Você está na página 1de 9

Leituras 

obrigatórias 
 
GRIFFA, M. C. ­ Maturidade, Vida Adulta, Velhice in Chaves para a psicologia do desenvolvimento, Tomo 2.
São Paulo: Paulinas, 2001.
 
 
Leituras para aprofundamento:
 
FÉRES­CARNEIRO, Terezinha­ Casamento contemporâneo: o difícil convívio da individualidade com a
conjugalidade. in Psicologia: Reflexão e Crítica, vol.11, n.2, Porto Alegre, 1998
 

 
1. Mudanças Físicas
 
 
Cerca de um em cada cinco casais (20%) tem ou terá problemas para engravidar. Em nosso país estima­se
que cerca de 15 milhões de casais sejam inférteis. Apesar de as causas de infertilidade serem proporcionais
entre os homens (30%) e as mulheres (30%) e em ambos (30%), boa parte desses casos poderiam ser
evitados se algumas cuidados fossem tomados durante o desenvolvimento, até a idade adulta.
Disponível em: http://www.fertilis.com.br/midia31.html>
Acesso em: 18 de mar. 2011.
 
Se nesta fase ocorre o auge da vitalidade física, porque há tantos casos de infertilidade?
Os estudos e pesquisas sobre a vida adulta ainda são muito recentes e, neste sentido, já é notória a necessidade de uma
ampliação dos mesmos.
Alguns dos temas recorrentes nessa fase são: o conceito e as vivências do adulto, as determinações sócio­históricas e culturais
e aspectos como o trabalho, tempo livre, família e mudanças físicas.
A vida adulta compreende o período que gira em torno dos 20 aos 65 anos, e dessa forma, nela se pode observar que os
aspectos físicos contemplam um continuum que vai da plenitude física ao começo do declínio.
Muitas das diferenças encontradas podem ser atribuídas, entre outros, ao estilo de vida (exercícios, alimentação, sono, etc).
Não se pode deixar de destacar também, outros fatores relevantes como: o avanço da medicina, a ausência de guerras,
melhores condições sanitárias e políticas de natalidade
Assim, parece­nos que a ampliação dos estudos e pesquisas na fase adulta passa a ser cada vez mais importante.
Com relação aos aspectos físicos, na fase adulta jovem ou juventude, a pessoa se encontra no auge das estruturas intelectuais
e morais. Por volta dos 25 anos, há uma diminuição das mudanças fisiológicas, pois as funções do corpo já estão todas
desenvolvidas. Na realidade, pode­se afirmar que as funções corporais se encontram plenas, a força muscular está no seu ponto
máximo, bem como a agudeza sensorial.
Quanto à estatura, os homens costumam atingir sua estatura máxima por volta dos 21 anos, e as mulheres, em
torno dos 18 anos.
O adulto jovem faz parte do grupo mais saudável da população. É preciso destacar que os casos agudos predominam sobre os
crônicos.
Por outro lado, a maior causa de morte neste período, são em decorrência principalmente de acidentes ou atos de violência
como homicídios ou suicídios.
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes a esse período.
 
2) Faça uma busca nos meios eletrônicos para levantar informações sobre o auge da carreira de “Ronaldo
Fenômeno”. Observe se o período é convergente com o auge do desenvolvimento físico, conforme os referencias
teóricos propostos no início desse módulo.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
Geralmente, como se apresenta as condições físicas na fase adulto jovem e quais fatores costumam afetar a
saúde e o bem­estar?
I­ O jovem adulto típico tem boas condições de saúde. Suas capacidades físicas e sensoriais não costumam
acompanhar tais condições.
II­ Os acidentes ou atos de violência costumam ser as exceções de causas de mortes no início da fase adulto
jovem.
III­ Fatores relacionados ao estilo de vida como a dieta alimentar, a obesidade, práticas de exercícios físicos,
sono, tabagismo e uso ou dependência de substâncias, podem afetar a saúde e a sobrevivência em qualquer
faixa etária.
É verdadeiro o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
 
 
 
 
A alternativa correta é a letra (B). O jovem adulto típico tem boas condições de saúde e suas capacidades físicas
e sensoriais costumam estar em excelentes condições. E, os acidentes ou atos de violência costumam ser as
causas principais de óbitos no início da fase adulto jovem.
 
