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A AVALIAÇÃO DE SINAIS VITAIS

Pulso, Frequência Respiratória, Pressão Arterial e Temperatura.

Esses 4 itens determinam a condição de saúde do paciente, demonstrando o desempenho em atividades corporais
indispensáveis à sobrevivência.

Daí a necessidade de saber como verificar os sinais vitais, quais os valores normais e que condutas adotar diante de
alterações.

Eles descrevem a performance das funções corporais básicas, que podem ser influenciadas por uma série de
doenças, anormalidades internas ou externas.

Geralmente, a medição dos sinais vitais faz parte do primeiro atendimento na atenção básica, ajudando na triagem
dos pacientes.

 Frequência cardíaca

Também conhecida como pulsação, à frequência cardíaca descreve o número de batimentos por minuto realizados
pelo coração.

Como bomba natural, o músculo cardíaco precisa bater num ritmo regular e suficiente para impulsionar o sangue
pelas artérias.

Depois, o líquido leva oxigênio e nutrientes para todas as células do organismo.

Num adulto jovem, o pulso ideal fica entre 50 e 100 bpm (batidas por minuto).

Atletas e idosos costumam ter a pulsação mais baixa, chegando a 40 bpm sem que haja comprometimento ao bem-
estar.

Antes de um ano, os bebês registram até 160 bpm, sem qualquer problema para a saúde.

 Frequência respiratória

A taxa de frequência respiratória (FR) revela a quantidade de respirações completas em um minuto.

Ela fica entre 12 e 20 mrm (movimentos respiratórios por minuto) num adulto saudável e com menos de 40 anos.

Da mesma forma que a frequência cardíaca, a respiratória tende a sofrer variações conforme a idade.

Para se ter uma ideia, os valores normais de FR para bebês menores de 1 ano ficam entre 30 e 60 mrm.

 Pressão arterial

Quando o coração bombeia o sangue pelas artérias, o líquido faz força contra as paredes desses vasos sanguíneos.

Esse é o conceito por trás da pressão arterial, medida sempre em duas partes: sistólica e diastólica.

O valor sistólico corresponde à tensão no momento em que o órgão se contrai e, portanto, é superior ao diastólico.

O valor obtido na diástole é mais baixo, pois se refere ao instante de relaxamento do músculo cardíaco.

Idealmente, os valores de pressão num paciente adulto ficam entre 120/80 mmHg (o famoso 12 por 8).
 Temperatura

Medida por meio de um termômetro, a temperatura demonstra o resultado entre ganho e perda de calor do corpo
para o ambiente.

O valor de referência é de 36,5ºC (graus Celsius), para qualquer idade.

No entanto, existe uma variação aceitável, que fica entre 36,1ºC e 37,2ºC.

Valores abaixo de 35,1ºC caracterizam a hipotermia, enquanto aqueles acima de 37,8ºC correspondem à febre.

Importância dos parâmetros de sinais vitais

Cada um dos sinais vitais mede funções fundamentais para a manutenção da vida.

Quando algum deles é alterado, pode ser a primeira pista de que a saúde não vai bem.

Um exemplo simples é a elevação da temperatura (febre), que pode sinalizar a existência de uma infecção.

Por sua vez, uma pulsação abaixo do normal pode indicar problemas como insuficiência cardíaca.

E os valores de pressão elevados constantemente revelam a hipertensão, patologia que aumenta o risco de a pessoa
sofrer eventos graves como AVC e infarto do miocárdio.

Quando o profissional de saúde mensura corretamente os sinais vitais, esses e outros males podem ser evitados.

Ou tratados de forma precoce, com maiores chances de cura, redução das sequelas e tempo de recuperação.

Na maioria das vezes, é possível abandonar comportamentos prejudiciais e adotar hábitos saudáveis, revertendo a
tendência a uma patologia.

Daí a importância de conhecer os parâmetros de sinais vitais, que otimizam um diagnóstico assertivo.

Também permite o socorro rápido diante de variações bruscas nos valores normais, antes mesmo que o paciente
perceba sintomas.

Isso é bastante útil, por exemplo, para casos de pressão baixa, que raramente desencadeiam sintomas e, por
consequência, dificilmente são detectados pelo doente.
Tabela de sinais vitais normais

Veja, abaixo, uma tabela com os valores de referência dos sinais vitais para cada faixa etária.

Parâmetros normais dos sinais vitais conforme faixa etária


Faixa Frequência Cardíaca Frequência Pressão arterial (valor
Temperatura
etária (pulsação) Respiratória máximo aceitável)
Entre 36,1ºC e
Bebês 100 a 160 bpm 30 a 60 mrm 110/75 mmHg
37,2ºC
Entre 36,1ºC e
Crianças 80 a 120 bpm 20 a 30 mrm 120/80 mmHg
37,2ºC
Entre 36,1ºC e
Adultos 60 a 100 bpm 12 a 20 mrm 139/89 mmHg
37,2ºC
Mulher: 134/84 mmHg Entre 36,1ºC e
Idosos 45 a 90 bpm 16 a 25 mrm
Homem: 135/88 mmHg 37,2ºC

Como fazer a verificação de sinais vitais

A verificação de sinais vitais envolve tarefas simples, mas que pedem atenção e zelo para obter resultados de
qualidade.

Temperatura

Frequência Cardíaca

Frequência Respiratória

Pressão arterial.

1. Comece pela temperatura

Essa é a tarefa mais rápida, que exige apenas um termômetro de mercúrio para coletar os dados necessários.

A medição pode ser feita por via oral, retal ou axilar, sendo que esta última oferece mais praticidade na rotina das
unidades de saúde.

Antes de colocar o termômetro em contato com a pele do paciente, desinfete o equipamento.

Depois, seque a axila da pessoa e garanta que o bulbo do aparelho fique junto à pele, sendo levemente comprimido
pelo braço para que não se mova.

Aguarde de 3 a 5 minutos para retirar o termômetro e registrar a temperatura corporal.

2. Tome a pulsação

Peça para o paciente se sentar em posição confortável, no qual possa se recostar.

O pulso pode ser tomado a partir da compressão de uma artéria contra um osso, feita de modo leve.

Pescoço, pulso e parte interna do braço (braquial) são bons locais para tomar a pulsação.

Em adultos que estejam conscientes, o mais comum é observar a frequência cardíaca pressionando o pulso, a fim de
sentir as artérias radiais.
Com o braço do paciente apoiado e relaxado, utilize 2 ou 3 dedos para comprimir a parte central, logo abaixo da
palma da mão.

Lembre-se de não usar o polegar e indicador, que podem distorcer o resultado.

Se não encontrar pulso, é possível procurar pela artéria carótida, no pescoço.

Basta colocar os dedos sobre o pomo-de-adão e deslizar até a lateral para achar a pulsação.

Em bebês até os 12 meses, será mais simples tomar a pulsação braquial, seguindo os mesmos passos que a medição
pelo pulso.

Conte os movimentos durante 60 segundos, observando se são regulares e intensos.

Anote os valores obtidos para que sejam comparados aos parâmetros normais.

3. Siga para a Frequência Respiratória (FR)

A FR deve ser medida logo depois da frequência cardíaca, a fim de encontrar valores confiáveis.

Primeiro, coloque o paciente sentado em posição confortável e posicione o braço de maneira relaxada para verificar
as incursões respiratórias.

Ou coloque os dedos anelar e indicador sobre a artéria carótida, como expliquei acima.

Verifique, então, a quantidade de ciclos respiratórios, contando os movimentos sentidos por 60 segundos.

Durante esse período, preste atenção, ainda, nos movimentos torácicos, se há ritmo padrão para a respiração, se é
profunda ou superficial.

Registre os valores de FR e a posição do paciente no prontuário médico e compare os números com os valores de
referência.

4. Meça a pressão arterial

Caso tenha um aparelho específico, você pode escolher pelo método oscilométrico para medir a pressão arterial.

Se não tiver, siga o pequeno roteiro para registrar corretamente a pressão sistólica e diastólica, baseado neste
manual do SUS:

Certifique-se de que o paciente esteja tranquilo, pois o estresse e ansiedade podem aumentar os valores reais. Na
dúvida, peça que ele descanse por alguns minutos antes de realizar o procedimento.

