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Leituras 

obrigatórias 
 
GRIFFA, M. C. ­ Maturidade, Vida Adulta, Velhice in Chaves para a psicologia do
desenvolvimento, Tomo 2. São Paulo: Paulinas, 2001.
 
 
Leituras para aprofundamento
 
PAPALIA, E. D. ; OLDS, S. W.& FELDMAN, R. D. Saúde e estilo de Vida: a influência do estresse in
Desenvolvimento Humano 8ª ed. Porto Alegre: ArtMed, 2006. (Cap. 15).
 

 
1. Mudanças Físicas
 
Presbiopia
Presbiopia é a perda da capacidade acomodativa dos olhos, também chamada de vista cansada,
que gera dificuldade para enxergar de perto. Normalmente surge a partir dos 40 anos. Pode ser
corrigida por óculos ou lentes de contato.
Curiosidades

A presbiopia não é uma doença, é antes uma evolução natural da visão que diminui a
capacidade de focagem em objetos ao perto.
40% da população mundial é présbita e esse número tende a crescer.
Homens e Mulheres são afetados ­ os primeiros sintomas são normalmente sentidos entre os
40 e os 50 anos.
Ninguém pode escapar à presbiopia. Não pode ser prevenida, é um fenômeno natural.
O importante é realizar regularmente exames visuais que poderão detectar também outras
anomalias.
A opção mais moderna para a compensação da presbiopia são as lentes progressivas que se
adaptam às necessidades de cada olho em focagem precisa a qualquer distância.

Disponível em:<http://www.oftalmojanot.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=41&Itemid=77>
Acesso em: 24 de mar. 2011.
 
É uma fase que contempla alguns paradoxos. Geralmente, por um lado, poderá haver uma grande
satisfação conjugal e profissional; mas, por outro lado, o declínio físico começa a ficar evidente.
Se, por um lado, muitos se sentem jovens e dispostos, o relógio biológico é implacável e o corpo
começa a ficar mais lento. Quanto à aparência, os cabelos se tornam brancos e as rugas tendem a
aumentar.
Por volta dos 40 anos, também é muito frequente o aparecimento de pigmentações na pele e
adiposidades.
A acuidade visual tende a diminuir de forma gradual e ininterrupta; há uma perda gradual de
audição (55 anos); diminui a sensibilidade ao gosto e ao cheiro.
Além destes, a força e a coordenação diminuem gradualmente; há perda de massa muscular, que é
substituída por gordura; diminuição de habilidades motoras complexas envolvendo muitos
estímulos, respostas e decisões, mas que não resultam necessariamente em pior desempenho
porque o conhecimento baseado na experiência pode mais do que compensar as mudanças físicas.
Quanto à aparência física, os indivíduos tentam parecer mais jovens embora a grande maioria
aprende a aceitar de maneira realista as mudanças que estão ocorrendo em si mesmos, como será
discutido posteriormente junto aos aspectos psicossociais.
Muitas pessoas com 50 anos optam por tarefas mias sedentárias e contemplativas em função de
um decréscimo da capacidade física. Por exemplo, subir 20 andares é uma tarefa diferente para um
jovem de 20 anos e para um adulto de 50 anos. Provavelmente, a maioria das pessoas com 50
anos, conseguirá subir as escadas de forma mais lenta e se cansará mais. Por outro lado, no que
diz respeito ao trabalho, não há diferenças significativas.
Outro aspecto que pode ser vivenciado de modo diferente nesta fase é a gravidez. Após os 40
anos, é muito mais freqüente um aumento da pressão arterial, do que numa mulher de 25 anos.
No entanto, após o parto, os órgãos de ambas tendem a funcionar igualmente.
Quando o adulto médio goza de plena saúde, a maioria escolhe o melhor momento para aposentar.
No entanto, quando a saúde está fragilizada ou quando ocorre, entre outros, casos de alcoolismo, a
pessoa sente mais intensamente o envelhecimento, restando­lhe poucas escolhas e a maioria se
aposenta mais cedo, muitas vezes com condições financeiras difíceis.
Para a maioria das pessoas de meia­idade a saúde tende a ser boa, e que, os casos de mortes
ocorrem, com maior freqüência por derrame, câncer e doenças cardíacas.
No entanto, a remoção cirúrgica do útero, a histerectomia, costuma ocorrer em larga escala, nas
mulheres, por volta dos 60 anos.   
Resumidamente, em termos de mudanças físicas, esta fase se caracteriza por uma lenta
deterioração das capacidades sensoriais, da saúde, vitalidade e força física. Porém, é preciso
destacar que são grandes as diferenças individuais. Em função das alterações hormonais, ocorre
um lento declínio da excitação sexual.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes à
fase adulto médio.
 
