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GDSinaiseSintomas
1.Aperdavisualagudapodesercaracterizadacomotransitóriaoupersistente.
Fale sobrecadauma,definindo-aseapontandoassuasprincipaiscausas. P erda
visualagudatransitóriaéaperdadevisãoabruptaafetandoumouambosos olhoseque
persistepormenosde24horas.Frequentementecausadaporenxaquecaou processo
isquêmicotemporáriodoolhooudocórtexvisual.Oexameoftalmológiconesses casos
podedetectaralteraçõesvascularessugestivasdeisquemia,taiscomomanchas
algodonosasnaretinaeplacasdeHollenhorst(cristaisbrancoamarelosintra-arteriais,
que representamêmbolosdecolesterol).
Jáperdavisualagudapersistenteéaquelacomduraçãomaiorque24hs.Principaiscausas:
glaucomaagudodeângulofechado,ceratopatia,endoftalmite,hemorragiaretinianaou
vítrea, descolamentoderetina,maculopatiaaguda,oclusãoarterial,entreoutras.
2.Quaissãoasprincipaiscausasdecegueiranomundo?
SegundoaOMS,aprincipalcausadecegueiraéacatarata,seguidadoglaucoma. Porém
acatarataépassíveldetratamentoeficaz,sendooglaucomaaprincipalcausade cegueira
irreversívelnomundo.ADMRI(Degeneraçãomacularrelacionadaaidade)também é
consideradaumaimportantecausadecegueirairreversívelnospaísesdesenvolvidos.
3.Geralmenteaperdadevisãomonocularagudaestárelacionadoalesõesem
quais regiõesanatômicas?Eabinocularaguda?
Monocular->lesãoocularoudonervoóptico
Binocular->quiasmaóptico,radiaçõesópticasoucórtexvisual
4.Oqueédiplopia?Diferenciediplopiamonocularebinoculareciteascausas. V isão
dupla.Adiplopiamonocularédefinidapelapersistênciadavisãoduplaapósa oclusãode
umdosolhos.Ascausaspodemserrefracionais(ametropias,ceratocone,catarata) ounão(
maculopatia,descolamentoderetina,luxação/subluxaçãodocristalino). Abinocularocorre
quandoumadasimagensdesapareceapósaoclusãodeumdosolhos.A causaestá
semprerelacionadaamaualinhamentodosolhos(estrabismo).Acausado estrabismo
podeserdoençaocular,traumaoucirurgiaemmenoresde40anoseemmaiores de40
anospodeestarrelacionadoadoençassistêmicas(HAS,DM,miasteniagravis,doença de
Graves)ouneoplasiasdosistemanervosocentral.
5.Discorrasobreostiposdevisãodistorcida(metamorfopsia).
●Monocularepersistente->imagensnocentrodeformadasoumenores ->causas:
edemaoucicatriznamácula,secundáriaaváriasdoenças daretina.(exemploDMRI)
->diagnosticadapelateladeAmsler
●Binocularetransitória->imagensgrosseiramentedistorcidasemtodoocampode
visão
->causas:geralmenteassociadaalesõesnaparteposteriordo hemisfériocerebral
(tumor,trauma,inflamação)
-encaminhamentodeurgênciaparaoftalmologianosdoistipos
6.Oqueéanisocoria?Podeserfisiológica?Citealgumascausasmais
importantes. Quandosuspeitardecausaneurológica?
Éacondiçãoemqueopacienteapresentapupilascomdiâmetrosdiferentesentre
si. Podeserfisiológicaematé20%dapopulação(de1mmoumenos),quandoé
um achadoisolado,semoutrasqueixasesinais.
Miose->uveíteanterior,medicamentosa(colírioPilocarpina)esíndromedeHorner(ptose
+ mioseipsilateral+diminuiçãodesuor).
Midríase->traumacomrupturadomusculoesfíncterdapupila,medicamentoso(
colírio tropicamida,atropina),glaucomaagudo,paralisiaIIInervocomenvolvimento
pupilar. Sempreinvestigaroutrossinaisesintomas.Suspeitardecausaneurológica
se associadaaalteraçãodemotilidadeocular,ptosee/oudiplopia(encaminhamento
de emergênciaseiníciorecente).
7.Quaissãoasprincipaiscausasdedorocularleveedorocularmoderada/grave?
Dorleve:conjuntivite,olhoseco,blefarite,pterígeo,episclerite,corpoestranho Dor
moderada/grave:defeitoepitelialcorneanoextenso,ceratiteinfecciosa,uveíte,esclerite,
endoftalmite,neuriteopticaeglaucomaagudodeângulofechado(estaúltimapodeestar
associadaanáuseasevômitos)
8.Definaproptose(exoftalmia)efalesobresuascausasmaiscomuns. D eslocamento
anteriordoglobooculardentrodacavidadeorbitária.Ascausasmais comunssãoDoença
deGraves(históriadehiper/hipotireoidismoebilateralidade),doenças inflamatóriasda
órbita(geralmentemonocular),tumoresdeórbita(monocular)ehiperostose dasparedes
orbitáriasdecorrentedeinvasãoneoplásica.
Seproptoserecenteassociadaaperdavisual,desalinhamentoedistúrbiosdamotilidade
ocular recomenda-seencaminhamentodeurgência.
9.Quaissãoascausasprincipaisdeptosepalpebral?