 
 
 
2. Mudanças Cognitivas
 
“O raciocínio sobre questões religiosas é um aspecto do desenvolvimento cognitivo adulto que tem despertado
interesse em alguns pesquisadores. Tal como a moralidade, a fé é mais do eu um processo cognitivo: ela
envolve a pregação e provém da experiência e da educação religiosas.
E como todas as formas de raciocínio e análise, a fé não é estática, mas se modifica com a vida e com os valores
sofrendo transformações à medida que a experiência se acumula”. Berger (2001,p.321)
 
Como já foi afirmado anteriormente, este período se caracteriza pelo auge das estruturas intelectuais. Além
disso, geralmente se dá o início do trabalho e estudos superiores. Neste momento, muitas pessoas começam a
modelar seu um projeto de vida, sua vocação, colocando suas decisões à prova ou alterando seu plano de vida.
Griffa (2001) apresenta um estudo longitudinal que acompanhou quase 300 estudantes com idades entre 25 e
35 anos. Os resultados apontaram para “uma tendência a adaptar­se ao meio social, dedicar­se ao trabalho e à
família”. Outro aspecto importante observado é que estas pessoas apresentaram “pouca auto­reflexão e
dedicação às atividades individuais; por outro lado, tiveram “maior auto­exigência e menor auto­satisfação”.
Percebe­se que a maioria dos adultos jovens têm a necessidade de impor­se, expandir­se, com vistas ao êxito à
ascensão social.
Portanto, esta fase se caracteriza por um pensamento de natureza mais complexa, em que são feitas as escolhas
profissionais e vocacionais.
Apesar de Piaget apresentar o estágio operatório formal como o ápice da realização cognitiva, há outros
estudiosos que afirmam que a cognição se estende além dessa etapa.
Uma nova linha de investigação relaciona fatores como lógica, emoção e experiência prática, trata­se do
pensamento pós­formal.
Neste caso, o adulto pode lidar com a incerteza, inconsistência, contradição, imperfeição e tolerância através de
um pensamento maduro que se baseia na experiência subjetiva, na intuição e na lógica.
Como os dilemas sociais são mais desestruturados e carregados de emoção, os adultos maduros tendem a
recorrer ao pensamento pós­formal.
É preciso destacar que essas características se assentam num desenvolvimento neurológico marcado pela
formação de novos neurônios, sinapses e conexões dendríticas.
Há também uma expansão das habilidades lingüísticas e os julgamentos morais podem se tornar muito mais
complexos.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes a esse período.
 
2) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre a Inteligência Emocional, descubra quais são
seus cinco domínios e levante a razão dela ser tão importante para o êxito ao longo da vida. Em seguida, levante
as questões controversas e entenda porque ela é tão difícil de ser medida.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 
Alguns pesquisadores propõem formas de cognição adulta distintas das operações formais.
PORQUE
O pensamento pós­formal enfatiza a lógica complexa enquanto que o pensamento reflexivo envolve intuição,
tanto quanto a emoção.
 
Assinale a alternativa correta:
a)as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
b) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
c) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
d) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
e) as duas afirmações são falsas.
 
 
 
A alternativa correta é a (D). Justificativa: O pensamento reflexivo enfatiza a lógica complexa enquanto que o
pensamento pós­formal envolve intuição, tanto quanto a emoção.
 
 
 
3. Mudanças Psicossociais
Para Erikson, a intimidade se dá através do compromisso com um relacionamento que prescinde de
concessões e sacrifícios. Para o homem ela é possibilitada somente após ele encontrar sua própria
identidade, enquanto que a mulher obtém sua identidade por meio da intimidade.
 