2) Faça uma pesquisa sobre a nova lei que garante a mamografia gratuita pelo SUS (Sistema Único
de Saúde) para mulheres com mais de 40 anos. Verifique os aspectos positivos e negativos da
nova lei e confronte com as idéias sobre a saúde na fase adulto médio, em Papalia & Olds e
Feldman (2009, cap. 15).
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir: 
                                     
As mulheres brasileiras que se encontram na meia­idade acabam de conquistar um direito
importante: o acesso ao exame de mamografia. Quando se pensa nas condições de saúde da
mulher na meia­idade, pode­se afirmar:
I­             O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta
freqüência e, sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da
sexualidade e a própria imagem pessoal.
II­            É uma época em que ocorrem: o declínio físico, a perda do vigor e do tônus muscular, a
lentidão física, o cansaço geral e a perda de elasticidade.
III­           Esta fase se caracteriza pelo aumento da disfunção sexual entre as mulheres e nos
homens, ocorre exatamente o contrário, há um declínio da disfunção sexual.
É verdadeiro o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.
 
 
 
A alternativa correta é a (D). A alternativa III está incorreta porque nesta fase ocorre exatamente
o contrário, ou seja, há um aumento da disfunção sexual nos homens, enquanto que nas mulheres,
há um declínio da disfunção sexual.
 
 
 
 
2. Mudanças Cognitivas
 
“O ADULTO MÉDIO ESTÁ COLOCADO EM UMA ENCRUZILHADA, NA QUAL OS CAMINHOS PARECEM
TENTADORES, MAS NENHUM É DEFINITIVO”
                                                                                            Mosquera, J.J.M.     
 
 
Pode­se afirmar que a cognição na fase adulta ultrapassa a rigidez em direção à flexibilidade, ou
seja, nesta fase as pessoas compreendem que determinadas coisas podem ser de uma forma, mas
que, em seguida, isto pode se modificar. Compreendem também, que não existe a única resposta
certa, e as opiniões podem não ser tão válidas, sendo relativas a determinado momento ou
circunstância.
Logo, as questões podem ter uma causalidade múltipla e, mais que uma solução.
É comum neste período, que as decisões e opiniões da maioria tenham um caráter mais
pragmático, com vista a uma solução mais prática e rápida.
Cabe destacar que os paradoxos são presentes em suas consciências e neste sentido, a questão da
atitude e suas conseqüências ou desdobramentos, também estão claros.
Os adultos na meia­idade são capazes de integrar a lógica com a intuição e a emoção, integram
fatos e idéias, e integram novas informações com o que já sabem. Eles filtram pela sua experiência
de vida e aprendizagem prévia. Assim, tendem a ser bons para solucionarem os problemas.
Isto significa que, neste momento da vida, o indivíduo pode fazer uso e tem o incremento da sua
inteligência cristalizada que é a capacidade de se lembrar e usar informações adquiridas durante
uma vida inteira.
A inteligência cristalizada é relacionada à educação e experiência cultural. O conhecimento
especializado é um exemplo deste tipo de inteligência.
Quando se pensa na questão cognição e gênero, uma pesquisa (BEE, 1996) com 30 estudantes de
cada sexo indica que as mulheres apresentam um conhecimento subjetivo (intuição); enquanto
que os homens lançam mão de métodos de procedimentos (sistemática e analítica).
Em síntese, as capacidades mentais na fase adulto médio, podem atingir um nível excelente.
Principalmente, as habilidades relativas à área de especialização e à solução de problemas práticos
se encontram muito desenvolvidas.
A criatividade pode declinar, mas sua qualidade é melhor. Isto implica muitas vezes num grande
sucesso na carreira; mas por outro lado, pode ocorrer também um esgotamento ou mudança de
carreira.
É importante destacar que no aspecto neurológico, é freqüente o início da deterioração das
respostas motoras complexas.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes à
fase adulto médio.
 