Éumacondiçãopatológicaunioubilateralcaracterizadapeloabaixamentoda
margem palpebralsuperior.Asprincipaiscausassão:paralisiadoIIInervocraniano,
síndromede Horner,miasteniagravis,distrofiacongênitadomúsculolevantadorda
pálpebra,inflamação orbitária,tumoroutrauma.
GD:OlhoVermelho
1.
Quais questionamentos na
anamnese poderiam ajudar
a direcionar
o examinador
para
o correto
diagnóstico
no
paciente com
olho
vermelho? Ao
exame físico,
o que
seriaútilpara umaavaliaçãoinicial?
R. Na anamnese é interessante questionar sobre secreção conjuntival e suas
características (se predominantemente aquosa, mucopurulenta ou purulenta),
prurido, sensação de ardor ou de corpo estranho ocular, dor associada, a
localização da área avermelhada, se
estável ou
variável no
decorrer do dia e sua
relação com exposição a fatores ambientais, como sol,
vento, poluição e produtos
químicos são importantes pistas que direcionam o examinador para o correto
diagnóstico.
O exame ocular básico, com auxílio de uma lanterna ou com a iluminação
natural, que em algumas situações é capaz de demonstrar de maneira mais
fidedigna diferentes tonalidades e colorações da superfície ocular. Uma gota de
corantes simples como a solução de fluoresceína a 1% que cora áreas
desepitelizadas, ou
de rosa bengala a 1%, é capaz de
identificar células epiteliais
desvitalizadas e, por isso, são extremamente úteis na avaliação inicial e no
seguimento das alterações existentes na superfície ocular; o que pode ser
verificado direcionando o paciente a exame na lâmpada de fenda. No caso em
que houver suspeita de corpo estranho retido sob a pálpebra superio a pálpebra
r,
deve ser
evertida e o corpo estranho removido com uma pinça ou
a extremidade
deumcotonete.
2.Quaisseriamasqueixaspredominantesdeumpacientecomerosãoou
laceração corneana?Comoseriapossívelidentificaraáreadesepitelizadaao
exame?
R. Dor, fotofobia, sensação de corpo estranho e lacrimejamento. Devido ao
elevado número de termin ações nervosas sensitivas presentes na superfície
ocular, as erosões ou lacerações traumáticas da córnea e/ou da conjuntiva são
intensamente sintomáticas. Ao exame, após instilação de uma gota solução
da
de fluoresceína a 1%, é possível identificar
a área desepitelizada, que
se
torna
fluorescente quando iluminada com lâmpada com filtro azul cobalto. Outros
sinais são hiperemia pericerática, edema palpebral e leve
reação
inflamatória na
câmaraa nterioro
cular.
3.Quaissinaisesintomasospacientescomqueimadurasquímicasdasuperfície
ocular podemmanifestar?Quaissequelaselespoderiamteramédioelongo
prazo?
4.Qualacondutaimediatamaisimportanteasertomadaempacientescom
queimaduras químicasdasuperfícieocular?
R. Imediata e copiosa irrigação da superfície ocular com o líquido que estiver
disponível no momento do
acidente
(água filtrada ou
não,
soro fisiológico, solução
de ringer com lactato, etc.). Vários litros da solução (2 a 10 litros) podem ser
necessários até que
se consiga neutralizar o pH
da
superfície ocular. Se possível,
aconselha-se everter as pálpebras para realizar a irrigação e remoção de
resíduos da substância agressora dos fundos de saco conjuntivais superior e
inferior. Esses mesmos procedimentos devem ser repetidos e intensificados por
profissional especializado, quando o paciente chegar a um serviço médico de
urgência. Após o atendimento inicial, deve-se manter o acompanhamento diário
do
paciente e iniciar
o uso
deagentes
antimicrobianos, ciclopégicos, lubrificantes
ea
nti-inflamatórios.
5.Discorrasobreahemorragiasubconjuntival.Hásintomas?Quaisascausasmais
comuns?Qualamelhorconduta?
R. Crescimento fibrovascular da conjuntiva, de formato triangular, com base
voltada para o canto nasal (mais comum) o temporal da região bulbar e ápice
avançando em direção ao centro da có rnea. É causado pelo efeito crônico de
fatores ambientais, espe cialmente radiação ultravioleta dos raios solares, na
conjuntiva de pacientes predispostos. As queixas mais comuns são hiperemia,
ardor,
sensação de corpo estranho ocular e baixa
acuidade visual nos caso s mais
avançados. Inicialmente indicam-se medidas paliativas para a redução dos
sintomas, como a proteção dos olhos com óculos contendo filtro
para a radiação
ultravioleta, uso regular de colírios lubrificantes e instilação ocasional de colírio
vasoconstritor. Durante epis ódios com mais irritação conjuntival, pode-se indicar
corticoterapia tópica até
a regressão dos
sintomas. Casos que não respondam às
condutas descritas, pterígios com sintomas muito recorrentes ou
que já
interfiram
naacuidadevisualdopacientedevemsertratados cirurgicamente.
7.Diferencieostiposdeconjuntivitesinfecciosas.Qualamaisfrequenteemnosso
meio? Qualcondutaérecomendadaparacadacaso?
R.Conjuntivitesinfecciosaspodemserviróticasebacterianas(agudas,
hiperagudasede inclusão).