Localize a artéria braquial por palpação

Prenda o manguito firmemente cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha
sobre a artéria braquial

Mantenha o braço do paciente na altura do coração

Palpe o pulso radial, posicione o estetoscópio sobre a artéria braquial e infle o manguito até o desaparecimento do
som.

Faça a deflação com uma velocidade constante de 2 a 4 mmHg/segundo

Determine a pressão sistólica máxima no momento do aparecimento do primeiro som

Determine a pressão diastólica mínima no momento do desaparecimento do som


Registre os valores das pressões sistólica e diastólica, o braço em que foi feito o exame e o horário.

O que altera os valores de sinais vitais?

Nem sempre uma patologia é responsável por alterações nos valores normais para os sinais vitais.

Há diversos fatores capazes de interferir nesses resultados, por isso, vale conversar com o paciente antes de iniciar
as medições.

Pergunte sobre:

Exercícios físicos: é preciso esperar ao menos 30 minutos depois de se exercitar para medir os sinais vitais. A
atividade física pode aumentar momentaneamente a temperatura, frequência cardíaca e respiratória

Idade: como demonstrei na tabela, existem variações normais de acordo com a faixa etária

Estresse: pode elevar temperatura, frequência cardíaca e respiratória

Banhos: costumam interferir na temperatura

Ambiente: há indivíduos que sofrem maior influência da temperatura ambiente, como os idosos

Medicamentos: substâncias como a epinefrina aumentam a pulsação, enquanto os cronotrópicos digitálicos a


diminuem.

Alteração em sinais vitais: o que fazer?

A conduta adequada aos profissionais de enfermagem vai depender do estado clínico do paciente, se está internado
ou sob tratamento, conforme cita este manual.

Em ambiente hospitalar, é essencial seguir as recomendações médicas e considerar as medições de sinais vitais
anteriores para comparação.

Em caso de desmaio, tontura, convulsão, falta de ar ou dor no peito, interrompa as medições e peça auxílio ao
médico ou enfermeiro de plantão.

O mesmo raciocínio vale para doentes com pulso irregular por mais de 1 minuto, ou febre muito alta e persistente.

Crianças com temperatura acima dos 38,5ºC devem ser novamente testadas, de preferência em local diferente do
primeiro para confirmar a febre.

Se os movimentos respiratórios estiverem difíceis de contar, experimente fazer a ausculta dos pulmões, contar a
quantidade de incursões por 30 segundos e multiplicar por 2.

Caso considere necessário fazer uma nova medição para corroborar a primeira, aguarde alguns minutos e repita o
procedimento.

Embora a medição manual dos sinais vitais seja bastante útil, muitas vezes é preciso avançar na investigação de
anormalidades.

Nesse cenário, o médico costuma solicitar testes de apoio ao diagnóstico para detalhar os resultados, confirmar ou
afastar uma suspeita clínica.

Um exemplo é o diagnóstico da hipertensão, que se beneficia da realização da Monitorização Ambulatorial da


Pressão Arterial (MAPA).
Esse exame faz medições regulares durante um período de 24 horas consecutivas, permitindo a confirmação da
doença.

Da mesma forma, o holter de ECG mede a frequência cardíaca por pelo menos 24 horas, embasando o diagnóstico
de males como as arritmias.

VALORES PA

FONTE: https://telemedicinamorsch.com.br/blog/tabela-de-pressao-arterial

Pressão Arterial Diastólica Pressão Arterial Sistólica


Classificação
(PAD) (PAS)
Menor que 85 mmHg Menor que 130 mmHg Normal
Entre 85 e 89 mmHg Entre 130 e 139 mmHg Normal limítrofe
Entre 90 e 99 mmHg Entre 140 e 159 mmHg Hipertensão leve (estágio 1)
Entre 100 e 109 mmHg Entre 160 e 179 mmHg Hipertensão moderada (estágio 2)
Maior ou igual a 110 mmHg Maior ou igual a 180 mmHg Hipertensão grave (estágio 3)
Menor que 90 mmHg Maior ou igual a 140 mmHg Hipertensão sistólica isolada

Variação da pressão arterial em função da idade e sexo


Idade Mulher Homem
19 a 24 anos 120/79 mmHg 120/79 mmHg
25 a 29 anos 120/80 mmHg 121/80 mmHg
30 a 35 anos 122/81 mmHg 123/82 mmHg
36 a 39 anos 123/82 mmHg 124/83 mmHg
40 a 45 anos 124/83 mmHg 125/83 mmHg
46 a 49 anos 124/83 mmHg 127/84 mmHg
50 a 55 anos 129/85 mmHg 128/85 mmHg
56 a 59 anos 130/86 mmHg 131/87 mmHg
60 anos ou mais 134/84 mmHg 135/88 mmHg

Valores de pressão arterial durante a gravidez


Média da Pressão Sistólica
Idade Gestacional Média da Pressão Diastólica (PAD)
(PAS)
6 a 8 semanas 103 a 104 mmHg 57 a 58 mmHg
9 a 12 semanas 106 a 108 mmHg 61 a 63 mmHg
13 a 16 semanas 103 a 104 mmHg 59 a 61 mmHg
17 a 20 semanas 103 a 104 mmHg 57 a 59 mmHg
21 a 24 semanas 104 a 106 mmHg 56 a 58 mmHg
25 a 28 semanas 105 a 107 mmHg 55 a 57 mmHg
29 a 32 semanas 105 a 107 mmHg 57 a 59 mmHg
33 a 34 semanas 106 a 108 mmHg 60 a 62 mmHg
35 a 36 semanas 106 a 108 mmHg 62 a 64 mmHg
37 semanas 106 a 108 mmHg 63 a 65 mmHg
38 semanas 108 a 110 mmHg 63 a 65 mmHg
39 semanas 108 a 110 mmHg 63 a 65 mmHg
40 semanas 110 a 112 mmHg 68 a 70 mmHg
Pós-parto 106 a 108 mmHg 68 a 70 mmHg

Valores máximos de pressão arterial infantil


Idade PAS/PAD
Até 6 anos 110/75 mmHg
Entre 6 e 10 anos 120/80 mmHg
Entre 10 e 14 anos 125/85 mmHg
Entre 14 e 18 anos 135/90 mmHg

COMO FAZER O CONTROLE DE PRESSÃO ARTERIAL

A pressão é suscetível a fatores externos, com ligeiras subidas e descidas ao longo do dia.

A escolha por hábitos saudáveis faz a diferença nesse cenário, contribuindo para manter os valores dentro da
normalidade.

7 estratégias para controlar a pressão arterial.

1. Tenha uma rotina saudável. Combine dieta balanceada a exercícios físicos e boas noites de sono.

Prefira alimentos naturais aos processados, montando pratos coloridos para ingerir uma variedade de
nutrientes.

E não se esqueça de beber cerca de 2 litros de água para hidratar o corpo.

Lembre-se de que são necessárias ao menos três sessões de 40 minutos semanais para deixar de ser sedentário.
2. Cuidado com o sobrepeso. Ultrapassar o peso normal implica em irrigar uma área maior com o sangue.

É por isso que a obesidade é fator de risco para a hipertensão, devendo ser evitada.

3. Diminua a ingestão de sal

O consumo exagerado de sal causa retenção de líquidos pelos rins, levando ao aumento da pressão sanguínea.

Siga a recomendação da Organização Mundial da Saúde, limitando a ingestão desse ingrediente a 5 gramas por
dia.

Uma dica para conseguir adaptar a dieta é trocar o sal por temperos naturais na hora de dar sabor à comida,
adicionando orégano, salsinha e cebolinha, etc.

4. Pare de fumar

O cigarro contém substâncias nocivas que deixam as paredes das artérias mais rígidas.

Por consequência, é preciso uma força maior para que o sangue circule.

5. Reduza o consumo de bebida alcoólica

O excesso de álcool faz com que a pressão se eleve, sendo um fator de risco importante para hipertensão.

Procure limitar as doses para uma por dia, se for mulher, ou duas doses diárias, se for homem.