Além da estabilização da vida afetiva e do início da vida matrimonial, alguns outros fatos são comuns nesta fase
da vida: o ingresso na vida social plena; auto­sustento social, psicológico e financeiro e, o trabalho.
Elementos básicos para o amadurecimento das pessoas, tais fatos muitos vezes acabam sendo postergados em
função das atuais exigências e normas culturais. As conseqüências de tais restrições podem levar a dependência
familiar; flutuações afetivas; falta de experiências vitais; tendência a idealizar.
Outros fatores que delimitam este período dizem respeito ao encontro ou conflito de gerações; a modelagem do
projeto de vida. As escolhas são colocadas à prova ou modificadas.
Heinz Rempleim (in Griffa, 2001) afirma que na busca do êxito e da ascensão social, há um desejo de impor­se,
permeado de uma atitude otimista. Isso é mais intenso no sexo masculino.
Segundo Levinson (in Griffa, 2001), por volta dos 18 aos 24 anos, se dá o primeiro estágio, a saída do lar, que
permite ao jovem uma maior independência, o contato com instituições, que lhe outorga por exemplo, status de
estagiário.
O segundo estágio é o ingresso no mundo adulto, em torno dos 24­28 anos e nesta fase a pessoa permanece
mais no mundo do que no lar.
Dos 28 aos 33 anos, é a época de reafirmar os compromissos e de alguma maneira se liberar dos afazeres
diários para novas perspectivas de vida. Esse estágio é denominado de transição para a quarta década.
Para Erik H. Erikson a questão central nesta etapa é a conquista da intimidade X isolamento. Para o referido
autor a intimidade diz respeito a capacidade de “entregar a afiliações e associações concretas e de desenvolver
força ética necessária para cumprir esses compromissos, mesmo quando eles podem exigir sacrifícios
significativos”.
Tal capacidade permite ao adulto jovem enfrentar a perda do ego, atrelada às situações que exigem auto­
abandono, como nos casos de solidariedade entre amigos ou a união sexual; ou por outro lado, na sua ausência,
pode levar ao isolamento.
A mutualidade do orgasmo representa para Erkson, saúde sexual e neste caso, a frustração não implicará em
regressão patológica.
Portanto, um marco do final da adolescência é a capacidade da pessoa manter uma relação de intimidade.
Sendo este aspecto o ponto central da crise neste período, segundo Erikson, o trajeto a ser percorrido para a
intimidade passa necessariamente por alguns níveis de relações interpessoais, ou seja, graus de
comprometimentos. De acordo com Griffa (2001) os três níveis são:
1.º ) TAREFA. Por exemplo, quando dois adultos trabalham juntos na montagem de um motor. Neste caso, não é
preciso tentar conhecer o outro ou revelar­se, porque a tarefa é o principal ponto de contato e integração entre
as pessoas.
2.º) SISTEMA DE NORMAS EXPLÍCITO OU IMPLÍCITO. As normas regulam o comportamento, facilitando na
prevenção ou antecipação da cultura grupal. Por exemplo, nos grupos da escola, nos jogos com regras. Em
ambos os casos, é suposto um maior compromisso pessoal, pôr­se no lugar do outro e um contato físico. Isto
não ocorre no nível da tarefa.
3.º) INTIMIDADE. Nesta situação, não há o predomínio da tarefa e nem das normas. Os relacionamentos
baseiam­se na criatividade de cada pessoa, para construí­lo. Portanto, há uma abertura pessoal para o
conhecimento mútuo em profundidade, o questionamento das regras e normas e da formalidade do vínculo.
Assim, ocorre uma reflexão permanente sobre o vínculo, e emergem questões como: somos amigos ou somos
noivos?
 
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes à fase adulto
jovem.
 
2) Pesquise nos textos sugeridos, bem como em outras fontes confiáveis, o que é intimidade e suas formas de
expressão: amizade, amor e sexualidade. Relacione os dados obtidos com a sexta crise proposta por Erikson,
intimidade X isolamento.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 
João Carlos tem 33 anos e não consegue estabelecer uma relação íntima com nenhuma garota. Ele construiu um
ideal de mulher impossível de ser encontrado e por conta dessa exigência estabelece relações estereotipadas
com as garotas, fazendo­o se isolar cada vez mais.
 Sabemos que a vida adulta é marcada pela estabilização afetiva e para que isso ocorra é necessário o
desenvolvimento da intimidade, que implica em certas características que João Carlos não desenvolveu.
 