As infecções viróticas, especialmente pelo adenovírus, são responsáveis pela
maior parte dos casos de conjuntivites agudas em nosso meio. É causada
principalmente pelos adenovírus tipo
8 e 19.
Ao
exame, detectam-se conjuntivite
folicular, edema conjuntival, secreção predominantemente aquosa e
linfadenomegalia pré-auricular. A conduta, na fase aguda da conjuntivite viral,
baseia-se na
limpeza das secreções com algodão umedecido em soro fisiológico
ou água fervida, colírio lubrificante para alívio dos sintomas e compressas frias
sobreaspálpebras.
As conjuntivites bacterianas podem ser diferenciadas em aguda, hiperaguda e
conjuntivite de inclusão. A conjuntivite bacteriana aguda pode ser
causada por
S.
Aureus, S. epidermidis, S. Pneumoniae, Moxarella lacunata e H. influenzae. Os
sintomas predominantes são: sensação de corpo estranho ocular, fotofobia,
epífora e prurido discreto. No exame registra-se hiperemia conjuntival, secreção
mucopurulenta ou purulenta de moderada intensidade, reação papilar da
conjuntiva e edema conjuntival. A conduta baseia-se idealmente no tratamento
com preparações tópicas antibióticas que tenham eficácia contra bactérias
Gram-positivas como: moxifloxacino, tobramicina ou cloranfenicol. As
conjuntivites bacterianas hiperagudas são causadas por
agentes como Neisseria
gonorrhoeae, Neisseria meningitidis, Corynebacterium diphtheria, Streptococcus
sp., Haemophilus sp. São conjuntivites de evolução rápida e muitas vezes
agressiva, podendo invadir a córnea e o interior do globo ocular. A conduta
baseia-s e no tratamento com colírios antibióticos, quinolonas, tobramicina ou
gentamicina.Porfim,asconjutivitesdeinclusãosãocausadasporC hlamydia
trachomatis, são afecções crônicas, mucopurulentas e que acomete geralmente
adultos jovens com vida sexual ativa.
A infecção ocular ocorre
pelo contato direto
com a secreção genital
(vaginite, cervicite, uretrite).
O tratamento com antibióticos
sistêmicos (tetraciclin a, doxiciclina, eritromicina, claritromicina) deve ser
indicado
paraopacientee seuparceirosexual.
8.Discorrasobreconjuntivitesalérgicas.Qualoseusintomamaiscaracterístico?
R. São importantes causas de olho vermelho e o sintoma mais importante das
alergias oculares é o prurido,
podendo-se afirmar, com raras
exceções, se
não há
pruridonãohá alergia.
9.Caracterizeasblefarites.
R. Trata-se de uma disfunção das glândulas sebáceas palpebrais (glândulas de
Meibomius), frequentemente associada a dermatite seborreica e acne rosácea. Os
pacientes apresentam queixa de ardor ocular, sensação de olhos ressecados,
hiperemia conjuntival, prurido, hiperemia das
margens palpebrais e escamas nas
raízes dos cílios. Também podem ser encontradas ulcerações e crostas nas
margens palpebrais (blefarite infecciosa), perda de cílios (madarose) ou
despigmentação dos mesmos (poliose). As bactérias mais comumente
associadas a casos de blefarites infecciosas são S. Epidermidis, S. Aureus
e P.
Acne.
10.Caracterizeasceratites.Quaisaspossíveisetiologias?
R. Denomina-se ceratite o acometimento da córnea, que pode ter diversas
etiologias, tais como infecciosas, neurotróficas ou
por
exposição.
É caracterizada
por uma infiltração celular acompanhada de edema da
córnea,
que
perde o brilho
e a transparência, tornando-se esbranquiçada. Se a lesão for central há
acentuada perda da visão, se
for
periférica
a visão permanece normal ou
é pouco
afetada.
11.Diferencieepiscleriteeesclerite.Quaissintomaspodemestarpresentes?
R.
A episclerite é a
inflamação da
episclera, um tecido
conjuntivo frouxo localizado
entre a esclera e a conjuntiva. A episclerite tem caráter benigno, recorrente,
autolimitado e frequentemente é bilateral. Raramente os pacientes referem dor
importante. A vermelhidão na episclerite é leve na maior parte dos casos e
tipicamente ocorre na área interpalpebral. Nas esclerites, por sua vez, os
sintomas produzidos são, via de regra, muito intensos. As esclerites são
classificadas em
anterior e posterior.
A dor é às vezes incapacitante e consiste de
um dolorimento localizado profundamente no globo ocular e é também referida
em regiões
adjacentes inervadas pelo V nervo craniano, tais
como
a órbita;
face,
dentes, gengiva, mandíbula, ouvido e região cervical. Uma característica da
esclerite é que ela se intensifica na madrugada. Edema palpebral, hiperemia
difusa ou localizada na esclera, dilatação dos vasos conjuntivais e episclerais
estãop resentesnas
escleritesa nteriores.
12.Caracterizeasuveítes.Comodeveserfeitoaabordagemterapêuticaemcaso
de prováveldiagnósticodeuveíte?
R. Uveite é definida como uma inflamação do trato uveal (íris, corpo ciliar e
coroide). São classificadas como uni ou bilaterais, sendo a maioria dos casos
bilateral. As uveites unilaterais mais conhecidas são aquelas provocadas por
parasitas, corpo estranho intraocular e endolftalmite pós-cirúrgica. Os sintomas
oculares nas uveites mais frequentemente referidos pelos pacientes são: dor,
fotofobia, embaçamento de visão e moscas volantes. A hiperemia ocular pode
ser
difusaoupericerática.