6. Mantenha as doenças crônicas sob controle

Às vezes, a hipertensão é secundária a outra patologia.

Daí a necessidade de tratar qualquer doença crônica para que não sobrecarregue o sistema cardiovascular.

7. Faça consultas e exames preventivos

Há muitos casos em que a pressão está alta ou baixa, mas não dá sinal disso.

No entanto, valores acima ou abaixo do normal podem ser descobertos durante um check anual com exames de
rotina.

Mantenha esse cuidado em dia e procure ajuda médica se perceber sintomas como:

 Visão turva ou embaçada


 Dor de cabeça
 Tontura
 Zumbido
 Dor no peito
 Sangramento nasal.

Parâmetros normais dos sinais vitais conforme faixa etária


Faixa Frequência Cardíaca Frequência Pressão arterial (valor
Temperatura
etária (pulsação) Respiratória máximo aceitável)
Entre 36,1ºC e
Bebês 100 a 160 bpm 30 a 60 mrm 110/75 mmHg
37,2ºC
Entre 36,1ºC e
Crianças 80 a 120 bpm 20 a 30 mrm 120/80 mmHg
37,2ºC
Entre 36,1ºC e
Adultos 60 a 100 bpm 12 a 20 mrm 139/89 mmHg
37,2ºC
Mulher: 134/84 mmHg Entre 36,1ºC e
Idosos 45 a 90 bpm 16 a 25 mrm
Homem: 135/88 mmHg 37,2ºC

O QUE É O IMC?

O IMC (Índice de Massa Corporal) é um indicador que serve para avaliar o peso do individuo, permitindo avaliar se
está com excesso de peso ou obesidade. Para além do IMC existem outras ferramentas que complementam a
avaliação, conforme discutiremos adiante.

Como se calcula o IMC?

Podemos calcular o IMC dividindo o peso (em Kilogramas) pela altura (em metros) ao quadrado. Ou seja, a fórmula
do IMC é a seguinte:

IMC = Peso (kg) / Altura (m)2

Exemplo: Uma pessoa com 60kg e que meça 1,60 m, possui um IMC de 23,4.

Relação entre o IMC e o peso

O IMC possibilita a avaliação do peso tendo em conta a altura da pessoa, sendo que mediante o valor alcançado
podemos classificar o peso em:
Baixo peso IMC < 18,5

Peso normal IMC 18,5 - 24,9

Excesso de peso IMC 25 - 29,9

Obesidade IMC >30

Obesidade grau I (Moderada) IMC 30-34,9

Obesidade grau II (Severa) IMC 35-39,9

Obesidade grau III (Mórbida) IMC >40

No exemplo anterior (IMC de 23,4) essa pessoa enquadra-se dentro do peso normal.

Como interpretar cada escalão de IMC

Baixo peso

Um IMC inferior a 18,5 é um indicador de baixo peso, não sendo recomendado e, podendo ser tão ou mais
prejudicial do que ter excesso de peso. Este pode dever-se a vários fatores, tais como distúrbios de comportamento
alimentar (exemplo: anorexia, bulimia), doenças inflamatórias intestinais, doenças metabólicas e stress.

As principais consequências de um baixo peso podem ser a queda de cabelo, amenorreia (ausência de menstruação),
fadiga, infertilidade e ansiedade.

Nestas situações é necessário um acompanhamento nutricional e médico, de forma a avaliar a existência de


possíveis carências nutricionais e garantir uma nutrição adequada.

Peso normal

Um IMC entre o 18,5 e os 24,9, classificativo de peso normal, corresponde ao intervalo de peso ideal para cada
pessoa, tendo em conta a sua altura.
Este intervalo de peso está associado a um menor risco e uma menor incidência de doenças.

Excesso de peso

O excesso de peso, também considerado como pré-obesidade, corresponde a um IMC entre os 25 e 29,9.

Perante um IMC indicativo de excesso de peso, é fundamental avaliar não só para o peso e respetivo IMC, mas
também a composição corporal, ou seja, para a forma como o peso se encontra distribuído e, perceber de existe ou
não um excesso de massa gorda.

Obesidade

Quando o valor do IMC é superior a 30, estamos perante um valor indicativo de obesidade, sendo que conforme o
valor de IMC obtido a obesidade pode ser classificada em 3 graus, como moderada, severa ou mórbida.

Esta é uma doença crónica, com repercussões para a saúde da pessoa, pelo que um acompanhamento nutricional
por um nutricionista e um acompanhamento médico é fundamental.

Outras ferramentas na avaliação do peso

Não obstante o facto de o IMC se tratar de uma ferramenta bastante prática e muito usada, não é, por si só,
suficiente para obter um diagnóstico de obesidade, na medida em que esta apenas avalia o peso corporal da pessoa
e não a sua composição corporal.

Esta ferramenta não avalia o peso em massa gorda (gordura corporal) ou em massa muscular, daí que, por exemplo,
uma pessoa com muita massa muscular possa possuir um IMC indicador de excesso de peso sem apresentar excesso
de massa gorda.

Assim e visto que esta ferramenta apresenta limitações, para determinar se o valor do IMC constitui um risco para a
saúde é necessário complementar a sua avaliação com outros métodos, tais como:

 Avaliação da composição corporal – avaliação da distribuição do peso em massa gorda e massa muscular,
através de outros métodos a bioimpedância e a medição do perímetro abdominal;
 Avaliação da alimentação;
 Atividade física;
 História familiar.
 Bioimpedância

Esta metodologia não invasiva possibilita a realização, através da passagem de uma corrente elétrica de baixa
intensidade, da avaliação da composição corporal, analisando a percentagem de massa gorda, massa magra e água.

A Bioimpedância pode ser usada como complemento ao IMC, possibilitando entender se um IMC mais elevado é a
causa de uma massa gorda excessiva ou de um alto valor de massa muscular (por exemplo, no caso dos culturistas).

 Perímetro abdominal

O perímetro abdominal é medido com recurso a uma fita de perímetros que consente a avaliação da presença de
gordura visceral (gordura interna, na zona abdominal). Esta possibilita avaliar o risco de surgimento de doenças que
estão associadas ao aumento do perímetro abdominal, como a hipertensão, a diabetes tipo 2 e a
hipercolesterolemia.

Os valores de referência para o perímetro abdominal são:

Mulheres: o perímetro abdominal deve ser inferior a 88 cm;

Homens: o perímetro abdominal deve ser inferior a 102cm.


Relação cintura-quadril (RCQ)

A relação cintura-quadril (RCQ) é o cálculo que se faz a partir das medidas da cintura e do quadril para verificar o
risco que uma pessoa tem de desenvolver uma doença cardiovascular. Isso acontece porque, quanto maior a
concentração da gordura abdominal, maior o risco de ter problemas como colesterol alto, diabetes, pressão alta ou
aterosclerose.

A presença dessas doenças juntamente com o excesso de gordura na região abdominal do corpo também aumenta o
risco de problemas mais graves para a saúde, como infarto, AVC e gordura no fígado, que podem deixar sequelas ou
levar à morte.

Em caso de relação cintura-quadril alta, é importante que o médico seja consultado para que sejam feitos exames
que permitam verificar se há alguma doença e, assim, orientar formas de combatê-la ou preveni-la.

Como calcular

Para calcular a relação cintura-quadril deve-se utilizar uma fita métrica para avaliar:

Tamanho da cintura, que deve ser medido na parte mais estreita do abdômen ou na região entre a última costela e o
umbigo;

Tamanho do quadril, que deve ser medido na parte mais larga das nádegas.

Em seguida, deve-se dividir o valor que se obteve do tamanho da cintura pelo tamanho do quadril.

Exemplo: a medida da cintura de um homem é 65 cm e o seu quadril, 80 cm. Para calcular a relação cintura-quadril,
deve-se fazer a seguinte operação: 65/80 = 0,8125. Ou seja, o índice é de 0,81, o que é considerado normal (o valor
normal de referência para homens é até 0,95).

Como entender os resultados

Os resultados da relação cintura-quadril variam de acordo com o sexo, devendo ser de no máximo 0,80 para
mulheres e 0,95 para homens.

