Você está na página 1de 6

0

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL


CURSO DE AGRONOMIA COM ÊNFASE EM AGROECOLOGIA
CAMPUS ERECHIM/ INSTITUTO EDUCAR - MST

ANÁLISE CRÍTICA
(Tese de Valdo Cavalett)

PONTÃO-RS
2022
1

ANA CLARA PEREIRA, CÉLIO SCHMIDT, GABRIEL MATTOS, ÍCARO MOTTA


PORTES, MARIA ELI MELO, MARLON VARGAS, WILLIAM SANTOS

ANÁLISE CRÍTICA
(Tese de Valdo Cavalett)

Trabalho apresentado ao Curso de Agronomia da


Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) como
requisito parcial para aprovação na disciplina
INTRODUÇÃO À AGRONOMIA.

Orientador: Prof. JACIR JOÃO CHIES

PONTÃO-RS
2022
2

INTRODUÇÃO

Procurando contemplar a proposta de construção de uma análise crítica, a partir do texto


“A formação do Engenheiro Agrônomo em questão”, nós do NB: Sepé Tiaraju, após a leitura e
discussão sobre ele, redigimos o texto a seguir procurando expor pontos de concordância e
discordância discutidos em grupo.

ANÁLISE CRÍTICA DE CONCORDANCIA

Função do Agrônomo: Entendendo o desenvolvimento histórico da humanidade, que


através do seu trabalho gerou a agricultura, e suas formas de produção que em sua essência tinha
sua função produzir alimentos para a população, e que no desenvolvimento de suas forças
produtivas passa a ter uma função única de gerar lucro para os detentores do capital em um modelo
que gera concentração de riqueza nas mãos de poucos proprietários, gerando uma desigualdade
social. Isso nos faz pensar a função do Agrônomo na Agricultura brasileira, já que a função do
Agrônomo não é apenas ser um vendedor do “Pacote Tecnológico” do Agronegócio, mas, deve
contribuir na produção de alimentos sustentáveis, saudáveis e agroecológicos. Ele(a) deve ser um
agente de transformação que contribua com o desenvolvimento agrícola, econômico e cultural na
sua comunidade/região/país.

A forma do Agrônomo agir: Em análise a tese, é conveniente enaltecer que, de acordo


com Freire (1988) o profissional Agrônomo realmente deve respeitar o agricultor, independente da
cultura e seu modo de produção. Pois há uma resistência de aceitar técnicas de manejo por parte de
agricultores que, vem de uma geração que carrega determinadas técnicas produtivas. Entendendo
que o agricultor é quem detêm o conhecimento sobre determinada região, sua geografia, seu clima,
suas plantas nativas, os animais daquela fauna e esse conhecimento tem que contribuir dando
ferramentas de intervenção para o agrônomo. Reitere-se que o profissional, deve agir de forma
gradativa, respeitando os princípios éticos, sendo que, o mesmo deve mostrar resultados produtivos
a partir do desenvolvimento de técnicas, como por exemplo: uso de caldas, compostos, manejos de
cobertura de solo, adubação verde, etc.
3

O uso de tecnologias: Com a necessidade da intensificação do uso da tecnologia em várias


áreas, ela vem gerando pontos positivos, tais como: Uso de Bioinseticidas, irrigação, controle
biológico, diminuição do trabalho braçal e o aumento da qualidade sanitária dos alimentos.
Contudo, houve também malefícios, como: uso de produtos fitossanitários químicos, fertilizantes
químicos e ouso intensivo de maquinários agrícolas. Sendo que esta, vem beneficiando uma
pequena quantidade de pessoas, visto que, no cenário atual a modernização do processo produtivo,
dentro do Agronegócio não contempla questões sociais tendo seu único e principal objetivo, a
acumulação de capital a partir da substituição da mão de obra humana pela tecnologia
automatizada.

ANÁLISE CRÍTICA DE DISCORDÂNCIA

Falta de alimentos: início do século XIX com a revolução industrial aumenta-se a


produção e a demanda de matéria prima para indústria e abastecimento da população, nesse
processo gera uma série de contradições, tendo em vista que a massa operaria e a massa camponesa
trabalhava duramente para sua subsistência. Foram marginalizadas com pouco direito e acesso,
gerando uma grande desigualdade social, portanto concluímos que a crise de alimentos não se dava
pela falta de alimentos, mas por uma má distribuição deles.

Agricultura em diferença ao agronegócio: A agricultura é uma atividade humana


histórica e fundamental que movimentou sociedades primitivas, a ponto de ocupar todas as regiões
do mundo e se fixarem quanto povos neste processo histórico tiveram várias formas de produzir
desde as mais rudimentares até as mais sofisticadas e modernas como conhecemos hoje, portanto
não a vemos como subsetor de insumos industrias quem tem essa dependência é o modelo de
agricultura implementado no Brasil a partir da revolução verde, atualmente conhecida como
agronegócio que não expressa a bagagem histórica da agricultura, vemos a agricultura como um
processo de geração de alimentos necessário para reprodução da vida humana com qualidade.
4

A limitação dos recursos alternativos: É conveniente lembrar um trecho do tese nos diz
“ a uma limitação dos recursos alternativos que não estejam em sintonia com os objetivos para este
setor” contudo o agronegócio buscam somente rentabilidade excluindo as questões ambientais e
sociais. Os recursos alternativos geram produtividade de forma gradativa pensando na conservação
da microbiologia do solo, pois a decomposição da matéria orgânica ocorre de forma lenta, contudo
apresenta melhorias para o futuro. Sobe ótica, percebe-se que o agronegócio quer respostas
produtivas de imediato, por isso não adere as práticas de conservação, sendo que os mesmos
utilizam produtos químicos que degradam o solo e consequentemente o meio ambiente em geral.
5

Você também pode gostar