2) Faça uma pesquisa em Papalia & Olds e Feldman (2009) no capítulo 15 (p. 571­581) e verifique
os novos estudos e pesquisas sobre Cognição. Em seguida, faça um levantamento nos meios
eletrônicos dos temas mais relevantes e confronte os resultados.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 Que ganhos e perdas cognitivas ocorrem na meia­idade?
I­ Estudos indicam que seis habilidades mentais básicas atingem seu ápice durante a meia­idade:
rapidez perceptual, habilidade numérica, fluência verbal, raciocínio indutivo, orientação espacial e
vocabulário.
II­ A inteligência fluída (inteligência aplicada a problemas novos) declina mais cedo do que a
inteligência cristalizada.
III­ Adultos maduros pensam de forma diferente  das pessoas mais jovens, sendo assim o
pensamento pós­formal parece especialmente útil em situações que exigem pensamento
integrativo.
 
É verdadeiro o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) I, II e III.
 
 
 
A alternativa correta é a (B). A alternativa I está incorreta porque nesta fase, três das seis
habilidades mentais básicas atingem seu ápice. São elas: raciocínio indutivo, orientação espacial e
vocabulário.
 
 
 
3. Mudanças Psicossociais
 
O modelo do desenvolvimento humano proposto por Erikson (1963) e, em particular, o conceito de
generatividade, tem implicações para a compreensão do desenvolvimento proativo da idade adulta.
Remetendo para o interesse e envolvimento no cuidado e na orientação das gerações mais novas,
para o papel de cuidado do outro como tarefa de desenvolvimento, a generatividade tem sido
objeto de diversas pesquisas, no âmbito das quais se tem procurado identificar as suas principais
características e manifestações e compreender a sua evolução ao longo do ciclo vital.
Disponível em: <http://grupopapeando.wordpress.com/2010/10/22/contributos­para­o­estudo­do­desenvolvimento­adulto­reflexoes­
em­torno­da­generatividade/>
Acesso em: 24 de mar. 2011.
 