Resultados iguais ou superiores a esses valores indicam alto risco para doenças cardiovasculares, sendo importante
lembrar que quanto maior o valor, maior o risco. Nestes casos, é aconselhado procurar ajuda médica para verificar
se já existem problemas de saúde e ir a um nutricionista para iniciar um plano alimentar que permita a perda de
peso e a redução do risco de doenças.

Tabela de risco cintura-quadril

Os resultados da relação cintura-quadril variam de acordo com o gênero e representam o risco da pessoa
desenvolver algum problema de saúde:
Risco de saúde Mulher Homem

Baixo Inferior a 0,80 Inferior a 0,95

Moderado 0,81 a 0,85 0,96 a 1,0

Alto Superior 0,86 Superior 1,0

Além disso, é importante acompanhar a perda de peso e fazer novas medições da cintura e do quadril, para avaliar a
diminuição do risco à medida que o tratamento for sendo seguido adequadamente.

O que fazer em caso de RCQ alto?

Caso a relação cintura-quadril seja alta, é recomendado que o médico seja consultado para verificar se existe algum
problema de saúde, além de ser indicado consultar o nutricionista para iniciar um plano alimentar para perda de
peso e, assim, diminuir o risco de doenças.

Além disso, é importante acompanhar a perda de peso e fazer novas medições da cintura e do quadril
periodicamente para avaliar a diminuição do risco à medida que o tratamento vai sendo realizado corretamente.

VALORES DE REFERÊNCIA DO HEMOGRAMA

VALORES EM HOMENS VALORES EM MULHERES


Eritrócitos
Hemácias 4.2 a 5.9 milhões/ µL Hemácias 3.9 a 5.4 milhões/ µL
Hemoglobina 13.0 a 18.0 g/dL Hemoglobina 12.0 a 16.0 g/dL
Hematócrito 38 a 52% Hematócrito 35 a 47%
VCM 80.0 a 100.0 fL VCM 80.0 a 100.0 fL
HCM 27.0 a 32.0 pg HCM 27.0 a 32.0 pg
CHCM 31.0 a 36.0 g/dL CHCM 31.0 a 36.0 g/dL
RDW 10 a 16% RDW 10.0 a 16.0%
Leucograma
Leucócitos totais 4000 a 11000/ µL Leucócitos totais 4000 a 11000/ µL
Neutrófilos bastonetes 0 a 800/ µL Neutrófilos bastonetes 0 a 800/ µL
Neutrófilos segmentados 1600 a 8000/ µL Neutrófilos segmentados 1600 a 8000/ µL
Linfócitos 900 a 4000/ µL Linfócitos 900 a 4000/ µL
Monócitos 100 a 1000/ µL Monócitos 100 a 1000/ µL
Eosinófilos 0 a 500/ µL Eosinófilos 0 a 500/ µL
Basófilos 0 a 200/ µL Basófilos 0 a 200/ µL
Plaquetas 140 000 a 450 000 µL Plaquetas 150 000 a 450 000 µL

A tabela a seguir indica os valores de referência do eritrograma em crianças:

Valores de Valores de Valores de referência


referência do referência do da criança entre 2 e 12
recém-nascido bebê de 1 ano anos

Eritrócitos 4.0 a 7 milhões/ µL 3.9 a 5.1 4.1 a 5.1 milhões/ µL


milhões/ µL

Hemoglobina 14 a 22 g/dL 11.1 a 14.1 g/dL 11 a 14.1 g/dL

Hematócrito 45 a 77% 30 a 38% 35 a 45%

VCM 92 a 120 fL 72 a 84.0 fL 75 a 95 fL

HCM 31 a 37 pg 24 a 29 pg 24 a 33 pg

COMO INTERPRETAR O RESULTADO DE UM HEMOGRAMA

O hemograma completo é o exame de sangue que avalia as células que compõem o sangue, como os leucócitos ou
glóbulos brancos, as hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos, e as plaquetas.

Este exame é realizado a partir da análise de uma amostra de sangue e, quando alterado, pode ser indicativo de
anemia, inflamações, infecções e doenças como linfoma ou leucemia, por exemplo.

O hemograma serve para auxiliar diagnóstico e acompanhar a evolução de doenças que provocam alterações no
sangue, como:

Anemias;
Distúrbios da medula óssea;

Infecções bacterianas, fúngicas ou virais;

Inflamações;

Câncer, especialmente leucemias ou linfomas;

Alterações nas plaquetas, como o seu aumento (plaquetose) ou diminuição (plaquetopenia);

Acompanhamento de situações que possam comprometer o funcionamento da medula óssea, como durante a
quimioterapia, por exemplo.

Além disso, o hemograma é útil para acompanhar doenças crônicas que podem cursar com anemia, como
insuficiência renal, artrite reumatoide, insuficiência cardíaca ou doenças pulmonares, por exemplo.

Como interpretar o hemograma

Para interpretar o hemograma o médico normalmente leva em consideração os sintomas apresentados pela pessoa,
caso existam, os resultados de outros exames pedidos e observa o resultado do hemograma, procurando por
alterações nos seus valores. Entenda melhor os valores de referência do hemograma.

O que significam alterações no hemograma

As alterações no hemograma têm significados diferentes de acordo com as células envolvidas:

1. Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos

O eritrograma é a parte do hemograma que avalia as células vermelhas do sangue, as hemácias, também conhecidas
como eritrócitos. As alterações no eritrograma podem indicar:

Representa a Alto: Desidratação, policitemia e choque;


porcentagem do volume
HT ou HCT -
ocupado pelas hemácias Baixo: Anemia, perda excessiva de sangue, doença
Hematócrito no volume total de renal, deficiência de ferro e de proteínas e sepse.
sangue

É um dos componentes Alta: Policitemia, insuficiência cardíaca, doenças


das hemácias e é pulmonares e em altitudes elevadas;
Hb - responsável pelo
Hemoglobina transporte de oxigênio Baixa: Gravidez, anemia por deficiência de ferro,
anemia megaloblástica, talassemia, câncer,
desnutrição, doença hepática e lúpus.
Além da quantidade dos glóbulos vermelhos, nesta parte do hemograma também são analisadas as suas
características, que também são importantes na interpretação do exame. As características dos glóbulos vermelhos
normalmente analisados no hemograma são:

 VCM ou Volume Corpuscular Médio: mede o tamanho das hemácias, que pode estar aumentada em alguns
tipos de anemia, como por deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, alcoolismo ou alterações na medula
óssea. Caso esteja diminuído, pode indicar anemia por deficiência de ferro ou de origem genética, como a
Talassemia, por exemplo. Saiba mais sobre o VCM;
 HCM ou Hemoglobina Corpuscular Média: indica a concentração total de hemoglobina através da análise do
tamanho e coloração da hemácia. Veja o que significa HCM alto e baixo;
 CHCM (concentração da hemoglobina corpuscular média): demonstra a concentração da hemoglobina por
hemácia, estando normalmente diminuído nas anemias, sendo essa situação denominada hipocromia;
 RDW (Amplitude de distribuição dos glóbulos vermelhos): é um índice que indica a porcentagem de
variação de tamanho entre as hemácias de uma amostra de sangue, portanto, caso hajam hemácias de
tamanhos variados na amostra, o exame poderá vir alterado, o que pode ser uma pista para o início de
anemias por deficiência de ferro ou vitaminas, por exemplo, e seus valores de referência estão entre 10 a
15%. Saiba mais sobre o RDW.

Assim, para interpretar corretamente o significado das alterações nesta parte do hemograma, é importante levar em
consideração as alterações identificadas em cada valor.

2. Glóbulos brancos (Leucócitos)

O leucograma é um exame importante para verificar a imunidade da pessoa e como o organismo está reagindo a
situações, como infecções e inflamações, por exemplo.

Quando a concentração de leucócitos está elevada, a situação é denominada leucocitose, e o inverso, leucopenia.
Veja como entender o resultado do leucograma:

O leucograma é uma parte do exame de sangue que consiste em avaliar os leucócitos, também chamados de
glóbulos brancos, que são as células responsáveis pela defesa do organismo.

Este exame indica o número de neutrófilos, bastões ou neutrófilos segmentados, linfócitos, monócitos, eosinófilos e
basófilos presentes no sangue.