Assinale a alternativa Incorreta:
A) Para que o desenvolvimento da intimidade se estabeleça o indivíduo precisa se abrir para o conhecimento
mútuo e em profundidade.
B) Em uma relação de intimidade há um grau de interpenetração na vida do outro, no entanto as identidades
singulares são preservadas.
C) A afetividade e sexualidade em uma relação íntima são estabelecidas levando em consideração a necessidade
do outro e não somente a necessidade pessoal.
D) Com o desenvolvimento da intimidade as normas da relação, do vínculo não precisam ser discutidas.
E) Só é possível estabelecer uma relação de intimidade quando o indivíduo alcançar uma segurança e valorização
de si mesmo, além de integração e autonomia.
 
A alternativa incorreta é a (D). Justificativa: A intimidade supõe uma reflexão permanente do vínculo, sobre a
definição, sobre o grau de compromisso pessoal em jogo (somos amigos? Somos noivos? Somos
companheiros?). Aquilo que no início era proibido e evitado pode passar a ser admitido ou até mesmo se passa a
ser habitual. A formalidade e a distância, são esperadas apenas no início da relação. Se isso permanece, não há
um progresso no vínculo e pode ser percebido como uma espécie de “congelamento” da relação.
 
 
4. Casamento: conjugalidade e individualidade
 
 
4. Casamento: conjugalidade e individualidade
 
 
Casamento: a lógica do um e um são três
Costumo dizer que todo fascínio e toda dificuldade de ser casal, reside no fato de o casal encerrar, ao mesmo
tempo, na sua dinâmica, duas individualidades e uma conjugalidade, ou seja, de o casal conter dois sujeitos,
dois desejos, duas inserções no mundo, duas percepções do mundo, duas histórias de vida, dois projetos de
vida, duas identidades individuais que, na relação amorosa, convivem com uma conjugalidade, um desejo
conjunto, uma história de vida conjugal, um projeto de vida de casal, uma identidade conjugal. Como ser dois
sendo um? Como ser um sendo dois?
Na lógica do casamento contemporâneo, um e um são três, na expressão de Philippe Caillé (1991). Para Caillé,
cada casal cria seu modelo único de ser casal, que ele chama de "absoluto do casal", que define a existência
conjugal e determina seus limites. A sua definição de casal contém, portanto os dois parceiros e seu "modelo
único", seu absoluto.
Isto a que Caillé chama de "absoluto do casal" é o que denomino de "identidade conjugal", e que na literatura
sobre casamento e terapia de casal é designado, de um modo geral, como conjugalidade.
Féres­Carneiro, T. (1998)
 
A autora supra mencionada, levanta questões relevantes na discussão que faz sobre o casamento
contemporâneo. Além do seu significado e importância social, o casamento é um espaço em que se confrontam
duas forças contraditórias, permeado por tensões individuais e conjugais.
O casamento ocupa um lugar privilegiado entre as relações significativas validadas pelos adultos na nossa
sociedade.
A autora realiza um estudo para investigação do casamento contemporâneo, com dois grupos não­clínicos, de
casais da classe média carioca: 10 casais de primeiro casamento e 10 casais de casamentos subseqüentes, com
idades variando de 25 a 45 anos, tempo de vida conjugal de 3 a 13 anos e número de filhos variando de 1 a 4.
Os resultados encontrados indicam algumas diferenças quanto à manifestação das dimensões de aliança e de
sexualidade em casais de primeiro casamento e em casais recasados. As conclusões foram:
­ escolha conjugal ­ no grupo de primeiro casamento a aliança assume um papel mais significativo do que a
sexualidade, enquanto esta é mais relevante para os recasados;
­ relacionamento com a família de origem ­ é freqüente, mais forte e mais valorizado no grupo de primeiro
casamento;
­ relacionamento com os diferentes grupos de amigos ­ o grupo de amigos comuns é mais presente e valorizado
no primeiro casamento, enquanto os recasados possuem mais amigos individuais e valorizam que os membros
do casal possam sair às vezes separadamente;
­ renda familiar ­ as diferenças não são grandes entre os dois grupos, embora entre os recasados haja mais
mulheres participando da renda familiar, algumas das quais em proporção maior que os homens; neste grupo os
papéis de homem e de mulher aparecem de forma menos rígida, mesmo assim, a mulher que trabalha fora se
sente mais exigida em ambos os grupos;
­ relacionamento sexual ­ em ambos os grupos o relacionamento sexual é considerado muito importante para o
casal, mas a sexualidade aparece de forma mais personalizada e criativa entre os recasados, para os quais são
maiores as demandas e as expectativas em relação à atividade sexual.
Ampliando a discussão, percebe­se que no casamento, a autonomia e a satisfação de cada um, sobrepuja os
laços de dependência entre o casal. Isto parece confirmar os ideais de individualismo e hedonismo presentes no
mundo contemporâneo e acaba por levar ao confronto direto com a realidade, projetos e desejos do casal.  
Neste sentido, emerge a questão da separação conjugal e suas conseqüências para os membros do casal e da
família. O aumento do número de separações parece estar muito mais atrelado à busca de uma relação
“perfeita” no sentido de atender a expectativas que não podem ser cumpridas, porque as aspirações enquanto
“indivíduos” conflitam com as de “casal”.
Quando observamos os dados estatísticos das separações e divórcios no mundo e no Brasil, podemos constatar
que os números aumentam e tendem a aumentar mais ainda. Por exemplo, em 1994, os dados são de um
divórcio para cada quatro casamentos e, atualmente os números são muito maiores.
Para finalizar, é oportuno destacar que os filhos desses casamentos desfeitos, bem como o casal, têm tarefas
complexas para enfrentar. A família precisará encontrar novas alternativas para se recompor, bem como
precisará elaborar seus lutos.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes à fase adulto
jovem.
 