Em caso de possível diagnóstico de uveite (assim como o de ceratite, esclerite,
glaucoma agudo), o paciente dever ser
encaminhado ao especialista em caráter de
urgência, devido ao elevado risco de perda visual e complicações que podem
evoluir para sequelas irreversíveis se não tratadas adequadamente e em tempo
oportuno. Nos casos em que há um agente infeccioso, quer seja ele viral,
bacteriano, fúngico ou parasitário, drogas específicas devem ser usadas.
Associadamente, tanto nos
casos infecciosos quanto
nos puramente inflamatórios,
o controle da inflamação deve ser também rápido e eficiente. Para tanto, os
corticosteróides administrados por via oral, sistêmica, tópica ou intraocular são
drogas de escolha na fase aguda. O uso de drogas cicloplégicas e midriáticas é
importante naprevençãodaformaçãodesinéquiasposteriores.
13.CaracterizeoenvolvimentoocularnasíndromedeStevens-Johnsonena
necrólise epidérmicatóxica.Qualosprincipaisfatoresprecipitantesnainduçãodo
eritemaobservado?
R. A síndrome de Stevens-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica são doenças
inflamatórias autolimitadas que
acometem a pele
e as
membranas mucosas. Ambas
são consideradas formas graves do eritema multiforme, sendo que na necrólise
epidérmica tóxica as alterações são mais intensas na pele que nas membranas
mucosas. Na síndrome de Stevens-Johnson o envolvimento conjuntival pode ser
intenso, causando aderências e retrações conjuntivais e palpebrais,
ressecamento
ocular grave,
ceratinização da superfície ocular e consequente baixa
visual
de
difícil
tratamento.
As drogas e as infecções são os fatores precipitantes mais frequentemente
identificados na indução do eritema multiforme. Antimicrobianos, AINES, metais,
anticonvulsivantes, drogas para tratamento de doenças do SNC e
cardiovasculares, salicilatos, dipirona e vários outros medicamentos estão
descritoscomoindutoresdessasdoenças.O tratamentocompetea oe specialista.
GDGlaucoma
1.O
queéoGlaucoma?Quaisostrêselementosfundamentais?
É uma neuropatia óptica de etiologia ainda não bem esclarecida, assintomática, de
evolução lenta e irreversível, associada na maioria das vezes à elevação a pressão
intraocular,
por
dificuldade
de drenagem
do
humor
aquoso
na
periferia
da
câmara
anterior.
Os três elementos fundamentais são: escavação do disco óptico; elevação da pressão
intraocular
e/ou
diminuição
do
aporte
sanguíneo
ao nível
do
disco
óptico,
perda
progressiva
ecaracterísticadecampovisual.
2.Q
ualapressãointraocularmédiadapopulaçãobrasileiraequaissuasvariações
normais inferioresesuperiores?Qualaimportânciadessamedidanoglaucoma?
A pressão intraocular média dos brasileiros é por volta de 13 mmHg, com variações
fisiológicas de 5 a 6 mmHg em 24 horas, sendo o limite normal inferior de 10 mmHg e
superior de 18 mmHg. O controle adequado da pressão intraocular é a única maneira
conhecidadeimpediraprogressãodalesãodo glaucoma.
3.Q
uaisosfatoresderiscoparadesenvolvimentodoglaucomaprimáriodeângulo
aberto? Idade:prevalênciaaumentaapartirdos40anosetorna-seaindamaiorapartir
dos60anos. Hereditariedade:herançapoligênicamultifatorial,predominandoherança
autossômicadominante. Hipoehipertensãoarterial:ahipotensãoarterial,principalmente
diastólica,levaàlesãodonervoóptico pordiminuirsuairrigaçãoviaartériaoftálmica.
Hipertensãoarterialsistêmicacausaisquemiapelo comprometimentodamesmaartéria,
sendoomesmomecanismoassociadoàelevaçãodapressão intraocular.
Miopia:maiorfragilidadedatúnicafibrosa,elevandooriscodedesenvolverdano
glaucomatoso. DiabetesMellitus:aumentaoriscodedanoglaucomatoso.
4.Q
ualapatogeniaeoquadroclínicodoglaucomaprimáriodeânguloaberto
(GPAA)? A
etiologiaéaindadesconhecida,relacionadaadificuldadededrenagemdo
humoraquosonaperiferia dacâmaraanterior.Aclínicanãoéchamativanosquadros
iniciais,sendoassintomático,comdiscreta perdadecampovisualperiférico,assimétrico.
Mas,àmedidaqueoglaucomaavança,hámaior comprometimentodecampovisual,
atingindoambososolhos,podendoatémesmoatingiraárea centralecausarcegueira.
5.Q
ualapropedêuticautilizadaparainvestigaçãoinicialeotratamentodeGPAA?
PacientescomsuspeitadeGPAA,ouseja,comPoelevadaouescavaçãododiscoóptico,são
submetidosà anamnese,tonometriaefundoscopia.
Deve
ser
contínuo
para
evitar
a progressão
da
doença,
feito
com
colírios
com
ação
no
controle
da pressão intraocular, betabloqueadores, alfa-agonistas ou ánalogos de prostaglandinas.