Os valores aumentados de leucócitos, conhecido como leucocitose, pode acontecer devido a infecções ou doenças
do sangue como a leucemia, por exemplo. O contrário, conhecido como leucopenia, pode ser causado por
medicamentos ou por quimioterapia. Tanto a leucopenia quando a leucocitose devem ser investigadas pelo médico
para que seja estabelecido o melhor tratamento de acordo com a causa.

Valores normais do leucograma

Os valores de referência do hemograma variam de acordo com a idade da pessoa e com o laboratório, sendo os
valores normais:

Leucócitos totais
Neutrófilos (/µL) Linfócitos (/µL)
(/µL)

Nasciment 10000 a 26000 4000 a 14000 3.000 a 8000


o
1 mês 5000 a 19000 3000 a 9000 3000 a 16000

3 a 6 meses 6000 a 18000 1000 a 6000 4000 a 12000

1 ano 6000 a 16000 1000 a 7000 3500 a 11000

2 a 6 anos 5000 a 15000 1500 a 8000 6000 a 9000

6 a 12 anos 5000 a 13000 2000 a 8000 1000 a 5000

Adultos 4000 a 10000 2000 a 7000 1000 a 3000

As células de defesa do organismo são os neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos, sendo
responsáveis por funções diferentes no organismo, como:

Neutrófilos: São as células sanguíneas mais abundantes do sistema de defesa, sendo responsável pelo combate a
infecções, podendo ser indicativo de infecção por bactérias quando os valores encontram-se aumentados. Os
bastões ou bastonetes são os neutrófilos jovens e que normalmente são encontrados no sangue quando há
infecções em fase aguda. Os neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros e mais encontrados no sangue;

Linfócitos: Os linfócitos são responsáveis pelo combate a vírus e tumores e produção anticorpos. Quando
aumentados, podem indicar uma infecção viral, HIV, leucemia ou rejeição de um órgão transplantado, por exemplo;

Monócitos: São as células de defesa responsáveis for fagocitar microrganismos invasores, sendo também chamados
de macrófagos. Atuam contra vírus e bactérias sem distinção;

Eosinófilos: São as células de defesa ativadas em caso de alergia ou em infecções por parasitas;

Basófilos: São as células de defesa ativadas em caso de inflamação crônica ou alergia prolongada e, em condições
normais, só é encontrado até 1%.

A partir do resultado do leucograma e de outros exames laboratoriais, o médico pode correlacionar com a história
clínica da pessoa e estabelecer o diagnóstico e tratamento, caso seja necessário.

As alterações no leucograma variam de acordo com os tipos de leucócitos afetados e podem indicar:

Alto: Infecções, inflamação, câncer, trauma, estresse, diabetes


ou gota.
Neutrófilos
Baixo: Falta de vitamina B12, anemia falciforme, uso de esteroides,
pós cirurgia ou púrpura trombocitopênica.
Alto: Alergia, verminoses, anemia perniciosa, colite ulcerativa
ou doença de Hodgkin.
Eosinófilos
Baixo: Uso de betabloqueadores, corticoides, estresse, infecção
bacteriana ou viral.

Alto: Após retirada do baço, leucemia mielóide crônica, policitemia,


catapora ou doença de Hodgkin.
Basófilos
Baixo: Hipertireoidismo, infecções agudas, gravidez ou choque
anafilático.

Alto: Mononucleose infecciosa, caxumba, sarampo e infecções


agudas.
Linfócitos
Baixo: Infecção ou desnutrição.

Alto: Leucemia monocítica, doença de armazenamento lipídico,


infecção por protozoários ou colite ulcerativa crônica.
Monócitos
Baixo: Anemia aplásica.

3. Plaquetas

As plaquetas são, na verdade, fragmentos de células que são muito importantes por serem responsáveis pelo início
do processo de coagulação. O valor normal das plaquetas normal deve estar entre 150.000 a 450.000/ mm³ de
sangue.

As plaquetas elevadas são preocupantes pois podem causar coágulos e trombos sanguíneos, havendo risco de
trombose e embolia pulmonar, por exemplo. Já quando estão reduzidas, podem aumentar o risco de sangramentos.

A diminuição da quantidade de plaquetas, também conhecida como plaquetopenia ou trombocitopenia, pode


interferir na coagulação sanguínea e levar ao aparecimento de alguns sintomas como manchas roxas ou
avermelhadas na pele, sangramento nas gengivas ou pelo nariz e urina avermelhada.

Na presença de sintomas indicativos de plaquetas baixas, é importante consultar um hematologista ou clínico geral
para confirmar o diagnóstico, identificar a causa e iniciar o tratamento mais adequado, que pode envolver o uso de
remédios ou, em casos mais graves, transfusão de plaquetas.

Sintomas de plaquetas baixas

Ter plaquetas baixas pode causar sintomas como:

Manchas roxas ou avermelhadas na pele, como hematomas ou equimoses;

Sangramento nas gengivas;

Sangramento pelo nariz;


Urina com sangue;

Sangramento nas fezes;

Menstruação volumosa;

Feridas com sangramento de difícil controle.

Estes sintomas podem surgir em qualquer pessoa com plaquetas baixas, mas são mais comuns quando estão muito
reduzidas (abaixo de 50.000 células/ mm³) ou quando associados com outra doença, como dengue ou cirrose, que
prejudicam a coagulação.

As principais causas de plaquetas baixas são:

1. Destruição das plaquetas

Algumas situações podem fazer com que as plaquetas vivam por menos tempo na circulação sanguínea, o que faz
com que seu número diminua. Algumas das principais causas são:

Infecções por vírus, como dengue, Zika, mononucleose e HIV, por exemplo, ou por bactérias, que afetam a
sobrevivência das plaquetas devido a alterações na imunidade da pessoa;

Uso de alguns remédios, como Heparina, Sulfa, anti-inflamatórios, anticonvulsivantes e anti-hipertensivos, por
exemplo, pois podem causar reações que destroem as plaquetas;

Doenças auto-imunes, que podem desenvolver reações que atacam e eliminam plaquetas, como lúpus, púrpura
trombocitopênica imune e trombótica, síndrome hemolítica-urêmica e hipotireoidismo, por exemplo.

As doenças da imunidade tendem a causar uma redução de plaquetas mais grave e persistente do que o uso de
remédio e infecções. Além disso, cada pessoa pode ter uma reação diferente, o que varia de acordo com a
imunidade e a resposta do corpo, portanto, é comum ver pessoas com plaquetas mais baixas em alguns casos de
dengue do que em outros, por exemplo.

2. Falta de ácido fólico ou vitamina B12

Substâncias como ácido fólico e vitamina B12 são essenciais para a hematopoiese, que é o processo de formação das
células sanguíneas. No entanto, a falta de ácido fólico ou vitamina B12 podem levar à diminuição da produção de
hemácias, glóbulos brancos e plaquetas. Estas deficiências são comuns em veganos sem acompanhamento
nutricional, pessoas desnutridas, alcoólatras e pessoas com doenças que causam sangramentos ocultos, como
gástrico ou intestinal.

3. Alterações na medula óssea

Algumas alterações no funcionamento da medula fazem com que seja diminuída a produção de plaquetas, o que
pode acontecer poder diversos motivos, como:

Doenças da medula óssea, como anemia aplásica ou mielodisplasia, por exemplo, que provocam a diminuição na
produção ou produção errada de células do sangue;

Infecções da medula óssea, como pelo HIV, vírus de Epstein-Barr e varicela;

Câncer que afeta a medula óssea, como leucemia, linfoma ou metástases, por exemplo;

Quimioterapia, radioterapia ou exposição a substância tóxicas para a medula, como chumbo e alumínio;
É comum que, nesses casos, haja também a presença de anemia e diminuição dos glóbulos brancos no exame de
sangue, pois a medula óssea é responsável pela produção de diversos os componentes do sangue.

4. Problemas no funcionamento do baço

O baço é responsável por eliminar diversas células do sangue que estão velhas, incluindo as plaquetas, e, se ele
estiver aumentado, como acontece em casos de doenças como cirrose hepática, sarcoidose e amiloidose, por
exemplo, pode haver uma eliminação de plaquetas ainda saudáveis, em uma quantidade acima do normal.