2) Faça uma pesquisa sobre a nova lei do divórcio (emenda constitucional n.º 66, de 13/07/10) e verifique os
seus aspectos positivos e negativos e, em seguida, confronte com as informações contidas no texto acima
referido.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 
Baseando­se no texto de Féres­Carneiro (1998), reflita:
 
I ­ A separação leva toda a família a reestruturar os padrões de relacionamentos vigentes, havendo um período
de transição até que se atinja um novo patamar de organização.
II­ O estudo do processo de separação amorosa significa estudar a presença da morte em vida.
III­ O divórcio pode ser interpretado como uma morte psíquica na vida dos seres humanos.
IV­ A separação pode provocar sentimentos de fracasso, impotência e perda, gerando um processo de luto, que
deve ser elaborado
V­ O luto pela separação é quase sempre maior do que aquele do luto por morte, porque separar ou partir é
morrer um pouco.
 
Responda:
 
(A) Somente a afirmativa II é falsa.
(B) Somente a afirmativa V é falsa.
(C) Somente as afirmativas I e III são falsas.
(D) Somente as afirmativas IV e V são falsas.
(E) Todas as afirmativas são verdadeiras.
 
 
 
 
A alternativa correta é (E). Todas as afirmações são verdadeiras.
 

Exercício 1:

Leia atentamente as informações a seguir.
 
Você ouve o seguinte relato; Marina, 26 anos, diz: "Eu estou muito confusa. Tenho um namoro de 2 
anos. Nós sempre nos demos muito bem, eu gosto dele, acho que o amo. Mas não sei o que acontece 
comigo, ele quer se casar. Quando ele fala nisso me dá muito medo, não quero perder a minha vida, 
está tudo tão organizado, por outro lado, eu não quero perdê­lo."         
 
Partindo dos conhecimentos adquiridos na Psicologia do Desenvolvimento, assinale a alternativa 
correta:

A ­ Do ponto de vista psicossocial, segundo Erikson, o indivíduo está vivendo a crise de identidade  versus  
confusão de papéis. Os jovens precisam estabelecer profundo comprometimento pessoal com os outros.
À medida que trabalham para resolver as necessidades conflitantes de identidade, competitividade e 
distanciamento, eles desenvolvem um senso ético, a marca do adulto. No excerto acima é possível 
identificar este conflito descrito por Erikson. 
B ­ Do ponto de vista psicossocial, segundo Erikson, o indivíduo está vivendo a crise de intimidade  versus  
isolamento. Os jovens precisam estabelecer profundo comprometimento pessoal com os outros. À 
medida que trabalham para resolver as necessidades conflitantes de intimidade, competitividade e 
distanciamento, eles desenvolvem um senso ético, a marca do adulto. No excerto acima é possível 
identificar este conflito descrito por Erikson. 
C ­ Do ponto de vista psicossocial, segundo Erikson, o indivíduo está vivendo a crise de geratividade  versus
estagnação. Os jovens precisam estabelecer profundo comprometimento pessoal com os outros. À 
medida que trabalham para resolver as necessidades conflitantes de geratividade, competitividade e 
distanciamento, eles desenvolvem um senso ético, a marca do adulto. No excerto acima é possível 
identificar este conflito descrito por Erikson. 
D ­ Do ponto de vista psicossocial, segundo Erikson, o indivíduo está vivendo a crise de integridade de ego 
versus  desesperança. Os jovens precisam estabelecer profundo comprometimento pessoal com os outros. 
À medida que trabalham para resolver as necessidades conflitantes de integridade de ego, competitividade 
e distanciamento, eles desenvolvem um senso ético, a marca do adulto. No excerto acima é possível identificar 
este conflito descrito por Erikson. 
E ­ Do ponto de vista psicossocial, segundo Erikson, o indivíduo está vivendo a crise de intimidade  versus  
desconfiança. Os jovens precisam estabelecer profundo comprometimento pessoal com os outros. À 
medida que trabalham para resolver as necessidades conflitantes de intimidade, competitividade e 
distanciamento, eles desenvolvem um senso ético, a marca do adulto. No excerto acima é possível 
identificar este conflito descrito por Erikson. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 2:

Júlio César trabalha numa empresa de engenharia. Ele tem 23 anos, está no último ano de Engenharia 
Civil e costuma trabalhar das 8h00 às 18h00. Em seguida, vai para a universidade e, nos finais de semana, 
visita sua família e joga futebol.    
 
De acordo com Levison, in Maria Cristina Griffa (2001), Jonas encontra­se no estágio

A ­ saída do lar, com perspectiva de aplicação da generatividade. 
B ­ saída da família, em que a problemática central é a conquista da intimidade. 
C ­ ingresso no mundo adulto, em que explora suas possibilidades, busca construir uma estrutura estável  e 
autonomia. 
D ­ ingresso no mundo laboral, com a presença de perda de ego e autoabandono. 
E ­ transição para a terceira década, em que reafirma seus compromissos e abre­se às novas  perspectivas 
de vida. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 3:

Renata (33 anos) e Jorge (34 anos) foram casados durante dez anos. Ultimamente ambos sentiam o 
casamento em crise, mas não conversavam a respeito de seus problemas. Há seis meses Jorge
comunicou à Renata que ele queria o divórcio, pois conheceu uma mulher por quem estava apaixonado. 
Depois de muita dor e sofrimento ela acabou por aceitar a separação. Nos meses que se seguiram à 
separação, cada vez que falavam ao telefone para discutir assuntos relacionados aos filhos, Renata 
não conseguia escutá­lo e ao término da ligação, sentia ódio de Jorge. 
 
Do ponto de vista do processo interno de luto, o que está ocorrendo com Renata?

A ­ Ela odeia Jorge como mecanismo de defesa para facilitar a desidealização do ex­marido. 
B ­ Ela odeia Jorge pois já matou­o internamente mas não aceitou morrer para ele.                  
C ­ Ela apresenta estoicismo como mecanismo de defesa em relação a seus sentimentos anteriores por  Jorge. 
D ­ Ela já fez o luto pela perda da relação amorosa que tinha com o ex­marido. 
E ­ Ela apresenta sentimentos de ódio pois já superou o luto pela relação anterior com o ex­marido. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 4:

Muitos casamentos que ocorreram na década de 80­90 foram porque os jovens desejavam ter 
uma vida sexual ativa e independência dos pais. Este comportamento era um mecanismo usado pelos 
jovens para sair de casa e não havia uma consciência real do que este tipo de atitude resultava. 
 
Considerando o exposto, bem como a contribuição de Griffa (2001) e Féres­Carneiro (1998),
qual é o papel do casamento na vida das pessoas quando se pensa no processo do desenvolvimento 
humano?
 
