTA, Ana Alice et al. (Orgs). Reconfigurações das re- senvolvimento: por que precisamos de mais mulheres na
lações de gênero no trabalho. S. P.: CUT Brasil, 2004. política? In Sinais Sociais. Sesc - Serviço Social do Co-
Disponível em: http://library.fes.de/pdf-files/bueros/brasi- mércio, Administração Nacional. Vol. 5, Nº 17, setembro-
lien/05632.pdf. Acesso em: 20/09/2015. -dezembro/2011.

ETHOS. Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maio- MOLINIER, Pascale. Ética e trabalho do care. In HIRATA,
res Empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas. Pes- Helena; GUIMARÃES, Nadya Araújo (org.) Cuidado e Cui-
quisa 2010. dadoras: as várias faces do trabalho do care. S.P.: Ed.
Atlas, 2012, pp. 29-59.
KERGOAT, Danièle. Divisão sexual do trabalho e relações
sociais de sexo. In HIRATA, Helena et. al. (org). Dicionário
Crítico do Feminismo. S.P.: Ed. Unesp, 2009, pp. 67-80. D

Notas

1. Ver preâmbulo e art. 3º da Constituição brasileira de 1988.

2. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...”


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