5. Outras causas

Na presença de plaquetas baixas sem uma causa definida, é importante pensar em algumas situações, como o erro
de resultado do laboratório, pois pode acontecer agregação das plaquetas no tubo de coleta do sangue, devido à
presença de um reagente no tubo, sendo importante repetir o exame, nestes casos.

O alcoolismo também pode provocar redução de plaquetas, pois o consumo de álcool, além de ser tóxico para as
células do sangue, também afeta produção pela medula óssea. Já na gravidez, pode ocorrer plaquetopenia
fisiológica, devido à diluição do sangue pela retenção de líquidos, que costuma ser leve, e se resolve
espontaneamente após o parto.

Além disso, tem sido relatados casos de diminuição das plaquetas devido à COVID-19 e/ou como efeito adverso da
vacina contendo adenovírus, principalmente AstraZeneca e Johnson & Johnson, sendo nesses casos associada à
trombose. No entanto, são raros em que foram identificados esses efeitos adversos devido à vacina.

Como aumentar as plaquetas

Após a identificação da causa das plaquetas baixas, o médico poderá indicar o melhor tratamento para aumentar a
quantidade de plaquetas, que pode envolver:

Retirada da causa, como remédios, tratamento de doenças e infecções, ou redução do consumo de álcool, que
desencadeiam as plaquetas baixas;

Uso de corticoides, esteroides ou imunossupressores, quando é necessário tratar uma doença auto-imune;

Remoção cirúrgica do baço, que é a esplenectomia, quando a plaquetopenia é severa e causada pela função
aumentada do baço;

Filtração do sangue, chamada de troca de plasma ou plasmaférese, é uma espécie de filtragem de uma parte do
sangue que contém anticorpos e componentes que estão prejudicando o funcionamento da imunidade e da
circulação sanguínea, indicada em doenças como trombocitopênica trombótica, síndrome hemolítica-urêmica, por
exemplo;

Transfusão de plaquetas, que é principalmente indicada quando há hemorragia, quando há necessidade de cirurgia
ou quando as plaquetas estão abaixo de 20.000 células/ mm³ de sangue.

Em caso de câncer, o tratamento é feito para o tipo e a gravidade desta doença, com quimioterapias ou transplante
de medula óssea por exemplo.

Além disso, é importante manter uma alimentação equilibrada, rica em cereais, frutas, legumes, verduras e carnes
magras, para auxiliar na formação do sangue e a recuperação do organismo. É recomendado também evitar esforços
intensos ou esportes de contato, evitar o consumo de álcool e não usar remédios que afetam a função das plaquetas
ou aumentam o risco de sangramento, como aspirina, anti-inflamatórios, anti-coagulantes e ginkgo-biloba, por
exemplo.
Lipidograma

O lipidograma é um exame laboratorial solicitado pelo médico com o objetivo de verificar o perfil lipídico da pessoa,
ou seja a quantidade de LDL, HDL, VLDL, triglicerídeos e colesterol total, que quando estão em valores fora do
normal, representam um grande risco para desenvolver doenças cardiovasculares, como angina, infarto, AVC ou
trombose venosa, por exemplo.
O exame de perfil lipídico é solicitado pelo médico com o objetivo identificar o risco destas doenças e ajudar a
orientar o tratamento ideal para cada pessoa, como forma de impedir complicações à saúde.

Para determinação do perfil lipídico é necessária a coleta de uma amostra de sangue em laboratório, que pode ser
feita com ou sem jejum. A necessidade de jejum de 12 horas deverá ser indicada pelo médico de acordo com a
história clínica da pessoa.

1. Colesterol LDL

O LDL, ou low density cholesterol, é conhecido popularmente como mau colesterol porque quando encontra-se em
elevadas concentrações é associado a maior risco de doenças cardiovasculares. No entanto, o LDL é fundamental
para o bom funcionamento do corpo, pois participa na formação de diversos hormônios.
O ideal é que os níveis de colesterol LDL estejam abaixo de 130 mg/dl, entretanto, para algumas pessoas são
necessários controles mais rígidos como abaixo de 100, 70 ou 50 mg/dl, a depender de condições como hábito de
vida, histórico de doenças ou a presença de outros fatores de risco cardiovasculares.

O colesterol LDL é importante para o bom funcionamento do corpo desde que dentro dos valores desejáveis, já que
contribui para a formação de hormônios, vitamina D e bile.

No entanto, quando em excesso, pode acumular-se dentro dos vasos sanguíneos e favorecer a formação de placas
de gordura que podem restringir a passagem de sangue nos vasos e aumentar o risco de infarto e acidente vascular
cerebral e, por isso, também é conhecido como colesterol mau ou ruim.

Assim, para evitar os riscos relacionados com o colesterol mau elevado, é importante praticar atividade física de
forma regular e ter uma alimentação pobre em gorduras e açúcares.

Para saber se o colesterol LDL está alto, é importante que seja feito exame de sangue para avaliar os níveis de
colesterol total e frações, pois o LDL alto não leva ao aparecimento de sinais ou sintomas. É possível suspeitar que o
LDL está alto quando se está acima do peso ideal e quando se faz uma alimentação desregrada, com excesso de
refrigerantes, frituras, carnes gordurosas e doces.

De forma geral, os valores de referência para o colesterol LDL estão entre 50 e 130 mg/dl.

A recomendação para realização desses exames deve ser individualizada, e orientada pelo médico, sendo que
pessoas com fatores de riscos associados, como hipertensão, diabetes, tabagismo ou que apresentam história
familiar de colesterol elevado, necessitam de um cuidado maior e devem realizar esses exames anualmente.

O que fazer para diminuir

Para diminuir os níveis do colesterol LDL circulantes, é importante praticar atividade física de forma regular,
principalmente exercícios aeróbicos, pois assim é possível que seja utilizada como fonte de energia, evitando que
esse tipo de gordura fique acumulado no organismo. Em alguns casos, pode ser indicado pelo médico o uso de
alguns remédios como Sinvastatina, Atorvastatina ou Rosuvastatina para ajudar a diminuir os níveis de LDL.

Além disso, é importante ter uma alimentação saudável e equilibrada, aumentando o consumo de alimentos ricos
em fibras, pois esses alimentos ajudam a regular os níveis de colesterol circulantes. Alguns alimentos que podem
ajudar a diminuir os níveis do colesterol LDL são:

Leite e iogurte desnatado;

Queijos brancos e light;

Carnes brancas e vermelhas grelhadas ou cozidas e com pouca gordura;

Frutas e suco de frutas naturais;

Legumes e hortaliças.

É recomendado também evitar queijos amarelos, alimentos processados e embutidos, frituras, refrigerantes e
alimentos ricos em gordura trans, pois aumentam o colesterol LDL.

Algumas dicas para baixar o colesterol ruim (LDL) são fazer mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios
físicos regularmente, aumentar o consumo de fibras solúveis e beber chá verde diariamente, por exemplo, além de
dar prioridade ao consumo de frutas, verduras e peixes frescos, cozinhar com molhos naturais, grelhar ou cozinhar
no vapor.
Na maioria das pessoas, os altos níveis de colesterol ruim, devem-se a uma alimentação rica em gorduras saturadas
e trans, como carnes gordurosas, laticínios integrais, pizzas, bolos ou frituras, por exemplo, aliados a um estilo de
vida sedentário.

Estas mudanças no estilo de vida são necessárias para reduzir o risco de doenças cardíacas, já que altos níveis de
colesterol ruim fazem com que estes sejam acumulados nas artérias e formem placas, aumentando o risco de
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como aterosclerose, AVC ou infarto do miocárdio.

1. Fazer exercício físico regularmente

Os exercícios aeróbicos como natação, corrida, caminhada, hidroginástica ou bicicleta, são as melhores opções para
diminuir o colesterol ruim no sangue e, por isso, é recomendado fazer no mínimo, 30 minutos por dia, ou, pelo
menos, 3 vezes por semana, algum exercício físico de moderada ou alta intensidade. Veja quais os exercícios
aeróbicos para fazer em casa.