Geralmente, na meia­idade, muitas pessoas estão no auge da competência, da produtividade e do
controle. É um momento, em que muitos já desenvolveram um grande senso de autoconfiança e
auto­estima e sentem­se capazes de lidar e enfrentar todas as circunstâncias e questões que
aparecem.
Segundo Erikson, nesta fase muitos adultos se encontram ativamente envolvidos no ensino e na
orientação da próxima geração.  No entanto, essa necessidade não é restrita aos filhos, pelo
contrário, não basta ter filhos ou não é preciso tê­los, para alcançar essa capacidade, que Erikson
denominou de generatividade. Ela diz respeito a uma preocupação ampla com os outros, um
compromisso para além de si mesmo, com a família, com o trabalho, com a sociedade e com as
gerações futuras. Manifesta­se na necessidade de ensinar ou guiar os mais jovens, não só para
ajudá­los, mas também para formar a própria identidade.
A pessoa que orienta sente­se necessária, tem o feed­back daquilo que produziu e de que deve
cuidar e, assim, pode­se dizer que o conceito de generatividade inclui o de produtividade e de
criatividade.
Entretanto, quando as pessoas de meia­idade fracassam na capacidade generativa, elas são
tomadas pela estagnação, tédio e empobrecimento interpessoal. Essas pessoas podem sentir que
“ficaram paradas na vida” e então, passam a buscar compulsivamente uma pseudo­intimidade,
mas ainda assim, permanecem com o sentimento de vazio.
Portanto, a sétima crise psicossocial, proposta por Erikson, vivenciada pelos indivíduos nessa faixa
etária é generatividade versus estagnação.
A crise da meia­idade é caracterizada por um “balanço de vida” que é balizado em função da sua
finitude. Esse é o primeiro momento do ciclo vital em que o indivíduo se depara com a morte
enquanto uma possibilidade real. Alguns amigos da mesma geração morrem; os sinais de
envelhecimento são encarados de uma forma realística; algumas metas traçadas no projeto de
vida não foram alcançadas e o indivíduo percebe que está na metade da sua vida. É possível
mudar, retomar metas, mas existe um tempo e um limite.
Nesse processo é comum o indivíduo adotar uma postura mais introspectiva a fim de se auto­
avaliar. É freqüente o questionamento do sistema de valores que regeu sua existência, os objetivos
de trabalho, sociais e econômicos, o uso que fez do seu tempo livre, dedicação à família e
amizades, entre outros.
A partir desta análise, muitos indivíduos reconduzem suas vidas. Por exemplo, é o momento que
algumas pessoas optam por uma segunda carreira, ou voltam a estudar; mudam hábitos de saúde
e auto­cuidado, como praticar esportes ou optar por um estilo de vida mais saudável; há muitos
casais que se separam; outros desenvolvem uma busca espiritual, entre outros.
Alguns tentam recuperar a juventude envolvendo­se afetivamente com pessoas mais jovens ou
adotando comportamentos próprios de outros períodos de vida. Como por exemplo, a mulher na
meia­idade começa a usar as mesmas roupas que sua filha adolescente ou o homem quer
acompanhar o seu filho em uma trilha com esportes radicais, ou ainda, relaciona­se com uma
garota de 20 anos.  Nas famílias com pais na meia­idade e filhos na adolescência é comum
estabelecer­se uma relação de inveja: os filhos detêm a juventude; os pais detêm o poder da vida
adulta, muitas vezes, simbolizado pelo poder econômico.
No final deste período, pode ocorrer uma transformação na dinâmica familiar que é conhecida
como a síndrome do ninho vazio. Nesse momento, os filhos saem da casa de seus pais e esses têm
que se reorganizar frente à nova realidade. Alguns casais vivem esta fase como uma segunda lua
de mel, agora livres dos encargos parentais; outros entram em crise pessoal e/ou conjugal, na
maioria das vezes, porque o casal não se reconhece na conjugalidade, mantinham­se juntos
apenas enquanto um casal parental, quando esta função é esvaziada, não há outro ponto de
intersecção.
As amizades nesta fase são especialmente importantes atuando como uma rede de apoio frente a
grande sobrecarga de funções que recaem sobre os adultos na meia­idade, no entanto, no geral,
resta pouca energia para se dedicar aos amigos.
O relacionamento com as respectivas famílias de origem, exceto em épocas de necessidade,
tendem a diminuir de importância durante a idade adulta. Nessa fase, algumas pessoas tornam­se
as cuidadoras dos pais, o que pode ser um fator de estresse no relacionamento com a família de
origem e/ou com a família constituída, quando não há divisão nas tarefas.
Ainda nesta fase, algumas pessoas tornam­se avós, este é um evento importante na vida de uma
pessoa, mas seu momento de ocorrência e significado variam. Um avô pode servir de professor,
cuidador, modelo de papel e às vezes mediador entre as crianças e os pais. Essas diferentes
atribuições podem representar um prazer ou um peso físico, emocional e financeiro
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes à
fase adulto médio.
 
