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RESUMO FGP

MODELOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Administraçã o pú blica tem que ser


excelente, conciliando esse imperativo com os princípios que deve obedecer, os
conceitos e a linguagem que caracterizam a natureza pú blica das organizaçõ es
e que impactam na sua gestã o. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado
– PDRAE indica três fases:

- PATRIMONIALISTA:
 A res publica nã o é diferenciada das res principis; corrupçã o e o
nepotismo sã o inerentes a esse tipo de administraçã o;
 “confusã o” patrimonial, na qual, todo o aparelho do Estado e,
essencialmente, os bens pú blicos, sã o utilizados em benefício do pró prio
governante e de terceiros por ele favorecidos.
 PRIVATIZAÇÃ O DO ESTADO, CORRUPÇÃ O E NEPOTISMO

-BUROCRÁ TICA:
 segunda metade do século XIX, forma de combater a corrupçã o e o
nepotismo patrimonialista;
 profissionalizaçã o, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a
impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional-legal;
 controles administrativos visando evitar a corrupçã o e o nepotismo sã o
sempre a priori. (prof destacou o fato de os controles serem a priori, ao
contrá rio da gerencial, cujo controle é a posteriori);
 desconfiança prévia nos administradores pú blicos;
 controles rígidos dos processos.
 Precursor no Brasil: Maurício Nabuco, sob a liderança de GETÚ LIO
VARGAS; inicia-se em 1936; modelo burocrá tico idealizado por MAX
WEBER
 qualidade: efetividade no controle dos abusos;
defeito: a ineficiência, a auto-referência, a incapacidade de voltar-se para
o serviço aos cidadã os vistos como clientes;
 MERITOCRACIA, normas e regulamentos, controle de processos a priori,
hierarquizaçã o das autoridades, centralizaçã o, formalidade nas
comunicaçõ es, impessoalidade nas relaçõ es, racionalidade e divisã o de
trabalho, separaçã o da propriedade, previsibilidade de funcionamento;
 CONCEITO DE BUROCRACIA PARA MAX WEBER: organização eficiente
por excelência e para conseguir essa eficiência a burocracia precisa
detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas
deverã o ser feitas.

-GERENCIAL:
 Segunda metade do séc. XX; começa a ser implantando no governo FHC
 Nã o nega todos os princípios do modelo burocrá tico, mas mantém e
flexibiliza alguns: ADMISSÃ O SEGUNDO RÍGIDOS CRITÉ RIOS DE MÉ RITO
(meritocracia), sistema estruturado e universal de remuneraçã o, as
carreiras, avaliaçã o constante de desempenho, treinamento sistemá tico.
 DIFERENÇA FUNDAMENTAL: FORMA DE CONTROLE: deixa de basear-se
nos processos para concentrar-se nos resultados
 eficiência da administraçã o pú blica – a necessidade de reduzir custos e
aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadã o como beneficiá rio
 VALORES: eficiência, qualidade na prestaçã o de serviços pú blicos e
desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizaçõ es
 CARACTERÍSTICAS: Suas principais características:

(1) descentralizaçã o política, transferindo recursos e atribuiçõ es para os


níveis políticos regionais e locais;
(2) descentralizaçã o administrativa, através da delegaçã o de autoridade
para os administradores pú blicos transformados em gerentes
crescentemente autô nomos;
(3) organizaçõ es com poucos níveis hierá rquicos ao invés de piramidal,
(4) pressuposto da confiança limitada e nã o da desconfiança total;
(5) controle por resultados, a posteriori, ao invés do controle rígido,
passo a passo, dos processos administrativos;
(6) administraçã o voltada para o atendimento do cidadã o, ao invés de
auto-referida.”
 Definiçã o precisa dos objetivos que o administrador deverá atingir em sua
unidade; garantia de autonomia ao administrador na gestã o dos recursos
humanos, financeiros e materiais que lhe forem colocados à disposiçã o
para atingir os objetivos; controle e cobrança a posteriori; administraçã o
pú blica permeá vel e mais aberta à participaçã o de particulares
 GERENCIALISMO: empreendorismo, autonomia, controle a
posteriori, qualidade, participação, descentralização
 busca pela eficiência, simplificaçã o de processos, economicidade, a
prestaçã o de serviços pú blicos de qualidade, a adequada administraçã o
do patrimô nio pú blico e, essencialmente, foco no cidadã o, o qual é o
verdadeiro proprietá rio da “res publica”.
 A Emenda Constitucional n.º19/1998: adiciona “eficiência” no art. 37 –
LIMPE;
 Aspectos do p. Da eficiência:
em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o
melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores
resultados;
em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a
Administração Pública, também como o mesmo objetivo de alcançar os
melhores resultados na prestação do serviço público.”
 Consequências:
a) para o SERVIDOR: Escolas de Governo para qualificação de
servidores; Destinaçã o de recursos orçamentá rios para programas de
qualidade, treinamento e desenvolvimento; Avaliação por
desempenho do servidor público
b) para o CIDADÃ O: Participaçã o do cidadã o, acesso à informaçã o e
transparência na Administraçã o Pú blica
c) Para a pró pria ADM: Contratos De Gestã o
 GESTÃ O PRIVADA: pode-se fazer tudo que a lei nã o proíbe;
GESTÃ O PÚ BLICA: pode-se fazer apenas o que a lei permite (LEGALIDADE
ADMINISTRATIVA; ESTRITA); procura satisfazer o interesse do bem estar
geral