Além disso, os exercícios físicos ajudam a aumentar o colesterol bom (HDL), que está associado ao menor risco de
desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

2. Comer alimentos ricos em fitoesteróis e fitoestanóis

O consumo diário de alimentos ricos em fitoesteróis e fitoestanóis auxiliam na redução do colesterol LDL, chamado
de “ruim”, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, como aterosclerose e infarto do miocárdio. Os alimentos
ricos nestes compostos são óleos vegetais, nozes e leguminosas, especialmente a soja.

3. Aumentar a ingestão de fibra

Uma alimentação rica em fibras solúveis, como o farelo de aveia, a cevada e as leguminosas, ajudam a aumentar a
eliminação de colesterol pelas fezes através dos ácidos biliares, além de que as fibras ao serem fermentadas no
intestino por bactérias, produzem ácidos graxos de cadeia curta, inibindo a formação de colesterol no fígado.

Desta forma, é recomendado consumir pelo menos cerca de 5 porções de vegetais e frutas frescas por dia, como
maçã, pera, banana, feijão verde, vagem ou espinafre, por exemplo, que são ricos em fibras. Veja outros alimentos
ricos em fibras solúveis.

4. Consumir alimentos probióticos

Os probióticos são microrganismos vivos encontrados naturalmente no intestino e provenientes de fontes como
iogurte ou suplementos alimentares, proporcionando diversos benefícios à saúde, como aumento da imunidade e
melhora do trânsito intestinal.

Além disso, esses microrganismos podem contribuir para diminuir o colesterol total se consumidos diariamente,
reduzindo assim o risco de doenças cardiovasculares.

5. Beber chá verde diariamente

O chá verde ajuda a regular os níveis de colesterol, principalmente o colesterol LDL “ruim”, devido ao seu efeito
antioxidante potente.

Para isso, este chá deve ser bebido entre 2 a 4 xícaras por dia. No entanto, para pessoas que sofrem de pressão alta,
a recomendação é beber no máximo 3 xícaras de chá verde por dia.

6. Consumir gorduras saudáveis

Os alimentos ricos em ômega-3, principalmente peixes gordurosos, como cavala, arenque, salmão, atum, truta e os
óleos desses peixes, ajudam a baixar os triglicerídeos e, mesmo que não diminuam o colesterol ruim (LDL),
promovem a aumento do colesterol bom (HDL), que funciona como fator de proteção cardiovascular, sendo
recomendado o consumo de peixe pelo menos 2 vezes por semana.

Outros alimentos que possuem ômega-3 são óleo de linhaça, gérmen de trigo, nozes e também, outra alternativa
para consumir esse nutriente, é através de cápsulas que contêm ômega-3. Conheça outros alimentos ricos em
ômega-3.

Além disso, deve-se evitar o consumo de gorduras saturadas, presentes em cortes gordurosos de carnes, manteiga,
embutidos e laticínios integrais, e gorduras trans, presentes em frituras e alimentos industrializados, como
salgadinhos, margarina , bolos, tortas e doces, que aumentam os níveis de colesterol ruim (LDL).

7. Comer mais alho

O alho ajuda a baixar o colesterol ruim (LDL) e triglicerídeos no sangue, inibindo sua oxidação, reduzindo assim o
risco de aterosclerose. Um dente de alho por dia geralmente é suficiente para ajudar a regular os níveis de
colesterol.

8. Beber suco de berinjela

O suco de berinjela é um excelente remédio caseiro para baixar o colesterol alto, pois possui substâncias
antioxidantes, como a nasunina e as antocianinas, por exemplo.

2. Colesterol HDL

O HDL, ou high density cholesterol, é conhecido popularmente como bom colesterol e é importante que esteja
aumentado na circulação, pois representa maior proteção cardíaca. É recomendado que seu valor esteja acima dos
40 mg para homens e mulheres, como forma de prevenir o risco de doenças cardiovasculares e, para isso, é indicada
a realização de atividade física e ter uma alimentação rica em gorduras boas e fibras, presente em peixes, azeite,
vegetais e sementes, por exemplo.

3. Colesterol VLDL

O VLDL é o tipo de colesterol que tem como função o transporte dos triglicerídeos e do colesterol para os tecidos do
corpo, e faz parte do grupo colesterol não-HDL, por isso, deve ser mantido em valores baixos, não sendo
recomendado que seus valores estejam acima dos 30 mg/dL.

Na maioria das pessoas, os altos níveis de colesterol VLDL, devem-se a uma alimentação rica em gorduras saturadas
e trans, como carnes gordurosas, laticínios integrais, pizzas, bolos ou frituras, por exemplo, aliados a um estilo de
vida sedentário.

Além disso, o VLDL alto também pode estar relacionado ao histórico familiar de colesterol alto, ou algumas
condições, como tabagismo, síndrome de Cushing, hipotireoidismo, deficiência do hormônio do crescimento ou
síndrome dos ovários policísticos, por exemplo.

Riscos do VLDL alto

Valores elevados de colesterol VLDL aumentam o risco de formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos, o
que impede o fluxo sanguíneo normal, podendo levar ao entupimento do vaso sanguíneo e ao desenvolvimento de:

Aterosclerose; Doença arterial coronariana; Infarto; Pressão alta; AVC ou derrame cerebral; Ataque isquêmico
transitório (AIT); Doença arterial periférica; Aneurisma da aorta.

Esse risco é ainda mais elevado quando os valores de LDL também estão elevados, pois esse tipo de colesterol
também favorece o aparecimento de doenças cardiovasculares.
Além disso, pessoas que têm diabetes e/ou pressão alta, também têm um risco aumentado de doenças
cardiovasculares causadas pelo colesterol alto.

Como baixar o VLDL

Para baixar o VLDL deve-se reduzir os níveis de triglicerídeos e colesterol no sangue, fazendo uma dieta pobre em
gorduras e carboidratos e rica em alimentos com fibras, como mostrado na tabela a seguir:

O que comer O que não comer ou evitar

Frango e peixe, sem pele Carnes vermelhas e frituras

Leite e iogurte desnatado Salsicha, linguiça, salame, mortadela e bacon

Queijos brancos e light Leite integral e queijos amarelos como cheddar,


catupiry e prato

Frutas e de sucos de frutas Refrigerantes e sucos industrializados


naturais

Legumes e verduras, de Comida pronta congelada, sopa em pó e temperos


preferência crus como cubos de carne ou de legumes

Sementes como girassol, Pizza, lasanha, molhos de queijo, bolos, pães brancos,
linhaça e chia doces e biscoito recheado

4. Colesterol não-HDL

É a soma de todos os tipos de colesterol, exceto o HDL e, assim como o colesterol LDL isolado, também é
considerado pelos médicos um importante fator de risco de doenças cardiovasculares, e podem ser utilizados para o
acompanhamento e orientação do tratamento.

O colesterol não-HDL deve estar com níveis 30 mg/dl acima do considerado ideal para o LDL, assim, se o máximo do
valor do LDL recomendado para uma pessoa for 130 mg/dl, o colesterol não-HDL é considerado normal se for de até
160 mg/dl.

5. Colesterol total

É a soma do HDL, LDL e do VLDL, e o desejável é que esteja com valor abaixo de 190 mg/dL, já que quando está alto
também aumenta o risco de doenças como infarto, AVC, angina ou pancreatite, por exemplo. Entretanto, deve-se ter
em consideração que, se o colesterol bom (HDL) estiver muito alto, pode aumentar o valor do colesterol total, por
isso, é sempre importante comparar os valores do perfil lipídico completo.

