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09/12/2022 15:17 STF Aprova Revisão da Vida Toda: O que Fazer Agora?
A tese da Revisão da Vida Toda foi julgada favoravelmente pelo Superior Tribunal Federal
(STF) em dezembro de 2022 aos segurados.
Agora, os segurados estão correndo para entrar com uma ação judicial para conseguir a
revisão de seu benefício previdenciário.
Então, é isso mesmo, e muito mais, que você descobrirá com a leitura deste conteúdo.
1. O que é a Revisão da Vida Toda?
A Revisão da Vida Toda é a maior revisão de aposentadorias das últimas décadas
2. Quem tem direito à Revisão da Vida Toda?
3. Quais são os benefícios que podem utilizar a Revisão da Vida Toda?
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Caso você não saiba, atualmente, na hora de ser calculada a aposentadoria, os seus salários
de contribuição, após julho de 1994, são levados em conta.
Ou seja, se você trabalhava antes desta data, qualquer valor contribuído não será analisado.
Imagina, por exemplo, que você começou a contribuir em 1978, com valores próximos ao
Teto de contribuição do INSS.
Acontece que, a partir de 1995, você mudou de emprego e começou a contribuir com o
mínimo.
Na hora que você for se aposentar, os salários de contribuição considerados serão somente
os de julho de 1994 para frente.
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Assim, o objetivo da Revisão da Vida Toda é rever sua aposentadoria para que todos os seus
salários de contribuição sejam considerados.
Inclusive, os anteriores a julho de 1994, no seu PBC, para que o valor do seu benefício
aumente.
A partir de julho daquele mesmo ano, começou a vigorar o real, moeda usada até hoje.
Anos depois, em 1999, foi feita uma lei que mudou um pouco a forma de cálculo do Salário
de Benefício (SB), que é a média de seus salários de contribuição.
Essa lei estabeleceu que, para os segurados que começaram a contribuir a partir de
29/11/1999 (data de publicação da lei), o SB seria a média das 80% maiores contribuições.
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Mas, agora, com uma novidade: somente os valores dos salários de contribuição, a partir de
julho de 1994, seriam levados em consideração.
Evidente que o tempo de contribuição, antes deste período, seria considerado, mas não os
valores recolhidos para o cálculo do benefício.
Essa é a regra de transição da lei, mas como pode uma regra de transição ser mais
prejudicial do que a regra definitiva?
Imagina que você começou a contribuir perto do Teto, para o INSS, em 1980. Anos depois,
você pediu uma aposentadoria.
Os seus salários de contribuição, antes de julho de 1994, não seriam levados em conta no
PBC, porque você entrou na regra de transição.
Agora, veja a situação de um conhecido seu, que começou a contribuir para a Previdência
em dezembro de 1999, um pouco depois da vigência da lei que acabei de falar.
Quando seu conhecido for se aposentar, ele não terá essa restrição dos valores antes de
julho de 1994.
Então, a Revisão da Vida Toda é uma tese utilizada pelos advogados do Brasil desde que
saiu a lei de 1999.
Desse modo, quem contribuiu com um valor alto, antes dessa data, poderá ter direito a uma
aposentadoria maior, porque os valores de todos os salários de contribuição serão levados
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em consideração.
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Para ter direito à Revisão da Vida Toda, você precisa cumprir os seguintes requisitos:
Mas, acalme-se. Não é somente porque você cumpriu esses dois requisitos que já deverá
pedir a revisão. Há outros fatores relevantes, que poderão fazer a revisão valer a pena.
O dia 29/11/1999 é a data em que foi criada a lei que mudou o Período Base de Cálculo
(PBC).
Com isso, ficou definida uma regra de transição e uma regra definitiva para os segurados,
lembra?
Assim, os segurados que já estavam filiados ao INSS, e que tiveram seus benefícios
concedidos após a vigência desta lei (29/11/1999), têm direito à revisão, porque entraram na
regra de transição.
Nem todos os benefícios concedidos após essa data darão direito à revisão.
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Desse modo, seu benefício deverá ter sido concedido até 12/11/2019.
Caso contrário, você entrará nas novas regras que a Reforma estabeleceu.
