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Epidemiologia
Os relatos sobre TDAH indicam que as taxas de incidência variam de 7 a 8% entre crianças em idade pré-
puberal que frequentam escolas elementares. Alguns estudos epidemiológicos sugerem que ele ocorra
em aproximadamente 5% dos jovens, incluindo crianças e adolescentes, e em torno de 2,5% da população
adulta. O TDAH é mais prevalente em meninos do que em meninas, variando a proporção entre os gêneros de
2:1 até 9:1.
Etiologia
Os dados existentes indicam que o TDAH é basicamente genético, com uma hereditariedade de cerca de 75%.
Seus sintomas resultam de interações complexas dos sistemas neuroanatômicos e neuroquímicos, evidenciadas
por dados de estudos genéticos de gêmeos e de famílias adotivas, estudos do gene transportador de dopamina,
estudos de neu- roimagens e dados sobre neurotransmissores.
→ Fatores genéticos: Alguns estudos de famílias produziram evidências de uma contribuição genética
significativa para o TDAH, revelando que houve um aumento na concordância em gêmeos monozigóticos, em
comparação a gêmeos dizigóticos, assim como um marcante risco elevado de 2 a 8 vezes para irmãos e pais de
crianças com TDAH, em comparação ao risco na população em geral. Sob o ponto de vista clínico, um irmão
pode apresentar predominância de sintomas de impulsividade ou de hiperatividade, e outros podem mostrar
predominância de sintomas de desatenção.
Inúmeras investigações continuam tentando identificar genes específicos envolvidos nesse transtorno. Cook e
colaboradores encontraram uma associação entre o gene transportador de dopamina (DAT1, do inglês
dopamine transporter gene) e TDAH, embora dados de outros grupos de pesquisas não tenham confirmado o
resultado. Estudos de famílias e estudos com base na população descobriram que há uma ligação entre o gene
do alelo com sete repetições do receptor de dopamina D4 (DRD4) e o transtorno. A maioria das pesquisas
moleculares sobre TDAH tiveram como foco principal os genes que influenciam o metabolismo ou a ação da
dopamina.
→ Fatores neuroquímicos: A dopamina é o foco principal das investigações clínicas, e o córtex pré-frontal foi
en- volvido com base no papel que desempenha na atenção e na regulação do controle de impulsos. Estudos
com animais mostraram que outras regiões do cérebro, como o locus ceruleus, que consiste
predominantemente em neurônios noradrenérgicos, também têm uma função im-portante na
atenção.Qualquer disfunção na epinefrina periférica, que provoca o acúmulo periférico do hormônio, tem um
grande potencial para realimentar o sistema central e “reajustar” o locus ceruleus para um nível mais baixo. Os
estimulantes, que reconhecidamente são os agentes mais eficazes no tratamento de TDAH, afetam a dopamina
e a norepinefrina, levando à hipótese de que os neurotransmissores podem adicionar disfunções aos sistemas
adrenérgico e dopaminérgico. Os estimulantes aumentam as concentrações das catecolaminas, promovendo sua
liberação e bloqueando sua reabsorção.
→ Fatores neurofisiológicos: Alguns estudos eletrencefalográficos feitos nas últimas décadas em crianças e
adolescentes com TDAH encontraram evidências de aumentos de atividade na faixa de frequência teta,
principalmente nas regiões frontais. Estudos posteriores em jovens com o transtorno produziram dados
mostrando atividade beta elevada nos achados eletrencefalográficos. Clarke e colaboradores chegaram à
conclusão de que as crianças afetadas por TDAH, com tipos combinados do transtorno, foram as que
apresentaram atividade beta significativamente mais elevada nesses estudos, tendo estudos posteriores indicado
que esses jovens também tendem a apresentar aumento na labilidade do humor e ataques de mau humor.
→ Aspectos neuroanatômicos: Eles descrevem a presença de correlações neuroanatômicas entre os
córtices superior e temporal, focalizando a atenção; nas regiões parietal e estriatal externas com funções
motoras executivas; no hipocampo com codificação de traços de memória; e no córtex pré-frontal,
deslocando-se de um estímulo para outro. Outras hipóteses sugerem o envolvimento do tronco cefálico,
que contém a função do núcleo talâmico reticular na atenção sustentada. Uma revisão das imagens por
ressonância magnética (IRM), de tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET)e de
tomografia computadorizada por emissão de fótons únicos (SPECT) indica que populações de crianças
com TDAH apresentam evidências de reduções volumétrica e de ativida- de nas regiões pré-frontais, do
cingulado anterior, do globo pálido, do caudado, do tálamo e cerebelo.
→ Fatores relacionados ao desenvolvimento: As taxas de inci- dência de TDAH são mais elevadas em
crianças com nascimento pre- maturo e cujas mães tiveram infecções durante o período de gestação.
