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BORGES, Bruno Gonçalves; DA SILVA, Sérgio Pereira.

Filosofia da Educação e Formação de


Professores (p. 33). Paco e Littera. Edição do Kindle.

“O filósofo de Röcken, em sua genealogia que busca o começo da décadence do homem


ocidental, aponta para o cristianismo como sendo o fenômeno cultural e político que operou a
célebre inversão de valores responsável por um novo perfil antropológico: o homem piedoso,
manso, paciente, condescendente, pequeno, dependente etc. Este homem piedoso opõe-se
ao seu antecessor, o homem trágico, que abraçava, dançava com e acolhia a vida e suas
contingências: imprevisível, caótica, provedora de intensa alegria e de sofrimentos (alguns
evitáveis; a maioria, inevitável e dilaceradora.). O trágico possuía um amor ao destino que o
tornava mais fortalecido e apto para lidar, de forma ativa e viril, com a “ferida da existência”
que é, entre outras coisas, a angústia de se viver na imprevisibilidade e na orfandade, amando
e enfrentando os desafios que surgirem.”

ORGES, Bruno Gonçalves; DA SILVA, Sérgio Pereira. Filosofia da Educação e Formação de


Professores (p. 35). Paco e LBittera. Edição do Kindle.

“A reatividade é, pois, a “ação” do fraco, que produz e sustenta a cultura do apequenamento.


A cultura salvadora do oprimido, do pequeno, do fraco, quando nega a virilidade do estímulo à
autossuperação e à transvaloração e, pelo contrário, enfatiza o discurso da piedade e a
ladainha da injustiça, afoga-se no terreno da moral e do juízo emotivo.”

BORGES, Bruno Gonçalves; DA SILVA, Sérgio Pereira. Filosofia da Educação e Formação de


Professores (p. 37). Paco e Littera. Edição do Kindle.

“No julgamento, a defesa abusa dos expedientes morais insistindo que o ser humano não é um
animal comum, não lhe seria ético agir como aquelas leoas agiram. Há nele, no ser humano,
uma excelência transcendental (Deus) que o escolheu como a forma física através da qual seu
filho viria ao mundo, e esta forma não seria o ordinário, mas a excelsa espécie humana,
distinguida e distanciada do instinto animal e da irracionalidade que dominam porcos, vacas,
galinhas, jacarés, águias etc. Crê a defesa que o homem é racional, pensa e possui o logos, a
ética. O homem racional, segundo a defesa, é senhor de seus instintos pela ação coercitiva dos
imperativos categóricos morais.”

BORGES, Bruno Gonçalves; DA SILVA, Sérgio Pereira. Filosofia da Educação e Formação de


Professores (p. 38). Paco e Littera. Edição do Kindle.

“O guerreiro, ativamente cruel, por sua vez, se utiliza da energia vital para obtenção de mais
energia vital, afirmadora e provocadora, no adversário, de semelhante potência. Afinal, só vale
a pena uma batalha quando enfrentamos um grande inimigo! Vencer os frágeis não tem nada
de honroso nem nobre. A crueldade ativa estimula a superação e a vitória; a sua antípoda, a
crueldade reativa, é destruidora das possibilidades de crescimento e de afirmação do indivíduo
e da cultura.”

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