6. Triglicerídeos
Também conhecidos como triglicérides, estas moléculas de gordura são uma importante fonte de energia para o
corpo e para os músculos, entretanto, quando estão elevados na circulação sanguínea, podem facilitar o acúmulo de
gordura nos vasos sanguíneos e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

O que fazer quando está alterado

Quando o perfil lipídico está alterado é importante realizar o tratamento, que é orientado pelo médico e, de
preferência, com um acompanhamento por um nutricionista. As principais formas de tratar estas alterações incluem:

Mudanças na dieta: deve-se evitar alimentos ricos em gordura, como frituras ou carnes gordas, e excesso de
carboidratos. Entretanto, nunca se deve esquecer que a dieta deve ser equilibrada, e com as quantidades ideais dos
nutrientes para cada pessoa, por isso, é recomendado o seguimento com um nutricionista, para que se saiba
selecionar melhor os alimentos e na quantidade ideal;

Hábitos de vida saudáveis: para diminuir o colesterol ruim e aumentar o colesterol bom, é recomendado praticar
atividades físicas regulares, pelo menos de 3 a 6 vezes por semana, com uma média de 150 minutos de exercícios.
Também é importante deixar de fumar, pois este hábito influencia na queda do colesterol bom;

Uso de remédios: em muitos casos o médico irá recomendar o uso de medicamentos para controlar os níveis de
colesterol e triglicerídeos, e alguns dos principais incluem as estatinas para baixar o colesterol, como Sinvastatina,
Atorvastatina ou Rosuvastatina, por exemplo, ou os fibratos para diminuir os triglicerídeos, como o Ciprofibrato ou
Bezafibrato, por exemplo. Conheça as opções de remédios para baixar o colesterol.

Além disso, para diminuir as chances de desenvolver doenças cardiovasculares, também é importante controlar
outros fatores de risco, como controlar os níveis de glicemia, a pressão arterial e perder peso, pois todos esses
fatores contribuem para a formação de aterosclerose nos vasos sanguíneos e o desenvolvimento de doenças.

Remédios para baixar o colesterol alto (e como tomar)

Existem alguns remédios que podem ser indicados pelo médico para baixar o colesterol alto, como as estatinas ou os
fibratos. Estes remédios ajudam a reduzir os níveis de colesterol total, colesterol ruim (LDL), VLDL e triglicerídeos,
diminuindo o risco de problemas cardiovasculares como infarto ou derrame cerebral.

Os remédios para colesterol podem ser usados sozinhos, ou em associação para melhorar seu efeito, mas devem ser
utilizados somente com orientação médica, pois possuem contraindicações e vários efeitos colaterais, não devendo
ser usados por mulheres grávidas ou por pessoas com doenças graves no fígado ou nos rins, por exemplo.

Além disso, como complemento aos remédios para baixar o colesterol alto, deve ser adotado um estilo de vida
saudável, que inclua uma alimentação saudável, a prática regular de exercício físico, perda de peso e a redução do
uso do cigarro ou da ingestão de álcool.

Alguns dos remédios mais indicados pelo médico para baixar o colesterol alto, são:

1. Estatinas

As estatinas são remédios que agem inibindo a produção de colesterol pelo fígado, e desta forma, ajudam a baixar o
colesterol total, o colesterol ruim (LDL), além de também ajudar a diminuir os valores de triglicerídeos no sangue e
aumentar o colesterol bom (HDL).

Alguns exemplos de estatinas são a sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina, pravastatina ou fluvastatina, que
podem ser compradas em farmácias ou drogarias, mediante apresentação de receita médica.

Como tomar: as doses das estatinas variam de acordo com o medicamento receitado pelo médico e, geralmente,
são indicadas para tomar uma vez por dia, sendo que a sinvastatina deve ser tomada à noite, após uma refeição, e a
pravastatina pode ser ingerida com ou sem alimentos, à noite. Já a atorvastatina, a rosuvastatina e a fluvastatina,
podem ser tomadas a qualquer hora do dia, com ou sem alimentos.

Efeitos colaterais: as estatinas podem causar efeitos colaterais como prisão de ventre, diarréia, gases intestinais, dor
abdominal, sensação de queimação no estômago, dor de cabeça, náuseas, insônia, dor muscular, perda ou
diminuição da força física.

2. Sequestradores dos ácidos biliares

Os sequestradores dos ácidos biliares, como a colestiramina ou o colesevelam, são remédios que agem sobre o
intestino, se ligando aos ácidos biliares e impedindo que as gorduras da alimentação sejam absorvidas pelo intestino,
o que leva a uma maior eliminação de gorduras pelas fezes, ajudando a baixar o colesterol alto.

Esses remédios devem ser usados com indicação médica, podendo ser usados sozinhos ou em associação com outros
remédios para baixar o colesterol, como as estatinas ou a ezetimiba, por exemplo.

Como tomar: as doses desses remédios devem ser indicadas pelo médico, pois variam quando são administrados
sozinhos ou com outros remédios para baixar o colesterol alto. De forma geral, a colestiramina deve ser tomada pela
manhã e à noite, junto com uma refeição, ou conforme a orientação médica, pois pode interferir na absorção de
outros remédios. Já o colesevelam, deve ser tomado com alimentos de 1 a 2 vezes por dia, conforme orientação do
médico.

Efeitos colaterais: os sequestradores dos ácidos biliares podem causar efeitos colaterais como diarréia, tontura, dor
de cabeça, náusea, fezes endurecidas ou formação de bolhas na pele. Além disso, esses remédios podem causar
deficiência de vitaminas A, D, E e K, por diminuir sua absorção pelo intestino.

3. Ezetimiba

A ezetimiba é um remédio que ajuda a baixar os níveis de colesterol total, colesterol ruim (LDL) e triglicerídeos, além
de aumentar o colesterol bom (HDL), pois age diminuindo a absorção de gorduras pelo.

Esse remédio pode ser indicado pelo médico para ser usado sozinho quando outros remédios não foram eficazes
para baixar o colesterol alto. Além disso, o médico também pode indicar o uso da ezetimiba para ser tomada junto
com o fenofibrato ou usada em associação com a sinvastatina, quando o tratamento com estatinas não foi suficiente
para baixar o colesterol.

Como tomar: a dose normalmente recomendada de ezetimiba para adultos ou crianças com mais de 6 anos, é de 1
comprimido de 10 mg por dia, antes ou após uma refeição, ou conforme orientação médica.

Efeitos colaterais: durante o tratamento com a ezetimiba os efeitos colaterais mais comuns que podem surgir são
diarréia, dor abdominal, excesso de gases intestinais, sensação de cansaço, dor muscular, nas costas, no pescoço ou
nas articulações, sensação de calor ou fogachos, ou pressão arterial alta.

4. Fibratos

Os fibratos são remédios que agem aumentando o metabolismo das gorduras, o que ajuda a baixar o colesterol alto,
LDL e VLDL, e os triglicerídeos, além de aumentar o colesterol bom (HDL).

Alguns exemplos de fibratos que podem ser indicados pelo médico são o fenofibrato, genfibrozila, bezafibrato,
ciprofibrato e clofibrato, que podem ser encontrados em farmácias ou drogarias, e devem ser usados com
orientação médica.

Como tomar: os fibratos devem ser tomados nas doses recomendadas pelo médico, pois podem variar de acordo
com o tipo de remédio indicado. O bezafibrato e o clofibrato devem ser tomados, durante ou após uma refeição. Já o
fenofibrato deve ser ingerido junto com alimentos e a genfibrozila deve ser tomada 30 minutos antes de uma
refeição.

Efeitos colaterais: os fibratos podem causar efeitos colaterais como dor muscular, dor de cabeça, tontura,
sonolência, cansaço excessivo, náuseas, vômitos, diarréia, dor abdominal ou azia. Além disso, embora seja raro, os
fibratos também podem aumentar o risco de pedra na vesícula.

5. Ácido nicotínico

O ácido nicotínico ou niacina é uma vitamina do complexo B, a vitamina B3, que age inibindo a produção de
triglicerídeos no fígado e reduzindo os níveis de colesterol total e colesterol ruim (LDL), além de aumentar o
colesterol bom (HDL).

Esse remédio pode ser encontrado com o nome comercial Metri e deve ser usado com orientação médica.

Como tomar: o ácido nicotínico deve ser tomado de preferência à noite, após uma alimentação leve, não gordurosa
e não condimentada. As doses de ácido nicotínico e o tempo de tratamento devem ser orientados pelo médico de
forma individual.

Efeitos colaterais: o ácido nicotínico pode causar efeitos colaterais como vermelhidão na pele, sensação de calor,
coceira, tontura, aumentos dos batimentos cardíacos, palpitações, inchaço, sangramentos ou hematomas.

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