Quandonãohácontrole clínico,pode-seoptarporcirurgiaglaucomatosa.
6.Q
ualoquadroclínicodoglaucomaagudo(glaucomaprimáriodeângulofechado)?
Éaprincipalemergênciaoftalmológicae
c aracteriza-sepelaelevaçãosúbitadapressão
intraocular,a
n
íveis muitoelevados(geralmentede40a60mmHg),maiscomumenteunilateral,
desencadeandosintomatologia dedorocularintensa,reduçãodaacuidadevisualdoolho
acometido,hip
eremiaconjuntivale
p
ericorneana, náusease/ouvômitos(reflexotrigeminovagal)
e,àsvezes,cefaleiaipsilateraln
oterritóriodoquintonervo, edemadecórnea(acarretavisãode
arcosirisadosaoredordelâmpadasincandescentes),à
oftalmoscopia ( quandopossível)há
intensahiperemiadodiscoóptico.
7.Q
ualaepidemiologia,osfatoresanatômicosrelacionadose
a
patogeniadoglaucoma
agudo?
Mais comum em mulheres (80% dos casos), com idade superior a 45-50 anos, na fase do
climatério, podendo
estar
relacionado
a simpaticotonia
ge
rada
por
abalo
emocional.
Pode
ter
sinais pré-crise, como: cefaleias ocasionais, náuse
as discretas, visão de
arcos irisados ao
redordelâmpadasincandescente
s .
O desenvolvimento de glaucoma agudo geralmente está relacionado a: olho hipermétrope
(mais curto), cristalino relativamente mais volumoso para um olho menor, câmara anterior
rasa, íris convexa, mais espessa, com músculo
dilatador
mais
desenvolvido
e a raiz
da
íris
mais curta e mais espessa, corpo ciliar anteriorizado, midríase levemente irregular com
reflexofotomotorausenteoupreguiçoso.
A patogenia está relacionada à epidemiologia, aos fatores anatômicos e à midríase
medicamentosa (drogas anticolinérgicas e simpaticomiméticas), levando à obstrução da
drenagemdohumoraquoso,causando aumentodapressãointraocular.
8.Q
ualot ratamentoinicialdoglaucomaagudo?
Inicia-sec omumadosedeataquededoiscomprimidosdeacetazolamida(250mg),instilação
dec olírio b
etabloqueadorde12em12horas,colíriodepilocarpinaa2%dehoraemhoranas
primeiras4horasedepoisde6em6horas,alémdecolíriodecorticosteroidede6em6
horas.Apósduashorasdadosedea
taqued
ea
cetazolamida,faz-senovaavaliaçãodatensão
oculare,casotenhapoucaounenhumaredução, prescreve-seo
manitolintravenoso( 25mg/kg
dep
esoc orporal)n
av elocidaded
e60a80gotasporminuto, ougliceroloral(1ml/kgdepeso
corporal)associadoà
q
uantidadeequivalentedesorofisiológico(1ml/kg d
ep
esocorporal).O
pacientedeveserencaminhador apidamentea
ooftalmologista,queavaliaráo tratamentoea
necessidadedecirurgia.
queé
9.O g
laucomacongênit o,qualsuaepidemiologiaequaisassuasc
lassificações?
Éu
maanomaliah
ereditáriadacâmaraanterior,geralmenteautossômicarecessiva,que
impedea drenagemdohumoraquosonoseiocamerular,resultandoemelevaçãodapressão
intraocularcom repercussõestantonosegmentoanteriorquantonosegmentoposteriordo
olho.90a95%doscasos sãodiagnosticadosnosprimeirosdias,semanasouprimeiroano
devida,sempredileçãoporraçaou sexo.
Classificadoemglaucomacongênitoprimário,congênitosecundárioefenocópias
(embriopatiaspor agentesexternosquemimetizamoglaucomacongênitoprimário).
10.Q
ualainvestigaçãoeoquadroclínicodoglaucomacongênito?Qualo
tratamento?D
eve-sefazera
namnesecuidadosa,investigandohereditariedadepela
consangüinidadedospais, históriafamiliar,alémdousodemedicamentosdurantea
gestação,principalmentenoprimeiro trimestredegravidez,circunstânciasdoparto.
Os
sintomas
manifestos
inicialmente
decorrentes
do
aumento
da
pressão
intraocular
são
de
fotofobia e dor ocular, demonstrados pela irritabilidade e inquietação da criança,
movimentos da cabeça contra o travesseiro, tentativa de compressão dos olhos com o
dorso das mãos e choro. Ao exame podemos ver edema corneano com turvação e
embaçamento,quepodeadquirircoloraçãoacinzentada (impedindoafundoscopia).
Diâmetros corneanos e oculares aumentados, congestão conjuntival, espasmo palpebral
que acompanha
a fotofobia
intensa,
lacrimejamento
profuso
(pode
facilitar
a instalação
de
uma
infecção secundária,
conjuntivite
lacrimal,
que
pode
confundir
e atrasar
o diagnóstico).
Podeseracompanhado denáuseasevômitos.
Otratamentoécirúrgico.
11.E
xplicitepossíveiscausasdeglaucomassecundários.
Glaucomacortisônicodoadultoeglaucomacortisônicopseudocongênito,decorrentesdouso
prolongadode corticóidetópico(associadoounãoaantibióticos)oucorticóidesistêmico.
