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Luisa Demarchi
Disparidades do ordenamento jurídico e
sua relação com a sociedade.
→ Marginalizados: buscam formas de
sobreviver e terem seus direitos garantidos em
meio a realidade em que vivem.
● No mesmo espaço geopolítico vigoram, de forma oficial ou não, mais de uma ordem
jurídica.
● Pluralidade das normas pode ter uma fundamentação econômica, racial, profissional,
além de poder corresponder a um período de ruptura social como, transformações
revolucionárias e conflito de classes.
EXEMPLO
Na favela, por ser um espaço cuja relativa autonomia decorre da “ilegalidade coletiva que
condiciona de modo estrutural o relacionamento da comunidade enquanto tal com o aparelho
jurídico-político do Estado brasileiro”, gerando o pluralismo jurídico. Em Pasárgada, por
exemplo, há uma reprodução social envolvendo a habitação, com isso observa-se a vigência
não oficial de um direito interno e informal, gerido pela associação de moradores, e aplicável à
prevenção e resolução de conflitos na comunidade.
Este direito não-oficial vigora em paralelo, ou em conflito, com o direito oficial brasileiro e
é desta duplicidade jurídica que se alimenta estruturalmente a ordem jurídica de Pasárgada.
“O DIREITO ACHADO NA RUA”
Movimento de intelectuais da Nova Escola Jurídica Brasileira (NAIR) → idealizador foi o professor Roberto
Lyra Filho.
Objetivo: pensar no Direito derivado da ação dos movimentos sociais a partir de uma perspectiva que o
entende como uma “legítima organização social da liberdade", estudo sobre as variadas definições e
concepções sobre o que as pessoas - em seus mais variados campos de atuação e vivência, até mesmo o
científico - têm acerca do Direito, e como isto impacta diretamente nas suas vidas.
● Direito surge da sociedade e não se estatal com o fenômeno da lei, sem ter relação
com o direito costumeiro que apresenta
esgota na produção do Estado
mobilidade, advindos de lutas e mudanças
● “O direito dos excluídos”.
sociais. Por isso, o direito é processo de
conquista social de novas conquistas e avanços.
RUA: espaço público para a formação de
opinião, de livre debate, de manifestações
populares que trazem a demanda dos
direitos.
DIREITO E RUA
“O judiciário faz da lei uma promessa
vazia”
(Boaventura de Souza Santos).
CONCLUSÃO
● Poderes não são capazes de resolver qualquer tipo de conflito mecanismos de
ordenação.
● Controle social do sistema jurídico não são acessíveis a todos.
● Falta de mecanismos alternativos.
CONSEQUÊNCIA:
● Falta de crença no Governo, no ordenamento jurídico e dos órgãos e funcionários
públicos por parte da sociedade.