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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC – UFABC

PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA POLÍTICA MUNDIAL


DOCENTE: FERNANDA CARDOSO E VALÉRIA RIBEIRO
DISCENTE: CIMERE TATIANE DOS SANTOS KLAUK
DISCIPLINA: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

TAVARES, M. da Conceição & MELIN, Luis E. “Pós-escrito 1997: a reafirmação


da hegemonia norte-americana”, in TAVARES, M. C. & FIORI, J. L. (Orgs.)
Poder e dinheiro. Uma economia política da globalização. Rio de Janeiro: Ed.
Vozes, p. 55-86, 1997.

Os autores Taveres e Melin (1997) recupera a temática da hegemonia americana agora


sem aspas. É importante observar que os autores reafirma o poder americano a partir do
plano geoeconômico (diplomacia do dólar) e no plano geopolítico (diplomacia das
armas) no quais ambas se complementam.

No ponto de vista do plano geoeconômico, os objetos de discussões perpassam pela


globalização financeira em razão de que o dólar é um balizador de ganhos de capitais; o
Japão como potência tecnológica; o bloco econômico da zona do euro; e a
transnacionalização da economia americana que favorecia Ásia, além de condicionar os
países periféricos à nova ordem global.

Já no plano geopolítico, após a guerra fria acabou acontecer instabilidade estrutural no


âmbito internacional convergindo para “uma tendência hierarquização do poder político
internacional centralizada na potência hegemônica”, notadamente a parir da “diplomacia
das armas” e, neste contexto, a economia americana atualiza o seus poder político e
financeiro.

Para a economia americana, as motivações elencadas acima tiveram como consequência


enquadrar diretrizes econômicas deliberadamente para que sócios capitalistas e,
principalmente, economias de terceiros mundo (países periféricos) pudessem promover
as políticas de ajustes neoliberais.

Do dólar monetário ao dólar financeiro que representa a nova fase da economia


americana, essa moeda tornou-se referencia básica do sistema financeiro internacional
isto se deve porque as taxas de juros americanas passaram a ser o centro das transações
comerciais e financeiras, pois tais as transações econômica (operação de securitização
que confere os processos de arbitragem) puderam ser feitas em dólar com objetivo de dá
segurança do sistema, já que o sistema econômico tornou-se desregulado, não havendo
mais paridades cambiais fixas como era conhecido antigamente, como por exemplo, o
padrão ouro-dólar.

Essa forma de desregulamentação da economia americana oportunizou que ela partir do


seu Banco Central pudesse de certo modo ter o controle mais rigoroso de forma
macroeconômica sobre as demais economias, operando decisões que impactam sobre o
juro e o cambio e, em última análise promoveu a reafirmação de sua hegemonia.

Por fim, em suas linhas finais as autoras concordam que a estratégia imperialista norte
americana está longe de chegar ao seu dito fim. Muito pelo contrário, como
coordenador hegemônico das economias globais quando essa economia parece “perder
seu rumo”, torna-se ostensivo e agressivo do ponto de vista político e econômico,
intensificando as estratégias de aparato econômico, financeiro e, sobretudo, bélico,
trazendo alto preço no que tange ao desenvolvimento econômico, principalmente, para
as economias de países considerados periféricos.

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