I Se por um lado é a possibilidade da manifestação do desejo e de dar evasão ao impulso sexual sem 
o mínimo de perigo ou de ansiedade, por outro é uma maneira de assumir suas atividades sexuais e 
ser responsável pela sua prole, para cuidar, alimentar, educar e protegê­la.
II É um fato social, cumprindo várias importantes funções para o indivíduo e para a sociedade. Enquanto 
para o homem ele representa um ponto de estabilidade e bem­estar pessoal, para a mulher é uma 
forma de garantia e proteção.
III Para algumas pessoas ainda é um problema de conformidade social, pois embora a lei não exija que 
os cidadãos casem­se, a sociedade estabelece que se casando a pessoa passa a participar de 
certos privilégios, como a fazer parte de um grupo seleto que adquiriu uma maturidade emocional.
IV Para Erickson, o casamento seria um dos sinais de ter ultrapassado o conflito intimidade versus 
isolamento, podendo assim estabelecer vínculos mais amplos e profundos com outro ser humano.  
 
Está correto o afirmado em

A ­ I e II.  
B ­ III e IV. 
C ­ I, II e III. 
D ­ II, III e IV. 
E ­ I, II, III e IV. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 5:

Érica, jovem de 23 anos, descreve a seguinte situação:
“Meu namorado pediu que eu viesse procurá­lo. Faz 5 anos que namoramos e tínhamos decidido 
casar após o fim dos nossos cursos de graduação. Ele terminou o dele há quase dois anos e eu me 
formei no fim do ano passado. Eu gosto muito dele, sempre nos demos bem, até acredito que o amo. 
Agora ele quer casar e eu estou muito confusa. Disse que ficaremos noivos no próximo fim de semana 
num almoço surpresa para os nossos pais. Toda vez que falamos desse assunto eu fico assustada. 
Minha vida está organizada e não gostaria de modificá­la, mas tenho muito medo de perdê­lo, sei 
que ele pode desistir de mim se adiar nossos planos.”
  
Segundo Erik Erikson, os jovens precisam estabelecer profundo comprometimento pessoal com os 
outros. À medida que trabalham para resolver certas necessidades conflitantes (intimidade, geratividade, 
integridade de ego, competitividade e distanciamento), eles desenvolvem o senso ético, marca do adulto. 
No caso descrito acima é possível identificar que Érica está vivendo a crise de (assinale a afirmativa 
correta):

A ­ identidade  versus  confusão de papéis.  
B ­ intimidade  versus  isolamento.  
C ­ geratividade  versus  estagnação.  
D ­ integridade de ego  versus  desesperança.  
E ­ intimidade  versus  desconfiança.  

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 6:

Maria Cristina Griffa e José Eduardo Moreno (2001) propõem distinguir a juventude ou segunda 
adolescência pelo período compreendido entre 18 e 25 anos, a vida adulta jovem ou precoce dos 25 
aos 30 anos e a partir deste limite o amadurecimento adulto.
 
Nos últimos anos, a imprensa tem discutido algumas características deste período. Abaixo um trecho 
publicado pela revista Veja (05/04/2009). Leia com atenção:
 
“O natural é que os jovens, assim que começam a trabalhar e a ganhar o próprio dinheiro, sonhem em
deixar a casa dos pais. Conquistar a independência, ter o seu canto, receber os amigos e namorados 
na hora que quiser – tudo isso faz parte do rito de passagem para a fase da vida em que a noção de 
responsabilidade adquire um significado mais amplo. Essa ordem natural das coisas vem sendo desafiada
por muitos adultos jovens. Embora já trabalhem, eles preferem permanecer na casa da família – e 
nem sequer têm planos de morar sozinhos. São os chamados jovens cangurus, uma analogia com os
mamíferos da Austrália que andam de carona na bolsa abdominal da mãe. Segundo o instituto de pesquisas 
Latin Panel, de São Paulo, há hoje no Brasil 3,3 milhões de famílias das classes média e alta com filhos 
cangurus. Isso equivale a 7% das famílias do país. A maioria deles se encontra na faixa dos 25 a 30 anos,
mas, entre os já quase quarentões, 15% ainda moram com os pais. Quando se considera que até meados 
do século XX as mulheres – e muitos homens – só deixavam a casa paterna para casar, surge a 
questão: terá havido um retrocesso na independência conquistada pelos jovens?”
 
