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00482021 1853
Sexuality and prevention among men who have sex with men
in the contexts of the AIDS and COVID-19 pandemics
Abstract This essay reflects on sexual practices Resumo Este ensaio reflete sobre práticas sexu-
and prevention in the contexts of the AIDS and ais e prevenção nos contextos das pandemias de
COVID-19 pandemics. It analyses data col- AIDS e da COVID-19. Analisa dados coletados
lected between July and October 2020 through entre julho e outubro de 2020, por meio de obser-
participant observation, as part of an ethno- vação participante, no âmbito de uma pesquisa
graphic research project on HIV vulnerability etnográfica sobre vulnerabilidade e prevenção ao
and prevention among men who have sex with HIV entre homens que fazem sexo com homens
men in the Metropolitan Region of Recife, state da Região Metropolitana do Recife. Os resultados
of Pernambuco (PE), Brazil. The results point apontam para a relevância da aparência corporal
to the relevance of physical appearance and the e da vinculação afetiva entre os parceiros no en-
affective bond between partners in engendering gendramento de emoções que medeiam a lida com
emotions that mediate coping with the risk of risco de infecção em ambas as pandemias. Sinali-
infection during both pandemics. It indicates the za para a necessidade de incorporar essas dimen-
need to incorporate those communicational di- sões comunicacionais em materiais informativos,
mensions into informational materials to make de modo a torná-los mais eficazes.
them more effective. Palavras-chave Homossexualidade, Estilizações
Key words Homosexuality, Body stylization, corporais, COVID-19, AIDS, Prevenção, Sexua-
Covid-19, AIDS, Prevention lidade
1
Laboratório de Estudos da
Sexualidade Humana do
Departamento de Psicologia
da Universidade Federal de
Pernambuco. Av. Acadêmico
Helio Ramos, CFCH, 7º
andar. Cidade Universitária.
50670-901 Recife PE Brasil.
lfelipe.rios@gmail.com
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falso entendimento de que a epidemia de Aids um deles tivesse ou quisesse ter relações fora do
está vencida ou controlada19. casamento. Como em outros contextos17,21,26,27,
As formas mais comuns de práticas soroa- observou-se a existência de práticas de soro-
daptativas são o coito interrompido, o soroposi- escolha presumidas, em que alguns elementos
cionamento (embasada nas hierarquias de risco, serviam de indicativo para inferir a sorologia de
a pessoa escolhe a posição sexual: sexo anal inser- um possível parceiro sexual. Neste âmbito, além
tivo, sexo anal receptivo ou alternância entre am- de atributos corporais em si, concorriam para a
bas as posições)18,20 e a soroescolha (escolha dos emergência do sexo anal desprotegido (SAD) a
parceiros em função do status sorológico)17,18,21. vinculação entre os parceiros.
Tenho pensado os enredos sexuais e os usos Identificamos três estilizações: “o homem
de medidas de proteção a partir de um quadro belo, portanto saudável, presumidamente soro-
conceitual que busca se aproximar das dimensões negativo para o HIV”; “o homem magro, com a
mais somáticas dos processos de produção de aparência doentia, portanto aidético, presumi-
sentidos. Esses são compreendidos como a pró- damente soropositivo para HIV”, e “o homem
pria ação social: a direção tomada pela pessoa, soropositivo para HIV de aparência saudável”.
mediante a 1) a apreensão sensorial de um ob- No campo da vinculação, surgiram personagens
jeto que, 2) instantaneamente, de modo não re- como estranho, conhecido, amigo e namorado14.
fletido, 3) mobiliza emoções e 4) significações22. Esses personagens funcionavam como integran-
Entende-se que o processo de incorporação das tes de uma escala, como esquematiza a Figura 1.