2) Entreviste algumas pessoas que têm entre 40 – 65 anos. Utilize a tabela 16­2 que contém
questões que investigam o comportamento generativo. A referida tabela se encontra em Papalia &
Olds e Feldman (2009, p. 595).  
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 
A fase de desenvolvimento chamada de “meia­idade” é um construto relativamente novo. Esse
termo começou a ser introduzido na virada do século XX. Porém, com o aumento da expectativa de
vida, que vai bem além da criação dos filhos, essa fase tornou­se uma etapa distinta do
desenvolvimento com normas, papéis e desafios próprios.
Com relação aos aspectos pertinentes a referida fase, analise as seguintes afirmações:
I. A maioria das pessoas possui boas condições físicas, cognitivas e emocionais, tendo muitas
responsabilidades e diferentes papéis, sentindo­se competentes para dar conta deles.
II. A maioria das pessoas é saudável e não têm limitações funcionais, embora a hipertensão possa
ser um importante problema de saúde.
III. Nessa fase, as pessoas demonstram boa capacidade de resolver problemas práticos, uma vez
que as capacidades mentais básicas estão em seu auge.
IV. As causas de estresse ocupacional incluem sobrecarga de trabalho e conflitos interpessoais,
sendo que o acúmulo de estressores menores pode ser mais prejudicial do que grandes
estressores.
É verdadeiro o que se afirma em:
A) Apenas III e IV.
B) Apenas II e III.
C) Apenas I, III e IV
D) Apenas I e III
E) Todas as alternativas estão corretas.
 
 
 
A alternativa correta é a (E) Todas as alternativas estão corretas.
                                  
 
 
 

4. Sexualidade na Fase Adulto­Intermediária.

Um dos temores do adulto na fase intermediária é o câncer de próstata. Ele ocorre quando as
células da próstata sofrem mutações e começam a se multiplicar sem controle em direção a outras
partes do corpo, especialmente ossos e linfonodos. O câncer de próstata pode causar dor,
dificuldade em urinar, disfunção erétil e outros sintomas. Porém, a grande maioria dos casos evolui
silenciosamente sem causar sintomas até que haja disseminação da doença.
Pesquisas feitas em 2003, nos EUA, indicavam que este tumor maligno, matava um homem a cada
14 minutos.
Por isso, é muito importante que sejam feitos exames regulares de toque retal e dosagem de
antígeno prostático específico, em homens a partir dos 40 a 50 anos de idade, para detecção
precoce da doença.
 