POLÍTICAS PÚBLICAS (PROF ADORA/SEMPRE FALA DA RONDA NO BAIRRO)

 Política pú blica: diretriz para tratativa de um problema pú blico; Sã o um


conjunto de programas e açõ es governamentais com participaçã o do setor
pú blico ou privado para garantir cidadania;
 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS:
1) Intencionalidade Pú blica: motivaçã o para o estabelecimento de açõ es
para o tratamento ou soluçã o de um problema;
2) Problema Pú blico: diferença entre uma situaçã o atual vivida (status
quo) e uma situaçã o ideal possível à realidade coletiva
 Como se materializa: políticas pú blicas tomam forma por meio de
programas pú blicos, leis, projetos, campanhas, esclarecimentos pú blicos,
inovaçõ es tecnoló gicas e organizacionais, subsídios governamentais,
rotinas administrativas, decisõ es judiciais, etc.
 Tipos:
1) Políticas pú blicas DISTRIBUTIVAS: privilegiam uma parcela da
populaçã o e nã o consideram a limitaçã o dos recursos pú blicos
2) Políticas Pú blicas REDISTRIBUTIVAS: recursos extraídos de um grupo
e direcionados a outros
3) Políticas pú blicas REGULATÓ RIAS: ordens, proibiçõ es, decretos e
portarias;
4) Políticas Pú blicas CONSTITUTIVAS: normas e procedimentos por meio
dos quais se formulam as outras políticas pú blicas;
 Ciclo de política pú blica: processo de elaboraçã o de uma política pú blica;
NÃ O OCORREM DE FORMA LINEAR, mas sã o:
1) definiçã o de agenda - governantes decidem quais questõ es precisam
de atençã o)
2) formulaçã o de políticas – gerar um conjunto de escolhas de políticas
plausíveis para resolver o problema
3) tomada de decisã o – há diferentes modelos
4) implementaçã o – processo dinâ mico e nã o linear
5) avaliaçã o – determinaçã o de como uma política pú blica se saiu na
prá tica; há diferentes formas

PLANEJAMENTO DO SETOR PÚBLICO

 planejar e gerenciar os recursos pú blicos disponíveis de maneira


estratégica, compatibilizando-os à s necessidades da coletividade, e ainda,
buscando efetividade na qualidade dos serviços pú blicos
 Aná lises técnicas, prospecçã o de cená rio, criaçã o de objetivos
institucionais e visualizaçã o do futuro;
 NÍVEIS: 1) estratégico: processo dinâ mico, sistêmico, coletivo,
participativo e contínuo para determinaçã o de objetivos, estratégias e
açõ es da organizaçã o; é o que consolida a interaçã o entre os aspectos
internos ou controlá veis e externos ou nã o controlá veis das organizaçõ es;
2) tá tico: decomposiçã o dos objetivos estabelecidos na fase estratégica,
atrelando-se a este; focaliza o médio prazo; trabalha com uma
determinada á rea de resultado e nã o com toda a organizaçã o; 3)
Operacional: formaliza, principalmente por documentos escritos, os
processos administrativos estabelecidos para o desenvolvimento da
organizaçã o

 planejamento estratégico aborda a organizaçã o como um todo, o


planejamento tá tico considera o que foi definido no planejamento
estratégico, mas direcionando as suas atividades a uma á rea
específica da organizaçã o, e o planejamento operacional aborda
planos mais simples, detalhados e desmembramentos do plano
tá tico.
 CICLO DAS POLÍTICAS PÚ BLICAS PRESSUPÕ E UM MACRO
PLANEJAMENTO POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃ O PÚ BLICA
 Planejamento na CF: ganha destaque pela determinaçã o de
elaboraçã o de LOA, LDO E PPA; elo entre planejamento e
orçamento, cuja prerrogativa de planejar é o Poder Executivo;
 PROCESSO DE PLANEJAMENTO NA ADMINISTRAÇÃ O PÚ BLICA:
- Adm possui estrutura complexa (direta e indireta; centralizaçã o,
descentralizaçã o e desconcentraçã o de competências)
- Seleçã o das políticas pú blicas responsá veis pela reduçã o e/ou
eliminaçã o dos problemas sociais é realizada pelo
CICLO DE POLÍTICA PÚ BLICA (PROBLEMAS – AGENDA –
FORMULAÇÃ O – IMPLEMENTAÇÃ O – AVALIAÇÃ O)
(NOTAR QUE ESTAS FASES SÃ O DIFERENTES DAQUELAS
INDICADAS ANTERIORMENTE. Estas foram retiradas do texto
“PLANEJAMENTO PÚ BLICO” e aquelas o foram o texto “POLÍTICAS
PÚ BLICAS”)

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