instâncias de significação são as múltiplas iden- Como mostra a Figura 1, quanto mais próxi-
tificações que realizamos ao longo da vida, com mo do polo da direita, mais propensão a não uti-
pessoas concretas, com as quais interagimos, e lizar a camisinha. A justificativa era a de conhe-
com aquelas que nos são apresentadas por meio cer os hábitos dos parceiros, o que engendraria
das narrativas23. confiança. Quanto mais para o polo da esquer-
São as narrativas que permitem a uma crian- da, menos se conhecia o parceiro e a confiança
ça incorporar, por exemplo, o machismo e o ra- diminuía, até desaparecer completamente, na
cismo, ainda que ela não tenha experiência con- figura do estranho. Como em outros contextos
creta dessa ordem. Eles se expressam em contos e e pesquisas, tesão e amor surgiram como descri-
também nas muitas historinhas sobre o cotidiano tores de emoções que produziam a abertura para
que contamos a nossas crianças, na expectativa o SAD, muito atreladas à emoção confiança27.
de ensinar-lhes o certo e o errado das coisas ou de No entanto, cenas de tesão poderiam facilmente
ajudá-las a lidar com infortúnios23. Por meio das desorganizar essa ordenação e dar passagem ao
identificações, as pessoas incorporam as regras SAD com estranhos14. Nesses casos, ficava mais
sociais, as categorizações de sexo-gênero, classe, evidente a importância da aparência saudável na
raça, sexualidade etc., produzindo figurações. No composição das estilizações.
confronto com novas imagens essas imagos vol- Já cheguei a sair numa noite com 19 homens.
tarão a ser acionadas, guiando as interações10,24,25. Eu e mais dois gays […]. Um menino “comia” meu
Denomina-se “estilizações corporais” as figu- amigo, aí, depois, vinha pra mim e depois ia pro
rações das classificações inerentes à operação dos outro, entendeste? […] [E vocês chegaram a usar
supramencionados sistemas socias. São composi- preservativos?] Só teve um só que eu não usei. Por-
ções sociais resultados estéticos do agenciamento que eu já tava sem saco, já. Mas, com o resto, eu
de elementos corporais (constituição física, ges- usei. Porque ele eu achei o mais bonitinho, eu achei
tual, vestuário, adorno, sotaque, cheiro, gosto, que ele não tinha doença, não. […] Aí que tá o
textura etc). Quando alguém é adscrito a uma processo. A gente achar que, só porque é bonitinho,
estilização por uma configuração imagética, há a não tem doença. (Hebert, 24 anos, preto, pintosa,
produção de sentidos (disposições, significados, versátil passivo).
valores, emoções) que vão mediar as ações14,15. O relato de Hebert é engendrado pelas três
estilizações que se organizam para produzir,
Na agonia do tesão por meio dos corpos, a cena e o enredo de SAD.
Quando ele menciona a beleza (logo, aparência
A análise das entrevistas apontou que a soro- saudável) como justificativa para o abandono do
escolha é a prática soroadaptativa mais relatada. preservativo com aquele parceiro da suruba, tam-
No entanto, apenas um dos entrevistados men- bém está dizendo que não tiraria o preservativo
cionou a testagem antes da retirada do preserva- com alguém que figurasse a imagem do aidético.
tivo e a pactuação de voltarem a utilizá-lo, caso No entanto, quando faz a crítica ao que chama
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Proteção Desproteção
de seu “processo”, revela a terceira estilização uma interação sexual com estranhos, amigos ou
presente no campo: “o soropositivo de aparência conhecidos finda ou quando um relacionamento
saudável”. acaba. O medo de ter se infectado faz com que os
As estilizações têm endereçamento na pró- rapazes procurem a testagem, tão logo se feche a
pria história social da epidemia do HIV. Valle28 janela imunológica. O teste anti-HIV surge como
situa a emergência de aidético em 1987, associada uma tecnologia biomédica subjetivante29 e um
com devastação corporal e uma finitude não dese- ritual de reparação30 para pôr fim às incertezas e
jada (p. 185), midiaticamente corporificada pelo dá origem à derradeira emoção do drama do sexo
cantor Cazuza, que tornou público seu processo desprotegido: alívio14.