Observa­se nesse período entre os homens e mulheres, algumas modificações no aparelho
reprodutor. Reações mais lentas e menos diferenciadas, bem como a menor probabilidade de
reprodução, são muito comuns nesta fase.
A menopausa, originariamente biológica, ocorre em algum momento, entre os 42­58 anos (em
média aos 51 anos), datada em 1 anos após o última menstruação da mulher.
É um evento marcante no desenvolvimento físico e as pesquisas revelam que a maioria das
mulheres sente pouco ou nenhum desconforto. No entanto, há uma grande probabilidade dos
problemas psicológicos associados à menopausa serem causados principalmente pela visão
negativa do envelhecimento por parte da sociedade.
Marcado por vários sintomas biológicos e psicológicos, o climatério, precede a menopausa, dura em
torno de 6 anos e a mulher já se ajusta a níveis menores de estrogênio.
Quanto aos impactos de tais modificações, mais que os aspectos biológicos, as atitudes acabam
por ser mais importantes.
Os sintomas da menopausa e as atitudes em relação a mesma, dependem de caracterísiticas
pessoais, fatores culturais e experiências passadas.
A terapia de reposição parece trazer benefícios à saúde da mulher após a menopausa, e é um tema
controverso, pelos riscos que apresenta.
Parece que muitas mulheres após a menopausa, ficam mais propensas à doenças cardíacas, câncer
de mama e perda óssea, que leva a osteoporose.
No que diz respeito ao sexo masculino, pode­se afirmar que o climatério masculino, tende há
iniciar 10 anos mais tarde que a menopausa, nas mulheres. Pesquisas indicam que cerca de 5 %
dos homens sentem depressão, fadiga, menor impulso sexual, disfunções eréteis ocasionais e
queixas físicas. As causas desses sintomas podem estar associadas a mudanças hormonais; causas
psicológicas – por exemplo, adaptações às novas demandas como a morte dos pais ­ e atitudes
culturais em relação ao envelhecimento.
Com relação à expressão sexual, medida pela frequência das relações sexuais e dos orgasmos,
neste período, ela costuma declinar gradativamente, embora existam diferenças individuais,
inclusive algumas pessoas param completamente, enquanto que outras contiunam diariamente.
Nos homens, entre outros, a estimulação sexual passa a ser mais demorada e as reações do
orgasmo são menos intensas.
Nas mulheres, é mais difícil medir a capacidade de ter orgasmos, porém, estudos indicam que o
erotismo e os orgasmos não apresentam alterações neste período, caso não haja outros problemas
complicadores, físicos ou psíquicos.
Quanto aos casais, considerando que o sexo é o resultado de uma interação social, e quando a
relação é ativa e satisfatória, ela permanecerá da mesma forma, caso não ocorra nenhum outro
fator complicador, tais como: problemas emocionais, enfermidades físicas e medicamentos.
Outro aspecto a ser considerado, com relação à diminuição da atividade sexual pode ser a
monotonia do relacionamento, preocupação com negócios, fadiga entre outros. Mas, como já
afirmado anteriormente, há alguns relacionamentos sexuais que melhoram nesse período, por
exemplo, pelo fato de estarem desvinculados da capacidade reprodutiva e, portanto livres do risco
de gravidez.
É oportuno destacar que a atividade sexual costuma promover o interesse e estímulo sexual, e vice
e versa, ou seja, a sua ausência, resulta em diminuição de interesse e estímulo.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes à
fase adulto médio.
 
2)  Depois da cruzada a favor do câncer de mama, o Ministério da Saúde lançou a luta contra o
câncer de próstata com o seguinte slogan: “Dê as costas ao seu proctologista e o visite
regulamente”. Faça uma pesquisa sobre os dados nacionais desta doença, os tabus e preconceitos
da maioria dos homens quanto à visita ao proctologista e levante informações sobre as novas
medidas adotadas para enfrentar esta doença que tem índices alarmantes em nosso país.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 

Na meia­idade, os casamentos costumam ser mais ou menos felizes?
 
Há uma queda da satisfação conjugal quando os filhos deixam a casa
PORQUE
Os pais têm que enfrentar “o ninho vazio”.
 
Assinale a alternativa correta:
a) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
b) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
c) as duas afirmações são falsas.
d) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
e) as duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
 
 
 
A alternativa correta é a letra (C). Justificativa: As pesquisas sobre a qualidade dos casamentos
sugerem uma queda da satisfação conjugal durante os anos de criação dos filhos, seguido de uma
melhora no relacionamento após os filhos deixarem a casa dos pais.
 

Exercício 1:

 Ouro de Tolo (Composição: Raul Seixas)    
   
Eu devia estar contente   
Que não acha nada engraçado
Porque eu tenho um emprego
Macaco praia, carro, jornal, tobogã
Sou um dito cidadão respeitável
Eu acho tudo isso um saco
E ganho quatro mil cruzeiros
É você olhar no espelho
Por mês
Se sentir um grandessíssimo idiota
Eu devia agradecer ao Senhor
Saber que é humano, ridículo, limitado
Por ter tido sucesso na vida como artista
Que só usa dez por cento de sua
Eu devia estar feliz
Cabeça animal
Porque consegui comprar um Corcel 73  
E você ainda acredita que é um doutor,   
[...] Ah! Eu devia estar sorrindo e   orgulhoso
padre ou policial
Por ter finalmente vencido na vida
Que está contribuindo com sua parte
Mas eu acho isso uma grande piada
Para nosso belo quadro social
E um tanto quanto perigosa
Eu que não me sento
[...] E agora eu me pergunto: E daí?
No trono de um apartamento
Eu tenho uma porção de coisas grandes
Com a boca escancarada cheia de dentes
Pra conquistar, e eu não posso ficar aí parado
Esperando a morte chegar [...]
[...] Ah! Mas que sujeito chato sou eu
 
 
Raul Seixas retrata aspectos e características referentes ao período da meia­idade no 
desenvolvimento humano. 
 