→ Fatores psicossociais. Fatores como abuso crônico grave, maus-tratos e negligência estão associados a
determinados sintomas comportamentais que se sobrepõem ao TDAH, incluindo falta de atenção e
controle precário dos impulsos
Diagnóstico
→ Diagnóstico diferencial: O diagnóstico de TDAH é bastante provável nas situações em que os sintomas
de desatenção e de impulsividade forem descritos por indivíduos adultos como um problema que tiveram a
vida toda, e não como eventos episódicos. A sobreposição de TDAH e hipomania, transtorno bipolar tipo
II e ciclotimia é um tema controverso e difícil de separar retrospectivamente. Histórias claras de episódios
discretos de hipomania e mania, com ou sem períodos de depressão, sugerem a presença de transtornos do
humor, e não um quadro clínico de TDAH. Entretanto, em alguns indivíduos, o TDAH pode ter pré-
datado o surgimento de algum transtorno do humor. Nessa circunstância, TDAH e transtorno bipolar
podem ser diagnosticados comorbidamente. Adultos com história precoce de dificuldades escolares
crônicas relacionadas a nível de atenção, nível de atividade e comportamento impulsivo costumam ser
diagnosticados com TDAH, mesmo quando um transtorno do humor ocorrer mais tarde na vida. Os
transtornos de ansiedade podem coexistir com TDAH, sendo mais fácil distingui-los de TDAH do que a
hipomania.
luto normal X luto patológico
LUTO NORMAL: O luto normal tem início imediatamente após ou durante os meses seguintes à perda
de um ente querido. Os sinais e sintomas típicos incluem sentimentos de tristeza, preocupação com
pensamentos sobre o falecido, choro, irritabilidade, insônia e dificuldades de concentração e em
desempenhar funções do dia a dia. Dependendo do grupo cultural, o luto é limitado a um período
variável, normalmente de seis meses, mas pode se prolongar. O luto normal, contudo, pode levar a um
transtorno depressivo completo que exige tratamento. Alguns indivíduos em luto apresentam sintomas
característicos de episódio depressivo maior, como humor deprimido, insônia, anorexia e perda de peso. A
duração do pesar e do luto varia consideravelmente de um grupo cultural para outro e dentro do mesmo
grupo cultural. O diagnóstico de transtorno depressivo em geral não é estabelecido a menos que os
sintomas ainda estejam presentes dois meses após a perda.
Contudo, a presença de determinados sintomas não característicos de uma reação de pesar “normal”
pode ajudar a diferenciar luto de depressão. Esses sintomas incluem: (1) culpa por outras coisas que não
incluem as atitudes tomadas ou não tomadas pelo sobrevivente na época da morte; (2) pensamentos sobre
a morte outros que não o sentimento do sobrevivente de que seria melhor se ele estivesse morto ou de que
ele deveria ter morrido junto com o falecido; (3) obsessão mórbida com falta de valor; (4) retardo
psicomotor acentuado; (5) prejuízo funcional acentuado e prolongado; e (6) experiências alucinatórias
outras que não a impressão de ouvir a voz ou ver o vulto da imagem do falecido.
LUTO PATOLÓGICO:
A perda complicada tem uma gama confusa de termos para descrevê-la – anormal, atípica, distorcida,
mórbida, traumática e não resolvida, para nomear alguns tipos. Foram identificados três padrões de
síndromes de perda complicada disfuncional – crônica, hipertrófica e tardia. Essas não são categorias
diagnósticas do DSM-5, mas são síndromes descritivas que, se presentes, podem ser prodrômicas de um
transtorno depressivo maior.
→ Luto crônico: o tipo mais comum de luto complicado é o crônico, com frequência acentuado por
amargura e idealização da pessoa morta. É mais provável que ele ocorra quando a relação entre o
enlutado e o morto foi extremamente próxima, ambivalente ou dependente, ou quando faltam apoios
sociais e os amigos e parentes não estão disponíveis para compartilhar o pesar pelo período de tempo
prolongado necessário para a maioria dos enlutados.
→ Luto hipertrófico: Visto com mais frequência depois de uma morte repentina e inesperada, as reações
de perda são extraordinariamente intensas no luto hipertrófico. As estratégias de enfrentamento
costumeiras não são eficazes para atenuar a ansiedade, e o retraimento é frequente. Quando um membro
da família está tendo uma reação de luto hipertrófico, pode ocorrer perturbações na estabilidade familiar.
Com frequência esse luto tem um curso demorado, embora seja atenuado com o passar do tempo.
→ Luto tardio: Luto ausente ou inibido quando normalmente é esperado encontrar sinais e sintomas
explícitos de pesar agudo é denominado luto tardio. Esse padrão é marcado pela negação prolongada; a
raiva e a culpa podem complicar seu curso.
→ Perda traumática: Perda traumática refere-se ao luto que é tanto crônico quanto hipertrófico.
Caracteriza-se por aflição intensa e recorrente de luto com anseio persistente, lamento, saudades e
imagens intrusivas recorrentes do falecido; e uma mistura sofrida de esquiva e preocupação com
lembranças da perda. As lembranças positivas são com frequência bloqueadas ou excessivamente tristes,
ou são experimentadas em estados prolongados de devaneio que interferem nas atividades diárias. Uma
história de doença psiquiátrica parece ser comum nesta condição, bem como uma relação muito próxima,
de definição de identidade, com o falecido.
Fisiopato
Apesar de ainda não haver estudo que indique algum gene que seja suficiente para o desenvolvimento da
doença, algumas pesquisas sugerem que genes codificadores dos componentes do sistema dopaminérgico,
serotoninérgico e noradrenérgico estão envolvidos na sua fisiopatologia. Polimorfismos no gene
transportador de dopamina (DAT1), no gene do receptor D4 de dopamina (DRD4) e no gene do receptor
2A de serotonina (HTR2A) podem estar associados as manifestações clínicas do TDAH, mas não são fatores
causais necessários.
Para diagnóstico de hiperatividade e impulsividade pelo - Com frequência "não para", agindo como se
DSM5, o paciente precisa preencher pelo menos 6 dos estivesse "com o motor ligado"
critérios listados abaixo: -Frequentemente fala demais
-Frequentemente deixa escapar uma resposta antes
-Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés que a pergunta tenha sido concluída
ou se contorce na cadeira. -Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua
-Frequentemente levanta da cadeira em situações em vez
que se espera que permaneça sentado; -Frequentemente interrompe ou se intromete