Glaucomatraumático,quepodeocorrerapóstraumaocularcontuso,penetranteoumesmoapós
cirurgia intraocular.
Glaucomaneovascular,decorrentedeneogêneseencontradonodiabetesmellitus,natrombose
deveia centraldaretinaenaobstruçãodaartériacentraldaretina.
GD-Cirurgiarefrativa
1.Quaisasprincipaiscomplicaçõesquelevaramaceratotomiaradiala
sersubstituídaporoutratécnicacirúrgica?
As complicações que levaram a essa substituição são: flutuação da visão
durante períodos do dia, ofuscamento noturno e aparecimento, após alguns
anos, de hipermetropia progressiva devido ao aplainamento progressivo da
córnea.
2.Quallocaldacórneadevesofrerablaçãoparasecorrigirosdiferentes
tiposdeametropias?
Em casos de miopia será ablado o tecido centralmente, promovendo
aplainamento;
no
astigmatismo
abla-se
no
eixo
mais
curvo
e,
na
hipermetropia,
namédiaperiferia,proporcionandoumencurvamentocentral.
3.Qualafunçãodeseadaptarumalentegelatinosahidrofílicanoolho
apósacorreçãocirúrgicadeametropiaspelatécnicadePRK?
Amesmafuncionacomoumabandagemdiminuindoossintomaseajudandoa
promoverareepitelizaçãodacórnea.
4.QuaisasvantagensdatécnicadeLASIKsobreaPRK?
As
maiores
vantagens
são
a rápida
recuperação
visual
e grande
diminuição
do
desconforto pós-operatório, já que este é causado pela ausência de epitélio.
Para correção de astigmatismo e hipermetropia a técnica de LASIK também
oferece vantagens sobre a PRK,
pois
nesta
a reepitelização
pode
compensar
parte
da fotoablação
na
média
periferia
e no
eixo
mais
curvo,
perdendo,
assim,
parteda correçãorefracional.
5.Quaisoscritériosdeelegibilidadeeascontra-indicaçõesabsolutas
as cirurgiasrefrativasqueatuamsobreacórnea?
Pacientes
devem
ser
maiores
de
18
anos.
A ametropia
deve
estar
estável
pelo
menos há dois anos nos menores de 22 anos e há um ano nos maiores.
Pacientes devem gozar de boa saúde ocular. Ceratocone, catarata,
olho
seco
prévio
a cirurgia,
portadores
de
condições
sistêmicas
que
afetem
a cicatrização
tais
como
doenças
do
colágeno,
herpes
simples
ou
zoster
ocular,
diabetes
mal
controlado e usuários de corticosteróides sistêmico têm contra-indicação
absoluta.
6.Todosospacientesterãosuasametropiastotalmentecorrigidaspelas
cirurgiasrefrativas?Justifiquearesposta.
Dependendo
da
espessura
e da
topografia
da
córnea
o paciente
não
poderá
ter
toda a sua ametropia corrigida devendo estar informado acerca das opções
cirúrgicasintra-ocultaresdisponíveisparacadacaso.
7. Q
ual a faixa de ametropias passível de correção cirúrgica sem a
inserção de lentes intra-ocultares para a miopia, astigmatismo e
hipermetropia?
iopia:-1,00a-11,00
M
Astigmatismo:-0.75a-5,00
Hipermetropia:+1,00a+5,00
8.Quaisexamesdevemserobrigatoriamenterealizadosparaquese
possaprocederacirurgiarefrativa?
Anamnese completa com história familiar, acuidade visual com e sem
cicloplegia, biomicroscopia (com análise de lágrima e tamanho da pupila),
topografia corneana, paquimetria ultrassônica central, tanometria e
mapeamentoderetina. Outrosexamespodemtambémsersolicitados
9.Q
uaisexamesnãosãoobrigatóriosparaquesepossaprocedera
cirurgiarefrativa,masquesãoimportantes?
Microscopia especular do endotélio corneano; tomografia corneana ou
topografia corneana de varredura; testes de Schirmer
e Rosa
Bengala;
curva
diáriade pressãoocular;testedesensibilidadeaocontraste.
Nossuspeitosdeglaucoma:campovisual,retinografiaacorescomdetalhesdo
nervoóptico,OCTdonervoópticoeretina.
10.Quandoastécnicasdecirurgiasrefrativascomposicionamentode
lentenacâmaraanteriorestãoindicadas?
Essaspodemserindicadasquandoascirurgiascorneanasestãocontra
indicadas eopacientenãopossuiboaadaptaçãoàslentesdecontato.
11. Qual técnica de cirurgia refrativa para a correção de presbiopia
aparenta ser
mais
promissora e possui
caráter reversível? Em que
se
consisteamesma?
É o implante corneano, o qual utiliza o laser defemtossegundo para um
pequeno bolso
no
estroma
anterior
da
córnea
do
olho
não
dominante
e assim
se coloca uma pequena lente nesse espaço. A cirurgia é de fácil
realização,
rápida e reversível, podendo ser
realizada
a troca
das
lentes
com
a evolução
da presbiopia.Ocustoelevadoaindaéumalimitaçãoimportante.
GD-RETINAEVITREO
1.Emqueconsisteamáculaequalasualocalizaçãoanatômicaemrelaçãoao
discoóptico?