Considerando a letra da música e os textos indicados, reflita:
 
I Na crise da meia­idade a pessoa começa a falar do que “eu sou” e do que “fui”.
II A crise de meia­idade é uma crise depressiva.
III A maioria das pessoas enfrentam a crise da meia­idade através da intensificação do senso de 
humor e da labilidade emocional.
IV No período da meia­idade a pessoa está preocupada em orientar a nova geração, ou então 
sente um empobrecimento pessoal.
                      
As assertivas acima que se confirmam na letra da música são apenas

A ­ I e IV. 
B ­ I e II. 
C ­ II e III. 
D ­ I, II e IV. 
E ­ II, III e IV. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 2:

As assertivas abaixo são típicas dos diversos momentos do ciclo vital. Identifique a que ilustra 
a meia­idade: 

A ­ "Tempo é o agora e a luta pela minha realização não terminou."  
B ­ "Para que tanta rigidez e sofrimento? O mais importante da vida é estar vivo." 
C ­ "Quem eu sou?" 
D ­ "Ninguém me entende, ninguém me ama."  
E ­ "Eu conheço mais sobre a vida que as pessoas jovens. Elas ainda têm que aprender." 

Comentários:

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Exercício 3:

Sobre a meia­idade é correto afirmar que
 
I a maioria das pessoas de meia­idade tem boa condição física, cognitiva e emocional, e algumas 
consideram esse período o melhor de suas vidas.
II as pessoas, nessa fase, muitas vezes ficam pressionadas entre as necessidades dos filhos que
estão crescendo e as dos pais idosos e doentes.
III a necessidade de reconhecer a mortalidade favorece a extroversão e o questionamento de metas.
 
Está correto o afirmado em

A ­ I, II e III. 
B ­ I. 
C ­ II.  
D ­ I e II. 
E ­ II e III. 

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Exercício 4:

Leia atentamente as afirmativas abaixo:
 
I Indivíduos de meia idade, pouco flexíveis, têm dificuldade de se relacionar com a juventude. Os 
conflitos com filhos, subalternos ou chefes mais jovens colocam em jogo seu prestígio e autoridade; 
por isso, muitas vezes, fecham­se ao diálogo e tentam impor autoritariamente seus pontos de vista.
II O crescimento dos filhos e a consciência de que eles não precisam mais da presença dos pais 
produzem nos pais um sentimento de perda, de que não são mais tão jovens e que devem buscar 
novas formas de vida para utilizar seu tempo e espaço.
III Como nossa sociedade valoriza muito a juventude, a idade adulto médio decorre sem muitos conflitos;
porém eles não são valorizados tanto profissionalmente como por sua experiência de vida.
 
Está correto o afirmado em

A ­ I, II e III. 
B ­ III.   
C ­ I e II.  
D ­ I e III.  
E ­ II e III.  

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Exercício 5:

O conceito de maturidade é tirado da própria natureza e refere­se à evolução que chega ao fim 
previsto. Amadurecer é progredir em direção a uma meta. Em sua etimologia, a palavra maturidade 
origina­se da palavra latina maturus que vem de mane, cujo significado é “de manhã cedo”, aquele 
que se levanta cedo para fazer algo, e que está preparado para tudo que possa acontecer.  
 
Pode­se afirmar que a pessoa atinge o amadurecimento pessoal quando
 
I tem disposição para cumprir suas tarefas sem reclamar.
II orienta a sua vida segundo o sentido da sua existência.
III aceita conscientemente os limites e possibilidades tanto da realidade externa quanto interna.
IV já se sente capaz de relacionar­se sexualmente com outras pessoas.
              