de adoecimento e morte: A cara de Cazuza de-
finindo-se como a cara da Aids tornou-se a mais Do HIV ao Sars-CoV-2: cenas e riscos
conhecida imagem cultural corporificada de uma
vítima da Aids e, sobretudo, de um aidético. (p. Do HIV ao Sars-CoV-2, descrevo dois eventos
185) Assim, aidético, em contraste com as ideias e dos quais fiz observações: uma cena em parque
imagens de pessoas saudáveis (p. 186), permanece público, em Olinda, e indícios sobre o pós-festa
dando sentido às interações sociais. no processo de reabertura do Vale das Ninfas, no
Já o “soropositivo de aparência saudável” é re- Centro do Recife. Essas descrições me permitiram
sultante de dois avanços biomédicos: a ampliação alguns elementos para refletir sobre as práticas se-
da testagem, que permitiu identificar a presença xuais e a lida com o infortúnio da Covid-19.
do vírus antes do adoecimento, e o avanço no
tratamento, que possibilitou a postergação e/ou Mascarados no pé da Santa
a remissão do adoecimento28. Conforme Valle28, A RMR estava no processo de reabertura
essa categoria emergiu entre 1991-1992, e, como gradual das atividades econômicas, desde 1º de
Cazuza foi para aidético, Magic Johnson, joga- junho, depois de 16 dias de lockdown mais rigo-
dor de basquete norte-americano, corporificou a roso. Por compromissos religiosos, precisei levar
nova categoria: […] uma combinação de ideias de os presentes da deusa para as águas, Oxum, na
doença, coragem, força física e saúde. Passou-se a região comemorada em 16 de julho. Em épocas
falar dos soropositivos assintomáticos. […] porta- como a que estamos vivendo, e com uma respos-
dores sadios do vírus, que viviam uma vida normal. ta governamental em nível federal à pandemia de
Não obstante, completa Valle28: Havia sempre uma COVID-19 bastante sofrível, marcada por desar-
sombra na consciência por trás dessa nova repre- ticulação, estigmatização e muito descaso com os
sentação cultural da saúde no corpo de um doente. mais pobres31, nunca é demais apelar para a pro-
Sua identidade funcionava no campo ambíguo de teção vinda do “outro mundo”.
contraste e interação entre saúde e doença (p. 186). Era domingo, 19 de julho, às dez horas da
Esse campo de contraste é produtor de mais manhã. O local escolhido para deixar a oferenda
uma emoção: o medo, que se revela sempre que foi um parque que se situa entre os municípios
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na eficácia da máscara, em especial aquelas práti- terativas. Ainda que os olhares passeiem pelos
cas classificadas de preliminares: as sarrações12. E estranhos em busca de alguém interessante para,
quanto mais tempo de sarração, mais suor e mais quem sabe, puxar um papo e, em um futuro mais
umidade na máscara, o que diminui sua eficácia. próximo possível, transar e/ou namorar. De todo
É bem improvável que o casal permaneça modo, a presença dos amigos e a confiança que
de máscara num quarto de motel, uma vez que eles engendram certamente diminui a disposi-
estar em relacionamento fixo implica confiança ção para o uso de máscaras. Sem contar o grande
recíproca de que estão seguindo as medidas da consumo de bebidas e cigarro. Mas como atuar
prevenção. Na marcação do encontro, certamen- nesse espaço, reforçando os pilares da prevenção
te amor foi a palavra mais empregada para o con- à COVID-19?