Isso significa que a Data do Início do Benefício (DIB) deverá ser entre 29/11/1999 e 12/11/2019.
Você deverá ter contribuições significativas antes de julho de 1994, sendo o limite
estabelecido pela regra de transição.
Como especialista, preciso dizer que, somente pelo fato de você cumprir os requisitos, não
quer dizer que você poderá ter um aumento considerável no valor do seu benefício.
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Para você ver realmente a diferença no valor da sua aposentadoria, é recomendado que:
Você tenha recebido bem e, consequentemente, contribuído bem antes de julho de 1994.
Você possua poucas contribuições ou tenha começado a ganhar menos a partir de julho
de 1994.
Essas são as situações que valem a pena você pedir a Revisão da Vida Toda.
Se você ganhava bem antes de julho de 1994, isso fará com que a sua Renda Mensal Inicial
(RMI) também suba, porque serão considerados todos os seus salários de contribuição.
Imagine que você, apesar de ter começado a receber o benefício após 29/11/1999, tenha
salários de contribuições baixos antes de julho de 1994
Na hora de calcular o seu novo benefício, com base nas contribuições antes desse período,
você verá que ele não influenciará em nada para aumentar o valor.
Você também precisará ter poucas contribuições ou ter começado a ganhar menos a partir
de julho de 1994.
Desse modo, serão os seus salários de contribuição, antes dessa data (sendo maiores), que
vão fazer aumentar o valor do seu benefício.
Suponha, por exemplo, que você possua 23 anos de contribuição (com o valor de
recolhimento perto do Teto do INSS) antes de julho de 1994, e somente 10 anos de valores
baixos após essa data.
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Serão esses 20 anos de contribuições mais altas que farão com que seu benefício suba de
valor.
Conseguiu compreender por que você precisa desses outros “dois requisitos” para que a
revisão valha a pena?
Isso significa que, se você recebe algum desses benefícios e possui os requisitos (inclusive os
recomendados), você poderá pedir sua Revisão da Vida Toda.
O prazo para você pedir a Revisão da Vida Toda é de 10 anos, o famoso prazo decadencial.
A contagem desse tempo inicia a partir do primeiro dia do mês seguinte ao qual você
começou a receber seu benefício.
Por exemplo, no processo administrativo foi informado que a Data do Início do Benefício
(DIB) foi no dia 24/03/2019.
Mas você somente recebeu a primeira parcela do seu benefício no dia 04/04/2019.
Como o prazo só começa no primeiro dia do mês seguinte ao qual você começou a receber o
benefício, a contagem do prazo dos 10 anos apenas começará em 01/05/2019.
Ou seja, você terá até o dia 30/04/2029 para fazer o pedido de Revisão da Vida Toda.
Portanto, calcule e veja se você ainda está dentro desse período para poder fazer uma ação.
Você até poderá tentar, mas é muito pouco provável que o Instituto conceda
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Confira se a pessoa que você vai contratar como advogado conhece bem a ação de Revisão
da Vida Toda.
Você não quer que alguém sem experiência mexa no seu processo, sem saber o que está
fazendo, né? Com cálculos errados, você poderá perder dinheiro.
Por exemplo, nas ações do Juizado Especial Federal, o valor da causa não poderá superar 60
salários-mínimos.
Imagina que o advogado que você contratou não seja tão experiente em Direito
Previdenciário e/ou em ações de Revisão da Vida Toda.
Ele faz um cálculo errado e vê que você terá direito a 50 salários-mínimos de valores
atrasados.
Acontece que, você tem direito a 70 salários-mínimos (fazendo os cálculos corretos), o que
faria com que seu processo fosse ajuizado na Justiça Federal, e não no Juizado Especial
Federal.
Como existe esse limite no Juizado (de 60 salários-mínimos), você perderia esses 20 salários
pelo simples fato de o seu advogado ter ajuizado a ação no Juizado Especial Federal, e não
na Justiça Federal.
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O Ingrácio já fez um conteúdo completo, com 9 dicas de como escolher o melhor advogado
previdenciário. Vale conferir.
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Após escolher seu advogado, você precisará demonstrar ao juiz que você tem direito à
Revisão.
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