As teorias referentes ao período apontam as seguintes características para a juventude ou segunda 
adolescência:

A ­ Estabilidade afetiva, início frequente da vida conjugal, independência financeira. 
B ­ Poucas mudanças fisiológicas, início de um projeto de vida, auge das estruturas intelectuais. 
C ­ Muitas mudanças fisiológicas, realização profissional, dependência financeira dos pais. 
D ­ Início frequente da vida conjugal, dependência psicológica dos pais, instabilidade afetiva. 
E ­ Início de um projeto de vida, auge das estruturas intelectuais, ingresso pleno na vida social. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 7:

Papalia (2013) cita uma pesquisa feita por Labouvie­Vief (2006), que fala de um estágio de 
cognição – geralmente iniciado na vida adulta, chamado de pensamento pós­formal, rico e 
complexo, cuja capacidade é a de lidar com inconsistência, contradição, imperfeição e tolerância.      
 
Sobre este estágio superior da cognição adulta e com as características de desenvolvimento desta 
fase, pode­se afirmar que
      
I o pensamento pós­formal envolve exclusivamente fenômenos físicos e requer observações e 
análise isentas e objetivas. 
II o pensamento pós­formal é flexível, aberto, adaptativo e individualista. Ele recorre à intuição e à 
emoção, bem como à lógica, para ajudar as pessoas a lidarem com um mundo aparentemente caótico.
III com frequência esse pensamento desenvolve­se em respostas a eventos e interações que revelam 
maneiras diferenciadas de enxergar as coisas e contestam uma visão simples e polarizada do mundo.
    
Está correto o afirmado em

A ­ I. 
B ­ III. 
C ­ I e III. 
D ­ II e III. 
E ­ I, II e III. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 8:

Quanto ao processo de construção do vínculo da intimidade, o adulto pode experienciar o que se 
denominam de níveis de relação interpessoal. 
 
Considerando a contribuição de Griffa (2001), reflita sobre as afirmativas:
 
I O segundo nível de relação interpessoal é regulado por um sistema de normas, e entram em jogo as
expectativas em relação ao comportamento do outro. Desta forma, há a necessidade de se mostrar 
sua interioridade e conhecer a do outro.
II O nível caracterizado por uma tarefa ocorre quando a relação é mediatizada por uma tarefa qualquer, 
que facilita o intercâmbio pessoal. Neste nível pode não haver envolvimento nem contato com a interioridade 
do outro. Este nível de relação predomina entre adultos psiquicamente saudáveis.
III No nível de intimidade propriamente dito, tanto as tarefas quanto as normas vão sendo flexibilizadas. 
O indivíduo demonstra preocupação com o outro e deve alcançar a interpenetração com o outro, sem 
que haja dissolução das respectivas identidades. 
  
Está correto apenas o que se afirma em
A ­ I. 
B ­ III. 
C ­ I e III. 
D ­ II e III. 
E ­ I, II, III. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Exercício 9:

“Cada etapa do ciclo vital apresenta­nos uma imagem própria, cada uma das quais tem um 
significado próprio, um amadurecimento e uma conquista específicos. Toda pessoa tem de realizar­
se em cada uma das etapas para realizar­se na vida.” (GRIFFA e MORENO, 2001). 
 
Atingir a vida adulta, a idade madura, a idade da plenitude envolve possuir características e atingir 
conquistas específicas:
 
I A vida adulta corresponde a uma época bastante estável, sem grandes mudanças. As transformações 
físicas mais evidentes efetuaram­se no período da adolescência. Na vida adulta o mais importante é 
manter os ganhos adquiridos na aquisição da identidade para não perde­los e isto consegue­se não
fazendo alterações na vida.
II A vida adulta é marcada por períodos de estabilidade e transição. Aos períodos de transição sucedem­
se momentos de integração, a que correspondem mudanças na estrutura do indivíduo, ou seja, na forma 
de ele se ver a si próprio, o mundo e os outros.
III Na vida adulta a Intimidade significa capacidade de intimidade sexual, pois agora a genitalidade desenvolve­
se com vista à maturidade genital ou íntima mutualidade sexual, mas significa também “a capacidade para 
desenvolver uma autêntica e mútua intimidade psicossocial com outra pessoa, seja na amizade, em encontros 
eróticos ou em inspiração conjunta”.     
 
Está correto o afirmado em

A ­ I.  
B ­ II.  
C ­ I e II. 
D ­ II e III. 
E ­ I, II e III. 

Comentários:

Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 

Você também pode gostar