A mácula é uma porção da retina localizada no
polo
posterior, com aproximadamente
5
a 6 mm de diâmetro, centrada verticalmente entre
as
arcadas vasculares temporais. O
centro da mácula está localizado a aproximadamente dois discos de diâmetro
temporalmente ao disco óptico e levemente inferior a uma linha horizontal que passa
pelo centro desse disco. Do
ponto de vista
histológico ela
corresponde à área da
retina
que contém duas ou mais camadas de
células ganglionares. A mácula é composta de
ambos: cones e bastonetes, mas sua região central
contém apenas cones. A mácula é
responsável pela visão central, visão de cores e de detalhes, sendo a parte da
retina
commáximopoderdevisão.
2.Qualotipodecirculaçãoqueirrigaaretina?
A
circulação retiniana
é terminal, sem
anastomoses e os
vasos da
retina apresentam
fortes ligações juncionais, o que impede o extravasamento de soro por suas paredes,
prevenindo, assim eventual edema de retina causado por alterações sistêmicas como,
por exemplo,hipertensãoarterial.
3.Emqueconsisteadegeneraçãomacularrelacionadaaidade(DMRI)equala
possívelfisiopatologiarelacionadaamesma?
A DMRI é uma doença degenerativa que
afeta
a mácula
de
indivíduos acima
de
50
anos de idade. É uma doença multifatorial, com fisiopatologia complexa e não
completamente esclarecida. Tem caráter genético e está relacionada ao
envelhecimento. É muito provável que fatores inflamatórios, assim como isquemia
localizada
e danos tissulares por mecanismos oxidativos exerçam significativo
papel
na
suapatogenia.
4.Quaissuascaracterísticasepidemiológicas?
A
DMRI é a principal causa de
cegueira
legal
em
indivíduos
acima de
50 anos e sua
prevalência aumenta com a idade. Ocorre em cerca de 6% dos indivíduos com idade
entre 65 e 74 anos e em aproximadamente 20% daqueles acima de 75 anos. Nessa
última faixa etária é responsável por aproximadamente 50% dos casos de cegueira
legal.
5.QuaissãoospossíveisfatoresderiscoparaDMRI?
Idadeetabagismosãoosprincipaisfatoresoutrosmenosimportantessão:
hipertensão arterialsistêmica,doençacardiovascular,obesidadeeírisclara.
6.QuaissãoasduasprincipaisformasdaDMRI,suasprevalênciasesuas
característicasdeevoluçãoaolongodotempo?
As
duas principais
são
a exsudativa e a seca.
A forma seca ocorre
em 85
a 90 % dos
casos
e geralmente causa baixa acuidade visual
progressiva ao
longo
de anos. A forma
exsudativa é registrada em 10 a 15% dos casos e geralmente causa baixa visão em
alguns meses,senãofortratada.
7.QuaisossintomasdaDMRInoiníciodadoençaeemfaseavançada?
Inicialmente os pacientes se queixam de
visão
borrada das
palavras, área escura no
centro da visão ou distorção de linhas retas. Nas fases mais avançadas o paciente
percebe escotomacentral(manchaescuranocentrodavisão).
8.Descrevadeformaresumidaaspossibilidadesdetratamentoparaasduas
formasdeapresentaçãodaDMRI.
Para a DMRI seca, o uso de uma combinação de micronutrientes, incluindo sais
minerais e vitaminas, pode prevenir ou retardar a evolução da
doença. Estudos
recentes
mostram que a ingestão diária da combinação de vitamina C (500mg), betacaroteno
(15mg), vitamina E (400 UI), zinco (80mg) e cobre (2mg) é benéfica para alguns
portadores de DMRI. Para a forma exsudativa, além dos
micronutrientes mencionados
pode-se também utilizar outros tratamentos, que incluem o uso de antiangiogênicos,
terapia fotodinâmica (PDT), raios
laser e cirurgia. A utilização de
antiangiogênicos
para
o tratamento da DMRI parece ser promissora e já vem sendo empregada na prática
clínicacombonsresultados.
9.Qualaprevalênciaderetinopatiadiabética10anosapósodiagnósticodeDM
tipoIetipoII?
Após10anosdedoença,poucomaisde80%dospacientesportadoresdeDMtipoI
e aproximadamente50%dotipoIIapresentamalgumaretinopatiadiabética.
10.Quaisfatoressãoreconhecidamenterelacionadosàprevalênciade
retinopatia diabética?
Otempodeevoluçãodadiabeteseocontroleglicêmiconesseperíodo.
11.Quaisosachadosdafundoscopianaretinopatiadiabéticanãoproliferativa?
Os microaneurismas e uma dilatação venosa difusa são geralmente os principais
sinais fundoscópicos detectáveis na retinopatia diabética. Os microaneurismas
localizam-se na camada nuclear interna e seu número e tamanho aumentam
progressivamente no decorrer da doença.
Os
microaneurismas podem
ser
confundidos
com as
micro
hemorragias puntatas que também aparecem na
retinopatia
diabética, e a
diferenciação entre eles se faz facilmente na
angiofluoresceinografia,
nesse exame os
microaneurismassãohiperfluorescenteseas hemorragiashipofluorescentes.
12.Qualacaracterísticadashemorragiasintrarretinianassuperficiaiseseu
possível significadonaretinopatiadiabética?
As hemorragias intrarretinianas superficiais aparecem como manchas grandes
frequentemente com
aspecto
de
“chama de
vela”.