vencimento do mais resistente em aceitar o con- Esse seria um espaço estratégico para distri-
vite. Sub-repticiamente, foi o tesão que realizou a buição de materiais educativos. Inspirando-me
quebra da quarentena. no que foi produzido nos bons tempos da res-
A partir da imaginação sociológica, nesse posta brasileira à Aids18,19, eu sugeriria a produ-
caso, as estratégias de prevenção devem passar ção de um “Kit sobrevivência à COVID-19”, à
por estímulo à conversa aberta e sincera sobre os semelhança dos famosos “porta-preservativos”
procedimentos mais individuais para se proteger que marcaram a resposta ao HIV/Aids em am-
do vírus, no cotidiano de cada um, seria o cami- bientes festivos. No “Kit”, junto aos preservativos
nho para discutir medidas factíveis para manter a e lubrificantes, sachês de álcool em gel e máscaras
vida sexual em contexto de pandemia com algu- esterilizadas, prêt-à-porter.
ma segurança. O que exigiria por uma autorregu- As dimensões do “Kit” deveriam ser sufi-
lação sobre os principais sintomas, mas também cientes para também caber materiais narrativos,
por uma reflexão sobre os assintomáticos (os in- como os que distribuímos ao final das nossas
fectados de aparência saudável). entrevistas no projeto em andamento. Intitulado
O risco dos familiares, residentes com cada “Na agonia do tesão”, a série de folhetos-cartilha
um, também deveria ser um tema da conversa, foi produzida a partir da análise sobre as práti-
uma vez que o encontro sexual do casal poderia cas soroadaptativas acima apresentada. Materiais
afetar as comunidades de residência. Esses ele- impressos que, a partir de narrativas e imagens,
mentos, juntamente com o conhecimento ade- discutem os modos como as emoções e estilos
quado, poderiam ajudar o casal a fazer negocia- corporais podem induzir a pessoa ao SAD. O pri-
ções sobre as medidas mais corretas, como o que meiro material da trilogia, “Amor e camisinha”,
realizar e quando, com relação a determinadas trata da negociação do preservativo entre parcei-
posições sexuais. ros fixos. O segundo, “Amigos que transam”, dis-
No caso do Vale das Ninfas, o foco não está cute a infecção pelo HIV numa cena sexual entre
propriamente no sexo em si e, mesmo que ocorra amigos depois da balada. O terceiro, “Fernando e
a possibilidade, os atores terão que se retirar para o urso”, aborda a busca pela PEP após uma cena
um local mais reservado - em cenas parecidas com sexual com um desconhecido32.
as descritas, no parque e no motel. A azaração12 Para a narrativa de um dos folhetos-cartilha
em aglomerações na rua, perto de boates e bares, que comporiam o “Kit”, visualiza-se uma cena de
remete à exposição pública e à paquera, portanto balada com a presença de uma pessoa infectada,
são ambientes que pedem posicionamentos estra- mas assintomática. Uma pessoa com máscara
tégicos, de modo que a pessoa possa ver e ser vista. sendo estigmatizada pelo uso e por, constante-
O que não impede que de vez em quando ocorram mente, passar o álcool em gel nas mãos. Dez dias
mãos dadas, abraços, carinhos na cabeça, pernas depois, ligações telefônicas comentam quais dos
e costas, bicotas e outras expressões de afeto de amigos se infectaram, e vem a constatação de que
maior proximidade corporal entre amigos, mui- somente a mascarada não se infectou. Ainda que
to comum entre os LGBTT+ da RMR. Em certas muitos dos amigos tenham tido a forma mais fra-
ocasiões e em certos horários, entretanto, a quan- ca da doença e outros permaneçam assintomáti-
tidade de gente por metro quadrado pode fazer cos, um deles está internado na UTI.
com que as interações mudem da azaração para Torna-se necessário trazer para campo da
muito próximo da sarração - do friccionar entre os reflexão os efeitos do agente etiológico (vírus) e
corpos, ainda que mediados pelas roupas. do infortúnio (doença) na vida de alguém como
Sublinha-se, mais uma vez, que nessa cena uma forma de produzir identificações e ajudar as
os amigos e, muitas vezes, namorados são os per- pessoas a acreditarem naquilo que não veem, o
sonagens mais presentes nas composições in- vírus, de que só teriam consciência corpórea com
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