Está correto o afirmado em

A ­ I.  
B ­ II, III e IV.  
C ­ I e II.  
D ­ I e III. 
E ­ III. 

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Exercício 6:

Uma pessoa de 50 anos de idade pode ter um rendimento em suas tarefas cotidianas similar ao de 
uma pessoa de 20 anos, ao praticarem uma mesma atividade.
 
A afirmação acima está
 
I correta, mas isso vai depender do estilo de vida que ambas as pessoas levam.
II correta, independentemente do estilo de vida que cada um leve. Dos 20 aos 50 anos de idade, 
não existem mudanças corporais significativas.
III incorreta, pois mesmo que a pessoa de 50 anos tenha um estilo de vida saudável (faça exercícios, 
alimente­se adequadamente) ela não possui a mesma energia vital que uma pessoa de 20 anos tem.
IV incorreta, pois aos 20 anos de idade a pessoa está no auge de sua plenitude física e partir dos 
40 anos a saúde da pessoa começa a se declinar fisicamente. 
 
Está correto o afirmado em

A ­ I.  
B ­ II.  
C ­ III.  
D ­ IV.  
E ­ III e IV.  
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Exercício 7:

Com o passar da vida, é comum que as pessoas de meia­idade experimentem uma variedade de 
declínios perceptuais, que inclui dificuldades de audição, visão, olfativa, coordenação, entre outras. 
Mas, paradoxalmente, isto não faz com que o indivíduo nesta faixa etária seja pior que uma pessoa 
mais jovem.
 
Que frases abaixo falam deste paradoxo?
 
I As pesquisas apontam que normalmente os adultos de meia­idade são melhores motoristas e 
digitadores mais eficientes do que os mais jovens, e nos trabalhos especializados são mais 
produtivos e menos propensos a sofrer lesões.
II Esse paradoxo não se confirma, já que estes são sintomas que demonstram um funcionamento 
cerebral mais lento, o que impossibilita que o mais velho seja melhor que um jovem de 20 anos em 
destreza e agilidade.  
III Os indivíduos da meia­idade, mesmo em face de declínio de algumas capacidades sensoriais e 
psicomotoras, compensam este déficit em razão do bom senso e do conhecimento baseado na sua 
experiência, que podem mais que compensar as alterações físicas.
    
Está correto o afirmado em

A ­ I. 
B ­ II. 
C ­ I e II. 
D ­ I e III. 
E ­ II e III. 

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Exercício 8:

Na vida adulta o "duplo padrão de envelhecimento" faz com que as mulheres pareçam menos desejáveis 
ao perder sua aparência de juventude; porém para ambos os sexos, a ansiedade em relação ao envelhecimento 
intensifica­se em uma sociedade que valoriza a juventude.
 
Mudanças físicas geralmente ocorrem durante os anos intermediários e causando impactos psicológicos. 
Embora algumas mudanças fisiológicas sejam resultado do envelhecimento e da constituição genética, o 
comportamento e o estilo de vida podem influenciar seu momento de ocorrência e sua extensão.  
 
Sobre a meia­idade ou idade adulta, é incorreto afirmar que

A ­
a atividade sexual geralmente diminui ligeira e gradualmente, e a qualidade das relações sexuais 
pode  melhorar. 
B ­ a maioria das pessoas de meia­idade não são saudáveis e têm muitas limitações  funcionais. 
C ­ a maioria dos adultos de meia­idade compensam os pequenos e graduais declínios nas 
capacidades 
sensórias e psicomotoras; perdas na densidade óssea e na capacidade vital são comuns. 
D ­
a menopausa ocorre, em média, em torno dos 51 anos, depois das mudanças fisiológicas da Peri 
menopausa.  
E ­
as atitudes frente à menopausa e os sintomas experimentados podem depender de características 
pessoais, experiências anteriores e atitudes culturais. 

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