As
hemorragias superficiais
sãomenos
comuns na retinopatia diabética que as profundas. Sua presença pode indicar outras
etiologiasedoençasassociadas,comoahipertensãoarterial.
13.Oquesãoosexsudatosduroseosalgodonososequaissuas
características?
Os exsudatos duros representam o produto lipídico do extravasamento de
lipoproteínas através dos capilares retinianos alterados e dos microaneurismas. Eles
têm cor mais amarelada e aspecto puntiforme. Encontram-se, usualmente, no polo
posterior em
áreas de edema retiniano
crônico e podem sofrer
reabsorção gradual caso
oedemadaretina desapareçaespontaneamenteouapóstratamento.
Os exsudados algodonosos representam áreas de
isquemia da
retina
interna,
sendo
mais brancacentos e tendo aspecto nebuloso. Encontram-se no polo posterior,
principalmente, ao redor do nervo óptico. Em torno deles frequentemente observa-se
microaneurismas e dilatações de capilares. Seu aparecimento em maior número às
vezes acompanha episódios de compensação ou descompensação aguda da
retinopatia diabética. Eles podem desaparecer após semanas ou
meses com sequelas
mínimasnaretina.
14.Emqueconsistearetinopatiadiabéticaproliferativaequalafisiopatologia
associadaamesma?
Na retinopatia diabética proliferativa, neovasos geralmente associados a tecido
fibroso aparecem a partir do disco óptico e da retina crescendo ao
longo
da
interface
vitreorretiniana. Em uma fase mais avançada, com o descolamento posterior
do
vítreo
esses neovasos se elevam na
cavidade vítrea. Acredita-se que
a isquemia retiniana seja
a principal causa da proliferação fibrovascular da retinopatia diabética proliferativa. A
hipóxia crônica leva à produção local de fatores angiogênicos, possivelmente o mais
importanteseriaofatorde crescimentoendotelial(VEGF).
15.Quaisasduasmaiorescomplicaçõesrelacionadasaretinopatiadiabética
proliferativa?
Asduasmaiorescomplicaçõessãoashemorragiasvítreaseodescolamento
tracionalda retina.
16.Quaisachadospodemserobservadosnospacientescommaculopatia
diabética equalasuacausa?
Ocorre devido ao extravasamento de líquidopelos capilares alterados e
microaneurismas presentes na região macular, além disso, pode haver regiões de
isquemia retiniana
que provocam também dilatação compensatória dos
vasos
retinianos
adjacentes. Esses fatores levam a edema de mácula associado a hemorragias e
exsudato. A fundoscopia observa-se áreas de espessamento retiniano com ou sem
exsudatos duros em uma região dentro do raio de
2 diâmetros
papilares
do
centro
da
fóvea.
17.Comopodeserfeitoodiagnósticoderetinopatiadiabética?
O
diagnóstico pode ser feito
com o exame
cuidadoso do
fundo
de
olho
utilizando-se a
oftalmoscopia direta ou indireta. A biomicroscopia do segmento anterior também pode
acrescentarinformaçõeseajudarnodiagnóstico.
18.Emquemomentoospacientesdiabéticosdevempassarporconsulta
oftalmológicaparainvestigaçãoderetinopatiadiabéticaequalsegmento
deve serpropostodeacordocomosachados?
O primeiro exame oftalmológico em pacientes com diagnóstico de DM detectado
antes dos 30
anos
deve ser
realizado até
cinco anos após o início
da doença. Aqueles
com DM detectado após os 30 anos devem ter o exame oftalmológico realizado de
imediato. Após o primeiro exame fundoscópico, os
pacientes com
retinopatia diabética
ausente ou muito leve devem consultar um oftalmologista anualmente. Nos casos em
que já exista retinopatia diabética não proliferativa leve a moderada e sem edema
macular os pacientes devem ser reavaliados a cada seis meses. Já aqueles com
retinopatia diabética não proliferativa grave ou muito grave e nos quais for adotada
conduta conservadora sem fotocoagulação a laser, deverão ser examinados a cada
três
meses. Nos casos
de
edema macular sem indicação de tratamento o acompanhamento
deveseracadatrêsmeses.
19. Qual tratamento para retinopatia diabética pode ser instituído pelo médico
generalista e o que pode se esperar em relação a qualidade da visão no
inícioda terapêuticainstituída?
O tratamento da
retinopatia diabética inclui o controle
glicêmico rigoroso,
o que
deve
ser realizado pelo médico generalista. Além disso, a pressão arterial, função renal e
lipídeos séricos deverão ser monitorados e tratados. Apesar dessas medidas serem
mais eficazes no início da retinopatia ou na
prevenção dela, elas
devem ser
adotadas
para todos os
pacientes. Logo após
o início do controle
mais rigoroso pode
haver piora
da retinopatia. Aparecem bruscamente novos exsudatos algodonosos e hemorragias
intrarretinianas. Tais alterações tendem a melhorar em algumas semanas ou meses,
podendo ser observado, após dois anos de controle metabólico rígido, redução na
incidênciaenaprogressãodaretinopatiadiabética.
20.Citeaspossibilidadesterapêuticasquepodemserempenhadaspelo
especialista.
Fotocoagulação a laser, fotocoagulação “em grade”, panfotocoagulação a laser,
vitrectomia e injeções intravítreas com corticoide ou inibidores do fator de crescimento
vascularendotelial.